Esses fundos de investimentos alternativos não são comuns a todos os investidores. Por isso, o nome de “alternativos”. Por outro lado, eles também podem ser vistos como opções para quem está pensando em diversificar a carteira de ativos.
Uma das curiosidades é que esses fundos são pouco conhecidos no Brasil. Mas, fora daqui tem a sua relevância. Por aqui, a XP Investimentos é a marca que mais tem se dedicado a ampliar os horizontes sobre tais oportunidades.
O foco está em gerar retorno atrativo no longo prazo. Antes de começarmos a citar esses fundos, saiba que até algum tempo, eles eram restritos para os investidores de alta renda, chamados de investidores qualificados.
Portanto, o que era apenas para os clientes private ou institucionais, agora também está na mesa dos novatos investidores ou daqueles que ainda possuem um patrimônio pequeno. Do que estamos falando? Vamos entender – se você tem R$ 30 ou mais poderá investir neles.
Os 5 fundos de investimentos alternativos
Vale lembrar que no mercado financeiro nacional existem outros fundos alternativos também. Mas, a gente vai citar aqui os 5 principais, que são tendências. Lembrando ainda que eles não são listados na bolsa de valores e nem em mercado de balcão. Por isso, são vistos como ativos “fora da caixa”. E que podem ser bons para quem não precisa de alta liquidez.
1 – Private Equity
É um tipo de investimento que consiste em fundos de gestão ativa. Então, o gestor compra participações em empresas de capital fechado. Para quê? Obviamente, o foco é alavancar o crescimento da empresa. E isso engloba todas as áreas: da administrativa à financeira.
Afinal, se a empresa melhora a sua eficiência operacional e amplia a receita, obviamente, o investidor terá um bom retorno.
2 – Venture Capital
Esse também é um nome conhecido, mas que pouca gente entende, de fato. O Venture Capital entra na lista de fundos de investimentos alternativos porque são parecidos com o Equite, citado acima. Mas, há diferenças.
Uma delas é que as empresas que recebem os aportes financeiros estão em fases iniciais de operação. Ou seja, geralmente, são as fintechs. Assim, não é raro saber que os produtos ou serviços delas nem foram lançados ainda. Mas, há expectativa para isso.
3 – Infraestrutura
A gente colocou esses fundos aqui porque eles são próximos dos dois que citamos acima. Aliás, é bem parecido com o Private Equity no que diz respeito à estrutura do fundo e funcionamento do fundo. Mas, o que muda é que é totalmente focado na área de infraestrutura.
Sobre esses fundos de infraestrutura, saiba que a XP já fez uma matéria comentando sobre os FIPs, que entram nessa categoria. Curiosamente, eles captam recursos para formar um condomínio e usar o dinheiro para investir. Em que? Em empresas fechadas ou sociedades limitadas.
Aqui, há algumas vantagens, como governança corporativa, possibilidade de retorno alto e até mesmo a tributação. Quer entender tudo sobre os FIPs? Leia essa matéria da XP.
4 – Special Situations
O próximo fundo que temos aqui são especiais. Ao menos, no nome. Na verdade, eles possuem características bastante especificas. Vamos explicar: os investimentos costumam ir para as empresas ou estruturas que envolvem crédito.
Por isso, é um tipo de fundo de investimento que tem prazos mais curtos – entre os outros, como Private Equity e Venture Capital.
5 – Imobiliário
Talvez, de todos, esse é um dos fundos de investimentos alternativos de conhecimento dos brasileiros. Mas, vamos resumir aqui a história para você que ainda não sabe o que é um FII (Fundo de Investimento Imobiliário).
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Ele também é alternativo e faz aplicações em ativos imobiliários de vários segmentos. A diferença é que a negociação de compra e venda acontece na bolsa de valores.
Os cuidados com esses fundos
Apesar de parecerem ser ótimas opções, saiba que é preciso ter alguns cuidados com esses fundos alternativos. E para explicar isso, considere os dois pontos fundamentais deles: baixa liquidez e longo prazo.
Então, se você tem pressa em ter retornos rápidos, considere que eles não são ideais para você, combinado? Fora isso, ainda temos que avaliar o perfil de risco de cada investidor. O motivo? Sem dúvidas que são fundos para quem tem perfil agressivo.
E quem é esse investidor agressivo? Geralmente, é aquele que pode correr riscos ao aplicar o seu dinheiro e sabe como dividir o patrimônio. Até mesmo porque esses fundos não possuem retornos garantidos.
A própria XP recomenda isso. “Quem investe em fundos e investimentos alternativos precisa estar disposto a correr riscos”. E completa ao afirmar que “eles nem sempre estão na bolsa de valores ou são regulados pelo CVM”.
Então, não vale a pena?
Se você leu atentamente o último tópico, entendeu que é um tipo de fundo para quem tem perfil agressivo. Também viu que esses fundos de investimentos alternativos possuem baixa liquidez. Se você concorda com isso, saiba que sim, eles podem ser boas opções para você.
E por que seria uma boa opção? Justamente porque servem para diversificar a carteira de ativos. Afinal, eles funcionam em uma lógica diferente, sendo atrativos, espacialmente, nos momentos de crises. Como uma crise política, financeira ou em casos de pandemia.
“Assim, eles podem trazer proteção para a carteira do investidor”, diz a XP. E tem mais alguns detalhes que podem ser positivos para você. Primeiro que ele protege o investidor contra a inflação, o que o torna mais vantajoso do que a renda fixa ou variável, por exemplo.
