Quando não se tem uma boa renda guardada (chamada de reserva de emergência) e surge a oportunidade de fazer uma compra de valor mais alto, o que a gente costuma fazer? Geralmente, a saída é buscar um financiamento. Assim, também temos a dívida a longo prazo.
Inclusive, saiba que aquilo pode lhe dar um alívio instantâneo, pois você conseguirá comprar a sua casa ou o seu carro que custam valores altos pagando parcelas mensais baixas. No entanto, com certeza, você terá uma dívida que pode perdurar por décadas.
Sendo assim, como saber quando vale a pena se endividar por muitos anos e quando saber se esse é um péssimo negócio? Confira esse artigo que preparamos para responder essas e outras dúvidas sobre dívida a longo prazo.
A necessidade de fazer a compra
Antes de mais de nada, se pergunte o motivo de estar fazendo aquele tipo de investimento ou compra. Geralmente, falamos em imóveis e automóveis, mas podem ser outros sonhos também, como motos, barcos, área de lazer, apartamento na praia.
Essa pergunta sobre a necessidade faz sentido porque fazer um investimento a longo prazo só vai ser algo interessante se for por algo realmente útil para você.
Por exemplo, vamos supor que você mora de aluguel e quer comprar uma casa para finalmente ter o ser lar. Aparentemente, esse é um motivo muito bom. Mas, se você já tem um carro na garage e quer comprar uma Ferrari, parece um exagero, né?
Resumidamente, se pergunte sobre a verdadeira necessidade de fazer aquele investimento. Aliás, caso muitas dúvidas surjam, pode ser sinais claros de que aquele momento não é o mais oportuno para a compra. Então, esperar pode ser a melhor saída.
O financiamento ou o empréstimo
Avaliada a necessidade da compra, a próxima dica para pensar na dívida a longo prazo é saber que há o financiamento, que é mais comum e também tem o empréstimo, que geralmente é usado para o curto prazo, mas existem os de longo prazo também.
Ambas são consideradas linha de empréstimo pessoal, isso quer dizer que podem ser disponibilizadas para pessoas físicas. Logo, quem busca por um financiamento normalmente está em busca de utilizar algum serviço ou bem com valores altos.
Mas, vale lembrar que nem sempre é financiado o valor total de algo. Por exemplo, você pode pedir o financiamento da casa. No entanto, os bancos só aprovam até 80% do valor total. Sendo que 20% você terá que dar de entrada.
Já o empréstimo pessoal está mais associado para quem precisa de mais recursos financeiros para usar sem que tenha que comprar algo. Geralmente, usa-se para pagar outras dívidas ou até mesmo para organizar uma viagem que deu prejuízo, etc.
As dívidas a longo prazo
Bom, já falamos sobre a necessidade da compra e sobre as opções mais conhecidas de empréstimo. Agora, considere que para decidir qual é o melhor para você, também devemos considerar o momento para pagar uma dívida. E para isso, é preciso estar atento aos detalhes.
Saiba que quanto menores os prazos, significa que as parcelas serão maiores. Quase sempre é assim. No entanto, se optar por prazos mais espaçados, terá parcelas bem mais diluídas. Ou seja, parcelas mais baixas. Então, afinal de contas, qual delas é a melhor opção?
Se tiver dinheiro em caixa, a melhor saída é pagar à vista. Essa é uma regra que vale para toda situação (ou pelo menos para a maioria). O pagamento a vista significa que você vai continuar sem contrair dívida, se livrando de juros, taxas e, muitas vezes, conseguindo descontos.
Mas, caso tenha condições de pagar a dívida em um prazo curto, sem comprometer os seus vencimentos, leve em conta se há a necessidade de estender por muitos anos essa dívida. Afinal, quanto mais tempo, mais juros também.
Por fim, se você não tem como pagar a vista e nem tem como parcelar em pouco tempo (porque as parcelas podem ser altas demais), então, aí nos resta a opção da dívida a longo prazo. Mas, ainda assim dá para ter alguns cuidados e evitar prejuízos maiores.
As dicas sobre dívida a longo prazo
Supondo que você tenha optado pela dívida a longo prazo, como é o caso do financiamento de uma casa, que pode ser feito em até 30 anos, geralmente, na Caixa, vamos pensar em ideias para amenizar essa conta toda.
Primeiro, veja a possibilidade de abater os juros. Isso pode ser feito de várias formas. Uma delas é você usando recursos extras, como o FGTS ou o 13º salário, para antecipar parcelas finais ou em modalidades de pagar os juros separadamente também.
A próxima dica é jamais deixar de pagar a parcela. Isso pode causar um problema ainda maior, já que novos juros vão corroer o seu empréstimo. E há casos onde você pode até acabar perdendo o seu imóvel ou carro. Por isso, evite ao máximo atrasar no pagamento.
Por fim, esteja seguro que terá condições para assumir o acordo. Vamos falar disso abaixo.
As condições
No caso das condições, o que queremos dizer é que você tem que criar formas inteligentes de avaliar se aquele contrato vai ser bom para você. Por exemplo, quem não tem um emprego fixo deve ficar atento a sazonalidade da renda. Isso porque as parcelas são mensais.
E mesmo que em um mês você não teve uma boa renda, ainda assim, terá que pagar as parcelas.
Ponto número 2 das condições: não tenha pressa em fechar um financiamento ou empréstimo. Isso porque as empresas e os bancos fazem de tudo para vender os produtos, como os financiamentos. E usam termos como “últimas unidades”, etc.
Temos o passo a passo para fazer um investimento eficiente para o longo prazo
Mas, você não tem hora certa para fechar o acordo. Aliás, até tem: você tem que encontrar o seu melhor momento e não do banco. Isso quer dizer que você deve procurar em várias instituições financeiras, comparar os preços, as condições, os benefícios, etc.