6 Fundos de Investimentos que Renderam MENOS do que a Poupança

O Banco Central está reduzindo a Taxa Básica de Juros da Economia, Selic, a cada período. Ao todo, esses cortes já somam 4 pontos percentuais e a precificação dos mercados financeiros deve continuar nos próximos meses até o final do ano.

Isso faz com que alguns fundos de investimentos de Renda Fixa tenham retornos abaixo da poupança.

Vamos listar 24 tipos de fundos (dos quais 6 perderam para a poupança) no decorrer deste artigo. Antes disso, porém, confira um pouco mais sobre os tipos de investimentos financeiros e quais as melhores opções para os dias atuais.

Afinal, com a perda de rentabilidade de alguns fundos, é preciso conhecer e buscar outras opções de investimentos que surgem como alternativas para manter os ganhos elevados.

Alan Ghani é especialista no assunto e comenta que “quem vende antes do resgate no vencimento está sujeito às taxas do mercado”.

Além disso, “quem pode abrir mão da maior liquidez que os títulos do Tesouro Direto oferece, é possível aplicar em LCI (Letras de Créditos Imobiliários) e LCA (Letras de Créditos do Agronegócio), que não tem incidência do IR”.

Os CDBs (Certificados de Depósito Bancário) também são boas opções para o longo prazo, mesmo com a cobrança do IR. “Alguns CDBs de bancos menores têm taxas muito atrativas. Acima de 105% do CDI já é uma rentabilidade legal e tem bancos pagando até 115%”.

Para se ter uma ideia, conforme a Anefac, os CDBs com taxas de 85% do CDI pagam, ao investidor, ganhos semelhantes ao da poupança.

Os Melhores Investimentos Financeiros

Os melhores investimentos financeiros são aqueles que entregam ao investidor boas rentabilidades que vão variar conforme o perfil de quem está investindo.

As aplicações financeiras tendem a entregar resultados mais satisfatórios no longo prazo, isso é o que há de mais semelhante entre o investidor conservador e o agressivo.

  • Até onde você aceita arriscar uma maior rentabilidade?
  • Qual o seu prazo de investimento?
  • Valor para a Aplicação?

Somente após essas respostas é possível entender qual o melhor investimento financeiro. Afinal, as opções são muitas, com rentabilidades diferentes, riscos variados e prazos diversos. Para saber escolher, você vai precisar entender as características delas.

Para começar, observa essa simples definição:

  • Renda Fixa é calculada com um rendimento já definido na escolha do título,
  • Renda Variável tem resultados que oscilam conforme várias variações do mercado.

A partir dessas duas categorias é que se faz as escolhas. Para entender melhor sobre como escolher o melhor investimento financeiro, separamos vários títulos, ou seja, várias opções de aplicações financeiras e, para não nos alongarmos muito, vamos falar brevemente sobre cada um deles.

Tesouro Selic

Tesouro Direto é um investimento um pouco menos conhecido, mas que tem ganhado muita força na atualidade. Ele é tão conservador quanto a poupança porque tem a garantia do Governo Federal, por outro lado, oferece maior rentabilidade do que o investimento citado anteriormente.

Existem vários tipos de aplicações nesses títulos públicos e a maioria é pago com base na taxa Selic. Logo, as regras para investimentos precisam ser acima de 30 reais. Essa aplicação é vantajosa para quem quer segurança e não abre mão de um retorno seguro e estável.

Outra vantagem favorável é o desconto no imposto de renda, sendo que a alíquota aplicada é feita conforme o período em que o dinheiro está investido, sendo que quanto maior, menos imposto a ser pago. Para aplicações acima de 721 dias, a taxa é de 15%.

Investimento no Tesouro Nacional – Tem Risco de Calote? Confira a resposta no Final do Artigo!

CDB – Certificado de Depósito Bancário

No Tesouro Selic o dinheiro ficará disponível para o governo, enquanto que no CDB ele ficará a mando de uma instituição financeira – banco.

A taxa de rendimento é sempre bem próxima ao da Selic, o que se diz favorável à valorização do capital. Esse tipo de investimento é ideal para quem pensa no médio prazo. O risco também é considerado baixo porque a aplicação é regulada pelo Fundo Garantidor de Crédito – FGC.

Letra de Crédito do Agronegócio – LCA

Normalmente, tem melhores taxas de rendimento porque essa opção tem a isenção do imposto de renda. Logo, é altamente recomendável para quem está pensando no longo prazo.

Essa aplicação financeira destina o dinheiro para financiamento do agronegócio brasileiro.

No entanto, o capital inicial é considerado alto e a data de vencimento, normalmente, extensa. Assim sendo, as aplicações não pode ser resgatadas no curto prazo – menor do que 2 anos.

No fim, só torna-se recomendável para quem tem um bom dinheiro para investir e não vá precisar dele por um bom tempo.

E os Fundos de Renda Fixa

São opções de investimentos financeiros oferecidos por bancos ou corretoras e contém, normalmente, uma cesta de aplicações que visa atender aos variados tipos de investidores presentes no mercado, considerando a variedade também dos títulos, com alocações e liquidez.

Nesse caso, você define o seu perfil desejado e pode monitorar a performance dos ativos que estarão presentes no título, no entanto, é um profissional especializado que vai definir quais aplicações serão feitas – conforme o perfil escolhido.

Por enquanto, como estamos em Fundos de Investimentos e Poupança, vamos deixar as Rendas Variáveis para depois, onde explicaremos como funcionam. Para um primeiro momento, caso você queira saber mais sobre elas, faça o nosso curso GRATUITO. É rápido, curto, didático e pode ser sua porta de entrada para a Bolsa de Valores.

6 Fundos de Investimentos que Renderam MENOS do que a Poupança

Um levantamento feito pela Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade) mostrou que as aplicações de fundos de investimentos que tem taxas elevadas perdem facilmente para a rentabilidade da poupança, principalmente aqueles que são superiores à 2% ao ano.

Para fazer a comparação, saiba que a poupança tem ganho garantido por lei, que é de uma TR (Taxa Referencial) + 6,17% ao ano e não sofre nenhum tributação. Diferente dos Fundos, que tem descontada a Taxa de Administração e o Imposto de Renda, que segue uma tabela regressiva sobre os rendimentos.

A lista abaixo mostra que 6 fundos de investimentos perderam para a poupança – eles estão marcados com a cor vermelha, já que são inferiores à 0,52%, que foi o rendimento da poupança no período.

Investimentos com Prazo de Resgate de 6 Meses – Alíquota do IR é de 22,5%

  • Taxa de Administração de 0,50% ao ano – Rendimento Mensal de 0,60%
  •  Taxa de Administração de 1% ao ano – Rendimento Mensal de 0,57%
  • Taxa de Administração de 1,50% ao ano – Rendimento Mensal de 0,53%
  • Taxa de Administração de 2% ao ano – Rendimento Mensal de 0,50%
  • Taxa de Administração de 2,50% ao ano – Rendimento Mensal de 0,46%
  • Taxa de Administração de 3% ao ano – Rendimento Mensal de 0,43%

Investimentos com Prazo de Resgate de 6 Meses a 1 ano – Alíquota do IR é de 20%

  • Taxa de Administração de 0,50% ao ano – Rendimento Mensal de 0,62%
  •  Taxa de Administração de 1% ao ano – Rendimento Mensal de 0,59%
  • Taxa de Administração de 1,50% ao ano – Rendimento Mensal de 0,55%
  • Taxa de Administração de 2% ao ano – Rendimento Mensal de 0,52%
  • Taxa de Administração de 2,50% ao ano – Rendimento Mensal de 0,49%
  • Taxa de Administração de 3% ao ano – Rendimento Mensal de 0,45%

Investimentos com Prazo de Resgate de 1 a 2 anos – Alíquota do IR é de 17,5%

  • Taxa de Administração de 0,50% ao ano – Rendimento Mensal de 0,64%
  •  Taxa de Administração de 1% ao ano – Rendimento Mensal de 0,61%
  • Taxa de Administração de 1,50% ao ano – Rendimento Mensal de 0,57%
  • Taxa de Administração de 2% ao ano – Rendimento Mensal de 0,54%
  • Taxa de Administração de 2,50% ao ano – Rendimento Mensal de 0,51%
  • Taxa de Administração de 3% ao ano – Rendimento Mensal de 0,47%

Investimentos com Prazo de Resgate acima de 2 anos – Alíquota do IR é de 15%

  • Taxa de Administração de 0,50% ao ano – Rendimento Mensal de 0,66%
  • Taxa de Administração de 1% ao ano – Rendimento Mensal de 0,63%
  • Taxa de Administração de 1,50% ao ano – Rendimento Mensal de 0,59%
  • Taxa de Administração de 2% ao ano – Rendimento Mensal de 0,56%
  • Taxa de Administração de 2,50% ao ano – Rendimento Mensal de 0,53%
  • Taxa de Administração de 3% ao ano – Rendimento Mensal de 0,49%

Investimento no Tesouro Nacional – Tem Risco de Calote?

Conforme a opinião dos especialistas, listamos 3 princípios básicos e fundamentais que são prova de que os investidores não serão “caloteados” pelo Governo Federal.

Dinheiro em Caixa

Atualmente, o Tesouro Nacional tem 1 trilhão de reais em caixa, tudo destinado ao pagamento dos títulos públicos. “Poucos governos no mundo tem um caixa tão grande”, garante José Roberto Afonso, que é pesquisador de economia aplicada do Ibre/FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas).

“O que está acontecendo é um problema de fluxo. O governo gasta mais que arrecada. Mas não falta dinheiro para pagar dívida contratada”, diz.

Na opinião dele, tudo se explica pelas medidas tomadas pelo governo com a finalidade de equilibrar os gastos e as receitas, onde a meta do superávit primário subiu para 159 bilhões de reais.

“O governo está cortando os gastos porque a arrecadação diminuiu. Mas esse processo não afeta os compromissos financeiros, como os títulos do Tesouro”, ele garante.

Possibilidade de Rolagem

Além disso, existe a hipótese de que o governo, se não tiver caixa para pagar determinados vencimentos da dívida pública, poderá, através do Tesouro Nacional, emitir uma nova dívida para levantar os recursos que forem solicitados. O processo já é conhecido no mercado e recebe o nome de “Rolagem”.

“A rolagem é um procedimento normal. Mas ela tem um custo. Quando os investidores percebem que o governo está sem dinheiro, eles exigem uma taxa de juros maior para a compra dos novos títulos”, diz Mauro Calil, que é especialista em investimentos do Banco Ouroinvest.

Credibilidade do País

Outro fator importantíssimo e que não pode ser deixado de levar em conta é sobre os efeitos que um calote do governo soariam à imagem do país – péssimos.

Logo, o Governo Federal vai preferir cortar outros gatos, como aconteceu com a emissão de passaportes, do que suspender os pagamentos de seus compromissos financeiros.

Reprodução: Google

“É mais fácil o governo deixar de pagar algumas contas do que dar calote na dívida pública. Pagar dívida é sempre prioridade. O título do Tesouro é, em tese, o papel de menor risco do país”, analisa Paulo Azevedo, professor de estratégia financeira do Ibmec (Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais).

Ainda sobre esse risco de calote, ele diz que isso provocaria um efeito cascata, que teria fuga de recursos dos investidores estrangeiros, inclusive. Para conseguir tais recursos novamente, o governo teria que subir muito as taxas de juros pagas pelos títulos, o que encareceria a dívida pública.

Por fim, nesse efeito, os fatos negativos seriam ainda mais péssimos sobre toda a economia nacional, de forma generalizada, levando em conta que forçaria o governo a cortar ainda mais os gastos, inclusive em áreas ditas “prioritárias”, como saúde e educação.

Tesouro Direto ainda Vale a Pena – Saiba como Investir Dinheiro no Título Público

Além da elevação dos impostos, o que já tem acontecido, e que está prejudicando o crescimento do país, gerando desempregos, entre outros malefícios.

“O governo deu o alarme. Está chamando atenção para um problema que é grave. Quase 93% de tudo que o governo arrecada é gasto para pagar a previdência e o funcionalismo público”, diz Calil.

“As contas já tiveram em situação pior. O déficit já chegou à 78% do PIB [Produto Interno Bruto]. Hoje está em 70%. Mas é preciso adotar medidas para que ele não dispare no futuro”, finaliza o especialista.

Com informações do Infomoney

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