O Passo a Passo para abrir uma empresa e Lançar ações na Bolsa de Valores

Se você tem uma ideia inovadora ou um projeto que está sendo planejado faz tempo, mas ainda não teve coragem de abrir a própria empresa e nem lançar ações na Bolsa de Valores, então, não faça isso mesmo… Ao menos, antes de ler essa matéria. Para facilitar a sua vida e dar sentido ao seu planejamento, vamos seguir a ordem cronológica dos fatos!

Porque, imagine você que uma empresa precisa fazer alguns empréstimos para se tornar mais competitiva no mercado. Então, há uma opção, uma alternativa, que é lançar ações na Bolsa de Valores. Claro que essa comparação é muito simplista, mas vale para mostrar qual é o principal objetivo de se lançar ações na Bolsa de Valores.

Logo, cada ação vai significar uma parte da empresa e quem compra uma ação está investindo na estruturação da empresa, o que o faz sócio dela também. Se a empresa lucra, essa parcela tem que ser repassada aos acionistas. Se tudo for bem, todos ganham: a companhia conquista novos mercados e o acionista lucra.

Aí, para abrir capital e ter as ações listadas na BM&FBovespa, a empresa precisa cumprir várias exigências, principalmente relativas à transparência. Por isso, é importante você ler esse guia.

Passo 1 – A 1ª medida que deve ser tomada para começar a empreender é ter a ambição de ser dono do próprio negócio. Não importa o tamanho ou o mercado, se você tem um projeto em mente e já fez uma análise de mercado e pesquisas, então, o seu empreendimento tem potencial.

Passo 2 – Agora, tenha paciência. Muita paciência. A maior parte do processo de abertura de uma empresa envolve tempo e, na maior parte das vezes, transações com os órgãos públicos.

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Passo 3 – E não faça nada sem antes verificar, na Junta Comercial da sua cidade, se o nome da sua empresa, por você escolhido, é viável. É recomendado também que faça uma consulta do endereço diretamente na Prefeitura. A análise é importante porque pode aprovar ou não as atividades econômicas que você pretende seguir.

Passo 4 – O contador e o advogado são dois profissionais sumamente importantes nessa hora. No processo de criação da empresa, por exemplo, há várias etapas e documentos. Se você contar com a ajudar profissional vai evitar uma série de erros, mesmo porque, tantas vezes, os assuntos e os termos são mais complexos do que podemos entender.

Passo 5 – Agora é hora do Contrato Social, que vai especificar como a sociedade será formada e terá informações do negócio, tais como o Ramo de Atuação, entre outros. A elaboração, essencialmente, precisa ser feita junto à um advogado. Depois, o documento precisa ser enviado à Junta Comercial junto com outros documentos básicos, como documento de identidade, CPF, Pagamentos de taxas, etc.

Passo 6 – Com essa documentação, chegará o seu CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica). E isso é disponibilizado por meio de um Número de Identificação de Registro de Empresa (NRE).

Passo 7 – Agora é hora dos Alvarás de Funcionamento, que são requisitados na Prefeitura. Aqui, vai ser preciso o preenchimento de outros documentos, como um formulário da Prefeitura, cópia do CNPJ e do Contrato Social e outros.

Passo 8 – Depois dos Alvarás é preciso fazer a inscrição estadual, que é solicitada na Secretaria da Fazenda. Nessa parte do procedimento, será preciso fazer o Registro do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que vai exigir uma lista extensa de documentos, como o DUC (Documento Único de Cadastro), Ato Constitutivo, Comprovante do ISS (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza), entre outros.

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Passo 9Previdência Social. Essa fase também é obrigatória, mesmo que a empresa não tenha funcionários cadastrados, já que a finalidade é o pagamento de tributos. Após o início das atividades, o registro na Previdência deve ser solicitado em, no máximo, 30 dias.

Passo 10 – Formalizada a abertura da empresa, é preciso começar a pensar em lançar as ações na Bolsa de Valores. Porém, não logo em seguida. A Bovespa só libera o lançamento de ações depois de um período de consolidação e estabilização da gestão, o que faz a empresa ser reconhecida no mercado financeiro.

Passo 11 – Então, se a empresa mostrar que está pronta para abrir capital, a bolsa de valores libera a abertura. Essa análise é feita em cima de fatores como boa gestão do negocio, consolidação da marca, administração transparente e outros itens. E, além disso, o empreendedor tem que ter os objetivos e os planos de negócios muito bem traçados, já que essa é uma exigência do mercado.

Passo 12 – A preparação da abertura do capital pode influenciar no gerenciamento do negócio. Então, nesse momento, as decisões precisam ser tomadas com muita cautela e passar, inclusive, pelo Conselho de Administração, na qual algumas informações sigilosas devem ser divulgadas.

Passo 13 – O ideal é que se tenha uma equipe especializada no assunto e preparada para esse processo, além dos contadores e advogados já citados.

Passo 14 – “Janela de Oportunidade” é nisso que você precisa ficar atento agora, esse momento consiste em um período na qual os investidores estão mais aptos à apostar em ativos de maior risco. Por isso, a abertura tem que ser muito pensada e feita justamente nesse momento.

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Passo 15 – Durante o processo de abertura, deve haver o registro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), órgão que regula o mercado de ações e indica que você tem uma companhia aberta. Além disso, é necessário solicitar a listagem de ações na Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo (BM&FBovespa).

Passo 16 – Depois da solicitação da listagem, a empresa pode esperar até 7 anos para fazer o lançamento das ações na bolsa de valores.

Passo 17 – Agora, acontecerá a verdade abertura de capital, que recebe o nome e IPO (Initial Public Offering). As vantagens do IPO são o lucro para os proprietários, que vão vender boa parte das ações e receber o dinheiro relativo à venda, e a atração de bons profissionais, já que também é uma forma de reter talentos.

Finalizado o processo, e apesar de toda a burocracia, a abertura de capital costuma se mostrar vantajosa já que cria uma empresa efetiva e, querendo ou não, é uma forma de consolidar a companhia, sempre visando o capital para investimentos futuros no negócio.

Reprodução: Google

Leitura Complementar: IPO – o que é, como funciona e quais as vantagens

IPO é a sigla em inglês para Initial Public Offering, que em português fica Oferta Pública Inicial e significa a abertura de ações no momento em que uma companhia abre o seu capital e passa a ser listada na Bolsa de Valores.

Assim, uma oferta primária é o mesmo que a primeira emissão de novas ações, que geralmente está atrelada ao crescimento acionário da empresa. Já a oferta secundária é o montante de ações que forma o capital social da empresa.

O principal motivo de abertura de ações de uma empresa é a captação de recursos. Para o mercado, as IPOs significam a saúde financeira, já que durante uma recessão essas aberturas caem e durante uma marcha, elas aumentam.

O processo costuma demorar até 12 meses e tem uma previsão de 2 milhões de reais em taxas, honorários e despesas. É comum que as empresas tenham cargos fixados durante o IPO, que são gerente de projeto, banqueiro de investimento, advogados, contadores e especialista da CVM (Comissão de Valores Mobiliários).

Em um cronograma, acontecem alguns eventos importantes, como a montagem de um prospecto, que acontece cerca de 10 meses antes da data do lançamento do IPO, e que estão inclusos históricos de demonstrações financeiras da companhia. Depois, em seis meses, os contratos de transição de propriedade devem ser inscritos.

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IPO: o que é, como funciona e quais as vantagens

Com informações do Tororadar e invesimentonabolsa

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