As ações da Petrobras sempre foram muito observadas na Bolsa de Valores – BM&FBovespa. Depois do boom que aconteceu em 2008, muitos investidores começaram a ver a estatal com bons olhos. Aí, devido à questões políticas, as compras das ações da Petrobras tiverem pequena queda. E o valor também, que atingiu seu menor patamar desde 2003. Agora, há uma nova gestão e os investidores começaram a repensar na compra das ações da Petrobras.
Leia esse artigo completo e faça uma análise sobre as ações da Petrobras e descubra por que os investidores voltaram a apostar na companhia, se é que algum dia eles deixaram de fazer isso!
Histórico dos Valores da Ação da Petrobras
“A ação da Petrobras na bolsa de valores atingiu nesta segunda-feira seu menor valor desde 2003, de acordo com a Economatica, e terminou o dia cotada à 4,80 reais”. Essa foi a manchete de alguns portais no 1º mês do ano passado! E no decorrer das notícias apareciam as seguintes informações:
“As ações vêm sendo pressionadas pelos desdobramentos da Operação Lava Jato, além da queda no preço de petróleo e do plano de investimentos da companhia até 2019”.
Logo, a conclusão não era tão fácil de ser pensando… Oras, em baixa, era hora de comprar as ações da Petrobras?
Para alguns investidores, a dica foi: “Se for um capital que investidor está disposto a usar para ver no que vai dar… Vale a pena” ou, então, “Tudo vai depender não apenas da situação econômica da pessoa, mas também do estomago que ela tem para suportar riscos”, comentou, na época, o especialista Rafael Schiozer.
Nesse ponto, vale fazer um paralelo para mostrar os motivos da preocupação dos analistas. Em 2007 e 2008, na época do boom das compras das ações da Petrobras, o valor chegou à 40 reais cada ação. Oras, depois, em 2016, com um valor abaixo de 5 reais, o investidor, teoricamente, teria perdido 2,2% em cada mês.
Sobre comprar, os especialistas disseram que era bom ter estômago. Mas, e para vender?
“Para quem comprou há muito tempo, talvez não seja o melhor momento para vender” e “Para quem perdeu muito dinheiro, talvez esperar mais um pouco seja a melhor coisa a se fazer, a não ser que a pessoa esteja precisando do dinheiro ou não tenha condições psicológicas para olhar o dinheiro que vai continuar caindo”.
O que fazer? Os analistas se dividiam nas respostas, afinal, “O cenário é nebuloso, pode aguardar para ver. Qualquer tipo de previsão que se faça hoje, amanhã pode ser destruída dado o ambiente caótico em que se vive. Pode cair mais ou disparar”.
Por fim, para terminar esse tópico sobre o início de 2016, podemos destacar outras informações que apareceram na mídia:
“Não se entra num mercado em momentos de turbulências, já é incerto por natureza e agora está caótico. Mesmo assim, há pessoas comprando ações com o valor de 5 reais esperando valorização lá na frente, mas não em função da recuperação dos preços do petróleo, mas do lucro de contrato barato e venda de gasolina cara”, segundo Adriano Gomes, da Méthode.
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Breve viagem no tempo: Rumo ao final de 2016
O ano passou e no fim de 2016, a recomendação, diferente do que os analistas disseram no começo do ano, era de investir em ações da Petrobras. Oras bolas, esse mercado financeiro é mesmo fantástico, não é? A XP Investimentos foi uma que indicou as ações da Petrobras na sua carteira, com peso de 10%.
Em outubro, por exemplo, o valor da ação da Petrobras estava em mais de 17,5 reais. Ou seja, 4 vezes mais do que o valor de janeiro.
No último mês do ano, a Investing.com soltou um comunicado afirmando que “em relação à Petrobras, a melhora na gestão e as mudanças nas suas políticas de investimentos tem atraído a preferencia dos investidores”. Logo, era de se notar que os preços do barril do petróleo mostrou que a exposição do ativo faria sentido em 2017.
“A mensagem que a estatal passa é que já equilibrou suas contas, que não precisa de excesso de caixa e quer agora se tornar mais competitiva”, avaliou, na ocasião, o economista Alexandre Chaia, professor do Insper.
Na ocasião, a agência de classificação de risco Moody’s melhorou a perspectiva da estatal, elevando o rating de B3 para B2 e citando as melhoras no desempenho operacional no médio prazo.
“Houve um melhor sentimento do mercado em relação ao Brasil, com resultante apreciação do real, o que reduziu os custos da empresa, seus gastos de capital e a alavancagem de seu endividamento”.
E agora, 2017, vale a pena investir nas ações da Petrobras?
A produção do petróleo caiu 3% em março deste ano e foi para 2,12 milhões de barris por dia. A queda aconteceu devido às paradas programadas das plataformas. Já a produção de gás natural da estatal seguiu na mesma queda, de 3%, com a produção de 77,7 milhões de metros cúbicos por dia.
“O resultado se deve às paradas para manutenção”, disse a empresa!
No começo de abril, o Ibovespa registrou queda de 1,21% com forte influencia da informação de que os Estados Unidos usaria a “maior bomba não-nuclear” da história. Nesse período, as ações da Petrobras tiveram grandes perdas, também com aversão ao risco que se instalava nos mercados mundiais.
A Petrobras previu uma geração de 31 bilhões de reais em receitas para a União com a produção da área de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos, até 2025. Para cumprir o prazo, a petroleira pediu permissão à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para liberar regras do local.
O atraso na entrega poderia gerar uma redução na receita de até 6 bilhões de reais por ano. O projeto prevê também investimentos de cerca de 5,5 bilhões de dólares.
E por esses motivos, entre outros, que os investidores têm apostado na Petrobras!
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A Petrobras vai ser privatizada?
Desde que o Governo Temer assumiu o poder nacional, fala-se em Privatizar a Petrobras. E, como visto, tudo são informações informais. Pode ser que sim, pode ser que não. O que sabemos é que o governo de direita tem a visão de privatizar as empresas, para fins econômicos.
Até o momento, a Petrobras diz que não há qualquer acordo firmado sobre vendas dos terminais de GNL, por exemplo. Já os trabalhadores das unidades contam que os locais têm recebido visitas por numerosos estrangeiros.
Tudo isso é acentuado pelas recentes notas da companhia estatal que tem anunciado alguns desinvestimentos e rodadas de venda de ativos.
Neste artigo, nós não tomamos nenhum lado, apenas queremos informar o leitor, investidor, sobre o que pode ser o futuro da companhia. Há quem diga que é melhor privatizar e há quem discorde dessa afirmação. No fim das contas, como sempre no mercado acionário, o investidor precisa estar atento às mudanças e saber a hora certa de vender ou comprar as ações da Petrobras.
Para terminar este artigo, separamos 2 opiniões bem distantes de pessoas especialistas no assunto que defendem e criticam a privatização, apenas para que vocês compreendam que há sempre 2 visões diferentes em cada ação!
Quem Critica
João Antônio de Moraes, diretor de Relações Internacionais e de Movimentos Sociais na Federação Única dos Petroleiros (FUP):
“Eles estão doando tudo. Estão doando ativos na ordem de até 30 para um, em termos de valor. O que fizeram com o campo de Iara, por exemplo. Tem o equivalente a dois anos de todo a produção brasileira e entregaram por 2 bilhões de dólares, sendo que vale mais de 30 bilhões. O petróleo está à 60 dólares o barril e estão entregando por 1,50”.
Quem Defende
Paulo Gomes, estrategista e economista-chefe da Azimut Brasil Wealth Management:
“Se de repente o governo chegasse à 40% do capital da estatal, a fatia valeria mais que os atuais 51%, já que com a privatização haveria mais investimentos e busca por maior produtividade”.
Com informações do G1, Investing e Infomoney