Moeda norte-americana influencia o Brasil? Vale investir dinheiro em Dólar?

O dólar sempre foi uma moeda que causou “apavoro” na vida dos brasileiros. Muitas pessoas não sabem, ao certo, como ela funciona. Só que é só ouvir que o dólar aumentou que todo mundo se desespera.

E sobre investir dinheiro em dólar, o que você sabe?

A ideia deste artigo é mostrar qual é a real importância do dólar na vida dos brasileiros e como isso está inserido na vida financeira de cada um de nós. Será que realmente influência no nosso bolso? Como?

A história do Dólar como Padrão Monetário Internacional

O padrão monetário internacional era o ouro até a 2ª Guerra Mundial. Depois, o dólar tomou essa função e, agora, todas as moedas do mundo oscilam conforme o valor da moeda americana.

O dólar passou a valer como meio de troca nas transações comerciais (mercadorias) e nas financeiras (dinheiro físico).

E o assunto é bastante complexo. Se você for até algum país latino-americano, por exemplo, e fizer uma compra em reais… O lojista vai converter para o dólar. Isso é comum.

Aí, apenas para você entender o processo, observe que a Argentina adotou o padrão dólar, onde 1 peso equivale a 1 dólar. Aparentemente, isso pode parecer ótimo. Só que o país começou a perder exportações, já que os preços dos produtos ficaram caro demais.

Por isso é que todos os países tentam fazer com que as suas moedas valham menos do que o dólar e assim as exportações ficam mais baratas. O ganho é apenas em competitividade.

Os produtos importados e os alimentos

A valorização do dólar (ou desvalorização dele) tem a ver com vários produtos do mercado brasileiro, inclusive, com as mercadorias importadas e com os alimentos.

Se o dólar está em alta, os custos para o importador é maior. Logicamente, esse reajuste é passado para o consumidor final.

O impacto é sentido, especialmente, no setor da alimentação. As matérias-primas que são importadas, como o trigo, encarem produtos básicos da alimentação do brasileiro, como os pães e os macarrões.

Por outro lado, os produtos que são produzidos aqui também sofrem com a variação do dólar. E isso acontece porque eles têm os preços atrelados a ele. Quando o dólar fica mais caro, é mais vantajoso para o produtor exportar suas fabricações.

Se eles mandam tais produtos para fora do país, os preços sobem.

Os combustíveis – O Brasil consume mais gasolina do que produz e isso faz com que a importação seja necessária. Só que ela é paga em dólares. Com a alta do dólar, a gasolina fica mais cara.

A Geração de Empregos e a Inflação

Com a oscilação do dólar, os importadores podem optar por realizar as suas compras nas indústrias brasileiras, a fim de pagar menos pelo produto.

Se o consumo de produtos nacionais aumenta, aquece a economia. E, com isso, aumenta a geração de empregos no país.

Do lado da inflação, ela tem a ver com o aumento do nível dos preços.

Quando o real se valoriza frente ao dólar, os preços ficam mais competitivos se comparado com os importados.

Tipos de Dólar

No mercado atual existem basicamente 3 dólares: o comercial, o de turismo e o paralelo. Conheça as principais diferenças entre eles.

Dólar Comercial

É usado pelas empresas para a realização da importação e exportação de mercadorias. Ela é definida pelo Banco Central.

Dólar Turismo

É o que compramos quando precisamos viajar ao exterior. Ele é usado para passagens aéreas, gastos em estabelecimentos internacionais e conversão de débitos em moeda estrangeira.

Dólar Paralelo

É uma cotação não oficial para o dólar e, em tempos antigos, era usado para proteger o investidor de solavancos da economia e das medidas do governo.

A explicação geral é pelo fato de que o preço pago pelo turista leva em conta os custos administrativos da corretora de câmbio, com a operação e a entrega da moeda.

Além disso, o IOF também aumenta o valor, principalmente nos cartões, onde os índices são de mais de 6%.

Conforme o Banco Central, a taxa de câmbio pode variar conforme a natureza da operação e de outros componentes: valor, cliente e liquidação.

Logo, os consumidores compram em pouca quantidade se comparados à grandes empresas e bancos, por isso, tendem a ter custos maiores.

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Investir dinheiro em Dólar – vale a pena?

Se o dólar está, quase sempre, muito mais valorizado que o real, então, esse seria um bom investimento, certo? Calma… Não é bem assim que funciona!

O investimento em dólar tem a ver com a renda variável, portanto, não se trata, teoricamente, de uma aplicação conservadora. Os investidores do dólar estão sujeitos ao risco de mercado, que pode variar conforme o preço da cotação da moeda.

Aí, as pessoas pensam na mesma sina da Bolsa de Valores: comprar na baixa e vender na alta.

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E outra coisa, quem acompanhou o mercado viu que o dólar custava 2,20 reais e chegou a valer 4 reais no ponto alto… Ou seja, ótimos lucros financeiros.

Mas, quem deve investir dinheiro em dólar?

O dólar é visto pelos analistas não necessariamente como um investimento e sim como um hedge! Isso é uma proteção para o seu dinheiro (em real).

A explicação é justificada pelo fato de que em épocas de crise, a moeda norte-americana costuma apresentar maior valorização.

E o motivo é simples: os investidores estrangeiros costumam realizar investimentos em países emergentes como o Brasil. Eles retiram seus dólares e outras moedas estrangeiras. Com a migração, os países “seguros” cria um desequilíbrio entre a oferta e a demanda.

A escassez da moeda provoca alta nos preços.

De forma geral, investir dinheiro em dólar é recomendado para as pessoas que estão buscando a diversificação e a proteção da sua careira de ativos.

O melhor momento para o dólar

Como comprar ações na Bolsa de Valores, não existe um momento certo ou ideal para comprar dólar. Mesmo porque não temos como saber qual o momento exato do menor preço da moeda – isso não faria sentido para ganhar dinheiro com investimentos.

Para quem vai viajar para o exterior, o melhor é programar a viagem com bastante antecedência e ir comprando aos poucos. É o que os especialistas chamam de preço médio.

A mesma ideia vale para a venda do dólar – com os sinais de melhoria da economia o momento pode ser ideal para a venda e a concretização de lucros.

Mas, observe, isso são sinais e não garantias!

Um bom conselho, dito pelos especialistas, é ter esse hedge como uma opção para diversificar os investimentos financeiros, em porcentagens que variam de 5 a 20% do patrimônio total investido.

Como investir dinheiro em dólar?

Existem formas diferentes de investir em dólar – todas têm vantagens e desvantagens.

O ideal é analisar qual faz mais sentido para você. Para isso tenha em mente os seus objetivos, os custos envolvidos com as operações, a liquidez.

Separamos algumas formas de investir dinheiro em dólar.

A compra de dólar em espécie (papel moeda)

Neste caso, já começamos por falar de uma desvantagem: os custos da compra são altos.

As casas de câmbio, bancos e instituições financeiras comercializam o dólar em espécie e cobra o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), spread (que é a diferença entre o valor de compra e valor de venda) e outras taxas adicionais.

Para quem pensar em investir dinheiro em dólar para lucrar, essa não é uma boa ideia.

Além dos impostos, há também o risco de furto, roubo e a degradação do papel moeda.

Se você tem as notas em dólares, é provável que vá viajar para o exterior nos próximos dias… Só isso faria sentido.

Os Fundos Cambiais

Essa é uma opção um pouco mais prática para investir dinheiro em dólar. Porém, requer conhecimento e atenção para alguns pontos.

O fundo cambial dá a possibilidade de diversificação das aplicações, visando maior proteção. Só que também há custos, como o imposto de renda e as taxas de administração, além do IOF.

Em alguns casos, há a falta de liquidez, ou seja, um prazo maior para resgatar o valor investido, o que inviabiliza o objetivo no curto prazo.

As taxas de administração costumam ser menores do que a da casa de câmbio, quando se compra em espécie. Porém, ainda é considerada alta e pode diminuir a rentabilidade do investimento.

Empresas Exportadoras

Essa é outra forma de investir em dólar – e ainda mais especifica.

As empresas que exportam seus bens de consumo para fora do país sofrem com a influência do dólar, especialmente sobre os custos que são calculados em reais, sendo que as receitas estão em dólar.

A ideia dessa opção é proteger-se em dólar.

Para isso, a recomendação é comprar as ações dessas empresas na bolsa de valores e considerar as operações do curto prazo (day trade) ou as de médio e longo prazo (position trade).

O lado positivo é que essa modalidade de investimento não cobra o IOF e a tributação segue a alíquota da renda variável, que é uma das mais baixas do mercado financeiro.

Cuidados na hora de investir dinheiro no exterior

Ainda que seja uma boa opção, a falta de conhecimento pode trazer problemas financeiros internos e externos – tudo começa pela burocracia. Confira os principais cuidados!

As Leis Brasileiras

A compra de um imóvel no exterior necessita da Declaração de Capitais Brasileiros no Exterior do Banco Central do Brasil. Nela estão as principais normais de declaração de bens, conforme Decreto 1060, de 1969.

Também é preciso observar a Medida Provisória 2224, de 2001, que estabelece multa de até 250 mil reais ao não fornecimento de informações ou prestação de informações falsas.

A Resolução do Conselho Monetário Nacional 3854, de 2010, fala sobre a necessidade de declarar os imóveis para valores iguais ou superiores a 100 mil dólares.

Também dá para citar a Circular 3574, de 2012, que comenta sobre os prazos em que as Declarações de Capitais Brasileiros no Exterior (CBE) devem ser prestadas por meio eletrônico através do site do Bacen.

Como temos a saída da moeda do país para a compra do imóvel, é preciso se atentar a Lei 7492, de 1986, sob pena de crime.

As Leis Estrangeiras

Na Flórida, por exemplo, há o Imposto de Transmissão do Imóvel para casos de morte do proprietário e esse valor pode chegar a 47% do valor de mercado do imóvel. Nesse caso, o investidor perderia praticamente metade da aplicação.

Para driblar esse imposto, é possível levar em conta comprar um imóvel como uma pessoa jurídica, em um paraíso fiscal (que tem custo mais baixo).

Entenda que comprar um imóvel por meio de uma pessoa jurídica não é crime – mas, se a compra tiver o único intuito de sonegar impostos aí sim pode caracterizar atos ilegais, conforme as condições, inclusive, como lavagem de dinheiro.

A Variação do Câmbio

Esse talvez seja um dos principais cuidados que o comprador deve ter – o atual cenário do dólar frente ao real (ou vice-versa) tem levado as pessoas a deixarem de levar em conta os riscos do financiamento em moeda estrangeira.

Porém, o drama pode ser visto também com o que aconteceu em 1999, quando o aumento da cotação do dólar causou prejuízos enormes para os consumidores brasileiros dos carros importados, que faziam leasing bancário atrelado ao dólar.

Assim, para quem vai financiar um imóvel no exterior, corre o risco de sofrer com a variação cambial. Observe o exemplo:

Um comprador paga 100 mil dólares de entrada e financia outros 200 mil dólares em prestações mensais de 1 mil dólar.

Se o dólar está cotado em 2 reais, o preço da prestação é de 2 mil reais e o saldo, 400 mil reais. No entanto, se o dólar sobe para 4 reais, o valor da prestação e do imóvel também dobra.

Ganho de Capital

Outro ponto que merece atenção é a declaração do imposto de renda – ela tem de ser feita pela conversão do valor pago em dólares em reais, no câmbio da data de transação e não se pode mais alterar esse valor.

Quando o imóvel for vendido, o brasileiro deve pagar o imposto de renda sobre o ganho de capital nos Estados Unidos, normalmente, em uma taxa de 15%.

Além disso, caso o brasileiro resolva trazer os recursos para o Brasil, terá de pagar mais 27,5%.

Custos de Manutenção

Após saber as leis, é importante pensar que ao comprar um imóvel haverá encargos.

Na Flórida, por exemplo, o pagamento de condomínio do imóvel é de responsabilidade do proprietário, assim como o IPTU. Fora isso, as imobiliárias cobram até 10% do valor do aluguel para administrar o processo.

Para manter um imóvel no exterior, além da manutenção, há o IPTU, que é de 2% do valor do imóvel e há uma média de 10 dólares por m² de condomínio e gastos fixos, como luz, telefone, internet, outros.

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Investir em Dólar é diferente de investir em Letra de Câmbio

“Elas são primas dos CDBs”, afirma a diretora do Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros (IBCPF), Marcia Dessen. “Ambos funcionam da mesma forma, com a diferença de que o CDB é emitido por bancos e as LCs por financeiras”, completa.

Então, pessoal, quando alguém dizer “Letra de Câmbio” não se assuste, é apenas um nome bonito para explicar uma coisa que já sabemos.

“As LCs eram bastante usadas nas décadas atrás, quando as financeiras emitiam os papéis em troca de dívidas das pessoas para pagar fogão e geladeira, que eram caros”, conta William Eid, da FGV (Fundação Getúlio Vargas).

Tal motivo explica por que o nome leva a palavra Câmbio, já que representa a troca de uma coisa por outra.

Ah, outra diferença com o CDB é que a LC não precisa de lastro, ou seja, só é possível emitir letras caso exista um volume de empréstimo correspondente que possa servir como garantia.

Entenda, agora, como funciona, de fato, uma Renda Fixa:

Para trazer luz à vocês, nobre leitores, listamos, com ajuda da revista Exame, 5 verdades sobre as Letras de Câmbio.

Leiam, entendam e parem de se assustar apenas com o nome. Afinal, como está sendo visto, esse investimento não tem a ver com a operação do dólar, por exemplo, como muita gente imagina.

LC não é mais arriscado do que CDB

O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) garante os dois investimentos, ou seja, o risco é o mesmo para quem aplica até 250 mil reais, limite válido por instituição e CPF.

A única diferença, que é preciso saber, é que as instituições, por serem menores do que os bancos, podem ter maior chance de demorar para reaver o seu dinheiro, o que o fará perder tempo de investir em outras modalidades durante esse tempo.

A remuneração entre uma LC e um CDB não são iguais

A verdade é que a remuneração da LC normalmente é maior do que de um CDB, afinal, as LCs pagam 110%, 115% ou mesmo 120% da taxa DI (CDI).

Claro que isso varia de acordo com o valor investido e o prazo dos papéis.

LC não tem uma alíquota de Imposto de Renda maior

Por serem emitidas pelas financeiras, as pessoas pensam que as LCs são tem uma alíquota maior que outros investimentos, como o CDB. Mas isso não é verdade.

A LC é tributada pela tabela regressiva de IR, ou seja, a mesma regra para os outros investimentos:

  • Até 180 dias – 22,5%
  • Entre 181 à 360 dias – 20%
  • De 361 à 720 dias – 17,5%
  • Acima de 721 dias – 15%.

LC não é a queridinha dos bancos

Como não são emitidas pelos bancos, as LCs nunca vão ser oferecidas pelos gerentes.

Essa alternativa de investimento vai precisar ser garimpada no mercado financeiro, até que se encontrem boas opções de papéis.

As LCs nem sempre têm liquidez

Já vimos que elas têm boa remuneração e proteção do FGC, no entanto, a desvantagem é que elas podem ter pouca liquidez, dependendo do prazo dos papéis.

Ou seja, se você quer vender sua Letra de Câmbio antes do vencimento, pode ser que você não encontre alguém disposto à comprar.

Isso é diferente dos CDBs, que são emitidos em maior quantidade e, além disso, tem um banco por trás, o que garante a facilidade da negociação.

Resumão da Letra de Câmbio

Depois de visto as 5 maiores verdades, e que pouquíssimas pessoas sabem sobre a Letra de Câmbio, vamos detalhar um pouco sobre ela, através de tópicos. Veja!

O que é: São títulos oferecidos pelas financeiras. É uma Renda Fixa procurada pela alta rentabilidade.

Saiba quanto você vai receber em uma Renda Fixa!

Prazo: Existem vários prazos de vencimento, sendo de curto ou longo prazo, sem a necessidade de existir um prazo mínimo.

Aplicação Mínima: A aplicação mínima é alta, comparada à outros investimentos, sendo que é preciso 30 mil para começar a investir nessa opção.

Vale lembrar que as melhores taxas são pagas a com valores acima de 50 mil reais.

Tipos: Existem 3 tipos de LC. A prefixada é aquela que você já conhece a rentabilidade exata logo na contratação. A pós-fixada você só conhecerá a rentabilidade ao final do prazo.

E a híbrida é aquela que está atrelada aos juros e também há um indexador, dessa forma, o rendimento também será variável.

Com informações do finançasforever, dgabc, rico

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