O FGC – Fundo Garantidor de Crédito – existe desde 1995, quando foi criado para estabilizar o Mercado Financeiro. Na opinião do órgão, ele não é apenas um “Pagador de Dívidas”, porém os investidores preferem alguns produtos que tenham a sua garantia, tornando-a importante.
“Com essa proteção, o cliente que faz um depósito bancário em conta corrente, caderneta de poupança ou aplica o dinheiro em alguma linha de investimento que é protegida por ele, tem a garantia de que vai receber o dinheiro mesmo que a instituição quebre”, afirma André Bona.
É preciso ressaltar que esse valor máximo – de 250 mil reais por pessoa para cada banco. O que mostra que o FGC não é TOTALMENTE seguro. Ao final do artigo vamos falar sobre isso: FGC e a Instabilidade Econômica.
Listamos todos os Investimentos Financeiros que são Garantidos pelo FGC, confira agora!
CDB – Certificado de Depósito Bancário
É um título de Renda Fixa emitido pelos bancos que o usam para captar dinheiro no mercado. O banco, então, usa para repassar à outros clientes na forma de empréstimo e parte dos juros recebidos é repassado ao investidor, como forma de remuneração.
Os CDBs se dividem em dois tipos:
- Prefixados – que é aquele que o investidor sabe exatamente quanto vai receber de remuneração no vencimento do título.
- Pós-fixado – que é aquele que tem remuneração variada conforme o índice, que normalmente é o CDI (Certificado de Depósito InterBancário), que mede o valor médio que os bancos emprestam dinheiro entre si todos os dias.
O CDI sempre fica muito próximo da taxa Selic.
“Por exemplo, se alguém investe em um CDB que paga 95% do CDI e o CDI paga 10% ao ano, no final de 12 meses, o título vai render 9,5% do valor aplicado. Vale ressaltar que há uma incidência de Imposto de Renda sobre o lucro do CDB”, diz Bona.
Outra informação importante é que quanto maior for o prazo de vencimento do título – ou seja, o tempo de aplicação – menos será a incidência do Imposto de Renda.
“Mesmo com a cobrança do IR, o CDB costuma ser mais lucrativo do que a poupança. Contudo, é preciso calcular o imposto para saber exatamente quanto ele pode render”, diz Bona.
LCI – Letra de Crédito Imobiliário
Também chamada de CDB Imobiliária, a LCI é muito parecida com o CDB – sendo um Título de Renda Fixa que tem remuneração calculada pelo índice da inflação acrescida de juros prefixados.
A diferença é que o dinheiro usado pelos bancos vai ser direcionado para as operações de crédito imobiliário.
“Para pessoas físicas, a vantagem da LCI sobre o CDB é que sobre o lucro do título não há cobrança de impostos. Para as pessoas jurídicas a tributação do Imposto de Renda segue a mesma escala do CDB”, explica Bona.
E, após 90 dias de aplicação, há a liquidez diária, onde o título pode ser resgatado à qualquer momento sem perdas significativas.
O Buscador de Investimentos Yubb fez um levantamento mostrando quais as plataformas online que oferecem melhores LCIs e LCAs, confira no decorrer do artigo.
LCA – Letras de Crédito do Agronegócio
É semelhante ao LCI – emitidos pelos bancos para captar recursos só que agora ao Mercado Agrícola. Sendo que o rendimento também é fixo e atrelado ao CDI, sem a incidência de Imposto de Renda.
“Em outras palavras, quem aplica em LCA, ainda que de forma indireta, está financiando o agronegócio brasileiro”, diz Bona.
Conheça também o CRA – Certificados de Recebíveis do Agronegócio, no decorrer do texto.
Outros Títulos Garantidos pelo FGC
O FGC também garante as
- Letras de Câmbio,
- Letras Hipotecárias,
- Letras Imobiliárias e os
- RDBs (Recibos de Depósitos Bancários) com valores de até 250 mil reais.
Existe ainda uma Garantia Especial, que cobre até 20 milhões de reais, para títulos chamados de DPGE – Depósito a Prazo com Garantia Especial.
Plataformas online que oferecem melhores LCIs e LCAs
O Yubb fez o levantamento das plataformas online que oferecem melhores LCIs e LCAs, considerando as maiores rentabilidades médias mensais.
Vale levar em conta que na atual conjuntura há menos produtos bancários deste tipo no mercado, devido à crise econômica, já que os bancos restringiram o crédito para tais setores com a menor oferta.
No entanto, ainda é possível encontrar boas taxas de retorno, conforme o levantamento.
A 1ª posição é do BTG Pactual Digital, que tem taxa de retorno médio de 94,57% do CDI ao mês. A pesquisa considerou a rentabilidade média oferecida por cada plataforma nos últimos meses.
Confira o ranking completo:
PLATAFORMA RENTABILIDADE MÉDIA INVESTIMENTO MÍNIMO
- BTG Pactual Digital 94,57% do CDI R$ 10.000
- Daycoval Investe 93,25% do CDI R$ 1.000
- Banco Inter 92,73% do CDI R$ 50.000
- Rico Corretora 91,24% do CDI R$ 10.000
- Easyinvest 91,01% do CDI R$ 22.500
- Socopa 90,82% do CDI R$ 75.000
- Órama Investimentos 89,76% do CDI R$ 5.000
- XP Investimentos 89,49% do CDI R$ 5.000
- Modal Mais 81,99% do CDI R$ 1.000
Conheça também o CRA – Certificados de Recebíveis do Agronegócio
Os CRAs são títulos privados de dívida emitidos por uma empresa que tenha o objetivo de captar recursos no mercado. A maior parte desse investimento é disponível para investidores que tenham “bala na agulha”, ou seja, mais de 1 milhão de reais.
Porém, a Comissão de Valores Imobiliários (CVM) está estudando a possibilidade de delimitar as CRAs que podem ser adquiridas por investidores menores, desde que sejam garantidos com critérios de proteção.
Um dos motivos para tal é que o Mercado Aquecido.
Até o fim de abril deste ano, foram registrados mais de 3 bilhões de reais em CRAs na B3 (Antiga BM&FBovespa), elevando o estoque desses papéis para mais de 20 bilhões de reais – um número mais que o dobro dos 9 bilhões de reais que haviam no mesmo período de 2016.
“Estamos a analisando a consulta pública da CVM. A abertura poderia ocorrer sob determinadas características”, afirma André Lassance, chefe de Renda Fixa da XP Investimentos, que afirma ainda que tudo vai depender da estrutura da cada certificado.
A XP é quem coordenou a oferta de CRA da empresa de fast-food Burger King em 2016.
Os Riscos dessa Operação
A professora da FGV – Fundação Getúlio Vargas – Myriam Lund diz que apesar de a operação ter risco reduzido (com garantia do grupo do qual a emissora faz parte), existe o risco do mercado e da liquidez, que exigem que os investidores fiquem sempre atentos.
“Quem tem 1 milhão de reais se preocupa mais sobre o destino do dinheiro. Já o pequeno investidor vai na onda”.
Diferente das LCAs, os CRAs não tem a cobertura do FGC.
Assim, para Michael Viriato – que é professor de finanças do Insper – o CRA pode não ser pago, por isso, não deveria representar uma parcela significativa do portfólio, sendo que “no melhor dos casos, 3%”.
Já Marcio Cardoso, que é da Easyinvest, diz que os CRAs são boas alternativas para quem quer diversificar a carteira de investimentos. “Se ele pode ter LCI, LCA e COE porque não o CRA”?
A especialista do Santander, Maria Eugênia, lembra ainda que esses investimentos eram muito desconhecidos e agora estão se destacando por ter menos risco que fundos multimercado, por exemplo. Para ela, com a queda da Selic, os CRAs têm aparecido como boas alternativas.
FGC e a Instabilidade Econômica
“Neste momento, estamos na maior crise da história do Brasil e teremos em 2017 um crescimento de menos de 1%. Isso é extremamente preocupante, pois algumas instituições financeiras e empresas que captaram recursos no mercado através de emissões de títulos privados estão operando vermelho”, afirma Fernando Marcondes, do Grupo GGR.
Para ele, conforme o cenário atual, a maior parte dos grandes bancos pode estar envolvida em casos de escândalos como tem sido noticiado pela operação Lava-Jato, o que agrava a situação e cria um risco, de efeito dominó.
“Caso ocorra um problema grave numa grande instituição ou empresa, o total do FGC, pode não garantir seus investimentos”, ele lamenta.
https://youtu.be/DeSSsgpP-xQ
Conforme Fernando o mais recomendável é entender que o FGC foi feito para garantir problemas pequenos, se comparado ao volume total de depósitos garantidos, que é de 2%.
Quando o problema é maior do que isso, de fato mais institucional, e atinge os maiores investidores, o Fundo pode não conseguir garantir todos os segurados.
Um exemplo é o Banco Bilbao Vizcaya Argenaria (BBVA), que teve clientes que demoraram até 12 meses para receberem seus dinheiros e isso aconteceu sem que houvesse correção monetária – o que significa uma perda de 10%.
“É mais adequado investir em um ativo com uma remuneração menor, porém com menos risco de crédito. É importante ressaltar o fato de que o investidor tem que ficar preso no investimento a longo prazo até o resgate, com a possibilidade de não conseguir vender o título no meio do caminho”, ele diz.
De qualquer maneira, para todos os casos, “é imprescindível o acompanhamento dos investimentos por um profissional experiente e com um bom relacionamento no mercado financeiro, pois, muitas vezes, este sugere uma alocação adequada do seu patrimônio de forma não emocional”.
Existem bancos bons para investir dinheiro? A FGV diz que sim! Descubra quais são os melhores
A pesquisa foi feita entre a FGV (Fundação Getúlio Vargas) e a Fractal Consult, visando apresentar os melhores bancos para investimentos em Renda Fixa, Fundos e Ações, e outras aplicações.
E o Santander levou o prêmio como Melhor Banco para Investir (MBI), seguido do Itaú e do Bradesco, que apareceram nas consecutivas posições.
A pesquisa levou em consideração mais de 50 agências físicas e que tem distribuições nos maiores estados do país. 5 delas fizeram parte das finalistas: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa, Itaú e Santander.
E os requisitos para as colocações fora: ações, fundos multimercados, Money Market,Renda Fixa, varejo e Varejo Seletivo.
E, além da análise desses itens, a pesquisa levou em conta também fatores como taxa de administração dos fundos, valores mínimos para investir, número de reclamações registradas pelo Banco Central e custo dos pacotes bancários.
Ficou Curioso para Saber quais os Melhores Bancos Para Investir, segundo a FGV? Então, leia a notícia na íntegra: EXISTEM BANCOS BONS PARA INVESTIR DINHEIRO? A FGV DIZ QUE SIM! DESCUBRA QUAIS SÃO OS MELHORES!
Leia Também: Bolsa de Valores: se eu tiver ações em uma empresa e ela quebrar, o que acontece?
Para responder a essa pergunta, precisamos definir 2 termos.
- As ações “não-avaliáveis” são aquelas que significam que todo o valor que o investidor deve à empresa já foi pago no ato da compra do papel.
- Já o termo “avaliável” quer dizer que os investidores ainda devem mandar novos aportes em dinheiro para a empresa quando for solicitado.
Os termos são teóricos e para o caso dos avaliáveis, eles não são emitidos no Brasil desde a década de 60, portanto, é muito raro que o investidor fique devendo “algo” no caso da falência de suas ações. Também vale salientar que ele é contemplado pela lei das falências.
Essa é uma lei brasileira que gera uma ordem de beneficiando e contemplação em casos de falência, e, sendo assim, os acionistas e os sócios são os últimos a receberem receitas.
Historicamente, algumas empresas como a American Express tinha ações avaliáveis e durante o escândalo do óleo de salada, muitos acionistas perderam dinheiro. Esse tipo de ação era usado como forma de levantar fundos para reestruturação e expansões, especialmente no caso de ferrovias.
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Com isso, a primeira dúvida está respondida. O acionista difícil precisará pagar algo a mais para a empresa em caso de falência. Mas, vale a pena verificar na assinatura do contrato se não há algum termo “avaliável” descrito ali.
A outra questão é: quando a empresa quebra, qual é a primeira coisa que o investidor deve fazer?
Com as dívidas liquidadas, os papéis da empresa ficam sem validade e ela é retirada da Bolsa de Valores. Ou seja, inválidas, as ações devem ser retiradas da carteira de investimentos e é a corretora que faz esse trâmite, normalmente, com um custo de 20 dólares por operação.
Em resumo, em caso de falência da empresa, contate o corretor de investimentos.
Agora, se você quer evitar sustos e escolher as melhores empresas para apostar, faça o nosso curso (online e gratuito): como investir com risco zero!
É possível uma Renda Fixa render mais do que ações? Sim!
Relembre essa notícia publicada em janeiro deste ano:
O mercado de ações é conhecido por ser um dos que proporcionam maiores rentabilidades. Por isso também, é o mais arriscado e volátil. Alguns os julgam como positivo, outros tem medo de investir nele (provavelmente, pela falta de conhecimento).
O fato é que eles podem render milhões de reais em pouco tempo, claro que, levando em conta os valores e o tempo investido. Isso não é novidade para ninguém.
Agora, imaginem só um título público rendendo 53% em 12 meses. Isso sim é novidade!
Foi o que aconteceu no último ano com quem comprou um título do governo no Tesouro Direto. O título específico é o NTN-B, corrigido pela inflação e também conhecido como Tesouro IPCA+, com juros pagos no fim e vencimento em 15 de maio de 2035. Para se ter uma ideia, esses papéis se valorizaram mais de 11% nos últimos 30 dias.
Outros papéis também tiveram bons ganhos, tal como a NTN-F, prefixada, também chamada de Tesouro Pre Juro Semestral, com vencimento em 1º de janeiro de 2025, que acumulou alta de 44% em 12 meses.
“Mas como pode isso, sabendo que esses papéis pagam juros de pouco menos de 6% ao ano, como no caso da NTN-B e 11% na NTN-F”?
Tudo depende de como esses ganhos serão calculados. Eles são vendidos com desconto sobre seu valor de face, de acordo com os juros.
Ou seja, quanto maior o juro, maior o desconto sobre o valor de face que será pago ao investidor no vencimento final. E, quanto menor o juro, menor o desconto.
Esse impacto se multiplica pelos anos até o vencimento do papel e foi o que aconteceu no último ano, que, mesmo em meio à forte turbulência, marcou os pontos positivos.
Resumindo: os juros longos caíram mais de 7% mais a inflação no caso da NTN-B para 5,76% e a NTN-F (e outros prefixados), que antes pagavam 16,5%, hoje pagam 11,39%.
Isso é válido para quem vender os papéis agora. Quem não vender, vai continuar recebendo as mesmas taxas, no caso, de 16,5% e 7%.
A pergunta que fica, então, é: vale a pena vender agora?
A resposta é simples: apenas se houver alguma alternativa melhor para o dinheiro, tanto em termos de rentabilidade quanto em segurança, como é o caso do Tesouro Nacional.
Pegamos os cinco primeiros títulos que mais tiveram rentabilidade nos últimos 12 meses, confira:
- TESOURO IPCA+ PARA 2035 (53,10%)
- PRÉ JURO SEMESTRAL PARA 2025 (44,68%)
- PREFIXADO PARA 2021 (39,89%)
- PRÉ JURO SEMESTRAL PARA 2023 (39,24%)
- IPCA+ JURO SEMESTRAL PARA 2045 (37,59%)
https://youtu.be/f5C-0B_qi4M
Sobre o FGC
É uma associação sem fins lucrativos mantida pelos bancos que usam a tal garantia. Para isso, fazem contribuições mensais sobre um percentual de depósitos garantidos. Conforme a regulamentação, o fundo pode dispor de, no máximo, 2% do total dos saldos das garantias.
O fundo cobre um limite de até 250 mil reais por pessoa física ou jurídica.
“Caso haja uma conta conjunta, a cobertura do valor se mantém, sendo que o total será de 250 mil reais, sendo 125 mil para cada um dos titulares. No caso de um casal, o recomendável é sempre separar as contas”, diz Fernando.
Com informações do Infomoney, Exame, CorreioBraziliense e Segs