Bolsa de Valores – como funciona

A bolsa de valores é uma expressão que causa arrepio em muitas pessoas. Os mais ousados, que querem ganhar dinheiro no curto espaço de tempo, recorrem a ela. Mas, só quem tem paciência e sabedoria consegue se dar bem com ela.

O que se sabe, vias de fato, é que a bolsa de valores é para quem quer investir dinheiro e que está disposto a correr riscos. Esse risco ocorre pela oscilação do mercado e daí que vem o nome: renda variável.

Está achando tudo meio confuso? É normal mesmo porque investir na bolsa de valores não faz parte da cultura da maioria dos brasileiros… Aliás, como será que funciona a bolsa de valores?

É sobre isso que vamos falar neste artigo. E, de antemão, já avisamos: ela é muito mais acessível do que você imagina e, além de tudo, você não precisa correr todo risco do mundo se quiser ganhar dinheiro nela.

Bolsa de valores – o que é

A bolsa de valores é um mercado financeiro na qual as pessoas (investidores) se relacionam com as empresas (ações) através da compra e da venda de títulos.

Para você vender uma ação, alguma empresa precisa vendê-la e a bolsa é que faz esse campo ficar “aberto”.

O objetivo da bolsa de valores é organizar as negociações em um ambiente seguro, o que garante que o investidor vai receber o dinheiro dos juros ou que a empresa vai receber os recursos investidos e que tudo funcione de forma eficiente, segura e, também, justa.

A segurança da bolsa de valores acontece porque todas as ações são depositadas na CBLC (Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia).

Ou seja, quando você vai investir, você deve enviar dinheiro para a sua corretora. Depois disso, você compra alguma ação. Ao comprar a ação, o dinheiro não está mais na corretora e sim na CBLC, ok? E ela é garantia pela Bolsa.

Atualmente, a bolsa de valores do Brasil é a B3 (Balcão, Bolsa, Brasil) – uma união da BM&F (Bolsa de Mercadorias e Futuros) e da Bovespa (Bolsa de Valores) com a Cetip (Central de Custódia e Liquidação de Títulos Privados).

Essa é uma nova bolsa que foi criada em 2017, sendo que até então a bolsa daqui se chamava unicamente BM&F Bovespa.

Confira um breve histórico sobre a bolsa de valores do Brasil:

  • 1820 – início das operações da bolsa de valores do Rio de Janeiro,
  • 1845 – inauguração da sede da bolsa de valores do Rio de Janeiro (BVRJ),
  • 1890 – criação da Bolsa Livre (fechou no ano seguinte),
  • 1895 – reabertura da Bolsa Livre como Bolsa de Fundos Públicos de São Paulo,
  • 1917 – Fundação da Bolsa de Mercadorias de São Paulo (BMSP),
  • 1967 – Bolsa de Fundos Públicos muda para Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa),
  • 1986 – Fundação da Bolsa Mercantil de Futuros (BM&F),
  • 1991 – Fusão da BMSP com a Bolsa Mercantil de Futuros (originando a BM&F),
  • 1997 – A BM&F incorpora a Bolsa Brasileira de Futuros,
  • 2000 – Bovespa incorpora todas as bolsas existentes no país,
  • 2008 – Ocorre a fusão entre a BM&F e a Bovespa, surgindo a BM&F Bovespa,
  • 2017 – Nasce a B3, da fusão da BM&F Bovespa e a Cetip.

Bolsa de valores – como funciona

Para investir na bolsa de valores, qualquer investidor precisa ter uma conta em uma corretora de investimentos (corretora de valores). Essas instituições fazem a distribuição da oferta de ações, fundos ou títulos e fazem o intermédio das negociações entre os comparadores.

Isso também é simples de entender, note:

– Uma empresa disponibiliza as ações em troca de recursos para realizar investimentos ou projetos que visam o aumento de produtividade e o crescimento.

– Dessa forma, a empresa abre capital na bolsa de valores e lista suas ações.

– As corretoras de valores oferecem as ações no mercado aos primeiros investidores (mercado primário).

– A partir disso, surge uma relação de oferta e demanda pelas ações.

– O investidor primário pode vender suas ações por acreditar que o preço delas vai cair ou por precisar do dinheiro naquele momento. Outro investidor pode compra-las acreditando que o preço vai subir.

– O investidor primário lança uma ordem de venda das ações na corretora pelo valor que quer e o sistema envia uma ordem para a B3.

– Outro investidor envia uma ordem de compra na corretora pelo preço que acha interessante.

– Se a ordem for aceita (para venda e para compra), o negócio é fechado. Isso se chama mercado secundário.

Achou muito demorado? Saiba que isso acontece em questões de segundos.

Essa facilidade, porém, é algo novo – histórico! Com o advento da internet e o uso de ferramentas digitais (home broker), as pessoas começaram a fazer essa negociação do conforto de suas casas.

Portanto, esqueça aquela velha ideia de uma sala cheia de pessoas gritando e falando ao telefone… Isso não existe mais.

Bolsa de valores – Investir em Ações Online

É importante deixar claro que, para investir em ações, antes é preciso escolher uma corretora de valores, abrir uma conta para que então possa passar a investir em ações.

A B3 só recebe ordem de compra e venda de ações quando realizada por uma operadora, que são as corretoras de valores, pessoa física ou jurídica não pode fazer nenhuma compra ou venda sem o intermédio de uma corretora, por isso é preciso registrar uma conta.

Cada uma dessas corretoras cobram um percentual de taxas, por isso, antes de abrir sua conta, consulte a tabela de custos.

Com a conta registrada, a corretora fornece uma ferramenta para operações online, com ela o investidor pode acompanhar os gráficos de movimentação do desempenho das empresas na bolsa, enviar solicitação de compra ou venda de ações, tudo pelo sistema Home Broker.

Home Broker é uma ferramenta onde o investidor acompanha as informações da movimentação da bolsa em tempo real, tudo apresentado por gráficos e o melhor, sem ter de sair de casa nem alterar o itinerário diário, de modo que com total conforto.

No início, caso tenha alguma dificuldade, pode solicitar orientações com a operadora.

Esse sistema, Home Broker, é o mais utilizado no mundo, oferece agilidade e praticidade em um sistema de negociação das ações.

Bolsa de valores – alavancagem

Com essa forma de liquidar os negócios, existem operações que são feitas rapidamente na qual o investidor não paga e nem recebe o valor total do negócio – mas, sim o lucro ou prejuízo.

É permitido movimentar até 30 vezes mais do que você possui, no que é chamado de alavancagem.

Essa é uma forma lucrativa de investir dinheiro na bolsa de valores – chegando a lucros de 4% ao dia. Só que, vale lembrar, tudo é proporcional: risco e retorno.

Essa alavancagem é feita por dois tipos diferentes:

  • Day Trade – operações que duram entre minutos e horas (nunca ultrapassando o encerramento do pregão no dia),
  • Mercado Futuro – operações que são de curto prazo (que ficam entre 1 e 5 dias).

Bolsa de valores – os horários das negociações

Comprar ações na bolsa de valores é uma realidade, mas não a única. Nela também é possível negociar títulos da renda fixa, contratos futuros, entre outras opções.

Os horários para isso podem ser diferentes. No geral, eles acontecem entre as 8h55 e as 18 horas de um mesmo dia.

Entenda cada um dos pontos da negociação feita na bolsa de valores.

Pré-abertura

É como um leilão de abertura da bolsa de valores – o investidor envia uma ordem antecipadamente, porém o negócio só é fechado até a abertura do mercado acionário.

Esta pré-negociação serve para determinar o preço de abertura do ativo. Depois que a ordem foi enviada e faz parte do preço, não é mais possível cancelar!

Call de fechamento

Ele dura 5 minutos e acontece antes do fim da negociação, podendo receber intenções de compra e de venda do ativo para determinar o preço de fechamento dele.

A diferença neste caso é que apenas os ativos que fazem parte de alguma carteira de índice da B3 é que possui esse call.

After Market

É como um horário extra para negociação da bolsa. Ela dá aos investidores a chance de compra para quem não acompanha o pregão normal – exceto algumas restrições.

Ela também possibilita que alguns investidores façam ajustes ao longo do pregão normal. Nesse caso, tem que fazer índice Bovespa e o limite é de 2% para mais ou para menos.

Bolsa de valores – leilões

Os leilões são forma de organizar as ofertas de compra e de venda de determinado ativo de maneira a estabelecer o melhor preço para que uma maior quantidade de investidores seja atendida.

Normalmente, eles acontecem em fatos que podem provocar grande alteração nas negociações, como a divulgação de notícias relevantes para determinados ativos, problemas técnicos das sociedades corretoras ou ativos que estejam com alta volatilidade nas cotações.

Bolsa de valores – os índices

É possível negociar índices na bolsa de valores – os mais usados são Ibovespa, Índice Futuro e IBOV. Listamos outros para você entender em que aplica esses índices, confira!

IBrX 100 (Índice Brasil 100) – é composto pelas 100 ações mais líquidas da Bolsa,

IGCX (Índice de Ações com Governança Corporativa) – todas as empresas com boa governança,

ITAG (Índice de Governança Corporativa Trade) – composta por ações que estejam no IGCX e tenham alta liquidez,

IDIV (Índice de dividendos) – composto por empresas que tiveram os maiores “dividend yields” referentes aos últimos 24 meses,

SMLL (Índice Small Cap) – composto por empresas com menor capitalização na bolsa…

O índice é uma carteira teórica de ações, formada por aquelas mais negociadas na bolsa de valores e funciona como um termômetro do mercado.

O índice Bovespa, por exemplo, á a maior representação da bolsa de valores – se a maior parte das despesas apresenta queda, isso quer dizer que o todo está caindo também.

Na hora de investir em um índice, o investidor precisa adquirir contratos futuros do ibovespa, através do mercado futuro e dos códigos IND (índice cheio) ou WIN (mini índice).

Bolsa de valores – como investir em ações

Uma ação é a menor parte de um capital de uma empresa – como se fosse um pequeno pedaço dela. Logo, quem compra uma ação se torna sócio da empresa.

Partindo disso, há dois tipos de ações: ordinárias (ON), que dá direito ao voto em assembleia sobre as definições da empresa, e as preferenciais (PN), que não dá direito voto, mas dá preferência na hora de receber dividendos.

Na hora de comprar as ações, os investidores têm algumas opções tecnicamente fáceis – e outras mais complexas, mas também acessíveis. Veja.

Fundos de investimentos

Um fundo é como um condomínio – essa é a explicação mais fácil. Cada investidor tem uma cota que corresponde a uma porção do total de ações.

Cada fundo tem suas próprias características e regras – incluindo o grau de risco.

Todo fundo precisa de um gestor certificado pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários), que coordena as compras e a venda de ações.

Clubes de investimentos

Os clubes têm caráter menos formal que um fundo. O grupo precisa ter no mínimo 3 pessoas e no máximo 50.

Eles não são como fundos, e, por isso, não precisam de um gestor certificado, só que tem que haver um representante que dê a corretora a ordem de compra ou venda de ações.

Nesse caso, há liberdade por parte das pessoas que compõe o clube.

Investir individualmente

Nesse caso, as pessoas são as controladoras de todas as negociações.

Para escolher as ações, é preciso muito estudo. O investidor acompanha a sua conta e tem acesso a todas as informações, como custo, compras, ordens.

Esse serviço é possível graças ao home broker, que permite o acesso a uma corretora de valores, que oferece tal ferramenta. Nesse sistema, há um período de 3 dias para que o dinheiro saia ou entre na conta do investidor.

Fundo de Índices (ETFs) 

Exchange Traded Funds (ETF) buscam retorno conforme índices. É indicado para quem não tem muito dinheiro para investir na bolsa de valores, já que são valores mínimos de 200 reais, por exemplo. É muito usado para diversificar investimentos.

Hora Certa de Comprar na Bolsa de Valores

O melhor negócio de Barsi – um dos melhores – foi investir dinheiro em ações da Camargo Corrêa, isso ainda na década de 1970. Ela já afirmou várias vezes, em entrevistas, que na época as ações foram leiloadas na Bolsa e ele as comprou por pouco mais de 1 reais.

“Eu achei que o papel merecia o investimento, avaliei o negócio e era sólido. Na minha visão, não é a Camargo Corrêa que depende muito do governo, como falam, mas o governo que depende muito da Camargo Corrêa”.

Depois, quando vendeu os papéis, obteve um dos maiores lucros, em porcentagem, de toda sua carreira de investidor.

Mas Barsi também teve negócios não bem sucedidos – BID e Banco Nacional.

“Nunca perdi, devolvi parte do que ganhei. Nunca considerei uma perda, mas sim uma diminuição de patrimônio. Isso não abalou minha fé e cultura em prosseguir investindo em projetos bons e com futuro”.

E continua: “os momentos de mais oportunidades para adquirir ações são aqueles em que a economia é acometida por crise e nossos políticos são exímios em criar crises”.

https://youtu.be/gjEJY0M8Zas

Comprar Ações Baratas na Bolsa de Valores é Investir no Longo Prazo

Ninguém mais ninguém menos do que Albert Einstein disse que a forma mais poderosa da Terra é o Juro Composto. O poder dele é incrível desde então. E surpreendente.

Na prática, se você investe 100 reais por mês desde os 25 anos de idade e tem 8% de rendimento ao ano, ao chegar nos 65 anos você teria acumulado 337 mil reais.

Se o seu rendimento for um pouco melhor, de 10% ao ano, então, seu patrimônio subiria para quase 600 mil reais no mesmo período.

Essa é a maior prova de que não importa quanto você vai investir agora e sim, por quanto tempo vai conseguir manter essa constância.

E, só para constar, um retorno de 10% ao ano na Bolsa de Valores é baixo, bem abaixo do que é esperado todos os anos, ok? Tem carteiras recomendadas que rendem bem mais do que isso.

Esperamos que tenha ficado claro que operar na bolsa de valores em tempos de crise não é tão medonho quanto dizem por aí.

Se você analisar as empresas do mercado e acompanhar constantemente os momentos exatos de compra e venda, o sucesso é questão de tempo, verdadeiramente.

Em tempos de crise, as ações tendem a cair, o que é ótimo para o bom investidor, que encontra ações baratas para investir naquela hora. Logo, elas vão subir e ele vai lucrar. O jogo é de paciência e atenção, além de uma pitada de dedicação diária.

Bolsa de valores – taxas

Existem várias taxas que são cobradas durante as transações, confira!

Taxa de administração – cobrada nos fundos e clubes e feita anualmente,

Taxa de corretagem – cobrada cada vez que uma ordem é emitida,

Taxa de custódia – cobrada mensalmente pela guarda das ações,

Taxa de emolumentos – é cobrada pela bolsa e calculada pelo valor que envolve a compra,

Taxa de performance – cobrada quando o fundo supera a rentabilidade.

Exceto e a de emolumentos, todas as taxas são variáveis e dependem de cada corretora.

O valor mínimo para investir em ações na bolsa de valores também varia conforme a corretora e o preço das ações. O pequeno investidor pode iniciar, por exemplo, com 1 mil reais.

Todas as dúvidas podem ser tiradas nos sites oficiais da CVM ou da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).

Bolsa de valores no mundo – quais as maiores

Explicando rapidamente: podemos comparar a Bolsa de Valores a um comércio que oferece plena segurança aos acionistas investidores! E existem, portanto, as principais bolsas de valores do mundo.

1 – New York Stock Exchange: NYSE – (Bolsa de Valores de Nova Iorque)

A Bolsa de Valores de Nova Iorque está localizada em Manhattan, Wall Street, Estados Unidos e é sem dúvidas a principal bolsa de valores do mundo. Atualmente, ela é administrada pela NYSE Euronext.

2 – Nasdaq Stock Market: NASDAQ

O acrônico significa National Association of Securities Dealers Automated Quotations – no português: Associação Nacional de Corretores de Títulos de Cotações Automáticas.

A Nasdaq fica no edifício Times Square número 4, em Nova Iorque, Estados Unidos. E tornou-se uma atração turística aos visitantes da cidade.

3 – Tokyo Stock Exchange – (Bolsa de Valores de Tóquio)

Ela fica em Tóquio, no Japão e é considera a 3ª maior bolsa do mundo, logo, está entre as principia s bolsas de valores existentes no planeta.

4 – London Stock Exchange: LSE – (Bolsa de Valores de Londres)

Fica localizada em Londres, na Inglaterra e é a principal bolsa de valores do país e também do Reino Unido. Ela foi fundada em 1801 e conta com grandes companhias britânicas.

Sobre essa bolsa de valores não há muita informação disponível, o que se sabe é que a primeira Bolsa de Valores do país funcionou na Threadneedle Street, em 1773. Depois, a LSE se tornou a maior bolsa de valores do mundo. Isso até 1914.

5 – Euronext (Bolsa de Valores dos Estados Unidos e da Europa)

Essa também é uma das principais bolsas de valores do mundo e tem uma história interessantíssima. Vamos por partes!

A NYSE Euronext é um grupo que une a Europa (com países como Bélgica, França, Holanda, Portugal, Reino Unido) aos Estados Unidos (com a bolsa NYSE).

6 – Shangai Stock Exchange: SSE – (Bolsa de Valores de Xangai)

Foi fundada em 1990 e entrou em operação em 19 de dezembro do mesmo ano na China. Na verdade, não há muitas informações sobre essa bolsa de valores.

7 – Hong Kong Stock Exchange – (Bolsa de Valores de Hong Kong)

Essa é a maior bolsa de valores da China, mas não há muitas informações sobre ela.

E a BM&FBovespa – Bolsa de Valores do Brasil?

A Bolsa de Valores do Brasil também está entre as principais bolsas de valores do mundo… Mas não entre as 10 primeiras colocadas.

Para inicio de conversa a BM&FBovespa não existe mais. Agora, o novo nome é B3 (Brasil, Bolsa, Balcão) e ela é a principal bolsa de valores do Brasil.

Ela fica em São Paulo e surgiu da fusão da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo (BM&FBovespa) com a Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos (Cetip S.A.).

Com a fusão, aí sim, a B3 cresce entre as principais bolsas de valores do mundo – e passa a ocupar a 5ª posição, com um patrimônio de 13 bilhões de dólares.

“Atualmente, nossa prioridade é integração dos negócios da BM&FBovespa e da Cetip em uma única empresa, a B3. No segundo trimestre, nós concluímos a incorporação da Cetip e avançamos em diversas frentes do processo de integração, que incluem, entre outras, relacionamento com clientes, RH e TI”, disse o documento da B3.

A Receita Líquida da B3 no intervalo de abril a junho deste ano foi de 970,9 milhões de reais, aumento de 8,8% ante o observado no mesmo período do ano passado e crescimento de 3,2% ante o intervalo do período anterior.

A B3 voltou a publicar também o Ebitda, que é o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização. No todo, esse valor foi para 530,2 milhões de reais no segundo trimestre do ano, o que representou uma queda de 3,6% ante o ano passado.

Acerca dos resultados e ainda falando da sinergias, Daniel Sonder, que é Vice-Presidente Financeiro e de Relações com Investidores da B3, afirmou que não há detalhes a serem acrescentados, sendo que isso será feito no final do ano.

“Esse é um processo que afeta muitas pessoas e as decisões estão em curso na empresa. No fim do ano daremos um status de como foi a sinergia em 2017”, destacou Sonder.

O executivo disse que há um time formado na B3 que está coordenando os esforços de integração. “Esse grupo está olhando 30 projetos e em um curto espaço de tempo estamos tendo muito progresso”, disse.

Bolsa de valores do Brasil – as últimas notícias

Se você gosta de acompanhar as ações da bolsa de valores e tem estômago para isso, tem que dar uma olhada nos gráficos dos últimos 20 meses – esse é um verdadeiro extensivo gratuito de análise técnica.

Sobre o período e a alta do Ibovespa, selecionamos alguns pontos a serem observados.

“A partir daquele momento, foi possível perceber nos encontrávamos em um novo momento: uma tendência primária de alta, que poderia nos levar de volta até aquele mesmo patamar”, afirmaram os analistas do banco Banrisul, Fabio F. Gonçalves e Guilherme C. Volcato.

O índice anulou a tendência primária de baixa que foi iniciada em 2010 em julho de 2016 ao romper um canal de baixa.

“Embora em termos de fundamento não fosse razoável supor que isto aconteceria, graficamente era possível – e aconteceu”, destacaram.

Reprodução: Google

Acumulação de Pontos na Bolsa de Valores

No período, os analistas mostram que o mercado “virou a mão”. Assim, quando a maior parte dos agentes financeiros, cansados dos prejuízos, ainda queriam vender, o noticiário continuou negativo.

Esse é um período que costuma ser curto, mas teve uma alta intensa nos preços dos ativos.

“Estes são comprados por investidores fundamentalistas, que conseguem perceber que as ações estão muito baratas independentes das condições econômicas de curto prazo”, eles comentaram.

“Isto ocorreu entre janeiro e fevereiro de 2016, quando ainda parecia que o Brasil ia literalmente quebrar”, concluíram.

O Recorde do Ibovespa

No dia 12 de setembro houve um recorde na Bolsa de Valores Brasileira que foi celebrado por todos os investidores – a máxima histórica fechou em 74.319 pontos, acima dos 74 mil que foi feito na primeira vez.

Dessa forma, a sensação foi a de que o Brasil está indo para um caminho positivo.

Com a crise da JBS, a aposta é que a presidência do país continue no posto com a equipe econômica, que deve continuar implantando reformas – como a da previdência.

Há ainda de se falar em juros e inflação, que caíram.

Alta Sensível no Período

“Trata-se do período mais longo do ciclo, com uma alternância bem clara entre movimentos de alta e baixa – ao sabor das notícias”, avaliaram os gerentes da Banrisul.

A Euforia da Bolsa de Valores

O banco diz que o mercado se mostra caro e nesse momento a mídia começa a falar dos recordes com empolgação. Isso atrai os investidores inexperientes em busca de um rendimento que já passou.

“A volatilidade das ações aumenta, bem como o volume movimentado na Bolsa, o que leva muitos analistas a divulgarem relatórios cada vez mais otimistas, mesmo que os preços já estejam inflacionados. Alguém ainda quer comprar a Magazine Luiza (MGLU3)”, indagaram.

Volume Mais lto desde 2009

Os bancos de investimentos engatilham um volume de até 15 bilhões de reais em emissões de ações na Bolsa de Valores do Brasil. Se os números se confirmarem, em 2017 a soma será de 40 bilhões de reais – o melhor ano para este tipo de operação desde 2009.

As companhias vislumbram esse mercado para captar ofertas de ações e acelerar os preparativos das emissões evitando as incertezas da agenda eleitoral. Além disso, há o ajuste fiscal, que pode ser assunto da pauta política.

“Até fevereiro haverá uma incerteza muito menor, depois a agenda eleitoral ganha espaço e o humor dependerá muito de rumores e pesquisas”, disse Alessandro Zema, do Morgan Stanley no Brasil.

Os Próximos Passos da Bolsa de Valores

A corretora acredita que nos últimos 60 dias muitas ações aceleraram o seu ritmo de valorização em comparação ao mesmo período anterior.

“Some-se a isto ‘múltiplos’ nas máximas de muitos anos e veremos que estamos muito próximos de um movimento de exaustão dos compradores”, conforme o Banrisul.

Ações com alta liquidez e boa relação de risco/retorno é difícil no momento.

“Uma nova disparada em setembro poderá nos forçar a adotar medidas nada convencionais para outubro”, avaliaram Gonçalvez e Voncato.

Investir no Mercado de Ações

Como todo outro investimento financeiro, o mercado de ação também necessita de conhecimento técnico e teórico – entender quais são os seus objetivos financeiros é o primeiro passo para o sucesso.

“Entrar ou não na Bolsa de Valores depende de cada pessoa – do momento de vida e dos projetos da vida dela. Ninguém quer entrar para perder, mas a bolsa é um mercado de risco”, afirma Rodrigo Alvarez Vazquez, que é da Planejar (Associação Brasileira de Planejadores Financeiros).

Iniciantes na Bolsa de Valores Brasileira

A recomendação para quem nunca investiu na bolsa de valores, conforme analistas da XP Investimentos, é aplicar dinheiro em ativos que são um tanto quanto mais previsíveis.

“Por exemplo, uma siderúrgica, que tem se valorizado muito nos últimos dias é um ativo mais arriscado. Se você comprar uma empresa de utilidade pública, como de energia elétrica, é mais previsível”, recomenda Marco Saravalle.

Sobre o percentual, recomenda-se começar com um número baixo na renda variável – “quem estuda a bolsa tem mais chance de fazer negócios melhores. Quem não pode fazer isso, sugiro investir menos dinheiro”, diz Samy Dana.

Diversificar Investimentos – a melhor saída

A ideia de diversificar os investimentos vale para todos os investidores – grandes ou pequenos – porque tem o objetivo de diluir os riscos que a bolsa oferece.

Você pode fazer isso ao comprar várias ações de um fundo de ações, por exemplo. Mas, o mais importante é sempre analisar o histórico da bolsa, que nem sempre está favorável.

“Eu tenho um estudo que pego várias combinações dos últimos dez anos. Na maior parte do tempo, a bolsa pode até perder para a renda fixa. Fala-se muito em alta do Ibovespa. Mas isso significa que se você investiu em 2008 e saiu ontem, você não ganhou dinheiro, empatou”, analisa Samy.

“A Bolsa de Valores do Brasil é sinônimo de Risco”, garante.

A Relação entre o Mercado Financeiro e as Crises Políticas

No Mercado Financeiro, basta ler os números para entender que tudo é uma questão matemática, exata, numérica. Logo, baseado em estratégias é possível ganhar dinheiro neste mercado, desde que sejam dinâmicas e bem-sucedidas.

O Mercado Financeiro não é como Jogar na Loteria, como já falamos em outro artigo.

Porém, também não é apenas matemática e finanças. A economia como um todo sofre com a política, que tem se tornado uma das principais variáveis do mercado, principalmente no Brasil.

Assuntos como impeachment ou delação premiada podem movimentar o mercado drasticamente.

Para se ter uma ideia, recentemente – no dia 18 de maio – o índice Bovespa (indicador de performance do mercado) caiu 10,47% e foi preciso acionar o Circuit Breaker para frear a queda da Bolsa de Valores.

Isso havia acontecido pela última vez em 2008, quando a queda foi de 10,18%.

Se você não entende muito sobre Circuit Breaker ou se não sabe o que fazer com as ações em baixa, leia este artigo até o fim, onde vamos falar um pouco mais sobre essas expressões.

Para concluir esse tópico, é preciso entender, portanto, que todo comportamento político pode mudar em algumas horas.

Já quanto ao tempo da crise, não há um prazo para ela acabar – nunca há. Mas, na opinião de investidores, é possível imaginar uma previsão do final já que em cada nova investigação, novas descobertas são feitas, gerando um processo ainda mais longo – positivo para a sociedade.

Assim sendo, conforme analistas do mercado, teremos um “momento de respiro” na economia no final do próximo ano, 2018. Logo após as novas eleições para presidente.

A grande questão é que você não precisa deixar de investir apenas porque a política não vai bem e nem a economia.

As Variações da Taxa Selic

A Taxa Básica de Juros – Selic – é um índice que mexe com a maioria dos investimentos da Renda Fixa.

“É certo que a taxa de juros deve continuar recuando nas próximas decisões de política monetária do Copom. Atualmente, a Selic está em 10,25% ao ano e ao que tudo indica deveremos encerrar o ano em 8,5%”, disse o especialista Roberto Indech.

Também na opinião de Indech, até a Reforma Previdenciária deve interferir de forma gradual na economia e nos investimentos.

“Se for aprovada, o que é pouco provável que ocorra em 2017, a taxa poderia já recuar para a casa dos 8% e de forma sustentável a médio prazo. Aliás, desde o ano passado, o Copom sinalizava duas condições para o recuo da Selic: a queda da inflação e aprovação das reformas”.

Logo, ao que tudo indicado o cenário forte de queda Selic mostrava que as reformas (trabalhista e previdenciária) seriam aprovadas. Porém, com as delações do atual Presidente Michel Temer, o processo tornou-se mais difícil.

Os Investimentos Financeiros na Crise Política

A melhor recomendação é ter cautela para saber aproveitar as boas oportunidades. No Mercado Acionário, por exemplo, o nervosismo da crise política gera volatilidade e, assim, gera oportunidades de negócios.

Para quem tem uma carteira voltada para o médio e longo prazo, a recomendação é não sair da posição em momentos incertos, como esse.

“Vender quando os papéis estão em baixa por motivos sistêmicos é concretizar o prejuízo. O melhor a fazer é esperar a correção das cotações”.

Já para os investidores que querem construir posições, essa é considerada a hora certa. Inclusive, alguns papéis entram em “liquidação”, ou seja, ficam promocionais quando a política está instável.

Para os investidores da Renda Fixa, nada muda. O investimento é considerado conservador e sofre pouca influencia do cenário no curto prazo.

Para fim de tópico, se você é um day trade ou busca rendimentos altos em fundos no curto prazo, procure recomendações mais atualizadas e diárias.

Com informações da tororadar e uol

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