Fundos de renda fixa – como funcionam?

Para todas as pessoas que estão começando a se interessar pelo assunto das aplicações financeiras, os especialistas costumam indicar os fundos de renda fixa.

Só que nem sempre as informações são claras. Afinal, sobre o fundo de renda fixa, como funciona essa opção?

É sobre isso que vamos falar neste artigo. Acompanhe.

Os títulos de renda fixa são aqueles que têm rentabilidades menos voláteis. Por isso, o nome de fixa.

Isso quer dizer que elas vão variar conforme uma taxa do mercado, que pode ser a Selic ou o CDI, por exemplo.

É diferente da bolsa de valores, que varia conforme inúmeros fatores: mercado, juros, outros países, câmbio, dólar, gerência das empresas… e por aí vai.

Assim sendo, as rendas fixas são indicadas para quem não quer correr riscos. Elas são chamadas de aplicações financeiras conservadoras.

E esse é o primeiro ponto para entender como funcionam um fundos de renda fixa.

Já um fundo é um grupo de investidores que se unem (centralizando seus ativos em uma instituição, que normalmente é um banco ou uma corretora de valores).

Aí fica mais fácil entender.

Os fundos de renda fixa são grupos de investidores que aplicam seus recursos nesse fundo, que, por sua vez, opta por títulos da renda fixa – formando o que é chamado de carteira de investimentos.

Esse fundo é considerado de renda fixa quando tem, no mínimo, 80% dos seus valores aplicados em opções da renda fixa (como CDB, Tesouro, LCI).

O restante (20%) pode ser aplicado na renda variável (como em ações da bolsa de valores).

E existem 3 tipos de fundos de renda fixa, que vamos falar abaixo.

A estruturação da carteira é feita pelo gestor, que é do banco ou da corretora (conheça as 30 maiores corretoras de valores do Brasil).

Agora você já sabe o que são fundos de renda fixa e como funcionam essa forma de investir dinheiro.

Mas, você ainda não sabe tudo sobre ele. Existem características que precisam ser analisadas para saber se esse tipo de investimento vale a pena ou não.

Ele vale a pena quando é rentável, do ponto de vista financeiro.

E, abaixo, vamos te mostrar como descobrir isso.

Fundos de renda fixa – como funcionam os vários tipos?

O primeiro fundo de renda fixa você já sabe qual é: o mais comum, que investe 80% na renda fixa por obrigatoriedade.

Outra opção é o fundo de renda fixa na modalidade de crédito livre.

Isso quer dizer que ele investe mais de 20% dos seus recursos em aplicações de crédito de médio e alto risco (debêntures, principalmente).

Por fim, há o fundo de renda fixa índices, que são feitos para aplicar também em indicadores de desempenho, como a Selic ou o IPCA.

Os principais tipos de Fundos de Investimentos

Algumas pessoas buscam opções de fundos de investimento para aumentar o patrimônio e rentabilidade as suas economias. Só que nessa busca param em muitas dúvidas.

Separamos os três principais tipos de fundos para você entender cada um deles: renda fixa, multimercados e ações. Confira!

Os Fundos de Investimentos em Renda Fixa

Ele é indicado para os investidores que são mais conservadores e não gostam de correr riscos.

Normalmente, são recomendados para quem ainda está acostumado apenas com a poupança.

Esse tipo de fundo aplica o dinheiro dos cotistas em ativos de renda fixa com taxas pré ou pós-fixadas.

Nas prefixadas, o investidor saber quanto vai receber ao final do vencimento do prazo do investimento.

Já na outra opção, o cálculo é feito mediante a um índice variável, que pode ser a inflação do país ou a taxa Selic.

Nos dois casos, o investimento é de baixo risco porque não há possibilidades de perda dos recursos aplicados.

O único risco é ganhar menos do que poderia em outras aplicações financeiras.

Os Fundos de Investimentos em Ações

Os fundos de ações são voltados para a aplicação na Bolsa de Valores.

Aqui há vários pontos a serem analisados.

De um lado, o risco é maior devido a oscilação do mercado e por outro, a rentabilidade também pode ser mais alta do que a da renda fixa.

De forma geral, os fundos têm como referência os índices de ações como o Ibovespa ou o IBRX-100.

Esse risco no qual falamos está ligado aos valores das ações que compõe a carteira de investimento do fundo.

Logo, se as ações perdem valor, o investidor perder parte do patrimônio também. Quando elas valorizam, o patrimônio cresce.

Com essas características, os fundos de ações são recomendados para quem não precisa do dinheiro no curto prazo.

Se a bolsa de valores cair, o investidor não tem que resgatar suas ações na baixa, mas pode esperar um novo ciclo de alta e recuperar o dinheiro.

Quem conhece esse mercado da renda variável, recomenda que os investimentos em ações sejam sempre suados como forma de preservar as reservas no médio e longo prazo.

Os Fundos de Investimentos Multimercados

Agora ficou fácil explicar essa opção de fundo de investimento.

São opções mais seguras e mais agressivas ao mesmo tempo.

Isso porque o multimercado investe em títulos da renda fixa, mas também em títulos de ações, além do câmbio e outras opções.

A recomendação desse fundo é para formar reserva de prazo mais longo e que aceitam maior volatilidade.

Reprodução: Google

Fundos de renda fixa – como funcionam as vantagens?

Essa parte do artigo é para citar as vantagens desse tipo de investimento.

Lembrando, claramente, que ele é muito indicado para quem está começando no mercado financeiro e ainda não tem muito conhecimento sobre o assunto.

Listamos alguns subtópicos, confira.

A gestão profissional

A primeira vantagem dos fundos de renda fixa tem a ver com a gestão profissional que há por trás dele.

A facilidade acontece pelo fato de que você investe dinheiro e o gestor faz o “trabalho sujo” de escolher os melhores ativos que vão compor o fundo.

Isso, inicialmente, é muito bom porque você deve imaginar que esse gestor terá capacidade de gerir muito bem o fundo, com as melhores escolhas.

O cuidado é apenas por acreditar que ele fará mesmo boas escolhas.

E isso na maioria das vezes acontece, mesmo porque esses profissionais são experientes no mercado financeiro e na economia nacional.

Agora, o lado ruim é que isso tem um custo.

Afinal, você não achou que o banco faria esse serviço para você de graça, não é?

Mas, como estamos falando de vantagem, falar sobre esse custo vai ficar para depois.

O importante é considerar que os fundos têm gestores por trás, o que é bom para os iniciantes que ainda não sabem escolher os seus próprios ativos.

O acesso a mais opções de investimentos

Se uma pessoa for investir em vários ativos, sozinha, ela dificilmente terá condições (financeiras mesmo) de escolher todos os tipos do mercado.

Isso porque alguns requerem um valor inicial mais alto para aplicação, como as debêntures.

No caso do fundo, vale muito a pena pensar no montante de dinheiro que o gestor terá em mãos. Como são muitos cotistas, há muito dinheiro também.

Isso ajuda o trabalho dele, que pode escolher uma variável maior de opções do mercado, exatamente como as debêntures.

Esse também é um ponto importante de se entender os fundos de renda fixa e como funcionam essa opção de investimento.

A liquidez dos fundos de renda fixa

Outro ponto positivo para os fundos de renda fixa!

A liquidez das aplicações desse tipo também é atraente se comparado as outras opções do mercado, como o Tesouro Direto.

O investidor vai precisar ter algumas datas preestabelecidas se quiser resgatar seus recursos financeiros, portanto, não é indicado retirar o valor antes.

Só que os resgates, normalmente, são considerados de curto ou médio prazo.

E, uma boa parte tem liquidez diária – o que é ótimo para quem quer sacar o dinheiro sem depender de dia certo para isso.

Quanto aos prazos de depósito, isso varia de fundo para fundo e alguns costumam ser maiores do que outros – vale a pena analisar o espelho do fundo.

O cuidado especial é para nunca tirar o dinheiro antes dos 30 primeiros dias porque nesse caso haveria a incidência do IOF (imposto sobre operações financeiras).

Fundos de renda fixa – como funcionam as desvantagens?

Como, no mercado financeiro, nem tudo são flores, então, agora, temos que citar as desvantagens de se investir em fundos de renda fixa.

Os custos e as taxas

Como já adiantamos nos tópicos acima, esses fundos cobram uma taxa de administração, que é anual e acompanhada também da taxa de performance, que é abatida na rentabilidade obtida no período.

O custo precisa ser analisado com muito cuidado porque pode comprometer toda aplicação financeira. Se isso acontece, o investidor ganha menos dinheiro – o que não é vantajoso.

A recomendação geral dos analistas é a de que para um fundo de renda fixa a taxa não seja maior, em nenhuma hipótese, do que 1% ao ano.

Você pode até saber o que é um fundo de renda fixa e como funciona, mas se não fizer as contas da rentabilidade líquida (que é descontada a taxa de administração), você não saberá se vai valer a pena.

A tributação do fundo de renda fixa

A maioria dos fundos de investimentos tem formas de tributações parecidas, chamadas de come-cotas.

Essa tributação incide sobre o capital investido a cada 6 meses (geralmente, isso acontece em meio e em novembro).

Ele desconta diretamente do fundo sobre os impostos do período – em uma alíquota de 15%.

O imposto reduz pouco a pouco as cotas do investidor e também interfere na rentabilidade dele.

Agora, outro cuidado especial: no momento do saque do capital, também pode existir a cobrança de um adicional – isso se o imposto de renda do investimento que pode ter outra tributação.

A ausência de garantia

Essa talvez seja a grande “ferida” dos fundos de investimentos.

Diferente dos outros papéis da renda fixa, os fundos não tem a garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito).

Isso porque os fundos não são considerados investimentos propriamente ditos, mas sim uma cesta (carteira de investimentos) com vários investimentos de origens diversas (como as debêntures, por exemplo).

A falta de cobertura do FGC não é um grande problema, considerando que em caso de problemas, o patrimônio do fundo estará separado.

Isso quer dizer que ainda que o banco entre em falência, os recursos ficarão sobre cuidados dos custodiantes, sem que se misture com os do banco em si.

Aí, a única perda seria a de tempo.

O tempo que leva para os recursos serem transferidos de um banco administrador para outro, a partir do qual as operações continuaram a serem executadas normalmente.

E agora, fundos de renda fixa valem a pena ou não?

Se você chegou até essa parte do artigo, é possível que esteja se perguntando: visto as vantagens e desvantagens, será que vale a pena investir em fundos de renda fixa?

E aí, infelizmente, não temos uma resposta pronta.

Isso porque tudo vai depender do perfil, da vontade, dos recursos, do tempo de cada pessoa.

Se você tem pressa para usar o dinheiro, se tem tempo sobrando, se tem algum recurso significativo, se não tem, se tem conhecimento para analisar ativos…

Tudo vai depender disso – e muito mais!

A questão é que tendo em vista o gestor que vai procurar os melhores ativos (ou seja, os mais rentáveis).

Então, é possível fazer o que os especialistas chamam de diversificação de investimento.

Logo, se acontecer a rentabilidade pode se manter porque há um equilíbrio entre os ativos – quando um cai, o outro sobe e vice-versa.

Para quem tem outro tipo de investimento, mas busca formas de variar, os fundos de renda fixa também são boas opções, especialmente os atrelados ao CDI ou aos índices de inflação.

O segredo é analisar a taxa de administração.

Fundo de Renda Fixa – eterno porto seguro!

O fato a ser analisado é que com a queda da Selic, o fundo de renda fixa vai perder alguma rentabilidade e não vai conseguir manter os altos juros que pagavam (acima de 1% em muitos casos).

https://youtu.be/Gr_6uaxVRGA

Mesmo assim, e com atenção, eles vão continuar sendo eternos porto seguro, dizem os analistas.

E por quê?

Eles justificam falando que a volatilidade do mercado acionário, impulsionada pelo mau momento econômico e pelos escândalos de corrupção que acometem as grandes empresas listadas na bolsa de valores.

Novamente, vale a pena pensar no estudo sobre os fundos – eles podem ser rentáveis, se as taxas forem baixas e os rendimentos medianos.

5 dicas para investir em fundos de investimentos para quem está começando

A lista abaixo são comportamentos fáceis de serem feitos e que refletem diretamente no hábito financeiro das pessoas.

Se for iniciante, entenda que você não precisa conhecer tudo sobre a bolsa de valores ou ter muito dinheiro para começar a investir.

O mais simples e o mais básico já são suficientes para você começar a ganhar dinheiro.

1 – comece o quanto antes

A consciência sobre os benefícios de investir dinheiro tem que acontecer.

E começar o quanto antes é importante porque os juros são compostos e se tornam efetivos com o tempo.

Na prática, é muito melhor entender: investir 100 reais por mês durante 10 meses é melhor do que investir 1 mil reais no final desses 10 meses.

Isso porque os juros vão rendendo no período.

Evidentemente, a idade não é tão importante, mas quanto mais tempo tiver para investir, melhores serão as opções e os retornos para os investidores.

Nos fundos de renda fixa, por exemplo, se você investir 200 reais por mês durante 35 anos, com certeza, terá um valor aproximado do 1 milhão de reais ao final desse tempo.

Sim, você pode se aposentar com 1 milhão de reais na conta, mesmo guardando pouco por mês, entendeu? Isso tem a ver com começar o quanto antes.

2 – tenha planejamento financeiro

O planejamento financeiro é uma forma de organizar o dinheiro e também serve como motivação para a definição de metas e objetivos.

Essa é chave para uma vida financeira correta, logo, nada mais é do que ganhar mais do que se gasta. Isso tem a ver com a estimativa das receitas mensais e com as despesas também.

Lembre-se uma pessoa rica não é aquela que ganha muito dinheiro, mas sim aquela que consegue gastar menos do que se ganha – isso porque haverá dinheiro para investir.

É a partir do planejamento financeiro que se vai conseguir ter um horizonte para poupar dinheiro, investir dinheiro e conseguir chegar a um ápice chamado independência financeira.

3 – tenha metas para investir

O melhor jeito de conseguir poupar dinheiro todos os meses é criando metas – e cumprindo-as obviamente. Logo, estabeleça um valor fixo mensal.

E nem precisa ser tão alto assim – a partir dos 10% da renda mensal total já é válido. Mas, quanto maior essa porcentagem, melhor será.

O segredo é sempre bater a meta. Se você não conseguiu poupar essa quantia todos os meses, então, você tem duas opções:

  • diminuir os gastos ou
  • aumentar os ganhos

E aí, é com você!

4 – seja disciplinado e paciente

Essas são duas características importantes para qualquer investidor. Afinal, serão importantes para bater suas metas e seus objetivos.

As pessoas costumam pensar que isso tem a ver apenas com a renda variável, mas não é verdade. Todo investimento varia conforme o mercado e as taxas e os juros.

E, por isso, merece atenção.

5 – estude sobre as finanças

Estudar nunca é demais para a vida.

Sobre as finanças, vale o mesmo. O ideal é ter planilhas, aplicativos e acompanhar os gastos.

A partir disso, reconhecer as chances de se investir dinheiro e poupar para evitar futuras surpresas desagradáveis.

Busque na internet fontes confiáveis para o estudo e nunca deixe de aprender.

Se você não sabe por onde começar, temos duas alternativas de estudo:

Além disso, você também pode buscar o conhecimento em outras fontes, como em livros, blogs, com consultores e em corretoras de valores.

Reprodução: Google

Como começar a investir em fundo sem ter dinheiro?

Você sabe que os fundos de renda fixa funcionam muito bem se você tiver estratégias.

Agora, pode ser que uma das suas dificuldades esteja em guardar dinheiro, especialmente em tempos de crise financeira.

Para falar sobre isso, encontramos algumas informações do professor de Economia do Instituto Federal de Sergipe (IFS), Nilton Melo. Separamos os principais comentários, confira!

Como poupar dinheiro ganhando pouco?

“É um hábito. A gente sabe que nenhum hábito é feito do dia para a noite, é preciso disciplina, isso acontece com tudo na vida. Inicialmente, você pode tirar um valor pequeno de sua renda mensal e criar o hábito mensal de tirar esse valor”.

Como poupar sem comprometer a renda?

“Para a pessoa ter esse hábito de fazer depósitos, ela precisa primeiro se conscientizar e se adequar ao seu estilo de vida com o ganho mensal”.

Como planejar uma poupança de médio prazo?

“Para conseguir poupar, a pessoa precisa fazer um orçamento doméstico e, ao fazer ela vai identificar possíveis despesas supérfluas que podem ser retiradas sem sacrificar o estilo de vida. É importante que isso seja feito com toda a família”.

Opções de investimentos para 2018

O infomoney listou algumas recomendações para se investir em 2018.

Aqui não vamos focar nos fundos de renda fixa, a ideia é citar a renda fixa, mas não necessariamente os fundos. Confira as indicações.

Carteira Global de Renda Fixa

Essa opção é para investidores do curto prazo, de até 1 ano, que podem aplicar em CDB (Certificado de Depósito Bancário) de bancos médios e pequenos de liquidez diária, como os fundos de crédito privado.

As oportunidades para 2018 também devem surgir nas LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e nas LCAs (Letra de Crédito do Agronegócio).

No médio prazo, que são até 3 anos, a recomendação é a mesma: CDBs e fundos de crédito privado e letras de câmbio.

Para o longo prazo, acima de 3 anos, a recomendação é o Tesouro IPCA+ com vencimento para 2024. Além das debêntures de infraestrutura, CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários) e CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio).

Com informações do guiabolso, londoncapital, istoédinheiro, btgpactual

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