Você está SuperEndividado? Veja como Usar o FGTS da maneira mais sensata!

Hoje existem mais de 60 milhões de brasileiros endividados. “A gente tenta por as dívidas em dia, mas é bem complicado. Principalmente com a questão dos juros, despesas. Para quem tem filhos, a situação é mais difícil ainda”, afirma Bismara da Silva. “Eu acho que hoje em dia, todo mundo deve um pouco. A gente trabalha para pagar as dívidas e cada vez está ficando mais difícil de pagar”, comenta Glória dos Santos.

E aí que 10% dessa turma toda (dos endividados), ou seja, cerca de 6 milhões de pessoas são aquelas que são chamadas de superendividadas, que são aquelas que gastam mais de 30% do que ganham para pagar as dívidas. “Eu tenho muita dívida, não tenho nem como citar todas”.

“Nos últimos 18 meses esse serviços foi o mais procurado na fundação [Procon], o que representou um crescimento de mais de 400%”, afirmou Diógenes Donizete Silva é coordenador de atendimento ao superendividado do Procon. Confirma abaixo os principais motivos para o SuperEndividamento, conforme informações do Procon!

  1. Desemprego
  2. Descontrole Financeiro
  3. Empréstimo do nome para familiares e amigos

A notícia boa é que dá para sair do vermelho!

“Tem que cortar o que é supérfluo e economizar no essencial para que sobre um valor no final do mês”, ensina o especialista. Com esse valor que sobra, o superendividado precisa procurar os seus credores e encontrar a forma mais eficaz de quitar as dívidas. “A pessoa tem que propor uma negociação, dizendo, por exemplo, ao credor que pode pagar um valor X por mês e aí, a dica final é nunca fugir desse X”, complementa.

9 dicas realmente eficazes para renegociar dívidas com os bancos

A renegociação da dívida é válida, conforme o Procon, para não ficar com o nome sujo. “A partir do momento que a pessoa formalizou o acordo, ela deixou de ser inadimplente, ou seja, deixou de ser uma pessoa endividada”, afirma Diógenes.

Saque do FGTS

No Brasil, mais de 30 milhões de pessoas vão poder sacar 43 bilhões de reais das contas inativas do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço). Mas, quem poderá fazer o saque? “Eu trabalho no banco, mas ainda não sei se tenho direito à esse dinheiro, vim aqui ver”, afirmou Severino Nunes.  Se você está na mesma situação do Severino, saiba que poderá sacar o dinheiro quem pediu demissão ou foi demitido por justa causa até dezembro de 2015.

Se você se enquadrou nesse círculo de pessoas, veja aí quais as datas para o saque do FGTS:

  • Nascidos em Janeiro e Fevereiro – A partir de 10 de março
  • Nascidos em Março, Abril e Maio – A partir de 10 de abril
  • Nascidos em Julho, Junho e Agosto – A partir de 12 de maio
  • Nascidos em Setembro, Outubro e Novembro – A partir de 16 de junho
  • Já para os Nascidos em Dezembro – O Saque poderá ser feito a partir de 14 de julho

No entanto, como visto acima, o prazo final para sacar o benefício será no dia 31 de julho. Depois disso, os valores ficaram bloqueados para o saque imediato. Mas e para quem vai viajar ou por algum motivo sério não poderá sacar o dinheiro nas datas previstas, o que deve fazer?

“Está prevista a possibilidade de uma pessoa que esteja hospitalizada, por exemplo, através de uma procuração e que tenha um atestado médico informando sobre a não disponibilidade de comparecer presencialmente ao banco, poderá fazer um pedido para que alguém retire esse dinheiro”, afirma Demerval Prado Junior, superintendente da Caixa Econômica Federal.

Com a rentabilidade baixa do FGTS, o governo e os especialistas esperam que a maioria das pessoas faça o saque do dinheiro. “Todo mundo tem que tirar [o dinheiro do FGTS Inativo] porque o rendimento que você obtém com o fundo de garantia é muito baixo, é praticamente metade da poupança”, afirma, sem pestanejar, o professor de econômica da USP (Universidade de São Paulo), Edgar Merlo.

“Ou seja, se você não aproveitar essa oportunidade que o governo está dando para você sacar os seus recursos, você vai perder. Então, quem puder sacar, saque. Se não vai usar o dinheiro, ótimo, aplique esse dinheiro”, continua ele.

As melhores formas de aplicar o seu dinheiro é investindo, ao menos inicialmente, na Renda Fixa. Os motivos são inúmeros, entre eles, a maior rentabilidade, segurança e facilidade. Pensando nisso, produzimos um e-book inteiramente gratuito sobre essas Rendas Fixas. Nele, falamos sobre cada tipo de renda fixa, as diferenças e comparações. Conheça todas as opções agora:

Como Investir em Renda Fixa: O Guia Definitivo

“É um dinheiro que a gente não esperava e ele vai vir em boa hora. Eu pretendo fazer aplicações financeiras com esse valor”, Natalia de Almeida.

A dica, então, é: nada de sair por aí gastando tudo. “Se não der para investir, a prioridade é pagar as dívidas”. “Os empréstimos, de um modo geral, estão com taxas altíssimas no Brasil. Então, podendo reduzir as dívidas é a primeira coisa que deve ser feita”, diz Merlo.

Além dos empréstimos, os Cartões de Créditos também tem juros altos

Quem usa o Cartão de Crédito sem controle sabe muito bem com pesam os juros quando é feito o pagamento mínimo da fatura. “Eu sou compulsiva mesmo. Eu compro uma roupa, compro um sapato, compro uma coisa para casa… Tudo no Cartão, é mais fácil”, lamenta Leila dos Santos.

No entanto, agora, dona Teresinha sofre com a caixinha do sofrimento. “Aqui tem também o IPTU, IPTU do ano passado que eu não acabei de pagar, conta também, água, luz, mais sapatos”.

O que ela não percebeu ainda é que não ter dinheiro para pagar o rotativo do Cartão de Crédito pode custar bem caro, algo em torno de 450% de juros ao ano. “A maior taxa do mercado”. É uma bola de neve que vai crescendo, crescendo e crescendo e quando notamos, já não damos mais conta de pagar.

https://youtu.be/vres9v16Od8

“Eu cheguei a ter 15 Cartões de Crédito e aí, de tanto usar, fugiu do meu controle. Virou realmente uma bola de neve. O problema é que você começa a pagar o mínimo e a dívida nunca acaba, ela, na verdade, só aumenta. Mas isso, a gente fala e ninguém acredita, até que realmente acontece com você”, afirma Helena Dutra.

A Helena tem razão! Quer ver na prática, como isso funciona?

Imagina uma geladeira que custa 2 mil reais no crédito rotativo e que tenha uma taxa de 15% ao mês. Em 3 meses, esse valor subiria para mais de 3.054 reais e em 12 meses, o valor subiria para mais de 11 mil reais, o que daria para comprar quase 6 geladeiras iguaizinhas.

Pensando em contas como essa acima, o Governo Federal tomou a decisão de não deixar mais os consumidores a continuar pagando apenas a parcela mínima e ir empurrando a dívida para frente. Agora, com a mudança, vai ser assim: o crédito rotativo só vai poder ser usado até o vencimento da fatura seguinte.

Assim, após 30 dias da compra, o cliente passa a ter apenas 2 opções:

  1. Pagamento total da dívida,
  2. Nova linha de financiamento para aquele valor, com juros mais baixos!

Então, um desses empréstimos tem juros de 8% ao mês, ainda que seja alto é bem menor do que a do Cartão de Crédito. E, assim, se formos usar o mesmo exemplo citado acima, então, a dívida, em 12 meses, ficaria em pouco mais de 5 mil reais, valor que é metade do valor que você pagaria no crédito do cartão.

Com informações do G1

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