Os Primeiros Resultados da B3 – A Nova Bolsa de Valores do Brasil

A B3 é a Nova Bolsa de Valores do Brasil e foi formada a partir da fusão da Cetip com a BM&FBovespa. No entanto, ao que tudo indica, os primeiros resultados não foram os melhores e nem os mais apresentáveis. Separamos os principais, acompanhe!

As despesas por conta da fusão continuam impactando o resultado da B3 ao longo do tempo, porém, conforme analistas, as sinergias já começaram a ser capturadas disse o diretor de Relações com Investidores, Rogério Santana.

O executivo comentou que a meta da empresa é obter sinergias de 100 milhões de reais a partir do 3º ano da fusão. Santana disse também que as despesas seguem em linha com o orçamento divulgado em maio ao mercado – na estimativa de 420 milhões de reais, conforme o documento demonstrativo financeiro da empresa.

Para o próximo ano, a previsão de gastos é de 20 milhões de reais.

Para piorar a situação, nos últimos dias a B3 sofreu quatro baixas de diretores, conforme noticiado pelo jornal O Estado de São Paulo. Entre eles, Mauro Negrete, que era o Diretor Executivo de Tecnologia de Informação da Cetip; Simone Acioli, que era Diretora Executiva de Operações; e Cristina Pereira, Diretora Comercial e de Desenvolvimento de Empresas.

Além deles, Roberto Dagnoni, Vice-Presidente Executivo da Área de Financiamento da Companhia, que também deixou a companhia anteriormente.

Já em termos de Lucros, a B3 teve um lucro líquido atribuível aos acionistas de 163,315 milhões de reais no segundo trimestre do ano, ante o prejuízo de 114 milhões de reais registrado no mesmo período de 2016.

Esse é o 1º trimestre completo após o início da integração de BM&FBovespa e Cetip.

“Atualmente, nossa prioridade é integração dos negócios da BM&FBovespa e da Cetip em uma única empresa, a B3. No segundo trimestre, nós concluímos a incorporação da Cetip e avançamos em diversas frentes do processo de integração, que incluem, entre outras, relacionamento com clientes, RH e TI”, disse o documento da B3.

A Receita Líquida da B3 no intervalo de abril a junho deste ano foi de 970,9 milhões de reais, aumento de 8,8% ante o observado no mesmo período do ano passado e crescimento de 3,2% ante o intervalo do período anterior.

A B3 voltou a publicar também o Ebitda, que é o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização. No todo, esse valor foi para 530,2 milhões de reais no segundo trimestre do ano, o que representou uma queda de 3,6% ante o ano passado.

Acerca dos resultados e ainda falando da sinergias, Daniel Sonder, que é Vice-Presidente Financeiro e de Relações com Investidores da B3, afirmou que não há detalhes a serem acrescentados, sendo que isso será feito no final do ano.

“Esse é um processo que afeta muitas pessoas e as decisões estão em curso na empresa. No fim do ano daremos um status de como foi a sinergia em 2017”, destacou Sonder.

O executivo disse que há um time formado na B3 que está coordenando os esforços de integração. “Esse grupo está olhando 30 projetos e em um curto espaço de tempo estamos tendo muito progresso”, disse.

Estrangeiros Continuam de Olho nas Ofertas de Ações no Brasil

As ofertas de ações no pipeline dos bancos de investimentos devem sair do papel na próxima janela para emissão de ações, conforme o presidente da B3, Gilson Finkelsztain. Para ele, o cenário político ainda é incerto, principalmente por conta das eleições presidenciais em 2018.

Assim, o Brasil tem que se aproveitar da liquidez global e os investidores estrangeiros seguem mostrando apetite nas ofertas das ações na Bolsa Brasileira.

Só em 2017, foram mais de 7 ofertas iniciais que somaram um volume cerca de 24 bilhões de reais, marcando o melhor número em 7 anos. Para a próxima janela, que acontece entre setembro e outubro, já estão com registro na Comissão de Valores Mobiliárias (CVM) Tivit, Camil, Vulcabras e Eneva.

Para Gilson, o mercado aguarda a Reforma da Previdência, com a aprovação da idade mínima, pelo menos. “Seria uma grande decepção não haver nenhuma reforma. O mercado aceitou agora ter a primeira parte da reforma da previdência”, afirmou.

Para ele, o governo tem mostrado fôlego para levar adiante a agenda econômica. “O governo está fazendo o possível e o impossível para ter estabilidade e isso é muito importante para o mercado de capitais”, afirmou.

Já sobre a tributação, o executivo disse que existe uma percepção comum de que o aumento de impostos são nocivos, mas que no curtíssimo prazo o único aumento de impostos previsto, com a implementação dos come-cotas para os fundos exclusivos fechados e os condomínios fechados.

Já para os títulos isentos, como LCIs e LCAs, que não estão na agenda do curto prazo. O executivo disse que ainda não ouviu rumores.

Reprodução: Google

B3 vai reduzir prazo de liquidação no mercado à vista para D+2

A B3 disse que vai reduzir de liquidação das operações feitas no mercado à vista para D+2, ante os atuais D+3, no primeiro semestre de 2018.

“O objetivo é alinhar nossas práticas ao mercado norte-americano, que deve começar a operar em D+2 já a partir do mês que vem”, afirmou o Vice-Presidente de Operações, Clearing e Depositária da Bolsa Paulista, Cícero Vieira.

“Durante algum tempo ficaremos defasados, o que não é um grande problema, mas não é ideal porque há uma arbitragem”.

Para Vieira, o próximo alvo da evolução tecnologia da B3 é a integração total das clearings, que trará liberação de 21,3 bilhões de reais em margens depositados por investidores.

B3 Certifica Banco do Brasil

O Banco do Brasil recebeu a Certificação do Programa Destaque em Governança de Estatais da B3, que é destinado às empresas estatais que se comprometem, voluntariamente, com as melhores práticas de governança corporativa.

Para Paulo Caffarelli, que é presidente do BB, “nenhuma empresa que queira estar preparada para o futuro pode abrir mão de três pilares essenciais: rentabilidade, ética e transparência”.

Dentre as medidas adotadas pelo banco, destaca-se a Divulgação da Carta Anual de Governança Corporativa, a Formulação das Políticas de Transações com Partes Relacionadas, de Indicação e Sucessão de Administradores e de Remuneração aos Acionistas, além de mudanças e atualizações no Formulário de Referência, Estatuto Social, Código de Ética, etc.

Esse programa é considerado uma sinalização para que os investidores analisem as práticas empresariais, que podem ou não ser sólidas, transparentes e confiáveis. Logo, se tudo estiver em concordância, a empresa é considerada comprometida com a ética, eficiência, prestação de contas e responsabilidade corporativa.

confira algumas formas de investir na bolsa de valores

Antes de entrar na bolsa de valores ou se você já tem o hábito de investir na bolsa de valores, saiba que existem outras opções além da compra direta, confira!

Compra Direta de Ações 

É onde o próprio investidor escolhe as ações que vai comprar, de modo que os ganhos ou perdas não são divididos com ninguém. É um investimento que pode gerar dividendo.

Fundo de Índices (ETFs) 

Exchange Traded Funds (ETF) buscam retorno conforme índices. É indicado para quem não tem muito dinheiro para investir na bolsa de valores, já que são valores mínimos de 200 reais, por exemplo. É muito usado para diversificar investimentos.

Clube de Investimentos 

São pessoas que se unem para investir na bolsa de valorese os ganhos/perdas são divididos entre os participantes de forma proporcional. Normalmente, as corretoras de investimentos têm clubes de investimentos para indicar ao acionista.

Fundos de Investimentos 

O investidor pode comprar cotas de um fundo de ações, que, na maior parte das vezes, é administrado por uma corretora independente ou por um banco.

Com informações do IstoéDinheiro, GiroBusiness

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