Educar financeiramente os filhos – você está fazendo isso certo?

A educação infantil por si só já é um tema que precisa ser muito considerado no Brasil. O mesmo vale para quando inserimos nessa receita o dinheiro. Aí falamos em educação financeira infantil. Você que tem filhos ou sobrinhos ou alunos… Tem se preocupado com isso? Pois, deveria!

Hoje vamos falar sobre a educação financeira das crianças: os pais podem até pensar em diferentes iniciativas para aproximar seus filhos do dinheiro de forma natural. Mas, muitos se esquecem de considerar um aspecto fundamental nessa equação. Leia para saber qual é!

Infância e adolescência

Durante a infância e adolescência, a ideia de pertencimento ao grupo é muito presente no dia a dia. As crianças e adolescentes tem de observar o comportamento da maioria para se encaixar da melhor forma.

Observação!

Sim, elas observam e aqui aparece o primeiro ponto importante: dar o exemplo certo!

O terror deles é se ver como um peixe fora d’água. Então, literalmente, eles copiam as outras pessoas e copiam ainda mais pais, que quase sempre são os que passam mais tempo com a criança.

A necessidade de pertencimento pode ser, por exemplo, um fator motivador… Então, pais, cuidado!

  • Cuidado com o primeiro copo de cerveja!
  • E cuidado também com a forma que você gasta o seu dinheiro!

Veja que fazer parte do grupo não é necessariamente ruim. É uma autodefesa dos mais jovens das incertezas naturais que surgem sobretudo nesta fase de afirmação, por isso, pertencer ao um grupo ajuda muito a formar ideias e convicções.

Isso quer dizer que o seu filho tem que ir para escola? Não é disso que estamos falando.

Afinal, o que isso tem a ver com a educação financeira? Absolutamente tudo.

Quando age em nome de um grupo, o jovem tem muito mais facilidade para vencer as barreiras e tomar decisões, por outro lado, a exclusão faz com que ele se torne menos seguro quando é chamado para opinar ou definir algo.

Essa insegurança pode reverberar na vida adulta, inclusive, em aspectos relacionados as finanças.

Por isso, que pais devem funcionar como pontes que ligam seus filhos aos grupos dos quais eles desejam fazer parte.

A coletividade

Excluir as crianças e adolescentes das práticas de seu grupo só vai isolá-los e pode ainda despertar receios que vão dificultar o amadurecimento deles.

Entenda que nem sempre se trata de uma escolha individual. Isso porque um ato de alguns componentes do grupo muitas vezes podem influenciar no comportamento dos demais!

A mesada é apenas um exemplo.

E a lógica se explica também na opções de roupas, alimentação, presentes e o lazer.

Pensando neses exemplos, a recomendação é que você considere fazer “adendos orçamentários” para manter o seu filho como parte de um grupo.

Se os amigos dele ganha mais presentes, provavelmente ele vai querer o mesmo tratamento, isso vale o mesmo do padrão de vestuário.

Perceba que esses desejos materiais despertados pelo comportamento do grupo não devem sair do controle e extrapolar o seu orçamento financeiro.

É importante que seu filho seja socialmente aceito, mas apenas fazer parte de suas vontades para adequar ao grupo não basta. Mais do que viabilizar os desejos, os pais devem se envolver nas atividades dos filhos.

Uma sugestão é participar das reuniões de pais na escola para debater a respeito dos atos que o grupo vem desenvolvendo. Você pode propor a mesada como um instrumento mais educativo, por exemplo. Ou sugerir aulas de finanças, que pode ser um bom começo!

Como educar os filhos?

Os pais se esforçam para garantir que seus filhos tenham um melhor futuro possível, mas você sabe o que consiste uma boa educação?

A resposta mais comum é proporcionar uma escola de qualidade para que os filhos tenham condições de passar no vestibular de uma ótima universidade. Será verdade?

Esse pensamento é recorrente de classe média que se desdobra para driblar as dificuldades financeiras com objetivo de garantir um bom emprego aos filhos no futuro. Mas, nem sempre vai ser uma verdade.

A educação para o trabalho é um item que explica isso melhor.

Todo aquele aprendizado em sala de aula que criar as bases para superar um vestibular ou para um concurso não é suficiente para o adolescente, se ele não tiver desenvolvido habilidades fundamentais para vida adulta.

Educar os filhos para que eles tem uma trajetória profissional de sucesso é tão ou mais importante do que garantir uma escola de qualidade.

Se a busca por emprego, por exemplo, tiver muito difícil, eles terão mais condições de empreender e caso não queira seguir esse caminho poderão adotar o pragmatismo em buscas de soluções em sua área de atuação.

Isso é educar pensando no trabalho – e não apenas na escola!

Pais e mães devem alimentar interesse seus filhos independente da carreira escolhida.

Ensine o seu filho ter uma postura enriquecedora no trabalho. Quando antes seu filho aprender essa lógica, melhor. E entender essa característica do mercado nos ajuda a controlar com mais inteligência.

Os jovens chegam ao mercado de trabalho com salários baixos e essa dedicação a mais pode ajudar acelerar a escalada na carreira, mas cuidado: não exagere na pressão sobre o seu filho e mostra a ele que o equilíbrio sempre é o melhor caminho.

Diga aí, quais os valores que você tem passado para o seu filho? E as finanças, ficaram de lado ou estão presentes? Qual o seu exemplo para ele? Lembre-se que há grandes chances dele seguir os seus passos, está bem?

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