Saiba qual é a diferença entre dívida ruim e dívida boa – se é que isso existe

Tem muito educador financeiro e especialista em finanças falando por aí que existe a tal da dívida boa, assim como existe também a dívida ruim. Mas, você sabe o que é isso?

Aliás, será que isso é verdade mesmo ou será que eles estão falando coisas que não deveriam? Realmente é melhor comprar tudo à vista do que parcelar? E aí o que você acha? Vamos até o fim para refletirmos o assunto.

Por que tem vantagem em comprar tudo à vista, não tem?

Ou será que existe uma dívida boa, que é quando eu compro à prazo?

Será que eu poderia pagar parcelado e assim fazer uma compra mais vantajosa?

O que você acha?

Vamos ao que interessa para tirarmos todas essas dúvidas da nossa cabeça.

A dívida menos ruim

Para fugirmos um pouco da ideia de dívida boa (porque se é dívida não tem como ser boa), vamos pensar em dívidas menos ruim, está bem?

Quando que uma dívida é menos ruim? É quando você vai assumir, por exemplo, um financiamento para algo que vai lhe trazer um benefício no longo prazo.

E, atualmente, a gente tem 2 grandes exemplos disso. Vamos falar sobre eles agora.

1 – A Casa Própria

O primeiro dele é a casa própria.

Então, essa dívida menos ruim é quando você vai fazer um financiamento de imóvel.

Em vez de pagar o aluguel, você vai comprar a sua casa parceladamente.

Vamos imaginar que você esteja pagando R$ 1,5 mil de aluguel.

Aí, a mudança acontece quando você deixar de pagar aluguel (de R$ 1,5 mil) e começar a pagar o financiamento do imóvel (nesse mesmo valor).

Por que a dívida é menos ruim? Porque você vai usar o dinheiro que é uma despesa e trocar por algo que vai continuar sendo uma despesa.

Entenda que é o mesmo valor: do aluguel e da prestação.

Se você vai tirar a despesa do aluguel e vai usar o mesmo valor para pagar a casa própria, vamos combinar que você está fazendo uma troca que vale a pena.

Por isso, damos o nome de dívida menos ruim, tá?

2 – O Carro para o Trabalho

A outra coisa exemplar que vamos citar aqui é a compra de um carro – também financiado.

Isso seria, por exemplo, no caso de você ser um autônomo ou ser um vendedor. Aí, se tiver um carro você vai potencializar o seu trabalho e aumentar as vendas.

Só que você não tem dinheiro para comprar o carro à vista. Então, você vai fazer um financiamento e com este financiamento você vai ter um carro que vai ajudar no seu trabalho.

Essa também uma dívida menos ruim.

E o motivo é que você vai faturar mais, por isso, vai pagar aquele financiamento – mesmo com juros, ele vai ser bom para o seu negócio.

Entenda que neste caso, o mais importante não é o parcelamento, mas sim você ter aquele carro para conseguir ter uma melhora do seu rendimento mensal.

Isso vai compensar o pagamento dos juros.

Aqui, a dica é saber fazer as contas certas, não comprometer muito do orçamento e comprar um veículo que seja econômico, por exemplo.

Os cuidados com os parcelamentos

Customer pays by credit card at the cafe

Agora, precisamos falar também dos cuidados que se deve ter ao fazer muitos parcelamentos. Afinal, financiamentos são parcelamentos ao longo prazo.

Hoje em dia, muitas pessoas pensam que o mercado oferece parcelamentos para ajudar o cliente. Mas, não é bem verdade, tá?

Você pode comprar um smartphone novo e pagar parcelas de R$ 50. Depois, pode comprar um tênis novo em parcelas de R$ 30. E aí, você tem outras contas parceladas também.

Note que mesmo que sejam parceladas baixas, você tem um custo muito alto todos os meses. Por isso, nem sempre parcelar no longo prazo, mesmo que com parcelas baixas, vai ser bom para você.

Muita gente não considera o valor total do produto que está comprando considera só valor da parcela. E esse é o grande erro que a gente mais comete hoje em dia aqui no Brasil.

Os juros

O que você precisa começar a ver é que existe um juro embutido, que é muito grande.

É o chamado Custo Efetivo Total. Esse Custo vai te mostrar que o tênis que custava R$ 200 e você parcelou em 12 vezes, acabou custando quase R$ 300 no pagamento total.

Esse é o problema de parcelar e por isso que, na maior parte das vezes, comprar à vista é melhor.

Quanto mais você parcela, mais você está perdendo dinheiro. Por isso, todas as vezes que você comprar parcelado esteja seguro de que tem um custo financeiro embutido.

Por outro lado, comprando à vista ou mesmo fazendo pesquisa na internet, dá para você ter uma ideia melhor dos valores, dos custos, dos juros e isso tudo te ajuda a não se endividar.

Observe, por exemplo, que você vai ter um celular que custa R$ 700 à vista em uma loja. Já em outra, você paga parcelas baixas, de R$ 80. Só que são 10 parcelas, o que dá R$ 800. Isto é, R$ 100 a mais. Entende?

Logo, você vai pagar juros e saiba que, para terminar esse texto, nenhuma aplicação no mercado financeiro vai lhe render mais do que eu juro que você vai pagar.

Portanto, o ideal sim é sempre comprar à vista!

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