O que esperar das ações de farmácias na bolsa de valores? Vamos analisar 5 fatos

Vamos começar esse texto com uma verdade: o ano foi diferente. Mas, o foco agora é falar de outra coisa: das ações de farmácias na bolsa. Você sabe o que esperar delas para o próximo ano? A XP Investimentos é uma corretora de investimentos tradicional e tem uma opinião.

Baseando no que essa corretora disse, a gente foi atrás de alguns pontos a serem considerados. Logo, pense, por exemplo, no padrão de comportamento dos consumidores. Ou nas transformações de todo setor. A partir disso, a gente tem alguma ideia.

Inclusive, quando a gente fala sobre redes de farmácias na bolsa de valores, a gente acaba citando 3 delas principalmente. A novata D1000 e a nem tão novata assim Pague Menos. Além delas, temos a tradicional Raia Drogasil também.

Os desafios de 2020

A primeira coisa interessante é a gente observar os desafios desse ano. Como a maioria dos setores, o farmacêutico também precisou se adaptar às mudanças. Por exemplo, as lojas ficaram mais restritas, houve adiamento de procedimentos, etc.

Mas, ao que tudo indica, esse desafio parece que vem sendo superado a cada dia. Tanto é que as empresas têm mostrado bons resultados a partir do 3º trimestre do ano. Assim, devem seguir o movimento de recuperação em 2021 também.

Com base nisso, a IQVIA (que estuda a área de saúde) diz que o varejo farmacêutico no país tem espaço para crescer 4,1% ainda nesse ano e mais de 10% no próximo ano. Sendo assim, com esses dados, parece que é um bom momento para investir nessas empresas, não é?

1 – A prevenção de doenças

Para responder melhor a pergunta que colocamos acima, sobre investir em ações de farmácias na bolsa, vamos avaliar agora as tendências. Saiba que o cuidado com a saúde tende a ser maior durante os meses que podem ser menos restritivos à população.

Logo, as farmácias devem se favorecer já que oferecem “tratamentos preventivos”, quando pensamos no mix de produtos que possui hoje em dia. Assim, os estudiosos falam em “unidades de saúde”, que permitem “testes rápidos” até “alimentos” e “bebidas”.

Nesse sentido, os analistas da XP falam muito sobre a Raia Drogasil e a Pague Menos, que são empresas que podem ganhar muito com esse movimento. Para se ter ideia, mais de 65% das lojas da Raia aplicam injetáveis e mais de 40% faz o teste da Covid-19.

Resumidamente, eles dizem que essa farmácia do novo normal passará a ter um papel ainda mais importante como loja de conveniência de saúde.

2 – A presença no mercado digital

Mais um ponto a ser observado, que pode ser muito positivo para o setor, tem a ver com a presença no mercado digital. Logo, a gente tem visto que muitas pessoas ainda se sentem “incapazes” de sair de casa, por vários motivos.

Então, o e-commerce se tornou uma possibilidade de vendas. Isso ganhou força durante a pandemia e as medidas de isolamento social. Assim, a XP vê com bons olhos essa ideia de atuar em mais de um canal de vendas. Logo, Raia Drogasil e Pague Menos saem na frente.

3 – Um mercado que cresce

A XP também fala que vale a pena considerar o mercado antes de comprar as ações de farmácias na bolsa. De todo modo, esse item é positivo. Afinal, para a corretora com a tendência do envelhecimento da população, o número de idosos vai dobrar.

Como consequente, saiba que as empresas do setor de saúde serão favorecidas por isso. Assim, com a faixa de idade maior, há mais chances de aumentar o consumo de remédios. Por isso, a XP fala sim em novas inaugurações para superar a demanda do mercado.

Em comparação com outros países, saiba que nos Estados Unidos e também no Reino Unido, há apenas 3 empresas que dominam todo o setor. “A concorrência deve acontecer por aqui apenas com redes independentes ou menores”.

4 – Os genéricos em alta

Assim, temos ainda que falar sobre os genéricos. Há uma tendência boa para eles. Afinal, o Brasil tem um segmento que representa 1/3 das vendas. Mas, no mercado internacional, isso é de 70% do todo. Sendo assim, há muito espaço para os genéricos por aqui.

A XP avaliou isso da seguinte forma: “estimamos que, para cada 1 p.p. de participação nas vendas que os genéricos ganham de medicamentos de marca, as margens brutas aumentam em aproximadamente 0,3 p.p.”.

5 – As empresas responsáveis

Por fim, vamos considerar que atualmente a sigla ESG tem um peso muito grande com relação as empresas citadas e listadas na bolsa de valores. Logo, são empresas com responsabilidade social, com o meio ambiente e de governança.

No caso do setor de farmácias, a XP considera que a questão Social tem um peso ainda mais relevante, já que elas desempenham papéis relacionados a saúde. Logo, isso poderia resultar em uma busca pela melhoria dos cuidados básicos ou aumento a acessibilidade de remédios.

Assim sendo, o destaque fica por conta da Raia Drogasil, que tem focado muito em ações sustentáveis, como a redução do gás carbônico emitido. Já a Pague Menos tem investido na diversidade de gênero e a D1000 ainda precisa avançar nas questões de governança.

Tem uma melhor farmácia na bolsa?

ações de farmácias na bolsa

Como você sabe, a gente vai finalizar a matéria com uma reflexão. Será que tem uma melhor empresa entre as farmácias na nossa bolsa de valores? Considere que os analistas dizem que a Pague Menos é a preferência, ao menos na XP.

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“Acreditamos que a companhia tem maior potencial de ganhos para o longo prazo e isso deve acontecer conforme a empresa ganha eficiência operacional”. E você, também tem uma queridinha entre as redes de farmácias?

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