O Imposto de Renda nos investimentos: o que é preciso saber?

Supondo que você tenha começado a investir de forma mais acentuada, em fundos que não se investia antes, então, como ficariam os impostos? Afinal, como se faz a contabilidade do imposto de renda nos investimentos?

Existem muitas pessoas que ficam receosas para mudar de investimentos ou para começar a investir com valores maiores simplesmente por temer pagar impostos e perder muito dinheiro.

Mas, esse é um pensamento incoerente e equivocado.

Vamos entender que se estamos falando em investir dinheiro, queremos ter rentabilidade no final de um período.

Então, assim, o mais comum é sair da caderneta da poupança e ir para outras opções, tais quais os fundos de investimentos, o tesouro direto e os CDBs.

Bônus no final do artigo: investimentos que não incidem sobre o imposto de renda!

E, mais assertivo ainda é ir para bancos menores e médios, que por terem menos concorrência com os grandes dispõe de rentabilidades melhores.

Então, essa é a recomendação de quase todos os especialistas financeiros.

E quando se fala em migrar da poupança para outra aplicação, entenda que já estamos falando em ganhos que vão ficar acima no grau de rentabilidade já considerando os impostos e cobranças.

Dessa forma, o 1º ponto é: sim, vale a pena migrar da poupança para outras opções mais vantajosas mesmo que haja cobranças como IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e o IR (Imposto de Renda).

Agora, como declarar isso é que é a grande causa das dúvidas mais comuns.

Imposto de renda nos investimentos

Muitas pessoas que estão na poupança sabem que são isentas da cobrança e da declaração do imposto de renda. Ou seja, a poupança é isenta do IR.

E, ainda que quase nunca seja vantajosa, dá para considerar a caderneta em casos específicos: justamente porque tem a isenção do imposto e considerando o volume de patrimônio e os outros tipos de investimentos.

Mas, assim que você atinge um volume maior de patrimônio, você já fica na condição de ter que prestar as contas para o fisco, que é justamente declarar o imposto de renda mesmo que a sua renda esteja em numa faixa de isenção.

Então, a regra é que você vai sim passar a declarar essa informação para o governo, de forma quase que obrigatória.

O ideal é você preencher a declaração do imposto de renda e isso não é novidade porque todo o dinheiro que está na poupança já é de ciência do governo, né.

Quer ver? Se você abre uma conta poupança, você tem um CPF vinculado àquela poupança, então, automaticamente, essa informação está no governo, você não declara, mas o governo tem a informação.

Se os próprios bancos e outras instituições conseguem avaliar seu “score” financeiro, imagina o governo, com tanto poder.

Então, basicamente, o que muda?

É que você passa a ter que prestar uma informação que não prestava, tem que preencher a declaração que até pouco tempo não fazia, logo ao sair da poupança. Ou melhor, logo a começar a ter um patrimônio um pouco maior.

E isso não é um problema – porque nada mais simples do que você ter um investimento no mercado financeiro, tá bom?

Que pode ser em um banco, através de uma corretora de valores, podem ser em títulos como tesouro direto, ações em bolsa…

Porque no mercado financeiro existe a obrigação das empresas prestar informação para você no fim do ano: fecha o ano e você vai receber os formulários que tem lá.

E com mais ou menos o passo a passo de como você deve preencher a declaração do imposto de renda.

A declaração do imposto de renda

Então tem lá: bens e direitos.

Daí, você tem um saldo que você tem que declarar no programa do imposto de renda, tem rendimentos isentos e não tributáveis, vai ter o campo específico como preencher aquilo e uma série de fatores.

Na prática, é bem diferente da declaração do imposto de renda que você tem que fazer quando recebe aluguéis – sendo que o correto é você preencher o carnê leão que o programa da receita federal.

E todos os meses em que preenche a informação, tem que recolher o Darf também.

Aí, você vai acumular esse Darf , arquivar e para passar essa informação novamente para a declaração de imposto de renda do ano seguinte.

No mercado financeiro, esse é um documento que você recebe anualmente de cada instituição, um processo que demora alguns segundos para preencher, então, definitivamente é tudo muito simples.

O mercado financeiro como um todo serve para simplificar e padronizar a informação, para que aquele investimento que talvez fosse um privilégio de alguns e passa a ser acessível por todos.

Logo, você poderia comprar e vender gado em uma fazenda e existem os títulos das comores, para você contar arrobas de gado no mercado financeiro através do home broker, com pagamentos de impostos automatizados com a declaração simplificada do imposto de renda.

Entende que é tudo mais ou menos didático?

Você poderia investir em imóveis, ou então investir em fundos imobiliários com alguns segundos do seu dia para direcionar esse dinheiro para um fundo com alguns segundos do seu dia.

Isso tudo para poder preencher uma declaração de imposto de renda.

Basicamente, o mercado financeiro é um processo de simplificação, logo, não evite buscar algo melhor pelo critério.

Talvez ter que pagar o imposto de renda, ter que declarar imposto de renda…

E acredite: essa é a parte mais fácil porque na verdade o resultado de um ganho maior do que você teve.

Obviamente, com boas escolhas o seu patrimônio vai crescer mais rapidamente. Não fique com medo do leão do IR.

Obtenha o máximo de vantagens de seu Imposto de Renda

Agora, escrevemos esse tópico para falar da importância de fazer uma declaração cuidadosa do seu Imposto de Renda.

Desde o dia 1º de março, a Receita Federal começa a receber as declarações de ajuste anual do Imposto de Renda.

E aí, inicia-se um período em que precisamos apurar a gorda parcela do nosso dinheiro que é confiada ao governo e à sua pouca eficiente administração.

Colocar esses gastos no papel e no programa da declaração é sempre uma dolorosa reflexão para todos, mas muitos contribuintes se esquecem da importância de tratar essa tarefa com a devida seriedade.

E, para não serem importunados pela Receita, preencha somente o mínimo necessário ou repassa a tarefa a terceiros, ignorando o fato de uma declaração cuidadosa.

O que poderia permitir recuperar um bom dinheiro que seria devido ao governo para usá-lo melhor.

Por exemplo, além dos rendimentos e bens, você pode declarar também:

  • Despesas dedutíveis,
  • Investimentos em previdência,
  • Condições de inserção e
  • Doações que podem impactar no saldo de imposto devido.

E, com dinheiro extra na mão, você poderia:

  • Contratar um plano de previdência privada mais vantajoso do que contribuir ao INSS (Instituto Nacional de Seguro Social),
  • Fazer um plano de saúde com cobertura superior à do SUS ou
  • Doar a instituições que permitam o abatimento de impostos para que o dinheiro chegue integralmente a quem precisa.

Isso apenas hipoteticamente, tá bom?

É só um exemplo, ou melhor, exemplos para você entender que o seu dinheiro é valioso ou deveria ser considerado assim.

Cuidado na hora de declarar o IR

É essencial que você assuma essa responsabilidade sobre a sua declaração para exercer o seu direito com cuidado e correção mesmo que a primeira vez seja trabalhosa.

É importante que você fuja do caminho usado por muitos contribuintes, que optam por emitir informações facilmente rastreáveis no cruzamento de contra cheques, extratos bancários e faturas de cartões de crédito.

Não é errado pleitear por uma restituição alta, desde que a sua renda esteja totalmente declarada e que você tenha gastos dedutíveis para abater do imposto devido.

Além disso, você pode também declarar bens, doações, obras de arte e joias sempre que puder comprovar a origem do dinheiro.

Mesmo que você esteja acostumado a deixar para declarar nos últimos dias do prazo, saiba que esse suposto mau hábito também é uma grande oportunidade de ganhos.

Já que sua restituição pode até demorar mais a cair na conta, mas, enquanto a Receita não paga, o saldo a restituir é corrigido pela taxa Selic, sem tributação sobre a correção.

Ou seja: é um investimento com uma renda melhor do que qualquer aplicação de renda fixa.

Assuma essa responsabilidade, cuide de data de entrega e aproveite a oportunidade.

Assuma a responsabilidade

Na prática, recomendo o seguintes cuidado para aproveitar ao máximo sua declaração: assuma você a responsabilidade de preencher a declaração.

Por mais cômodo que seja, não delegue essa importante função a um contador. Mas, se estiver sem confiança, aí sim, faça isso!

Além disso, faça a declaração completa, que permite incluir mais gastos dedutíveis.

Depois de pronta, veja a comparação com a declaração simplificada e veja qual das duas é mais vantajosa de enviar.

Essa comparação é automática no programa da receita, e, se não houver qualquer diferença entre os dois modelos, envie a declaração completa.

Evite deixar dinheiro na mão do governo. Porque isso seria péssimo para o seu bolso, seus investimentos, o valor do seu dinheiro.

Se tiver imposto a pagar, verifique quanto pode ser direcionado para a instituição filantrópica, por exemplo: não pesa no seu bolso, e seu dinheiro irá para mãos mais confiáveis.

Para quem tem imposto a restituir, isto é, a receber de volta: se está com dívidas para pagar ou amortizar, envie sua declaração o quanto antes.

Se a ideia é investir o valor a restituir, deixe a entrega para a última semana, mas não para o último dia.

Confira cuidadosamente não só as informações inseridas, mas também se faz sentido o crescimento patrimonial, diante de seus ganhos e do seu padrão de gastos que a Receita conhece, mesmo que você não informe detalhes.

É melhor pagar mais imposto e dormir tranquilo do que perder dias tentando justificar na malha fina o que não pode ser justificado.

Concordando ou não, você tem que seguir as regras do jogo.

Se não concorda com as regras, não é na época da declaração que você deve manifestar isso, mas sim nas eleições.

E você – já começou a juntar as informações necessárias para conseguir o máximo de vantagens da sua declaração de imposto de renda?

Agora, antecipar o IR vale a pena?

Agora, os 3 motivos que mostram os porquês de não pegar essa antecipação.

1 – Cair na Malha Fina

Quem toma o empréstimo baseado na restituição não está livre de riscos.

“O maior risco é a pessoa cair na malha fina”, diz o professor Michael Viriato, do Insper.

“A restituição pode demorar ou até nem sair. Daí, a pessoa vai ficar pagando juros e aquele empréstimo pode virar uma boa de neve”.

Além disso, os bancos estipulam uma data de vencimento para o empréstimo e você terá que acertar as contas com o banco do mesmo jeito, até a data estipulada.

2 – Usar o Dinheiro para Compras

Se você estiver pensando em antecipar o dinheiro para fazer compras, então, não é aconselhável. A melhor opção é a paciência.

“Nenhuma compra é tão urgente que você não possa esperar 6 meses. Se não for uma emergência de saúde e você não tem dívidas maiores, o melhor é esperar”, diz Viriato.

Para Calil, “é preciso ter disciplina. Use o empréstimo para quitar dívidas do cartão de crédito e cheque especial, apenas. Esse dinheiro não tem que servir para alimentar um estilo de vida louco, para continuar gastando sem critério”.

3 – É bom para o banco

Como sempre, o banco não dá uma ponta sem nó.

Ele faz essa antecipação porque o empréstimo possui uma garantia, que é a restituição do IR.

Logo, o financiamento é quitado automaticamente, em parcela única, assim que o cliente recebe o dinheiro da Receita Federal.

Conforme o Itaú, em 2016, a procura de clientes pela antecipação registrou crescimento de quase 100% no volume de empréstimos contratados em relação à 2015.

Já para o Banco do Brasil, foram mais de 500 milhões de reais emprestados nessa modalidade.

Imposto de Renda nos investimentos

Bônus – investimentos que não incidem sobre o imposto de renda

De maneira geral, para o investidor financeiro, essa isenção pode tornar a aplicação mais atrativa porque eleva os percentuais de lucro.

Confira os 9 investimentos isentos de imposto de renda no Brasil.

LCI (Letra de Crédito Imobiliária)

É um investimento da renda fixa e muito conhecido justamente por ter a facilidade de não ser incidente do imposto de renda.

O título é emitido pelos bancos e os recursos devem ser alocados em empresas ou pessoas do setor imobiliário, como na construção de apartamentos, shoppings e residências.

A LCI, como toda renda fixa, é um empréstimo de dinheiro feito pelo investidor ao banco. Na troca, há um ganho de lucro, visto em rentabilidade. Essa taxa de juros se baseia no CDI (Certificado de Depósito Bancário).

O investimento recebe o apoio do governo federal, por isso, o benefício da isenção o IR.

E essa é a justamente a maior vantagem da LCI – é um investimento isento de imposto de renda.

Por outro lado, os pequenos investidores costumam ter dificuldades devido ao alto valor de aplicação inicial e ao período de tempo necessário para ter direito aos recursos investidos.

LCA (Letra de Crédito do Agronegócio)

É exatamente igual ao LCI, com a diferença de que os recursos financeiros são usados para o segmento do agronegócio.

Também vale ressaltar que essas letras de crédito só não são indicadas para quem vai usar o investimento no curto prazo.

Quanto a garantia de ambas, elas são feitas pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito) para valores de até 250 mil reais por pessoa e por banco.

CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio)

Para as pessoas físicas há a isenção do imposto de renda. Para as empresas, não. A pessoa jurídica tem o único benefício da isenção do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

A diferença para a LCA é que a CRA é emitida por securitizadoras, que são organizações que convertem dívidas em títulos lastreáveis.

Justamente por isso é considerado mais arriscado, sendo que não conta com a garantia do FGC. A segurança desse investimento financeiro está apenas na saúde da empresa na qual você está aplicando seu dinheiro.

Então, note que ele é parecido com a LCA, mas não tem o FGC.

Então, por que as pessoas optariam por esse investimento isento de imposto de renda e não pelo outro?

As CRAs costumam ter melhores rentabilidades, sendo superior, na maior parte das vezes, do que as outras opções da renda fixa e garantindo retornos que ficam acima da inflação.

A remuneração também é paga sobre o CDI, mas pode estar indexada a outro índice de inflação. Além de que pode ser prefixada a um valor único.

Os ativos mais usados no mercado financeiro são aqueles que se baseiam no IPCA (Índice de Preços ao Consumidor) e ao IGP-M.

Os lucros são pagos semestralmente ou anualmente – e isso é bom.

Só que o valor total investido só retorno em prazo de 4 anos, na média – o que pode ser ruim se você estiver precisando do dinheiro rápido.

Logo, a conclusão é a de que se trata de um investimento de médio prazo.

CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliário)

Como o CRA, é um investimento isento de imposto de renda. E, novamente, a diferença é o uso do recurso, que é destinado ao setor imobiliário.

Debêntures Incentivadas

As debêntures incentivadas são títulos de dívidas. Achou confuso?

É quando as empresas de capital aberto (ou fechado) buscam formas de captar recursos para que seu caixa se movimente.

As debêntures podem ser simples, conversíveis ou incentivadas – cada uma tem característica diferente.

O fato é que as incentivadas são aplicações financeiras isentas de imposto de renda e de IOF.

Isso porque elas são emitidas pelas empresas que usam o dinheiro para financiar projetos que normalmente são de infraestrutura, logo, o governo apoia a causa.

O rendimento desse investimento se dá de maneira pós-fixada, prefixada ou híbrida.

As debêntures incentivadas costumam ser muito aconselháveis para quem busca maneiras de diversificar a carteira de ativos sem ter que pagar o IR.

Fundos Imobiliários (ATENÇÃO)

Os fundos imobiliários são opções que investem em imóveis ou papéis lastreados desse setor – que podem ser empreendimentos, shoppings, salas comerciais e corporativas, entre outras.

A ideia de um fundo como esse é a de ganhar dinheiro com a venda ou o aluguel de imóveis.

Falando de forma simples, eles são maneiras de investir em imóveis sem precisar desembolsar uma grande quantidade de dinheiro e sem ter que administrar um imóvel pessoalmente.

Tudo acontece em forma de cotas que são negociadas na bolsa de valores – como se fossem ações de empresas.

Portanto, é como se ele comprasse apenas um pedaço do imóvel e ganhasse uma rentabilidade proporcional a isso.

Em comparação com comprar um imóvel para alugar, as vantagens são inúmeras, a começar pela liquidez e pelos rendimentos.

A pergunta agora é: os fundos imobiliários são investimentos isentos de impostos de renda? Sim, mas com ressalvas.

Para ter a isenção, o investidor não deve ter mais do que 10% do patrimônio total do fundo e os cotistas devem ser maior, em números, do que 50.

Essa é a regra!

Apesar disso, há ainda outro detalhe: a venda das cotas pode ser sujeitas a tributação (de 20%) sobre os ganhos.

Portanto, ainda que seja uma opção de investimento isento de imposto de renda, é preciso tomar cuidado para não comprar gato por lebre – faça as contas e se valer a pena, invista!

Rendimento de dividendos (ATENÇÃO)

Na bolsa de valores, as ações são vendidas como sendo pequenas frações das empresas são comercializadas livremente e o investidor torna-se sócio dela.

Dessa forma, a valorização da empresa pode se dar pela forma de divisão de lucros, chamado de dividendos.

No Brasil, isso é obrigatório – as empresas que tem ações na bolsa de valores precisam distribuir, no mínimo, 25% dos seus lucros em forma de dividendos.

Esse lucro, por sua vez, é isento do imposto de renda. Entenda que estamos falando apenas de dividendos, está bem?

Ações (ATENÇÃO)

Quanto as ações, elas também podem ser consideradas investimentos isentos de imposto de renda, mas há regras para isso. Isso vai acontecer se você vender até 20 mil reais em ações em um único mês.

Acima desse valor, a alíquota cobrada pelo IR é de 20%.

E o benefício deve-se apenas as ações, sendo que os fundos de ações não participam dessa benesse do mercado financeiro.

O segredo, nesse caso, é entender perfeitamente como funciona o mercado de ações no Brasil.

Se você tem esse interesse, faça um workshop gratuito que disponibilizamos aqui no site: Workshop 100% Online e Gratuito: Risco Zero nos Investimentos.

Caderneta da Poupança

Para muitos, nem é um investimento financeiro.

De qualquer maneira, a poupança foi considerada a primeira aplicação financeira isenta de imposto de renda do país.

Talvez você já conheça tudo dela, mas vale considerar que: são contas bancárias, tem liquidez diária e tem isenção de impostos (inclusive do IR).

O lado ruim da poupança é que a rentabilidade dela é baixa e perde para quase todas as outras opções do mercado financeiro.

Uma pesquisa de 2016, da Federação do Comércio do Rio de Janeiro, mostrou que a poupança é a opção preferida por 76% da população brasileira.

Com informações do Youtube

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