Cresce procura pelo financiamento para a reforma da casa durante pandemia

A Pontte (fintech de crédito digital) fez um estudo que mostrou que a busca pelo financiamento para a reforma da casa cresceu durante os meses da pandemia, aqui no Brasil. Obviamente, o crédito também é usado em apartamentos e prédios comerciais.

A pesquisa mostrou que a porcentagem foi de 44% entre março até julho desse ano. Maria Rosenberg, que é CCO da empresa, diz que só a sua plataforma recebeu mais de 4,8 bilhões de solicitações de crédito até agosto desse ano. Sendo que em 2019, o número foi de 1,7 bilhão.

A própria especialista comenta o que pode ter motivado esse avanço na busca pelo crédito imobiliário: “são pessoas que já pensavam em fazer a reforma da casa. No entanto, elas não tinham tempo. Com a pandemia, como ficaram mais em casa, decidiram iniciar as obras”.

A outra justificativa também tem a ver com a pandemia e o processo do isolamento social ou do home office. Para ela, há pessoas que precisaram aumentar os espaços comuns para acomodar melhor a família. “Elas quase não ficavam em casa antes da pandemia”.

Outros dados da Pontte

A empresa também diz que atualmente só oferece crédito com valor mínimo de R$ 30 mil. Assim, acredita ter recebido mais de R$ 6 bilhões em pedidos no ano. Em fevereiro, por exemplo, que foi um mês antes da pandemia, 9% do total era reformas para imóveis.

A partir de março, o aumento foi de 22% no interesse pelo crédito para a renovação dos espaços, das fachadas e para dar uma nova cara para o lar, ela diz. Assim, foram solicitados R$ 670 milhões em crédito apenas para as reformas.

Inclusive, ela acrescenta um fator importante: os problemas de saúde, a quitação de dívidas e até mesmo a abertura de um negócio próprio também impulsionaram esse aumento de pedido na startup.

Curiosamente, saiba que a empresa atua com a modalidade que tem a garantia de imóveis. Então, a pessoa “oferece” a casa como garantia do pagamento. Em contrapartida, ela tem uns juros mais acessível. O público alvo é famílias de classe média alta.

Reformar para alugar

Ainda nesse viés de usar o financiamento para a reforma da casa, saiba que alguns especialistas comentam que muita gente tem feito isso para alugar o imóvel. O motivo é simples: as opções mais seguras de investimentos estão pagando pouco.

Quem diz isso é Frederico Marcondes César, que atualmente é o vice-presidente do Secovi-SP, o Sindicato da Habitação de São Paulo. Ele comenta, inclusive, que o baixo rendimento da poupança (de 0,12% ao mês atualmente) fez com que as pessoas buscassem melhores ideias.

Assim é que entra a questão de reformar para alugar. Ele fala que as pessoas estão fazendo melhorias no imóvel, como aplicar espaços, pensando no aluguel. E ele ainda prevê que com a Selic baixa, os juros do crédito para construção estão atrativos.

“O mercado de imóveis ficou parado por 4 anos seguidos. A partir do segundo semestre do ano passado é que começou a melhorar, com os novos lançamentos”.

Como economizar na reforma da casa

Há 3 anos, a gente fez uma matéria com dicas sobre como economizar dinheiro na reforma da casa. Por exemplo, a gente citou a importância de ter um projeto financeiro, a planilha de custos, o financiamento (que é uma possibilidade) e até mesmo a escolha dos profissionais.

No caso do financiamento, a gente citou um exemplo, que é o Construcard, da Caixa Econômica Federal. Logo, esse é um cartão de crédito com juros a partir de 2,5%. Essa opção serve para a compra de materiais comuns, de armários, piscinas, aquecedores, etc.

Se você quiser saber mais sobre essa matéria e as orientações, leia.

Uma alternativa de financiamento para a reforma da casa

Além da Caixa, que citamos acima, saiba que outros grandes bancos também ofertam essa linha de crédito. Por exemplo, no mercado, você vai encontrar o Financiamento para Reforma BB, que é do Banco do Brasil.

financiamento para a reforma da casa

Entre as vantagens temos até 180 dias para começar a pagar e taxas a partir de 3,7% ao mês.

Tem também o Financiamento para Reforma do Itaú. Nesse caso, o empréstimo pode ser pago em até 4 anos. O problema é que apenas clientes podem pedir o limite pré-aprovado.

O Bradesco tem o Crédito para Construção, que é chamado de CDC Reforma de Imóveis. Assim, ele financia até 70% das obras e parcela em 48 meses. O Santander tem o Construção Fácil, com financiamento de 100% da obra e dá para usar o FGTS para amortizar o crédito.

Por fim, também dá para falar dos cartões de crédito das lojas de construção. Por exemplo, o Cartão Celebre, da Leroy Merlin. Ele tem juros de 1,99% ao mês. O Cartão Telhanorte tem juros de 2,99% ao mês. E o da Casa e Construção (C&C) é só para empresas.

Os juros, prazos, parcelas

Para terminar a matéria, saiba que independente de pedir um cartão de crédito ou solicitar o financiamento para a reforma da casa em algum banco, você tem que estar atento às regras e condições de cada linha de crédito. Ok?

Assim, além de olhar as taxas de juros é interessante que você também tenha o CET, que é o Custo Efetivo Total e vai mostrar o valor real de quanto você pagará pelo empréstimo. Outra dica importante é sobre o ler o contrato inteiro antes de assinar o documento.

Acima, a gente tem um vídeo da Creditas, que é uma fintech de empréstimo digital, que também dá algumas dicas. Assista.

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