Quem vai comprar o primeiro carro nem sempre sabe que os gastos vão muito além do valor total da compra inicial. Pode ser um carro usado ou mesmo aquele novinho, saindo de fábrica, ele vai ter gastos com a manutenção devido ao uso. Por isso, é muito aconselhável saber como fazer a manutenção da forma correta.
Vamos considerar então apenas as dicas de manutenção, deixando de lado outros custos que o motorista vai ter, como com combustível, seguro, depreciação, entre outros.
No Final do Artigo: Bônus – os 35 carros com menor custo de manutenção de 2017
Conforme um levantamento da fundação Proteste feito com os 10 modelos de carros mais vendido no Brasil apontou que, na maior parte dos casos, os preços pagos pelo automóvel, somado às despesas fixas, seriam suficiente para comprar outro veículo equivalente em apenas 36 meses.
O custo mensal fixo poderia ultrapassar 800 reais em alguns casos.
Confira 10 Dicas Fáceis para a Manutenção do Carro
A troca de peças nos prazos recomendados pelas montadoras interfere diretamente no consumo de combustível, por exemplo. O que acarreta de forma direta no bolso do motorista. Selecionamos algumas dicas simples para explicar isso.
1 – Velas
São responsáveis por introduzir a energia de ignição na câmera de combustão para iniciar a queima da mistura do ar e combustível.
A recomendação das montadoras é a de que elas sejam trocadas, rigorosamente, nos prazos demandados. E, para tal, nem precisam estar falhando. Isso porque se não forem trocadas, estarão comprometendo o rendimento do carro e aumentando o consumo do combustível.
O prazo varia conforme as montadoras e os modelos, mas, no geral, fica entre 15 e 100 mil quilômetros.
Vale lembrar que quando uma vela estraga, torna-se necessário trocar todo o jogo, que, normalmente, é formado por quatro componentes.
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2 – Filtros
Os filtros de ar, óleo e combustível são essenciais para o bom funcionamento do motor. Assim, eles também precisam ser trocados nos prazos pré-definidos.
Os filtros de ar e de combustível vencidos também influencia a mistura do ar e do combustível, o que adianta a sua ida ao posto de combustível.
3 – Combustível
Usar o famoso “combustível batizado” não trata-se de um item de manutenção, porém é considerado por todos os especialistas como uma medida de prevenção aos danos que podem ser gerados no carro.
Mais do que isso, esse é um dos principais vilões dos carros.
Com a tecnologia, o sistema automotivo é bastante sensível para ler o combustível usado e assim sendo os batizados (como gasolina com querosene ou álcool com água) vão interferir diretamente na média de combustível usado nas quilometragens.
O resultado é o comprometimento direto em outras peças do sistema de injeção.
A solução é rápida e simples: opte por postos de combustíveis com selos da ANP (Agência Nacional do Petróleo e Gás Natural).
4 – Pneus
Os pneus descalibrados (com pouco ar ou excesso dele) interferem diretamente no desempenho e, consequentemente, no gasto do combustível.
A calibragem deve ser feita a cada duas semanas, na média, seguindo as recomendações da montadora para os pneus dianteiros e traseiros, conforme a lotação do veículo.
Isso é perigoso não apenas para o bolso, mas também para a aerodinâmica dos automóveis, item de segurança de qualquer veículo.
5 – Alinhamento
O alinhamento das rodas, chamado de geometria, é importante para o desempenho dos veículos. Quando ele não é feito, o carro sofre com a falta de estabilidade, além de provocar desgastes nas peças.
Logo, carros desalinhados exigem maior esforço do motor e, claro, maior o consumo de combustível.
O recomendável é fazer revisões a cada 10 mil quilômetros.
6 – Adaptações
Esse ponto é interessante: pense você quanto tempo os engenheiros gastam para conseguir encontrar o melhor desempenho possível para os carros, levando em conta o menor consumo com as peças originais…
Agora, diga, como as adaptações feitas podem ser benéficas? Não vale a pena investir nelas. Não são recomendadas.
Assim como pneus, aerodinâmicas afetadas por aerofólios, também podem fazer o carro gastar mais combustível.
7 – Escapamento
Além do barulho ensurdecedor, andar com escapamentos furados no carro provoca falhas e o aumento do consumo. Isso porque existe o funcionamento dos motores, que são influenciados pela chamada taxa de contrapressão dos gases.
Se alguma peça do escapamento está danificada, sejam os canos ou os silenciadores. Mudanças podem provocar falhas na marcha lenta, logo, maior consumo de combustível.
8 – Embreagem
Se você tem o hábito de andar com o pé na embreagem, esqueça. Isso irá desgastar o sistema.
Se a embreagem patina, ocorre a perda de transmissão de potência entre o motor e as rodas, aumentando o consumo, obviamente.
9 – Freios
Parece óbvio que rodas travadas possam interferir no rendimento do carro. Mas, por que então não damos a devida atenção à isso? A lógica é simples: o motor precisa fazer mais força para rodar, logo usa mais combustível.
Assim sendo, os freios dos carros devem ser revisados a cada 10 mil quilômetros.
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10 – Arrefecimento
Os motores têm temperaturas ideias para o funcionamento. Se trabalham superaquecidos, perdem potência, e aumenta o consumo.
Logo, a recomendável é trocar o aditivo do radiador no prazo recomendado pelas montadoras e revisar todo o sistema de arrefecimento, como mangueiras, válvula termostática e interruptores.
Os 35 carros com menor custo de manutenção de 2017
Como visto, todas as pessoas que tem um carro ou queiram ter, precisam levar em conta vários fatores, inclusive, os gastos com manutenção.
Para facilitar a vida dos consumidores, o Centro de Experimentação e Segurança Viária (Cesvi Brasil) fez um ranking com os custos de manutenção mecânica dos carros mais vendidos no Brasil, conforme informações da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).
Para criar esse ranking, nasceu o Índice de Manutenção Veicular (IMV), que tem o objetivo de servir como base para consumidores e seguradoras.
Foram considerados os seguintes itens:
- Componentes de Rodagem (embreagem, correias, cabos, velas, óleos, filtros, ar-condicionado),
- Componentes de Segurança (pneus, suspensão, freios e limpadores de para-brisa).
A partir disso, foi considerado os preços de todas as peças, custo da mão-de-obra marca e chegou-se ao custo de manutenção de cada modelo para o período.
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Os modelos foram classificados em uma escala de pontuação que varia de 10 a 60 pontos, sendo que quanto menor o IMV, menor é o custo de manutenção mecânica do veículo.
A lista abaixo considerou que os primeiros colocados ficaram com IMV em 20 enquanto os últimos tiveram pontuação de 24.
- Celta 1.0 – Chevrolet
- Novo Uno 1.0 e 1.4 – Fiat
- Fiorino 1.4 – Fiat
- Etios Hatch 1.5 – Toyota
- Etios Sedan 1.5 – Toyota
- Gol 1.0 e 1.6 – Volkswagem
- Voyage 1.0 e 1.6 – Volkswagem
- Classic 1.0 – Chevrolet
- Novo Palio 1.0 e 1.4 e 1.6 – Fiat
- Grand Siena 1.4 – Fiat
- Strada 1.4 – Fiat
- Novo Versa 1.6 – Nissan
- Versa 1.6 – Nissan
- Grand Siena 1.6 – Fiat
- Punto Attractive 1.4 – Fiat
- Ka 1.0 e 1.5 – Ford
- HB20 1.6 – Hyundai
- HB20S 1.0 – Hyundai
- Corolla 2.0 – Toyota
- Novo Fox G7 1.6 – Volkswagem
- Onix 1.0 e 1.4 – Chevrolet
- Prisma 1.0 e 1.4 – Chevrolet
- Onix – Chevrolet
- Punto 1.6 e 1.8 – Fiat
- HB20 1.6 – Hyundai
- HB20S 1.6 – Hyundai
- March 1.0 e 1.6 – Nissan
- Logan 1.0 e 1.6 – Renault
- Duster 1.6 – Renault
- Novo Fox G7 1.0 – Volkswagem
- Cobalt 1.4 e 1.8 – Chevrolet
- Punto T-JET 1.4 – Fiat
- Ecosport 2.0 – Ford
- New Fiesta 1.5 e 1.6 – Ford
- UP! – Volkswagem
Com informações do iG e Terra