Ações da Vale saltam 240% em 2016 e deixam analistas financeiros inquietos

Desde fevereiro as ações ordinárias da Vale (VALE3; VALE5) subiram 240%, enquanto as preferenciais saltaram 340%. Este “rali” tem deixado os analistas do mercado financeiro inquietos. Sabem por quê? Porque existe um alerta sobre a continuidade da disparada!

Leia também: “Os papéis da farmacêutica subiram mais de 80% nesse ano, mesmo após já acumular alta expressiva em 2015“. Já sabe de quem estamos falando? Da Raia Drogasil. Leia a notícia na íntegra e entenda tudo sobre as ações dessa companhia na Bolsa de Valores.

E esses números estão vindos tanto do lado dos gráficos – que sobe, quanto dos fundamentos, que começam a questionar se a disparada do minério de ferro, que puxou os papéis da Vale, chegou ao topo. Ou não.

Para entender o que fazer com as ações da Vale a esse nível de preço, os analistas Leonardo Correa e Caio Ribeiro, do BTG Pactual, divulgaram um relatório na segunda-feira passada (12) onde buscaram achar um caminho viável.

Saiba qual a melhor saída, na opinião deles: Se por um lado, a geração de caixa da Vale segue muito forte, o que garante uma desalavacangem acelerada (perto de 22% o fluxo de caixa livre por ação); por outro, o preço do minério está chegando no pico.

Reprodução: Google
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“Honestamente, embora tenhamos uma convicção razoável de que os preços do minério de ferro estão perto de um pico a US$ 80 a tonelada, o mais difícil desse call é determinar quando virá essa correção dos preços do minério”, comentaram.

Isso porque a correlação entre a performance da Vale e o preço do minério é enorme.

Há cada US$ 1 a tonelada do minério, o impacto no NPV (valor presente líquido, na sigla em inglês) da Vale é de 6%, o que se traduz em uma volatilidade muito grande.

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Na primeira semana de dezembro, por exemplo, em que o minério de ferro teve uma flutuação de US$ 8 a tonelada (de US$ 80,00 para US$ 72,00), o valuation da Vale oscilou em 50 pontos percentuais: caindo de um potencial de valorização de 140% das ações para cerca de 90%, explicam.

Mas, ainda assim, eles decidiram manter a recomendação dos ADRs (American Depositary Receipts) – referentes às ações ordinárias – em neutra (“com o risco de estarmos errados novamente”), com preço-alvo em US$ 9,00, frente a cotação de fechamento de sexta-feira em US$ 8,94, acreditando que não é sustentável os preços da commodity nesses níveis.

“Novamente, nós podemos estar errados se o cenário do minério ficar acima de US$ 60 a tonelada por muitos meses”, acrescentaram.

Não se deve esquecer-se do enorme potencial de desalavancagem que a Vale pode atravessar: basicamente, se o minério de ferro permanecer em US$ 80 a tonelada por 6 meses, a Vale cortaria sua dívida líquida em US$ 5 bilhões; e se, juntamente a isso, somar-se uma venda de ativos na faixa de US$ 2 a US$ 3 bilhões, a mineradora poderia cumprir confortavelmente seu objetivo de dívida líquida de US$ 17 bilhões e começar a pagar dividendos muito mais agressivos no futuro (com rendimentos de dois dígitos).

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Ainda sobre a Vale, relembre esse notícia, que publicamos recentemente: Vale anuncia dividendos de R$ 857 milhões e Unidas pede aval para realizar IPO.

Gafisa venderá as ações da Tenda para Jaguar

A Gafisa firmou contrato com a Jaguar Real Estate Partners, afiliada da Jaguar Growth Asset Management, para a venda de até 30% das ações da Tenda pelo preço de R$ 8,13 por ação. A operação pode atingir R$ 539,020 milhões.

https://youtu.be/gjEJY0M8Zas

Segundo o fato relevante, enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o conselho de administração da Gafisa recebeu a proposta da Jaguar e determinou a aprovação à administração como alternativa à oferta pública secundária de ações (IPO, na sigla em inglês) da Tenda, que foi cancelado na terça-feira, 13, “com vistas a maximizar valor aos seus acionistas, seguisse com a negociação dos termos e condições de tal proposta da Jaguar, sem prejuízo do direito de preferência dos acionistas da Companhia garantido”.

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Entre as condições precedentes a serem verificadas está a redução do capital social da Tenda, sem o cancelamento de ações, à Gafisa, sua única acionista, de R$ 100 milhões, sendo R$ 50 milhões, acrescidos de correção, a ser pagos até 31 de dezembro de 2018. O restante deve ser pago até 31 de dezembro de 2019, podendo ser antecipado em função de determinados covenants financeiros previstos no contrato.

Também há a redução do capital social de Gafisa mediante restituição, aos seus acionistas, de ações correspondentes a 50% do capital social de Tenda. Por último, existe a condição de determinar a conclusão do procedimento relacionado ao exercício, pelos acionistas de Gafisa, do direito de preferência para a aquisição das ações, pelo preço por ação.

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Caso, após o exercício de preferência, restem menos de 20% das ações da Tenda, a Jaguar não será obrigada a adquiri-las, sendo que a operação prosseguirá com os acionistas que exerceram o direito de preferência.

Com informações da Infomoney / Isto É Dinheiro

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