Quando a gente começa a estudar o mercado financeiro, a gente logo nota que tem muita pegadinha entre os produtos considerados rentáveis. Assim, a gente até acaba vendo que o gerente de investimentos pode não ter sido tão justo como poderia, infelizmente.
A ideia deste conteúdo não é julgar ou falar mal de um ou outro profissional. Mas, queremos que você se informe o máximo possível para que consiga fazer melhores escolhas daqui para frente, tudo bem? Se você tem produtos como consórcios e PIC, saiba que é hora de repensar.
1 – O melhor investimento
Se o seu gerente de investimentos oferece a você o melhor investimento sem mesmo conhecer o seu perfil financeiro, então, possivelmente ele só quer ganhar dinheiro seu – sem se preocupar exatamente com o seu bem-estar financeiro.
Isso porque aqui há dois problemas. O primeiro é que não existe o melhor investimento do mundo. Pode ter o mais recomendado, mas o melhor é difícil dizer. A outra coisa é que para saber o investimento mais recomendado você tem que alinhar o seu perfil financeiro.
Por exemplo, como a compra de uma ação na bolsa de valores pode ser boa para quem é conservador? É como se as ideias não estivessem alinhadas. Ou como uma LCI para 10 anos pode ser boa para quem está montando a reserva? Não faz sentido algum.
Então, cuidado ao ouvir sobre o melhor investimento, está bem?
2 – O produto que você não quer
Mesmo que essa pessoa seja a responsável por te ajudar a comprar ativos e formar uma boa carteira de investimento, saiba que somente você poderá dar a cartada final. A ideia do gerente é te ajudar, te auxiliar e te mostrar as opções. E não aplicar o dinheiro para você.
Sendo assim, se ele insista muito em um produto que você não quer, então, é porque tem muito interesse “profissional” naquele investimento. Você, enquanto investidor, pode gostar ou não de um ativo – mesmo que ele seja mais experiente que você.
Curiosamente, considere que os gerentes de bancos sempre acabam oferecendo os produtos do próprio banco justamente porque eles ganham comissões com isso. Então, eles optam por vender previdências e consórcios ou capitalizações do que aplicações mais rentáveis.
Logo, é um outro cuidado que se deve ter. Comece a prestar mais a atenção se o seu vendedor estiver forçando muito a barra sobre um determinado ativo, está bem?
3 – A troca de produtos periodicamente
A troca de produtos periodicamente também é um erro muito fatal porque todo investimento sofre com impostos ou com outros tipos de tributações. Por isso, ficar resgatando o ativo e aplicando de novo, em outro produto, pode te fazer perder rendimentos.
É claro que de tempos em tempos isso é possível e até passível de ser feito. Mas, não todos os meses, toda hora, entende? Para você entender melhor, saiba que praticamente todo ativo tem o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), que é cobrado para quem resgata antes dos 30 dias de aplicação inicial.
Fora isso, a tabela do imposto de renda, quando é cobrada no investimento (nem todas aplicações são passíveis de tal cobrança), é regressiva. Assim sendo, quanto mais tempo deixar o dinheiro aplicado, menor será a taxa que incidirá sobre o seu patrimônio que rendeu.
E tem mais uma coisa: cuidado com a troca muito brusca dos ativos. Vamos falar disso no próximo tópico. Leia.
4 – A troca brusca de ativos da carteira
O erro inicial é não fazer uma análise do perfil de investimentos. Se isso acontecer, provavelmente, você poderá acabar fazendo compras incorretas, que não concordam com os seus objetivos, metas, ideais.
Mas, vamos supor que você saiba do seu perfil. Então, de repente, o seu gerente de investimentos diz que você deve deixar de lado uma ação da bolsa para comprar um CDB com liquidez diária. Ou vice-versa. Estranho, não é? Afinal, são dois ativos bem distintos.
Novamente lembrando você: cada ativo pode ser bom para um perfil e um momento. Para quem tem perfil conservador, por exemplo, a renda fixa com liquidez é ótima para a reserva. Enquanto isso, a pessoa pode até pensar em ter ações, o que não é comum, mas elas nunca deveriam ser pensadas no curto prazo, para esse perfil.
5 – O investimento único
Se você notou, durante todo o texto, a gente falou sobre carteira de ativos. Logo, você imagina que temos, portanto, uma carteira com vários ativos e não um só. Essa é a ideia mais usada e mais aconselhável para todo investidor hoje em dia em todos os países.
O motivo é simples: potencializa as chances de ganho e minimiza os riscos de perda. Então, se o seu gerente diz para comprar um único produto (quando você tem um grande aporte inicial) pode ser que algo não esteja correto.
Isso até pode acontecer se você pensar nos rendimentos. Mas, saiba que toda aplicação tem variações, seja com base em taxas, na inflação, no mercado. Até mesmo os ativos prefixados podem perder poder de compra se a inflação subir muito, por exemplo.
Logo, a ideia de variar a carteira faz todo sentido para todos os tipos de perfis que existem.
Os consórcios e os PICs
No início do texto, nós citamos os consórcios e os PICs como não sendo bons produtos financeiros. Obviamente, eles podem ser úteis para você. Mas, quando falamos em investimentos financeiros, que possuem juros compostos e rendimentos, eles não são.
Para se ter uma ideia, eles não fazem o pagamento de juros ao investidor. Mas, o contrário. É quem investe que acaba pagando juros pelo produto. Portanto, não tem a mesma ideia do que a renda fixa ou a variável. Ainda que sejam produtos diferentes.
Relembre essa notícia que fizemos há algum tempo: Descubra 3 formas de evitar gastar dinheiro em bancos!
A nossa ideia, novamente lembrando, é que você saiba diferenciar os produtos financeiros existentes no mercado financeiro nacional. Só assim você conseguirá escolher aqueles que são os mais indicados para você.