Tesouro Direto volta a ser atraente para quem quer Ficar Rico sem Correr Riscos

Quando o Governo Federal começou a reduzir os juros, via Banco Central, houve uma avalanche de opiniões… Entre otimistas e negativas. O fato é que um dos efeitos da crise política e da queda da Selic (11,25% ao ano), somada à delação do dono do Grupo JBS, Joesley Batista, fez com que a Renda Fixa tornasse um investimento financeiro ainda mais seguro.

Para não ser injusto, vale dizer que a delação foi uma notícia divulgada pelo Jornal O Globo, no último dia 17 e trouxe, imediatamente, algumas mudanças bruscas, com queda de ações na Bolsa de Valores, pessimismo na economia, entre outros fatores.

Quanto ao processo da queda de juros, ele teve início em outubro de 2016 e está em constante queda, sendo que a expectativa é que chegue em dezembro com um percentual de 8,5% ao ano, conforme a projeção dos economias do Banco Central.

  • Para os super otimistas, a taxa pode ficar em 7%.

No entanto, com a delação premiada do executivo da JBS e os possíveis envolvimentos do atual presidente Michel Temer, a queda dos juros já não é tão certa assim.

https://youtu.be/Gr_6uaxVRGA

A trajetória pode ser outra e, para se ter uma ideia, havia uma pré-divulgação de que até o final de maio a Selic caísse mais 1,25% ao ano, mas… Até agora nada.

Como esse cenário se torna positivo para quem quer investir no Tesouro Direto?

Ricardo Almeida é professor de Finanças da Fundação Instituto de Administração (FIA) e cedeu uma entrevista à Revista Época Negócios e disse que: “o título público federal é o mais indicado para este momento porque é difícil encontrar uma alternativa mais segura”.

“Em Renda Fixa, o crédito privado, que são títulos emitidos pelo banco, até pagam a mais, porém a incerteza na política pode levar o país a crescer menos, e aí aumenta o risco de crédito dessas empresas emissoras, já que elas tendem a vender menos também”, analise o especialista.

Em tese, os títulos públicos já são considerados os investimentos mais seguros do país porque são garantidos pelo Governo Federal. Além disso, o investir no Tesouro Direto é fácil e ele está disponível para qualquer pessoa que tenha, ao menos, 30 reais.

Tudo pode ser feito em uma plataforma online pelo Site do Tesouro Nacional.

Como Acumular R$ 270 mil no Tesouro Direto ?

Lá, estão disponíveis títulos que são corrigidos pela Selic, por exemplo, ou seja, eles sempre vão render de acordo com uma variação da taxa, o que garante o poder de compra do investidor. Assim, o investidor que tem uma conta em uma corretora de investimentos consegue investir o seu dinheiro sem correr grandes riscos.

Além desses títulos que usam a Selic, existe a opção dos prefixados também, que pagam uma determinada taxa, de modo que quem compra de forma antecipadamente sabe quanto vai conseguir resgatar no futuro.

Tem a opção do Tesouro IPCA também, que paga o juro mais a correção do índice da inflação.

“Os títulos de prazo mais curto começaram a ficar com ganhos mais interessantes porque se espera que o Banco Central não corte tanto os juros na reunião desta semana”, diz Almeida.

E se o juro ficar mais alto após a crise?

Com as operações da Polícia Federal, as delações e a inconstância política, os investidores já mostraram que acreditam que a redução da Selic será bem mais lenta, o que vai resultar na exigência de um retorno maior. Note algumas mudanças recentes, que aconteceram após as notícias polícias nacionais.

Essas evoluções, como as citadas acima, também aconteceram nos demais títulos do Tesouro Direto, sendo que cada um tem um vencimento e um juro diferente.

Para o especialista e gerente de investimentos da Concórdia Corretora, Mauro Mattes, não há nenhuma dúvida de que os juros vão continuar caindo porque a inflação está em patamares baixos e, com a recessão, não há demanda para elevar os preços.

Porém, ainda conforme a opinião de Mattes, o processo será lento principalmente se comparado com o esperado há 2 semanas. Sendo assim, o centro da meta de inflação é de 4,5% ao ano, no entanto, o IPCA deve encerrar 2017 bem abaixo disso.

  • Em abril, o indicador registrou 4,08% em 12 meses.

“A Renda Fixa continua, portanto, sendo atraente. Para quem é mais conservador, o melhor é deixar nos títulos atrelados à Selic. Para quem já tem um pouco mais de recursos e pode variar, é possível fazer um mix entre os pós-fixados, os prefixados e aqueles corrigidos pela inflação”, diz Mattes.

O conselho de Mattes é investir dinheiro em títulos que acompanham a Selic, que tem pouco risco.

“Quando a reserva já for suficiente para arcar com eventuais emergências, o investidor já pode começar a pensar em uma diversificação dentro do próprio Tesouro Direto”.

Sobre Diversificar Investimentos no Tesouro Direto

Para quem já conseguiu juntar dinheiro e quer diversificar os investimentos no Tesouro Direto, a dica de Mattes é aplicar 10% dos títulos na Selic, que deve ser pensado exatamente como uma reserva de emergências.

Outra parte, 40%, deve ficar em títulos prefixados e a outra metade, 50%, nos títulos corrigidos pela inflação.

Porém, Mattes faz um alerta: é importante comprar títulos com prazos compatíveis com os seus objetivos, independente de quais eles forem –  a compra de um carro, da entrada no financiamento de uma casa, programar a aposentadoria, realizar uma viagem dos sonhos.

Portanto, NUNCA é aconselhável usar o dinheiro antes desses prazos, mesmo porque os títulos do Tesouro Direto vêm com datas de vencimento, que são dividas em curto, médio e longo prazo. Mas, em todos os casos, seguem os vencimentos.

3 Erros que devem ser evitados na hora de investir no Tesouro Direto

Como já falamos, os ativos do Tesouro Direto são vistos como os mais seguros do mercado, já que são garantidos pelo Tesouro Nacional e com baixo custo.

Porém, embora seja uma alternativa simples e segura se comparada com qualquer outro investimento financeiro, é preciso ter alguns cuidados para se evitar erros comuns e básicos, o que pode reduzir a rentabilidade do investimento.

Alan Ghani é economista e Marcos Mollica é sócio da Rosenberg, eles fizeram uma lista com os 3 erros mais comuns dos investidores na hora de aplicar dinheiro no Tesouro Direto. As dicas foram publicadas na revista Infomoney e nós trouxemos para vocês, confiram!

1 – Não checar as taxas

As taxas cobradas no Tesouro Direto costumam ser menores do que as observadas em outros investimentos financeiros, porém, elas também precisam de atenção.

  • “Não basta só olhar a taxa do título que está pagando. Tem custos embutidos e eles merecem atenção para não drenar os retornos”, diz Mollica.

Referente à essas taxas, a BM&FBovespa cobra 0,30% ao ano de taxa de custódia sobre o valor dos títulos e a instituição financeira (corretora de investimentos), que vai intermediar as negociações, também podem cobrar alguma taxa, mesmo que nem sempre faça isso.

Há também impostos, com o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) em aplicações menores do que 30 dias e o Imposto de Renda, que segue tabela regressiva.

Leia Também: Qual a Melhor Corretora para Investir Dinheiro no Tesouro Direto? É sério, quase ninguém sabe isso!

2 – Trocar de Títulos

O investidor tem que acompanhar o vencimento dos títulos públicos assim como os desempenhos sendo que, em alguns casos, é preciso considerar a venda dos títulos antes do vencimento.

Porém, é preciso entender que o que move a rentabilidade dos títulos é a economia geral e índices, como os juros e a inflação.

Pensando nisso, para conseguir ter uma boa rentabilidade dos ativos financeiros e fazer um bom negócio, não se pode esquecer-se das taxas (tópico de cima) e os prazos, sendo os maiores e os mais curtos.

“É complicado ficar trocando de títulos frequentemente, ainda mais para quem não está por dentro do mercado financeiro e pode perder movimentos importantes da economia”, afirma Mollica.

3 – Resgatar o título antes do vencimento

Esse é um dos pontos mais importantes porque, como vimos no tópico acima, é possível ganhar dinheiro se tirarmos o dinheiro do Tesouro Direto antes do vencimento, porém, a maior parte dos investidores não sabe fazer isso da forma correta e acabam por perder dinheiro.

Alguns, por sinal, tiram por necessidade (porque não conseguiram fazer um planejamento correto da utilização do recurso financeiro) e acabam perdendo dinheiro também.

  • “Quando você resgata dinheiro antes do vencimento, pode se dar bem ou pode se dar muito mal. Tudo vai depender do que acontecerá com a taxa de juros”, diz Ghani.

O ideal, então, é conhecer as características e os detalhes de cada título público antes da compra do ativo. “No Tesouro IPCA+ esse risco de perdas na retirada antecipada é potencializado. Já o Tesouro Selic simplesmente vai incorporando os juros diários”, diz Gandhi.

Novamente, vamos falar dele: os títulos atrelados a Selic. Eles são os mais conservadores e mesmo quando há risco de resgate antecipado ele é o mais indicado, justamente porque segue a Selic.

Já o título pré-fixados é indicado quando a taxa de juros está alta e ainda há uma expectativa de queda no futuro. Os títulos IPCA+ são pós-fixados com uma taxa mais a inflação do período e são indicados quando há expectativas de alta da inflação para proteger o patrimônio da desvalorização pela inflação e para a aposentadoria.

7 Motivos Indiscutíveis para Investir Dinheiro no Tesouro Direto

1 – Renda mais do que a Poupança – mesmo nas melhores hipóteses da poupança, ela fica atrás dos títulos públicos. Para confirmar, o investidor precisa colocar tudo na ponta do lápis: rentabilidade, prazo, taxas.

2 – É variado – você pode comprar títulos de acordo com os seus objetivos financeiros, pensando nos valores, nos prazos ou nas necessidades.

3 – Tem liquidez – assim como na poupança, o investidor também pode vender os títulos quando quiser. Alguns casos é preciso muita atenção, mas os títulos que se baseiam na Selic garantem o poder de compra do investidor.

4 – Taxa de administração pequena – se comparado à outros investimentos, com dos bancos, a taxa de administração é pequena, o que pode contribuir, de forma efetiva, para a rentabilidade final do investimento.

5 – Títulos com Juros Semestrais – há possibilidades de encontrar títulos com pagamentos semestrais, ou seja, é aquela história de viver de renda e dependendo do investimento, o investidor terá uma renda extra a cada 6 meses.

6 – Negociação aos Finais de Semana – não há impedimentos no tesouro ou na plataforma dos títulos quanto aos finais de semana, sendo possível a venda e recompra, desde que esteja dentro do horário permitido – das 9 horas da sexta feira até as 5 horas da manhã de segunda-feira.

7 – É o número 1 dos investimentos em Renda Fixa – saiba que toda renda fixa aplica um pouco no tesouro direto, mesmo os fundos, CDBs ou qualquer outro.

Como Investir no Tesouro Direto mês a mês

Os Principais Títulos do Tesouro Direto

Esse também é um tópico bastante resumido, mas é para você ter uma ideia do tanto de opções que há no Tesouro Direto, principalmente se pensado nos prazos de investimentos: curto, médio ou longo.

Tesou Prefixado (antigo LTN) – é quando o investidor vai receber o valor acrescido da rentabilidade na data de vencimento. Se resgatar antes, pode ter um preço variado negativamente.

Tesouro Prefixado com Juros Semestrais (antigo NTN-F) – é indicada como renda complementar porque a cada 6 meses a categoria faz o pagamento de juros ao investidor, como uma antecipação da rentabilidade final.

Reprodução: Google

Tesouro Selic (antigo LFT) – é pós-fixados e muito contratado por quem busca realizar lucros com alta taxa de juros e sempre mantendo o poder de compra.

Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais (antigo NTN-B) – oferece rentabilidade acima da inflação porque é composta por uma taxa de juros prefixada e pela variação da inflação IPCA. Com isso, há a garantia de uma rentabilidade total do título sempre acima da inflação.

Tesouro IPCA+ (antigo NTN-B) – tem vencimento mais longo, por isso, é super indicado para quem está pensando na aposentadoria ou na faculdade dos filhos, por exemplo. Também tem rentabilidade acima da inflação.

Já falamos aqui algumas vezes, mas vale repetir: o ideal é ter uma reserva de emergência, depois que já estiver com um bom valor para investir, vale pensar na diversificação dos investimentos, mesmo dentro do Tesouro Direto. É aí que o dinheiro começa a trabalhar por você, vias de fato.

Os Verdadeiros Riscos do Tesouro Direto

Como já estamos no meio do artigo, você já deve ter notado duas coisas importantes: investir no tesouro direto pode ser considerado uma das melhores atitudes do investidor que não quer correr riscos (como está no título do artigo) e, portanto, os riscos do tesouro são todos minimizados.

Agora, portanto, vamos dar uma breve explicação dos porquês disso tudo. E mesmo que o tópico pareça redundante, veja que quando o investidor entende os motivos, o investimento se torna mais prático, e mais assertivo também.

É uma breve explicação, acompanhe!

Ele é garantido pelo Governo Federal e isso o torna mais seguro do que qualquer banco privado do país. Aliás, ele é garantido pelo governo em qualquer valor e não é como nos bancos, que tem o respaldo do FGC (Fundo Garantidor de Crédito), que só ressarce até, no máximo, 250 mil reais de cada investidor.

Assim sendo, ao comprar um título público, o investidor terá os ativos registrados no seu CPF (Cadastro de Pessoa Física) e pode consultar os rendimentos a qualquer momento no site do Tesouro Direto, com segurança e transparência.

De forma breve, resumimos os riscos de se investir dinheiro no Tesouro Direto em 2 tópicos: O Risco de Mercado e o Risco de Crédito. Confira a explicação sobre eles!

  • Risco de Mercado – o investidor só é vítima quando vende o título público antes da data de vencimento, já que leva em conta a probabilidade das variações dos preços dos títulos, conforme taxas de juros da economia.
  • Risco de Mercado – é um risco muito muito muito pequeno, mas que envolve toda a sociedade. É o famoso risco de calote da dívida ou o risco é considerado pequeno porque se o governo quebrar e dar o calote, obviamente os bancos e as outras empresas também vão quebrar, aliás, já teriam quebrado bem antes disso.

Curiosidade: quem são os maiores detentos da dívida Pública Federal?

  • São os bancos e as instituições financeiras, que totalizam quase 30% da dívida.
  • Os fundos de investimentos e os considerados não-resistentes tomam 20% da fatia total, cada uma.
  • Depois, as previdências privadas têm 17% das dívidas.
  • Seguida do Governo Federal, que fica com uma pequena parte, de 6%.
  • Por fim, estão as seguradoras (4%) e outros (4%).

Isso é apenas para explicar o tópico anterior: se o governo quebrar, todas as instituições financeiras vão junto. Por isso, esse risco de crédito ou calote é tão pequeno.

Outro ponto a ser observado é quanto as agências de risco, que podem reduzir o grau de risco de investimento de um país ou outro quando encontram problemas na economia. Mas, em recente exemplo, de 2015, mesmo que o Brasil teve seu grau diminuído, nenhum investidor do Tesouro Nacional perdeu dinheiro.

Por fim, é preciso entender que mesmo em meio a crise, investir no tesouro direto tem sido uma das melhores opções de investimentos financeiros, o que é muito mais vantajosos para o momento de taxas de juros e inflação.

Ah, por sinal, se a nota de risco do Brasil for rebaixada ainda mais nos próximos meses ou anos, o governo (muito provavelmente) vai elevar a taxa de juros justamente para atrair os investidores, o que vai beneficiar, diretamente, os títulos públicos pós-fixados, por exemplo.

Reprodução: Google

Já a tendência é de baixa de juros, então, os pré-fixados serão beneficiados, obviamente.

Se você gostou do assunto e viu no tesouro direto uma excelente forma de assegurar o seu dinheiro, sem perder o poder de compra mesmo em época de crise, pode conhecer um pouco mais sobre eles, as melhores aplicações financeiras e outras rendas fixas no nosso e-book: Guia Completo da Renda Fixa.

Se você continuou lendo sem clicar no e-book, saiba que ele é inteiramente gratuito e não tem custo de adesão, nem mensalidade, nem nada. Basta, para tanto, apenas um cadastro, com nome e –mail para receber o seu e-book.

Faça uma boa leitura e comece logo a investir no tesouro direto. Ou, então, já o faz, aprenda como diversificar os investimentos nele.

As Melhores Opções de Renda Fixa em Bancos

Criamos esse tópico porque algumas pessoas ainda são receosas quanto aos investimentos no Tesouro Direto, mas como vimos não há motivos para preocupação. No entanto, se você é sisudo o bastante para não sair dos bancos, veja algumas opções melhores ou “menos piores”.

Para quem tem perfil conservador, de baixo risco, vale a pena pensar nos papéis emitidos pelos bancos menores, tais como CDBs (Certificado de Depósito Bancário) que oferecem taxas entre 105 e 120% do CDI (taxa que acompanha a Selic). Tudo vai depender do valor e do prazo de aplicação.

“O investidor conservador deve sair dos CDBs dos bancos grandes, que pagam entre 80 e 90% do CDI porque essa aplicação vai começar a perder inclusive para a poupança. Uma opção equivalente são os CDBs dos bancos médios, que oferecem taxas bem melhores”, recomenda Rodrigo Puga, da Modalmais.

Atenção: os bancos menores tem a mesma garantia dos bancos maiores porque também contam com o FGC e para os mesmos valores – 250 mil reais por investidor.

Com informações da épocanegócios, infomoney, guiainvest

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