5 Investimentos Financeiros para Guardar Dinheiro Rapidamente

Esses 5 investimentos financeiros que serão citados aqui são os mais comuns e os mais aconselháveis pelos especialistas e pelos gerentes dos bancos. Apesar de termos nossa opinião própria, a ideia não é apontar qual o melhor, mas mostrar as diferenças entre essas opções. Afinal, o 1º passo para escolher o melhor investimento financeiro é conhecê-los.

Já sobre Guardar Dinheiro, também não estamos focados nos motivos, mesmo porque eles podem ser vários – como pagar a faculdade do filho, trocar de carro, viajar, aposentadoria. Porém, do lado do investidor, há de se notar que os prazos de vencimento podem influenciar sobre um tipo de aplicação financeira ou outra.

O ideal, antes de continuar a leitura e saber qual o seu objetivo e motivo para guardar dinheiro. Leve em conta o prazo de vencimento, principalmente.

Se for para um Fundo de Emergência, o mais recomendável é optar por algum que tenha liquidez diária. Já se for para aposentadoria, que é mais longo, vale pensar em algum que tenha rendimento conforme taxas indexadas.

Tire todas as suas dúvidas agora e saiba qual o melhor investimento financeiro para guardar dinheiro!

Conhecendo o Mercado Financeiro

Todo começo de mês você sabe quanto ganha porque o dinheiro cai na conta. Só que pouco sabe quanto gasta e onde, afinal, são tantas compras – no supermercado, posto de combustível, lojas, escolas, planos. Logo, percebe que a falta de um planejamento financeiro dificulta na hora de realizar um sonho.

Se você quer viajar no final do próximo ano, por exemplo. Como vai saber se terá condições se você não tem um cronograma mostrando quando é possível poupar por mês? Aliás, a faculdade do seu filho, que vai demorar cerca de 5 anos para acontecer, ainda está no plano, mas não no papel, o que a torna duvidosa.

Não há dúvidas: ter um planejamento financeiro é essencial para manter as finanças em dia e conseguir planejar o seu futuro, organizando em ordem de prioridades os objetivos financeiros.

Depois que você se concentrar nisso e tiver essas metas traçadas, será hora de pensar no investimento financeiro. E nosso texto é focado basicamente nisso. A princípio, esse lugar pode parecer inacessível, mas não é. Tudo gira em torno de taxas, siglas e percentuais, mas, no fim das contas, são fáceis de entender se você tiver real interesse.

Você descobre, com o tempo, que o mercado financeiro proporciona uma série de ferramentas para realizar os sonhos e garantir uma vida equilibrada financeiramente. Bora entender?

Quanto de dinheiro guardar por mês?

Samy Dama é professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), autor de livro de finanças e atualmente está apresentando um quadro na televisão brasileira. Ele diz que o ideal é fazer uma divisão de

  • 50% da renda mensal para que sejam pagas as despesas obrigatórias,
  • 30% devem ir para entretenimentos e extras
  • e os outros 20% para investimentos financeiros.

“É claro que isso pode variar dependendo do estilo de vida e da renda de cada família. O mais importante é estabelecer uma meta do quanto se deseja poupar e fazer o orçamento do que é gasto, para conseguir estabelecer uma rotina”.

Com essa divisão feita e acertada – lembre-se de ser justo, não opte pelo exagerado nem pelo singelo demais – vamos falar das opções de aplicações financeiras para o seu dinheiro.

O mercado se divide entre a Renda Fixa e a Renda Variável. Uma é segura e conservadora, a outra tem mais chances de lucro, porém é arriscada.

“O Brasil é um dos países com taxas de juros mais altas do mundo. Então, a longo prazo, títulos de Renda Fixa costumam apresentar bons resultados”, garante outra especialista, Juliana Inhasz, que é professora de finanças do Insper, em São Paulo.

https://youtu.be/5dTiZBEAq40

Exemplos e Situações

Caroline Scheidt – “pensando no futuro do meu filho, de 2 anos, optei por fazer uma previdência privada para ele, que poderá ser resgatada daqui a 20 anos. O objetivo é garantir que ele tenha recursos para uma faculdade particular. Escolhemos a opção com seguro”.

Camilla Talao – “decidi comprar títulos do Tesouro Direto para que a filha Maria Luiza, 2 meses, possa fazer um intercâmbio no exterior. Investimentos uma determinada quantia todos os meses e nossa meta é continuar fazendo isso até ela completar 18 anos”.

Lainne Guimarães – “escolhi a poupança para Helena, de 5 anos, pela praticidade. Investimentos sempre que possível e gostaríamos que ela comprasse um imóvel no futuro”.

Observe que todas as situações descritas aqui são de longo prazo, pensando no futuro dos filhos. Logo, você pode ter objetivos de médio ou curto prazo também. Mas, levando em conta essa situação, vamos nos empenhar em imaginar investimentos mais longínquos.

Como podemos analisar, antes de tudo, há uma gama infinita de opções no mercado financeiro. Devido as taxas, vale saber que as previdências privadas, assim como o FGTS, não tem bons retornos. A poupança também perde para a inflação. Logo, dos citados, o melhor investimento seria o do Tesouro Direto.

Mas, calma lá, vamos explicar eles e mais algumas opções.

Inflação e Selic nos Investimentos Financeiros

Já vamos citar os 5 investimentos, mas antes você tem que entender o mínimo sobre a Inflação e a Selic, já que são importantes para todas as opções do mercado.

A inflação é o primeiro fator que pode fazer muita diferença na hora de escolher o seu melhor investimento financeiro. Ela é um indicador do aumento de preços e é melhor de ser entendida na prática, veja:

Você sabe que o jogo do vídeo game do seu filho custa 100 reais. Aí, você opta por investir o dinheiro e consegue um rendimento de 10%. Logo, com o passar do tempo, terá 110 reais. Só que você percebe que nesse tempo que deixou o dinheiro guardado a inflação subiu e o jogo também teve um aumento de 10%, ficando em 110 reais.

No fim das contas, ficou elas por elas, como dizem, concorda?

Isso é verdade. Mas, saiba que se a inflação nesse período não fosse tão alta, então você teria um retorno positivo, o que daria para comprar o jogo e sobraria dinheiro.

A inflação é importante porque pode fazer seu investimento financeiro valorizar mais ou menos, dependendo da oscilação dela.

Outra dica é quanto a Selic, que é a taxa básica de juros da economia. Ela sempre tem um valor maior do que a da inflação e quase todos os investimentos em Renda Fixa têm percentuais de retorno ligados à ela. Essa taxa é definida pelo Banco Central que faz reuniões periódicas para divulgar os valores.

Por fim, resta ainda saber sobre o FGC – Fundo Garantidor de Crédito – que é uma entidade sem fins lucrativos que é mantida por meio de contribuições das instituições financeiras e visam dar garantia aos investidores sobre alguns investimentos, com valores máximos de 250 mil reais. Nem todas as aplicações tem essa garantia.

https://youtu.be/Gr_6uaxVRGA

5 Investimentos Financeiros para Guardar Dinheiro Rapidamente

Enfim, falaremos sobre essas opções de investimentos financeiros que devem ser consideradas na hora de escolher um produto para guardar dinheiro.

1 – Poupança

Nós não podíamos deixar de citar essa primeira opção, mesmo que para muitos não seja considerada um investimento financeiro. A poupança foi uma das primeiras opções criadas no Brasil e é a mais usada até hoje. Isso não significa que seja a melhor.

Por falta de conhecimento ou de interesse, as pessoas consideram a poupança sendo a mais segura, o que não é verdade, já que ela tem a mesma garantia do que outras aplicações, por exemplo. O lado ruim é que tem rendimento baixo, que muitas vezes perde para a inflação.

Enfim, a poupança é a mais cômoda, mas se pensando no longo prazo, está longe de ser considerado o melhor investimento financeiro para guardar dinheiro. Selecionamos alguns pontos a ser considerado.

O que é

Um investimento popular feito por um empréstimo entre o banco e o investidor, que recebe juros por tal comportamento.

Benefícios

Tem liquidez diária (investidor pode retirar o dinheiro quando quiser), não há valores limites para aplicações, é isenta de imposto de renda e não tem burocracia para ser aberta (basta ter documentos pessoais).

Pontos Negativos

Tem rendimentos baixos, que muitas vezes fica abaixo da inflação, o que faz o investidor perder poder de compra. Isso o faz com que seja totalmente desaconselhável para objetivos de médio e longo prazo.

Risco

O risco é considerado baixo porque tem a garantia do FGC.

Recomendação

É muito usado por famílias que precisam de dinheiro emergencial, ou seja, sem saber ao certo quando será usado. Também pode ser usado para fins de economia, para pagamentos periódicos como com contas de IPVA, IPTU, Seguros, entre outros.

2 – Previdência Privada

A previdência privada nasceu como uma alternativa à pública, que tem dado uma tremenda dor de cabeça para muita gente.

Ela parece positiva porque torna essencial para investimentos longos, como pensando na aposentadoria. Porém, também é considerada de baixo rendimento justamente porque tem taxas altas. Confira.

O que é

É um tipo de investimento onde o gestor fará o trabalho de aplicar o seu dinheiro.

Benefícios

É possível investir qualquer quantidade de dinheiro e fazer depósitos menores. Há dois tipos de planos que se tornam ideias para você. É possível fazer portabilidade de uma previdência de um banco para outro banco, sem perder dinheiro.

Pontos Negativos

As taxas costumam ser elevado, o que faz o investidor perder rentabilidade final do seu investimento.

Essas taxas podem ser únicas ou várias, que incluem de carregamento, de administração e de saída, além das de depósitos. Para valer a pena, somadas elas tem que ser no máximo, de 1,5% dizem os especialistas.

Além disso, é preciso se atentar ao fato de existir duas opções de cobranças de imposto de renda: regressiva ou progressiva. Note qual o modelo mais indicado para o seu perfil.

Risco

O risco é considerado variável porque não tem a cobertura do FGC. Logo, se a seguradora falir, você corre o risco de perder o dinheiro.

Recomendação

É muito usado por famílias que querem investir no longo prazo e acreditam que os bancos possam fazer boas escolhas para os seus valores investidos, o que renderia bons retornos.

3 – CDB (Certificado de Depósito Bancário)

É um dos investimentos mais conhecidos quando se exclui a poupança.

O que é

É um empréstimo feito ao banco na qual o investidor recebe juros por isso. Esse juros está associado ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário), que tem valor próximo da Selic, que sempre fica acima da inflação. O vencimento é variável.

Benefícios

Eles são oferecidos por vários bancos e têm diferentes taxas e remunerações, o que aumenta a chance de encontrar um bom negócio. O banco médio e menor tem as melhores rentabilidades e, como visto, sempre fica acima da inflação, o que não te faz perder dinheiro, em momento algum.

Pontos Negativos

Normalmente, não tem liquidez diária, o que torna necessário esperar o vencimento para que o dinheiro seja retirado. Esse vencimento é variável de 6 meses até 5 anos, dependendo do título. O lado bom é que quanto maior o prazo, menor a incidência do imposto de renda.

Além disso, existem opções que exigem valores mínimos, que podem ser de 5, 10 ou 20 mil reais – que tem que ser pago em parcela única.

É preciso atenção ao fato de poder ter a rentabilidade em dois formatos: prefixados ou pós-fixados. Opte por aquele que melhor lhe diz respeito. – Vamos falar sobre isso no final do artigo!

Risco

É considerado baixo porque tem a garantia do FGC.

Recomendações

É usado por vários investidores que pensam em encontrar as melhores taxas de retorno do mercado financeiro e tem disposição para aplicar o dinheiro em um prazo, no mínimo, médio, de 2 anos em diante.

Realizar uma viagem ao exterior, por exemplo, pode ser indicada para essa opção.

Para este tipo de investimento financeiro, o ideal é não procurar diretamente no banco e sim nas corretoras de valores. Isso porque essas instituições independentes “vasculham” todos os produtos em todos os bancos, enquanto que os bancos só vendem seus próprios produtos.

4 – LCI e LCA (Letras de Crédito Imobiliária e do Agronegócio)

São títulos muito parecidos com os CDBs, listados acima, mas com alguns diferenciais.

O que é

São títulos de renda fixa emitidos por bancos que aplicam os recursos em setores específicos. A rentabilidade também é baseada no CDI.

Benefícios

A maior vantagem é que esse tipo de investimento é isento do imposto de renda, ou seja, com uma taxa a menos, a rentabilidade deve ser maior.

Pontos Negativos

Normalmente, os valores de aplicações iniciais são alto, a partir de 10 mil reais, conforme o banco.

Risco

O risco também é baixo porque tem a garantia do FGC.

Recomendações

É indicado para pessoas que tem um bom valor para investir inicialmente e pode ser uma boa opção para o médio e longo prazo, mas nunca se deve deixar de analisar a rentabilidade real, já que o valor é baseado no CDI.

5 – Tesouro Direto

São títulos emitidos pelo Governo Federal, ou seja, não tem a garantia do FGC, mas tem a garantia do Governo Federal. Além disso, tem vencimentos pré-estipulados, o que torna ideal para o longo prazo. Bom, veja as informações abaixo.

O que é

Quando o investidor compra um título do Tesouro Direto, ele ajuda o governo com as dívidas públicas, em resposta ganha juros por isso.

Benefícios

Os investimentos iniciais são baixos, a partir de 30 reais.

Pontos Negativos

Não se pode retirar o dinheiro antes do vencimento porque o valor a ser pago diminuirá consideravelmente, o que é um prejuízo. Além disso, é cobrado o Imposto de Renda, que segue tabela regressiva.

Risco

O risco é ainda mais baixo por ser do Governo Federal.

Recomendações

Tem sido muito usado por várias pessoas que optam pela rentabilidade e pela segurança dos ativos, ideal para o longo prazo, como a aposentadoria ou para aqueles que querem garantir a faculdade dos filhos.

Prefixado ou Pós-Fixado

Como visto, alguns títulos da renda fixa tem a opção de ter rentabilidade pós-fixada ou prefixada. Elas são categorias que devem ser escolhidas quando o investimento é feito, sendo que você saberá qual é a quantia que vai receber no resgate.

A grande diferença está baseada na inflação, sendo que não é possível saber o seu poder de compra, no caso dos prefixados. Já nos pós-fixados, o investimento está atrelado a alguns índice ou taxa, como o CDI ou o IPCA, o que garante ganhos reais em termos de números.

Logo, se analisarmos os rendimentos reais, os papéis dos pós-fixados tendem a ser mais seguros do que as outras modalidades, principalmente no longo prazo.

Curiosidade: Investir no Tesouro Direto – Existe a Possibilidade de Calote? 

Conforme a opinião dos especialistas, listamos 3 princípios básicos e fundamentais que são prova de que os investidores não serão “caloteados” pelo Governo Federal.

Dinheiro em Caixa

Atualmente, o Tesouro Nacional tem 1 trilhão de reais em caixa, tudo destinado ao pagamento dos títulos públicos. “Poucos governos no mundo tem um caixa tão grande”, garante José Roberto Afonso, que é pesquisador de economia aplicada do Ibre/FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas).

“O que está acontecendo é um problema de fluxo. O governo gasta mais que arrecada. Mas não falta dinheiro para pagar dívida contratada”, diz.

Na opinião dele, tudo se explica pelas medidas tomadas pelo governo com a finalidade de equilibrar os gastos e as receitas, onde a meta do superávit primário subiu para 159 bilhões de reais.

“O governo está cortando os gastos porque a arrecadação diminuiu. Mas esse processo não afeta os compromissos financeiros, como os títulos do Tesouro”, ele garante.

Possibilidade de Rolagem

Além disso, existe a hipótese de que o governo, se não tiver caixa para pagar determinados vencimentos da dívida pública, poderá, através do Tesouro Nacional, emitir uma nova dívida para levantar os recursos que forem solicitados. O processo já é conhecido no mercado e recebe o nome de “Rolagem”.

“A rolagem é um procedimento normal. Mas ela tem um custo. Quando os investidores percebem que o governo está sem dinheiro, eles exigem uma taxa de juros maior para a compra dos novos títulos”, diz Mauro Calil, que é especialista em investimentos do Banco Ouroinvest.

Credibilidade do País

Outro fator importantíssimo e que não pode ser deixado de levar em conta é sobre os efeitos que um calote do governo soariam à imagem do país – péssimos.

Logo, o Governo Federal vai preferir cortar outros gatos, como aconteceu com a emissão de passaportes, do que suspender os pagamentos de seus compromissos financeiros.

“É mais fácil o governo deixar de pagar algumas contas do que dar calote na dívida pública. Pagar dívida é sempre prioridade. O título do Tesouro é, em tese, o papel de menor risco do país”, analisa Paulo Azevedo, professor de estratégia financeira do Ibmec (Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais).

Ainda sobre esse risco de calote, ele diz que isso provocaria um efeito cascata, que teria fuga de recursos dos investidores estrangeiros, inclusive. Para conseguir tais recursos novamente, o governo teria que subir muito as taxas de juros pagas pelos títulos, o que encareceria a dívida pública.

Por fim, nesse efeito, os fatos negativos seriam ainda mais péssimos sobre toda a economia nacional, de forma generalizada, levando em conta que forçaria o governo a cortar ainda mais os gastos, inclusive em áreas ditas “prioritárias”, como saúde e educação.

Tesouro Direto ainda Vale a Pena – Saiba como Investir Dinheiro no Título Público

Além da elevação dos impostos, o que já tem acontecido, e que está prejudicando o crescimento do país, gerando desempregos, entre outros malefícios.

“O governo deu o alarme. Está chamando atenção para um problema que é grave. Quase 93% de tudo que o governo arrecada é gasto para pagar a previdência e o funcionalismo público”, diz Calil.

“As contas já tiveram em situação pior. O déficit já chegou à 78% do PIB [Produto Interno Bruto]. Hoje está em 70%. Mas é preciso adotar medidas para que ele não dispare no futuro”, finaliza o especialista.

Com informações da RevistaCrescer

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