9 dicas realmente eficazes para renegociar dívidas com os bancos

Viver uma vida tranquila e financeiramente equilibrada é sinônimo de viver sem dívidas. Como Sair das Dívidas? Como Quitar as Dívidas? Como Pagar as Dívidas? E, por fim, Como Renegociar as Dívidas? São dúvidas frequentes de todos os brasileiros endividados, afinal, são mais de 60 milhões que estão envolvidos nessa conjuntura, o que dá uma média de 5 mil reais para cada indivíduo.

Quando buscamos essas respostas na internet temos vários palpites das mais variadas personalidades. Mas, em ampla discussão e na maioria das vezes nas vozes dos especialistas, a resposta é: a melhor forma de quitar as dívidas é buscar uma renegociação com o banco, baseado em um valor que é possível de ser pago, mês a mês.

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Se somarmos nessa resolução o cenário incerto da recuperação da economia, vamos ter umas séries de fatores que incluem as pessoas no endividamento financeiro, mas as principais são: a perda do emprego atual ou a diminuição da renda familiar. Então, é preciso contatar os credores o quanto antes, evitando que o déficit se torne uma grande bola de neve, que pode levar à falência financeira, no futuro não muito distante.

Essa é uma das soluções indicadas pelo Trovo, ele fala sobre a regra dos 70, 20 e 10%, sendo que os 20% do salário devem ser reservados mensalmente para quitar a dívida. Como visto, tudo é baseado no seu salário líquido mensal. Ou seja, se você tem uma quantia de 2 mil reais por mês, deve separar apenas 400 reais para pagar esse endividamento.

Visto isso, com o auxílio da Exame, listamos 9 dicas realmente eficazes para você renegociar as suas dívidas com os bancos, sabendo, inclusive dos seus direitos na hora de aceitar o acordo.

1 – Saber o valor que você pode pagar

Já falamos acima de uma regra, na qual, você deve usar apenas 20% do seu salário para quitar as dívidas. E é isso que você deve dizer ao seu banco, quando entrar em contato com ele. Afinal, não adianta negociar a dívida se você for aceitar qualquer valor estipulado por essas instituições financeiras, mesmo porque pode ser que você não tenha condição de efetuar tais pagamentos mensais.

Lembrete importante: para conseguir separar 20% do salário, você vai precisar ter um bom controle financeiro e cortar gastos, o que é essencialmente importante para a saúde das suas finanças. Para tal, separamos alguns links de notícias que falam exatamente sobre isso, acompanhe.

Outro lembrete importante: além disso, você também pode usar rendas extras, como o 13º salário ou o saque do FGTS Inativo para abater o valor da sua dívida com o banco. Assim, na maioria das vezes, ocorre um desconto pelo pagamento antecipado das parcelas.

2 – Saber se há cobranças abusivas por parte dos bancos

Aqui, não vamos generalizar os bancos, pois cada um tem os seus prós e contras. Mas, já sabemos que eles são umas das maiores instituições quando o assunto é a lucratividade. Se eles têm lucros é porque recebem muitos juros e, normalmente, somos nós que pagamos.

Seja de forma incorreta ou não, você, como bom consumidor, deve estar atento às taxas cobradas pelos bancos quando for renegociar as dívidas. Verifique o que está no contrato do financiamento e compare com outras taxas do mercado. Se os valores forem muito acima do praticado, fale com um advogado e tire as dúvidas.

Reprodução: Google
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“Mesmo que um banco alegue que o consumidor tinha conhecimento da taxa no momento da assinatura do contrato, ele pode alegar que não pesquisou como deveria em um momento de desespero, ou assinou sem entender qual era o valor”, comenta o advogado especialista em direito do devedor, Ronaldo Gotlib.

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Atenção: Os juros de empréstimos mais caros são os do cartão de crédito e cheque especial, que estão em torno de 15% ao mês e podem ser contestados na Justiça, conforme o advogado. E, para todos os casos de irregularidades, a pessoa pode procurar os órgãos de defesa do consumidor e ir ao Banco Central, utilizando como argumento a busca por um acordo com o banco.

3 – Pesquisar sobre as taxas

Assim como uma pessoa resolve entrar no mercado de investimentos, para o pagamento de dívidas também é preciso pesquisar muito. Principalmente em consideração às condições oferecidas por outros bancos, já que há concorrência de mercado.

Saiba sobre todos os valores, como taxas de juros, prazos, benefícios, períodos e pechinche entre os bancos, para que sejam oferecidas condições melhores. Se esse acordo não avançar, leva a dívida para outra instituição.

4 – Estar atento às oportunidades

Os grandes bancos têm financiamentos online, feitos até mesmo em feirões de renegociações de dívidas. Essas oportunidades são feitas em eventos fixos organizados por empresas de recuperação de créditos, tais como o Serasa e o SPC. Com isso, o devedor pode fazer uma simulação, inserindo o valor de entrada e o prazo de pagamento.

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No entanto, a melhor recomendação é: entrar em contato pessoalmente para finalizar o contrato de financiamento e ter um documento por escrito para eventuais comprovações. Além disso, as opções online usam situações médias e podem não apresentar a melhor solução para cada pessoa.

5 – Ser participativo

Formule propostas realistas ao seu banco e não deixe que ele fale mais alto do que você. Apesar de estar buscando ajuda nele, você tem que ser dono do seu dinheiro e saber quanto pode pagar e em quais circunstâncias.

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Outra dica é: não espere muito tempo quando entrar em dívida. Renegocie o quanto antes mesmo que o banco não facilite o acordo no início. Para tal, sempre registre as tentativas de negociação com o banco, para auxiliar, no futuro, caso seja necessário entrar com um processo na justiça.

6 – Analisar as contrapropostas oferecidas pelos bancos

Tempo. Sempre peça um tempo para analisar a proposta e as condições do acordo. Consulte quem conhece do assunto e veja se, realmente, aquela é a melhor opção. Geralmente, a primeira proposta do banco tem valores altos, com a divisão de um prazo maior para a dívida, o que dá a impressão de que a parcela não vai pesar no bolso. Mas, quanto mais parcelas, mais juros os consumidores pagam, mesmo que com taxas baixas.

Então, verifique o prazo e os valores e faça uma contraproposta. Não deixe se levar por pagamentos que levam muito tempo. Use a regra dos 20% e diminua o tempo de pagamento.

7 – Ser convincente

É você que deve ser convincente e não o banco. Ao sentar na frente do gerente, não deixe que ele o ameace ou faça piadinhas infames, aliás, isso pode render uma boa indenização na Justiça.

Para conhecimento: a lei da impenhorabilidade prova que um único imóvel pode ser usado como instrumento de trabalho na penhora, provavelmente um carro, e não móveis comuns da casa, que dificilmente serão tomados. “O banco geralmente consegue tomar bens de alto valor, como obras de arte. Caso o consumidor tenha 4 carros ou 4 imóveis, a penhora tem mais chance de ser concretizada”, afirma o advogado.

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Claro que há exceções, quando estão previstas no contrato o acordo em que o bem seja dado em garantia no caso do não pagamento da dívida.

8 – Não aceitar qualquer coisa

Se o acordo não for bom para você, não assine. É possível pedir auxílio de forma gratuita, através dos Núcleos de Superendividamento do Procon e na Federação Brasileira de Bancos (Febrabran), que estão apoiadas em defesas públicas e podem fazer acordos entre os consumidores e as instituições. Esses recursos valem apenas para quem já está inadimplente.

9 – Evitar errar mais de uma vez

Depois que conseguir quitar a dívida, não cair de novo nessa armadilha. É necessário muito cuidado e um bom planejamento financeiro. Mesmo porque se o cliente ficar inadimplente novamente, a dívida será mais difícil de ser renegociada com o banco. A instituição pode até se negar a aumentar o prazo de pagamento.

Você voltou a fazer dívidas? Isto não é brincadeira!

Com informações da Exame

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