Hoje vamos falar sobre casas. Isso, moradia, apartamento, terreno ou qualquer coisa que remeta à casa. Casa Própria, por sinal, é uma ótima expressão, não é? Eita, essa cultura do brasileiro de colocar poder em tudo… Quem não tem casa própria não é ninguém, né. Bem, as coisas não são bem assim não. Em números, no mercado financeiro, ter casa própria (mesmo que seja uma mansão) pode não significar muita coisa, sabia?
Aliás, antes de falar sobre a casa em si, vamos falar sobre o financiamento dela. Você considera isso uma dívida? Pois deveria. Por que, vamos explicar, qual é o critério da dívida? Dívida é quando você tem uma conta ou quando faz um empréstimo e assim, paga juros. Ou seja, no financiamento de uma casa, você está pagando juros? Então, é dívida. (O Minha Casa, Minha Vida é dívida, sacou?). E, reparem só, aí de você se não quitar essa dívida ein… PERDE TUDO.
Afinal de contas, a casa só vai ser sua quando você terminar de pagar, daqui à 30 anos, mais ou menos. Até lá ela será da construtora ou do banco, dependendo do seu acordo. Existem mais 2 coisas que são dívidas e ninguém a considera como tal. Quer descobrir quais são elas? Leia essa matéria: 3 coisas que são dívidas e ninguém considera.
Agora, antes de prosseguir com esse pensamento, vamos ter uma aspa porque essa informação é supra importante.
O valor do aluguel residencial no Brasil teve queda real em 2016
A informação é de uma pesquisa feita pelo Índice FipeZap, calculado pela Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em parceria com o portal Zap. E o número correto é 8,95%, ou seja, o aluguel ficou quase 9% mais barato, isso sem considerar a inflação do período medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), de 6,29%.
Segundo a pesquisa, o preço médio do metro quadrado de apartamentos prontos para alugar em 11 cidades nacionais era de 30 reais em dezembro. O levantamento apurou cidades que tiveram queda real no valor médio do aluguel residencial e o Rio de Janeiro continua liderando o ranking com os valores mais altos, sendo que até o fim de dezembro, o metro quadrado valia 35,21 reais, seguido por São Paulo (34,95 reais) e Distrito Federal (31,82 reais).
Por outro lado, Curitiba é o mais barato, com valor de 16,57 o metro quadrado, seguida de São Bernardo do Campo (18,83 reais) e Belo Horizonte (19,82 reais).
Alugar ou Financiar uma casa?
O aluguel abaixou, está provado. Mas, sabemos também que, com a crise do ano passado, as casas à venda também tiveram baixa de preços, principalmente as mais antigas. Mas, e então, o que compensa mais: alugar ou financiar uma casa? Para ter essa resposta será preciso entender alguns fatos culturais e financeiros. A partir disso, vamos criar uma linha de pensamento e no final, você vai poder ter a resposta.
Toda essa didática foi gravada pelo Robinson Trovo e está no vídeo abaixo, assista:
https://youtu.be/TFmMYd7FvJw
Qual a Renda necessária para financiar um imóvel em 20 cidades
Ainda acerca do assunto do vídeo acima, a Exame encomendou uma pesquisa sobre os valores para financiar uma casa (ou apartamento) que tenha no máximo 70 metros quadrados. A pesquisa comparou custos de financiamento que utiliza como base o Índice FizeZap de dezembro e, a partir do preço, foi simulado o custo do financiamento nos bancos Caixa, Santander, Bradesco, Itaú e Banco do Brasil.
Em ranking das 10 empresas que mais valorizaram em 2016, 5 são bancos!
O levantou levou em conta também o perfil de um comprador de 40 anos e um financiamento de 70% do valor do imóvel usado, em um prazo de 35 anos. Para tal, foi utilizada a tabela SAC (Sistema de Amortização Constante), que tem parcelas decrescentes com taxa de 11% ao ano. Já a renda familiar da prestação foi feita a partir do valor da primeira parcela, considerando que ela não ultrapasse 30% da renda.
Confira o ranking, que está na seguinte ordem: “Cidade” e “Renda Familiar Necessária”:
- Rio de Janeiro (RJ) – 19,2 mil reais
- São Paulo (SP) – 16,2 mil reais
- Brasília (DF) – 15,9 mil reais
- Niterói (RJ) 13,9 mil reais
- Florianópolis (SC) – 12,4 mil reais
- Recife (PE) – 11,5 mil reais
- Belo Horizonte (MG) – 11,5 mil reais
- São Caetano do Sul (SP) – 11,2 mil reais
- Fortaleza (CE) – 11,2 mil reais
- Porto Alegre (RS) – 10,7 mil reais
- Vitória (ES) – 10,7 mil reais
- Curitiba (PR) – 10,5 mil reais
- Campinas (SP) – 10,2 mil reais
- Santo André (SP) – 9,8 mil reais
- Santos (SP) – 9,7 mil reais
- São Bernardo do Campo (SP) – 9,2 mil reais
- Salvador (BA) – 9,1 mil reais
- Vila Velha (ES) – 8,5 mil reais
- Goiânia (GO) – 7,7 mil reais
- Contagem (MG) – 6,8 mil reais
Bolsa de Valores: Construtoras que ganharam mais valor de mercado no início de 2017
Já que o assunto é casa e construção, vamos para a Bolsa de Valores. Neste início de ano, os investidores voltaram a reanimarem-se com as construtoras e nas primeiras sessões d 2017, as ações do setor dispararam com boas altas, incluindo a PDG, que chegou a ter alta de mais de 100%. A onda é positiva também pela redução da taxa Selic, proposta pelo Banco Central.
Com informações da Economatica, selecionamos as empresas que mais ganharam valor de mercado nesse período, veja na seguinte ordem: “Empresa” e “Quanto ganhou em Valor de Mercado”!
- Cyrela – 664 milhões de reais
- MRV – 454,4 milhões de reais
- Eztec – 438,9 milhões de reais
- JHSF – 351,6 milhões de reais
- Helbor – 224 milhões de reais
- Gafisa – 196,5 milhões de reais
- Tecnisa – 155,8 milhões de reais
- Direcional – 128,7 milhões de reais
- Even – 118 milhões de reais
- PDG – 92,9 milhões de reais
Notícia quente: Construtora poderá ficar com 10% do valor do imóvel em caso de distrato
Essa proposta está em discussão no governo e, para fins de informação, distratos é o nome que se dá quando há resistência da compra ou venda do imóvel na planta. Na prática, um imóvel de 500 mil reais, por exemplo, poderia beneficiar a empresa com 50 mil reais, caso o distrato seja aceito. Mas, se o valor já pago for de 30 mil reais, a construtora poderá reter 90%, ou seja, 27 mil reais.
Outra notícia: O Ministério das Cidades alterou o limite para a aquisição de imóveis com recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal. Agora, o valor das unidades está fixado em 950 mil reais. Os limites do programa “Carta de Crédito Associativo” também foi enquadrado, e é destinado à recursos financeiros para a concessão de financiamentos.
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Com informações do MSN, Globo e Exame