Desbancarização: o que, quando, onde e por quê? Entenda esse movimento que está chegando com tudo!

A cada ano a história se repete: no final de janeiro (ou começo de fevereiro) os bancos começam a divulgar os seus resultados, com as receitas líquidas na casa dos bilhões, aliás, do outro lado, o país cadencia cada vez mais o problema econômico, com as famílias ainda mais endividadas. Não existe mágica: as pessoas confiam suas economias, de vidas inteiras, nas sugestões bancárias, que, em cada ano, se revelam como verdadeiros desastres financeiros. Acha que a história não é bem assim? Leia essas 3 notícias que confirmam as informações!

  1. Em ranking de 10 empresas que mais valorizaram em 2016, 5 são bancos!
  2. Empresas de Capital Aberto somam lucro de R$ 25 bilhões e entre as 6 primeiras, 4 são bancos
  3. Bradesco, Santander e Caixa Econômica Federal são os bancos mais reclamados dos últimos 2 meses

Como isso acontece: os bancos criam peças publicitárias que exploram a ideia de parceria feita com o cliente, na qual a preocupação é a de bem-estar, atendimento “exclusivo” e valores de família. Ah, vocês já viram um milhão de vezes essas propagandas que usam (e abusam) de imagens de crianças felizes e velhinhos sorridentes.

Outro ponto: Do lado de lá da mesa estão os gerentes, com habilidades persuasivas oratórias, sempre estampando os melhores benefícios do banco aos clientes. No entanto, aquele cappuccino quentinho com as bolachinhas de nata, na maioria das vezes, não compensa os serviços caros e as baixas rentabilidades.

7 Mentiras que os Bancos Contam e Como não Cair nessas Conversas Fiadas

O lado bom da história: é que essa vida financeira do brasileiro, de ser totalmente atrelado ao banco, rendeu um movimento que começou lá nos Estados Unidos e que agora, aos poucos, vem chegando ao Brasil, é a Desbancarização! Descobriu-se então, com nossos vizinhos lá de cima, que é possível viver sem o banco e sem precisar, necessariamente, guardar dinheiro debaixo do colchão. Entenda o que é esse movimento, como surgiu e o que ele promete!

Se existisse uma definição rápida para a desbancarização, com certeza, seria essa: É um movimento que surgiu mostrando que é possível planejar o futuro e decidir aonde investir o seu dinheiro com a ajuda de um especialista só seu (não é aquele gerentinho do banco, não!).

E antes que alguém pergunte, vamos explicando que ele é seguro porque conta com um Agente Autônomo de Investimentos, que está regulamentado pela Comissão de Valores Imobiliários para a distribuição e prestação de serviços e informações financeiras, tornando possível você viver sem o banco!

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O final da última semana e o início dessa foi movimentado na BM&FBovespa. E a primeira delas, e a que mais está na fala dos investidores, é sobre as companhias listadas que foram banidas da Bolsa de Valores, devido ao descumprimento de regras ou por terem ações negociadas à menos de 1 real (penny stocks). Descubra quais foram essas companhias!

Ah, aliás, outra boa definição para “Desbancarização” poderia ser: é a troca de grandes bancos pelas corretoras independentes que proporcionam mais funcionalidades e serviços, incluindo relatórios de analistas, gráficos e notícias. É quando você deixa de fazer aplicações ruins e caras e começa a escolher bons produtos financeiros.

A história da desbancarização

É um fenômeno que surgiu na Europa e nos Estados Unidos (ninguém sabe ao certo em qual país primeiro, mas a maioria acredita que foram os americanos que deram o “ponta pé inicial”). Aos poucos, entrou no Brasil com o objetivo de tirar o poder que os bancos exercem sobre as pessoas, os casais, as famílias. E isso é possível através da migração para agentes que promovam um acompanhamento personalizado de educação financeira.

Educação Financeira: o que falta para sairmos das dívidas e sermos bons investidores?

Em 1960, nos Estados Unidos, aconteceu um aumento de poder aquisitivo e no Brasil, o mesmo acontece por volta dos anos 2000, com a migração de pessoas para as classes sociais superiores, o que resultou na formação de novos investidores, ávidos pelo mercado, mas ainda sem conhecimento prévio.

“Essas pessoas começaram a se preocupar em como poupar dinheiro e ter um futuro financeiro mais tranquilo. A internet popularizou a distribuição de informação e do acesso a produtos que os bancos dificilmente ofereciam, pois eles vendem produtos só deles”, diz Norberto Giangrande, da Corretora Rico.

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Atenção: Quando o assunto é futuro financeiro, você logo pensa na aposentadoria, não é? E aqui no blog, temos várias notícias publicadas sobre isso. Inclusive uma que fala como aposentar com um pequeno patrimônio de 1 milhão de reais e outra que falamos sobre como aposentar sem depender do INSS poupando apenas 10% do salário. Está preocupado com o futuro e quer ver essas notícias? Acesse:

À esse novo perfil, os bancos não se adaptaram muito bem. E, nem mesmo com atendimentos VIPs ou “Gourmetizados” foi possível reter essas pessoas. O resultado é que esses novos investidores têm buscado, cada vez com mais frequência, alternativas superiores fora dos bancos, por meio, justamente, das assessorias financeiras, como as corretoras, por exemplo.

https://youtu.be/_EZWSY1adDs

Como dito, no Brasil, o movimento ainda é jovem; mas, para se ter uma ideia, nos EUA, mais de 80% do patrimônio dos cidadãos estão fora dos bancos. Em termos de comparação, é possível analisar atualmente que os Títulos Públicos, tal como o Tesouro Direto, é tão seguro e democrático quanto à poupança e teve rendimentos superiores à ela nos últimos tempos.

O que é Tesouro Direto – Segundo o site da Fazenda, o Tesouro Direto é a oportunidade que o Tesouro Nacional abre para você ter a rentabilidade de grandes investidores, a partir de 30 reais. Justamente por isso é considerado o ativo com menor risco em uma economia.

Quando você aplica no Tesouro Direto você está emprestando seu dinheiro para o Governo. Em troca, você recebe juros. Portanto, ele é diferente de outros investimentos de Renda Fixa, como o CDB (Certificado de Depósito Bancário), do LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e LCA (Letra de Crédito do Agronegócio) que são emitidos pelos bancos. Leia a matéria completa sobre o Tesouro Direto!

Entendeu a relação? A poupança, que ainda é o “investimento” mais usado pelo brasileiro e que está dentro do banco, está perdendo lugar para o Tesouro Direto, que pode ser feito por esses agentes financeiros, que, na maioria das vezes, não cobram taxas para tal aplicação.

Em se falando de poupança: 3 Motivos Para Não Investir na Poupança

“Não vejo o mercado brasileiro com esta magnitude. Mas, por outro lado, o país é o 7 maior mercado no mundo de asset management. É um mercado muito grande e está tendo um processo de diversificação tanto de produto quanto de instituição”, afirma Jean Sigrist, da Guide Investimentos.

Asset ManagementA gestão de ativos consiste em boas práticas que podem ser utilizadas pelas organizações em seu processo de controle de ativos e que buscam alcançar um resultado desejado e sustentável. O IAM (Institute of Asset Management) define Gestão de Ativos como sendo a ação coordenada de uma organização para realizar valor com seus ativos

Por que a desbancarização tem tudo para dar certo?

Bem, vamos levar em consideração a regra número 1 da educação financeira. Qual é? “Nunca coloque todos os ovos na mesma cesta”. Ótimo. Sabendo disso, deixar o dinheiro SÓ na poupança, não é indicado, mesmo porque a garantia dali é de apenas 250 mil reais. Do outro lado, os agentes financeiros podem ajudar o investidor a escolher uma carteira de investimentos, dos mais conservadores aos mais arrojados.

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O que você sabe sobre o Fundo Garantidor de Crédito? O Fundo Garantidor de Crédito é uma associação civil sem fins lucrativos, com personalidade jurídica de direito privado do Brasil, que administra um mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, permitindo recuperar os depósitos ou créditos mantidos em instituição financeira, em caso de falência ou de sua liquidação. Para isso, o FGC recebe uma porcentagem de 0,025% com base nos valores depositados nas instituições financeiras. Saiba tudo sobre ele no link!

“Ah, mas o país está em crise”. Sim, tem razão. Esse é mais um motivo para apostar nesses investimentos. É justamente em meio ao caos que nascem as melhores oportunidades.

Para nos auxiliar a responder esse tópico, buscamos informações no Infomoney, que também é especializado em assuntos financeiros. Eles listaram 3 motivos principais para você “desbancarizar” seus investimentos. Veja!

  1. Aumento de Rentabilidade – Os produtos bancários tem muito conflito, já que distribui apenas produtos próprios. Inclusive, o gerente tem metas a serem batidas mensalmente. Assim, nos meios independentes é possível ganhar mais performance.
  2. É tão seguro quanto – Atualmente é o FGC (Fundo Garantidor de Crédito) que protege os investidores brasileiros. Além disso, tem a Cetip, que inibe as brechas para qualquer possibilidade de fraude. Nas corretoras acontece a mesma coisa, já que o dinheiro investido sempre fica protegido, seja na Bovespa ou no Governo, por exemplo. Mesmo se a corretora falir, você está seguro, assim como no banco.
  3. Comodidade – As empresas independentes têm plataformas abertas na qual é possível montar uma carteira de aplicações mais adequada ao seu perfil, sem que haja o conflito de interesses. O banco funciona para o dinheiro do dia a dia, como transferências e depósitos, mas para o dinheiro do futuro, definitivamente, não.

“Banco não tem vocação e nem estrutura para criar produto com algum tipo de diferencial. [A desbancarização] ainda é um movimento pequeno, mas tende a crescer. Antes, as casas exigiam volumes muito grandes e era complicado para entrar nelas. Hoje, tudo mudou e está mais fácil e acessível”, afirma Eduardo Moreira, sócio diretor da Geração Futuro.

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Banco Santander antecipa saque do FGTS Inativo. Como Funciona: O empréstimo é parecido com o que já é feito com o 13º Salário e com a Restituição do Imposto de Renda. O trabalhador que tem um valor a receber pode pegar esse dinheiro antecipado pelo banco, em troca, ele, posteriormente paga juros. Quando o dinheiro do Fundo cai na conta do beneficiado, o banco já estorna para si mesmo. É vapt-vupt! Mas, e então, vale ou não a pena? Saiba a resposta!

A mesma opinião é compartilhada por Ulisses Nehmi, engenheiro formado pelo ITA com especialização pela FGV (Fundação Getúlio Vargas). “O brasileiro olha o banco como local para investir dinheiro. E isso não é verdade mais no mundo inteiro. Quem começar a observar vai ver as novas oportunidades”.

E, o especialista confirma também que é uma via de mão dupla: “No banco, quanto mais o gerente te pagar, mais ele vai deixar de ganhar. No mercado independente, quanto mais o corretor conseguir ganhar com você, mais ele vai ganhar também, na mesma proporção. Então, inverte-se o eixo: o corretor e o investidor não estão em lados opostos”.

Aliás, você já parou para pensar como escolher a melhor corretora de investimentos? Se você nunca abriu conta numa corretora, vai ter uma pessoa especializada que vai fazer esse link entre você e ela que é o assessor, ele quem vai te ajudar nos cadastros, com dicas sobre investimento, fazendo comparações, ajudando a escolher a melhor renda fixa. E aqui vai uma surpresinha… Leia na íntegra!

Com informações da LondonCapital, Infomoney e Brasil Economico

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