Vice-Campeã do Masterchef compara Gastronomia com Mercado Financeiro

No mês passado – agosto – a Televisão Brasileira mostrou a final de uma competição gastronômica, onde as pessoas buscam a perfeição do paladar. Uma das finalistas foi Deborah Werneck, que ganhou uma bolsa de estudo de Gastronomia em Le Cordon Bleu Ottawa, no Canadá, e 1 mil reais para gastar mensalmente nas lojas do Carrefour.

A vice-campeã é formada em administração pela Universidade Federal Fluminense, no Rio de Janeiro e trabalho como assessora de investimentos na Acqua Investimentos, que é filiada da XP Investimentos, em São Paulo.

Em uma entrevista publicada pelo Infomoney, Werneck comparou a Gastronomia com o Mercado Financeiro. Veja trechos do que ela disse.

Dinheiro do Prêmio iria para a Renda Variável

Se tivesse ficado em 1º lugar, Deborah afirma que usaria o prêmio de 200 mil reais para investir na Renda Variável. “Como é uma quantia muito alta, eu investiria em renda variável porque prefiro arriscar e o rendimento seria superior ao da renda fixa”, ela analisa.

Porém, ela sabe que nem todas as pessoas tem o perfil agressivo e, assim, aconselha aos mais conservadores a mesclar o investimento: Na Renda Fixa existe uma boa rentabilidade e baixo risco, além dos títulos privados, como os CDBs (Certificados de Depósito Bancário), ela frisa.

“Cada um tem um perfil, é preciso adequá-lo ao investimento que você vai fazer para não sair no prejuízo”, recomenda.

Pontos em Comum entre a Gastronomia e o Mercado Financeiro

A assessora fala que a pressão no ambiente de trabalho é muito parecida nos dois casos.

“Mas a pressão no mercado financeiro é muito maior e é um pouco diferente: é mais corporativo, você está lidando o tempo todo com dinheiro e patrimônio de clientes, que cobram resultados”, ela comenta ao falar da profissão principal.

Já sobre a gastronomia, ela diz: “Na cozinha é uma pressão moral, você precisa ter muito equilíbrio emocional” – ao analisar que a pressão na hora de cozinhar só atrapalha e não é um incentivo.

“Na cozinha você tem que manter um nível alto de resultados, mas sempre para clientes diferentes. No mercado financeiro, você já tem um cliente que precisa manter ou captar novos. Por isso acredito que são pressões diferentes no dia a dia de trabalho”, complementa.

O foco e a determinação também é um ponto em comum entre as duas profissões de Deborah.

“Levo isso para a minha vida. Não é sobre saber cozinhar, é administrar tempo e processos, lidar com a pressão, ter concentração e manter a determinação durante as provas”, ela frisa.

O Futuro: Comida ou Investimentos Financeiros?

Durante a entrevista, ela contou também que começou a cozinhar há 3 anos porque já gostava da atividade de experimentar coisas novas e diferentes.

“Depois que me casei comecei a desenvolver minhas habilidades culinárias. Na verdade, entrar no programa não era a intenção, até que em um jantar que preparei para meus amigos, eles disseram que eu deveria tentar e comecei a pensar na ideia”, lembrou Deborah.

Assim, ela fez a inscrição e gostou da experiência.

“O programa realmente abriu muitas portas. Vou me dedicar mais a gastronomia a partir de agora. Mas penso em empreender, talvez abrir a Farofaria Bistrô”, revela.

A assessora diz que fez muitos pratos com farofa ao decorrer do programa e foi muito elogiada em todos eles, o que tornou sua especialidade.

“Possivelmente vou abrir um negócio, procurar investidores para começar. Quero fazer algumas aulas show com interação do público enquanto preparo alguma receita”, planeja.

O primeiro passo ela já deu – criou um canal do Youtube chamado “Go Deb”, que une a gastronomia com o entretenimento. “Eu quero conciliar tudo: gastronomia, investimentos e também ser apresentadora”, finaliza.

Empreendedorismo pode dar Resultados Financeiros Positivos

A vice-campeã do Masterchef falou muito em empreender e para comprovar que essa história pode dar certo, encontramos uma, agora de uma mineira de Belo Horizonte, chamada Fernando Greggio.

Conheça um pouco mais de como ela conseguiu inovar no setor de beleza e inspire-se.

Reprodução: Google

Fernanda tem 27 anos e está entre as figuras mais importantes do setor de beleza no Brasil. Ela divide a rotina entre a casa que tem em Curitiba e o escritório em São Paulo, é uma das proprietárias da Avec, que organiza a Beauty Week, um dos principais eventos brasileiros na área.

Ela formou-se em Administração pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e com MBA em Marketing Digital pela Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP). Aos 23 anos, ela fundou a sua primeira empresa.

Antes disso, trabalhou no site de compras coletivas Peixe Urbano, onde começou a entender o conceito das Startups, que propor resultados rápidos com investimentos financeiros relativamente abaixo do mercado por meio de várias tecnologias.

“Como achava desconfortável fazer isso na frente dos colegas de trabalho, acabava tendo que colocar um alarme no celular para ligar no salão logo que saía da empresa, antes que ela fechasse”, lembra.

Assim, surgiu a ideia do Salão Vip, um dos principais produtos da Avec, que tem mais de 20 mil salões associados atualmente e um crescimento exponencial de 300%.

O Salão Vip é um site de agendamento de serviços de beleza que possibilita as clientes dos estabelecimentos a marcarem horários conforme a agenda do lugar. O software tem gestão, cadastro e lembretes automáticos.

“Foram soluções que lançamos de maneira natural com base nas demandas do mercado após o sucesso do serviço de agendamento”, diz.

Uma grande dica, ela conta, é observar a área de atuação, com segmentos mais promissores.

“Sempre falamos que demos muita sorte por nos completarmos em nossas atividades”, diz a empresária.

Para investir no sonho de ter o próprio negócio, Fernanda diz que é preciso abrir mão de algumas coisas – ela deixou família e o namorado em Curitiba e concentrou todo seu trabalho em São Paulo, onde o mercado é maior.

Nesse meio tempo, precisou adiar vários projetos. “Empreender é viver em uma montanha russa de emoções todos os dias. E a percepção de como a sua empresa impacta o dia a dia de alguém é realmente gratificante”, comenta.

O Passo a Passo para abrir uma empresa e Lançar ações na Bolsa de Valores

Se você tem uma ideia inovadora ou um projeto que está sendo planejado faz tempo, mas ainda não teve coragem de abrir a própria empresa e nem lançar ações na Bolsa de Valores, então, não faça isso mesmo… Ao menos, antes de ler essa matéria. Para facilitar a sua vida e dar sentido ao seu planejamento, vamos seguir a ordem cronológica dos fatos!

Porque, imagine você que uma empresa precisa fazer alguns empréstimos para se tornar mais competitiva no mercado. Então, há uma opção, uma alternativa, que é lançar ações na Bolsa de Valores. Claro que essa comparação é muito simplista, mas vale para mostrar qual é o principal objetivo de se lançar ações na Bolsa de Valores.

Logo, cada ação vai significar uma parte da empresa e quem compra uma ação está investindo na estruturação da empresa, o que o faz sócio dela também. Se a empresa lucra, essa parcela tem que ser repassada aos acionistas. Se tudo for bem, todos ganham: a companhia conquista novos mercados e o acionista lucra.

Aí, para abrir capital e ter as ações listadas na BM&FBovespa, a empresa precisa cumprir várias exigências, principalmente relativas à transparência. Por isso, é importante você ler esse guia.

Passo 1 – A 1ª medida que deve ser tomada para começar a empreender é ter a ambição de ser dono do próprio negócio. Não importa o tamanho ou o mercado, se você tem um projeto em mente e já fez uma análise de mercado e pesquisas, então, o seu empreendimento tem potencial.

Passo 2 – Agora, tenha paciência. Muita paciência. A maior parte do processo de abertura de uma empresa envolve tempo e, na maior parte das vezes, transações com os órgãos públicos.

Passo 3 – E não faça nada sem antes verificar, na Junta Comercial da sua cidade, se o nome da sua empresa, por você escolhido, é viável. É recomendado também que faça uma consulta do endereço diretamente na Prefeitura. A análise é importante porque pode aprovar ou não as atividades econômicas que você pretende seguir.

Passo 4 – O contador e o advogado são dois profissionais sumamente importantes nessa hora. No processo de criação da empresa, por exemplo, há várias etapas e documentos. Se você contar com a ajudar profissional vai evitar uma série de erros, mesmo porque, tantas vezes, os assuntos e os termos são mais complexos do que podemos entender.

Passo 5 – Agora é hora do Contrato Social, que vai especificar como a sociedade será formada e terá informações do negócio, tais como o Ramo de Atuação, entre outros. A elaboração, essencialmente, precisa ser feita junto à um advogado. Depois, o documento precisa ser enviado à Junta Comercial junto com outros documentos básicos, como documento de identidade, CPF, Pagamentos de taxas, etc.

Passo 6 – Com essa documentação, chegará o seu CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica). E isso é disponibilizado por meio de um Número de Identificação de Registro de Empresa (NRE).

Passo 7 – Agora é hora dos Alvarás de Funcionamento, que são requisitados na Prefeitura. Aqui, vai ser preciso o preenchimento de outros documentos, como um formulário da Prefeitura, cópia do CNPJ e do Contrato Social e outros.

Passo 8 – Depois dos Alvarás é preciso fazer a inscrição estadual, que é solicitada na Secretaria da Fazenda. Nessa parte do procedimento, será preciso fazer o Registro do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que vai exigir uma lista extensa de documentos, como o DUC (Documento Único de Cadastro), Ato Constitutivo, Comprovante do ISS (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza), entre outros.

Passo 9 – Previdência Social. Essa fase também é obrigatória, mesmo que a empresa não tenha funcionários cadastrados, já que a finalidade é o pagamento de tributos. Após o início das atividades, o registro na Previdência deve ser solicitado em, no máximo, 30 dias.

Passo 10 – Formalizada a abertura da empresa, é preciso começar a pensar em lançar as ações na Bolsa de Valores. Porém, não logo em seguida. A Bovespa só libera o lançamento de ações depois de um período de consolidação e estabilização da gestão, o que faz a empresa ser reconhecida no mercado financeiro.

Passo 11 – Então, se a empresa mostrar que está pronta para abrir capital, a bolsa de valores libera a abertura. Essa análise é feita em cima de fatores como boa gestão do negocio, consolidação da marca, administração transparente e outros itens. E, além disso, o empreendedor tem que ter os objetivos e os planos de negócios muito bem traçados, já que essa é uma exigência do mercado.

Passo 12 – A preparação da abertura do capital pode influenciar no gerenciamento do negócio. Então, nesse momento, as decisões precisam ser tomadas com muita cautela e passar, inclusive, pelo Conselho de Administração, na qual algumas informações sigilosas devem ser divulgadas.

Passo 13 – O ideal é que se tenha uma equipe especializada no assunto e preparada para esse processo, além dos contadores e advogados já citados.

Passo 14 – “Janela de Oportunidade” é nisso que você precisa ficar atento agora, esse momento consiste em um período na qual os investidores estão mais aptos à apostar em ativos de maior risco. Por isso, a abertura tem que ser muito pensada e feita justamente nesse momento.

Passo 15 – Durante o processo de abertura, deve haver o registro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), órgão que regula o mercado de ações e indica que você tem uma companhia aberta. Além disso, é necessário solicitar a listagem de ações na Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo (BM&FBovespa).

Passo 16 – Depois da solicitação da listagem, a empresa pode esperar até 7 anos para fazer o lançamento das ações na bolsa de valores.

Passo 17 – Agora, acontecerá a verdade abertura de capital, que recebe o nome e IPO (Initial Public Offering). As vantagens do IPO são o lucro para os proprietários, que vão vender boa parte das ações e receber o dinheiro relativo à venda, e a atração de bons profissionais, já que também é uma forma de reter talentos.

Finalizado o processo, e apesar de toda a burocracia, a abertura de capital costuma se mostrar vantajosa já que cria uma empresa efetiva e, querendo ou não, é uma forma de consolidar a companhia, sempre visando o capital para investimentos futuros no negócio.

Com informações do Infomoney e Gazeta do Povo

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