IPCA+ 2024 é o Melhor Investimento Financeiro em Renda Fixa 2017, diz gestor

A resposta do gestor ainda se completa quando ele diz: “As pessoas estão vendendo este título prevendo a que a inflação ficará abaixo de 4,5% ao ano”. O que para ele, não é verdade. Como o ativo fica acima da inflação, se ela for maior que o esperado quem comprou o papel leva a melhor.

A resposta é do gestor da SulAmerica Investimentos, Marcelo Mello, que administra mais de 34 bilhões de reais e foi dada ao portal Infomoney.

Mas, será que esse é mesmo o melhor investimento financeiro do ano?

Não, pelo menos em termos absolutos.

Sabe por quê?

O melhor investimento financeiro para uma pessoa, não será o melhor para outra, obviamente. Essa responsabilidade tem vários porquês e motivos.

Obviamente que, para quem vai levar os papéis até a data de vencimento – 2024 – essa renda fixa é uma excelente opção de aplicação financeira considerando o baixo risco e a remuneração bastante superior à inflação.

Mas, para quem vai resgatar antes, já não vale tanto a pena. Aliás, se a taxa básica de juros continuar caindo e ficar menor do que o esperado, o título tende a render menos, podendo até mesmo dar prejuízo no curto prazo.

O que Considerar para Levar o IPCA+2024 como melhor investimento do ano?

Ele valerá a pena se:

  • Você estiver disposto a carrega-lo até o vencimento – 2024,
  • Se a rentabilidade vai ser a inflação mais 5,14% ao ano.

Em caso contrário a qualquer uma dessas opções, o investidor correrá risco no papel.

Para todas as pessoas que acreditam que vão precisar do dinheiro antes do vencimento, aconselha-se o Tesouro Selic, que é parecido com o IPCA, só que acompanha a taxa básica de juros da economia.

Para você entender mais essa questão do Melhor Investimento Financeiro, separamos outro tópico, que também é curto. Confira agora.

Qual o Melhor Investimento Financeiro para um Freelancer?

Com uma renda mensal instável, a necessidade de criar uma Reserva de Emergência passa a ser obrigatória. Pensando, obviamente, na tranquilidade profissional. O ideal é sempre juntar dinheiro que tenha equivalência à 6 meses ou 12 meses da renda mensal média.

Reprodução: Google

Sabendo disso, fica a pergunta:

Onde Investir Dinheiro para a Reserva de Emergência?

Por se tratar de uma reserva emergencial, que pode ser resgatada a qualquer momento, dependendo da situação, o melhor a se pensar é em alguma aplicação que tenha baixo risco (para não perder dinheiro) e que tenha liquidez diária (para resgate a qualquer momento).

Baixo Risco + Liquidez Diária, ok?

Levando isso em consideração, surgem as seguintes possibilidades:

  • Fundos DI ou de Renda Fixa pós-fixadas,
  • CDB, LCA ou LCI com liquidez diária,
  • Título Público (Tesouro Selic / LTF – Letra Financeira do Tesouro),
  • Poupança.

Qual dessas opções é o Melhor Investimento Financeiro?

Para saber a resposta, vamos analisar cada uma.

Poupança

Não tem apresentado bons resultados financeiros, sendo que as vantagens estão voltadas para a praticidade (resgate imediato) e a ausência do Imposto de Renda.

Porém, mesmo sem o IR, a poupança tem perdido rentabilidade para as outras modalidades da Renda Fixa.

Fundos de Investimentos

Têm rentabilidades melhores do que a poupança na maior parte dos casos. O aconselhável é “observar” os fundos pós-fixados dos bancos, analisando a rentabilidade anual e comparando com a poupança.

No caso dos fundos, vale o alerta sobre as taxas de administração e o Imposto de Renda. Isso faz com que o regaste menor do que 6 meses seja bastante duvidoso em termos de rendimentos. Mesmo assim, ele ainda valerá mais do que a poupança.

Existem ainda fundos que rendem bem mais – 20% ao ano, por exemplo. Porém, eles não são pós-fixados e sim prefixados, ou seja, mais arriscados. Para o resgate curto, não vale a pena.

Tesouro Selic

Também chamados de LTF são boas oportunidades para quem tem a ideia de fazer um fundo de emergência. Ele é melhor do que as outras opções do Tesouro Direto porque é o único que é pós-fixado, o que tem menor risco.

A rentabilidade pode ser feita pela calculadora do Tesouro.

Títulos Privados (CDB, LCA e LCI)

Também costumam valer a pena desde que tenham a liquidez diária.

Para encontrar os melhores papéis desses investimentos, é preciso pesquisar muito e ver qual melhor se assemelha com o seu perfil – lembrando que nem sempre o gerente vai te ajudar nisso.

Todos esses títulos de renda fixa privados tem a garantia do FGC – Fundo Garantidor de Crédito. Ou seja, ainda que o governo não garanta, como no Tesouro, eles tem a garantia de até 250 mil reais pelo fundo, para cada pessoal.

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Consideração Final

Depois de analisar todas essas opções financeiras, basta ver qual melhor se enquadra no seu perfil. Normalmente, os títulos privados rendem mais, seguidos dos públicos, dos fundos e da poupança. Mas isso varia muito conforme a economia do país e seus objetivos.

Para quem trabalha como autônomo ou freelancer, o principal objetivo inicial tem que ser montar a reserva de emergência.

Se a situação estiver agravante, vale pensar nos fundos, que permitem o saque no dia seguinte, enquanto os outros, ainda que tenham liquidez diária, demoram um pouco mais.

Bônus: Com Selic em 8,25% como ficam os Investimentos Financeiros?

https://youtu.be/Gr_6uaxVRGA

Luciano Tavares é CEO da Magnetis Investimentos, Arthur Farache é sócio da Desfixa e Fernando Marcondes é do Grupo GGR. Eles comentaram sobre essa nova queda da Selic.

Com a queda da Selic, a rentabilidade da Renda Fixa será menor. Porém, na opinião deles, ela ainda vai continuar sendo uma boa opção de investimento financeiro.

Para Tavares, com a redução dos juros e a inflação em queda, o rendimento real ainda será positivo para essa aplicação. “Qualquer perfil de investidor sempre vai ter uma parcela de renda fixa entre seus investimentos”.

“Se é alguém mais conservador, essa parcela será predominante. Se é alguém mais agressivo, a renda fixa será usada para aplicar o dinheiro de uma reserva de emergência, por exemplo”, diz.

Farache concorda e diz que o mais viável é diversificar os investimentos, tornando o risco menor. Porém, na atualidade existem poucas opções para o pequeno investidor.

“Dentre elas, estão os CDBs de bancos menores, que costumam praticar taxas mais altas. E os fundos Multimercados, que quando há tendência de queda de Selic ganham mais dinheiro, de forma generalizada”, afirma.

Marcondes defende o mesmo pensamento. “A diversificação é um seguro gratuito em momentos de crise, é o que evita grandes perdas”.

Ao mesmo tempo, para Farache, a tendência é que os investidores migrem seus recursos, em partes, para a renda variável, valorizando as ações. “É preciso pensar em empresas que tenham uma volatilidade menor e que esse investimento deve ser de longo prazo”.

“Ter uma parcela em renda fixa é sempre necessário, seja para reserva de emergência ou para realizar um objetivo de menor prazo”, diz Tavares.

Milton Galvão é da FMU e fala sobre a redução dos juros. “As opções dependem do perfil de cada individuo. Profissionais jovens têm menor aversão a riscos e podem investir em renda variável, já aqueles em faixa de idade mais avançada devem buscar a segurança da Renda Fixa”.

Investimentos de 10 mil Reais com a Selic em 8%

Poupança R$ 10.566
CDB (95% DI) R$ 10.625
LCI/LCA (90% DI) R$ 10.717
Tesouro Selic R$ 10.658
Fundos (taxa administração de 0,3%) R$ 10.606

Investimentos de 50 mil Reais com a Selic em 8%

Poupança R$ 52.830
CDB (95% DI) R$ 53.129
LCI/LCA (90% DI) R$ 53.587
Tesouro Selic R$ 53.293
Fundos (taxa administração de 0,3%) R$ 53.033

Investimentos de 200 mil Reais com a Selic em 8%

Poupança R$ 211.323
CDB (95% DI) R$ 212.517
LCI/LCA (90% DI) R$ 214.348
Tesouro Selic R$ 213.175
Fundos (taxa administração de 0,3%) R$ 212.133

As tabelas acima foram baseadas em dados do Banco Central, Tesouro Nacional, Portal Simulador Investimento e ADVFN.

Com informações do DinheiropraViver

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