5 ligações entre o Futebol e o Mercado de Ações: incluindo, dicas do Presidente do Palmeiras sobre como Investir Dinheiro

A equipe da Trovo Academy inicia esse texto enviando todos os bons sentimentos possíveis para os amigos e familiares das pessoas que estavam no avião que caiu na madrugada da terça-feira (29), a poucos quilômetros de Medellín, na Colômbia.

No avião estava a delegação do Chapecoense, clube de Chapecó, que iria disputar a final de um torneio internacional. Além da equipe de tripulação e jornalistas. Logo após o acidente, apenas 6 pessoas foram resgatadas com vida, das 71 que estavam no avião.

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Todo o complexo futebolístico do país – e do mundo – foi afetado. Como resultado, partidas foram adiadas. No entanto, o mercado financeiro não parou. As ações continuaram se movimentando nas suas respectivas direções.

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Tão bem quanto as notícias que permeiam esse setor. Uma das novidades, que também envolvem o futebol, está a cerca do estudo feito pelo clube paulista Corinthians sobre a possibilidade de lançar ações na Bolsa de Valores para pagar o estádio.

Acerca do futebol e do mercado financeiro, nossa redação apurou algumas relações em comum. Entre elas, vamos citar, inicialmente, partes de uma entrevista do Presidente do Palmeiras, Paulo Nobre, realizada pelo Infomoney no final de 2015.

1 – Paulo Nobre, ex-acionista da Bolsa de Valores e atual Presidente do Palmeiras

Nobre é advogado por formação e trabalhou no Banco Francês Brasileiro (atual Itaú). Depois, cuidou do patrimônio que herdou e em 1987 entrou no mercado acionário. “Eu tenho muito apetite por risco com meu dinheiro”, disse ele.

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A entrevista traz uma amostra do comportamento financeiro do presidente que trouxe benefícios ao clube paulista, que, entre os resultados, levou ao time a taça de campeão brasileiro neste ano – 2016.

“Teve época em que eu ganhei de colher, depois de xícara e perdi de balde. Opção é uma coisa que vicia porque triplica o seu capital em um dia”, diz ele.

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Reprodução: Google
Reprodução: Google

Nobre conta também como conseguiu lucrar com ações durante as pesquisas eleitorais. “Uma das grandes cartadas da minha vida foi quando eu estava na Bahia e o Lula começou a crescer nas pesquisas eleitorais. Liguei para São Paulo e falei para o banco resgatar tudo da renda fixa e colocar em 5 empresas”.

A 5 empresas citadas por ele, na ocasião, eram: Braskem (BRKM5), Bradesco (BBDC4), Itaú Unibanco (ITUB4), Vale (VALE5) e Petrobras (PETR4 e PETR3). “Foi uma das grandes cartadas que dei porque as ações subiram muito”.

Hoje, ele não atua mais na Bolsa e os negócios financeiros ficam a mercê de outro profissional. “Como não estou no dia a dia, tenho agora um perfil mais conservador. Nunca tive tanto investimento em Renda Fixa”, ela brinca.

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E se Nobre pode dar uma dica aos investidores, é: “Operar na Bolsa de Valores é que nem jogar golfe. Você não joga uma vez por mês. A gente tem que jogar sempre para ter consistência. Jogador que só entra em quadra no fim de semana tem problema no joelho, coração fraco, etc. Na Bolsa é a mesma coisa. Vender na baixa e comprar na alta, muitas vezes, acaba com o seu dinheiro”.

2 – Corinthians quer lançar ações na Bolsa de Valores com a finalidade de pagar o estádio

O dinheiro arrecadado com a venda de ações serviria para pagar parte do dinheiro devido da obra do estádio, que com os juros, deve ter um custo final de 1,2 bilhão de reais. Esse foi o fato que culminou na decisão do Conselho Deliberativo oposicionista à gestão de Roberto de Andrade.

A ideia é apostar na torcida – uma das maiores do país – e lançar ações na Bolsa. A expectativa é que esses torcedores se interessem pelos papéis, pensando principalmente que o resultado poderia ser uma reversão na atual trajetória financeira do clube.

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Segundo os jornalistas da UOL, que apuraram a matéria, existem dois pontos que dificultam a abertura do IPO (Oferta pública inicial):

  1. O grupo que planeja isso precisa estar no poder,
  2. Pode ser que demore muito tempo para que o capital seja aberto, e até lá o time pode encontrar outra solução para quitar a dívida.

No fim de 2012, Waldemar Pires, ex-presidente do Corinthians já havia cogitado essa hipótese. “Um clube de futebol bem administrado dá lucro, e o IPO pode ser uma alternativa viável para o investidor”, ele disse, na época.

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Fora da Bolsa, o clube tinha uma previsão de que o estádio seria pago com um empréstimo de 400 milhões de reais junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e com a venda de CIDs (Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento) da Prefeitura de São Paulo. Mas, os certificados não foram vendidos porque o Ministério Público do Estado questionou o benefício.

3 – Proposta de Lei para clubes captarem dinheiro por meio da Bolsa de Valores

No primeiro semestre de 2016, um projeto de lei apresentado à Câmara pelo deputado Otávio Leite, instituiu que a Sociedade Anônima do Futebol (SAF) pudesse criar um mercado para o futebol que seria concebido pelo Estado e regulado pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários).

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E, apesar de beneficiar principalmente os clubes, a SAF permite que Federações e Ligas também fossem inseridas no mercado de ações para atrair recursos. “É um projeto robusto, que dará mais condições para as entidades esportivas obterem novos recursos”, disse Leite.

No entanto, o projeto criava limites. No caso, as ações ordinárias (acionistas que tem direito a participação de resultados e voto na assembleia geral) seria sempre do clube, enquanto que as preferenciais (direito a reembolso de capital apenas) para os investidores.

Na ocasião, o São Paulo e o Fluminense mostraram interesse na proposta.

4 – História de clubes de futebol na Bolsa de Valores

A história dessa relação passa, sem dúvidas, pelo Manchester United. Clube inglês e tradicional que foi o pioneiro a lançar ações na Bolsa de Valores de Londres. O motivo, na ocasião, era faturar dinheiro para reformar o estádio.

Nasceu daí o Taylor Report, que era a troca oferecida pelo governo inglês de que ele seria rigoroso com os torcedores que cometessem crimes, e o estádio deixaria de vendar bebidas alcoólicas.

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As medidas propostas para o governo tiveram importância já que foi redigida logo após acontecer uma tragédia pela semifinal da Copa Inglesa, que matou 95 pessoas, vítimas da desorganização, da falta de ingressos e do número pequeno de catracas para acesso ao estádio.

5 – Lições que o Futebol pode nos ensinar sobre as Finanças

No futebol, sabemos que para ganharmos um campeonato não é preciso ganhar todos os jogos. Na média, para chegar ao caneco, é preciso de 75% de aproveitamento, ou seja, 25% de perda. No mercado financeiro, aconteceu uma previsão idêntica: você não vai acertar todas as operações e o tempo todo.

E a lição que fica é a seguinte: você terá perdas, mas o importante é que o contexto todo some mais vitórias.

Da Redação

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