Será que os livros são bons ensinamentos para quem quer investir dinheiro?

Com o avanço da internet e a importância do crescimento sobre o assunto financeiro, muita coisa tem acontecido no Brasil. Uma delas é o lançamento quase que diário de livros sobre finanças pessoais.

E todos nós sabemos que os livros são ótimas referências para o aprendizagem. Mas, será que os livros podem nos ensinar tudo sobre o dinheiro e sobre como investir o dinheiro?

O assunto de hoje é para falar sobre educação, aprendizado e finanças. Bora?

E a pauta partiu de uma conversa de amigos, na qual uma pessoa ficou com a seguinte dúvida: -“Será que dá para se tornar um bom investidor financeiro, com muito domínio sobre o assunto, apenas com alguns livros sobre o assunto”?

Para você e para todo mundo que quer entender mais o mundo dos investimentos e se tornarem bons investidores, considere que os livros podem ser os seus amuletos, é verdade.

Isso vai fazer vocês se sentirem mais a vontade com as decisões em relação ao seu dinheiro, ao seus investimentos em si. Ainda mais com os novos livros, onde a maioria são dinâmicos e com muito autor bom escrevendo no mundo afora.

Mas, cuidado!

O que vamos dizer a seguir é um esclarecimento que não é exatamente tranquilizador:

– você não vai ser o melhor investidor do mundo e nem mesmo um bom investidor se ficar apenas lendo livros atrás de livros. Investir é uma arte prática, que requer também o “estágio”.

Diploma e certificados são bons? Sim, mas provam que você é o melhor daquele assunto? Não. Então, os livros também têm essa ideia. Eles são importantes para tomarmos decisões mais assertivas. Só que… Cuidado!

Investir não é ciência exata!

E estamos falando não porque queremos que nossos queridos especialistas parem de escrever livros. Claro que não, a gente quer que eles continuem porque há uma defasagem muito grande da educação financeiro aqui no Brasil.

Mas, você também não pode ser bobo o bastante para acreditar que o investidor é aquele que acerta sempre, todos os dias.

O fato é que o bom investidor é aquela pessoa que estuda os mercados, estuda as tendências, estuda as mudanças de cenários e se contrapõe suas escolhas, com escolhas de outros investidores também. Esse é o bom investidor.

Então, o bom investidor é aquele que tem talvez uma capacidade de antever ou de perceber uma mudança de cenário antes do demais investidores.

Não vai comprar um desses livros novos que ensina você a ganhar R$ 1 milhão achando que lá vai ter uma fórmula mágica para você usar na bolsa de valores – porque isso não existe, tá bom?

Um bom investidor é aquele que  consegue montar uma estratégia de investimento que dilui os riscos, que não concentra riscos ativamente e que consegue travar a perda da sua carteira.

Na real, é uma série de aspectos adquiridos ao longo do tempo e que serão acumulados na sua bagagem de investidor para que você, com o passar do tempo, se torne uma pessoa mais capaz de escolher melhor as suas aplicações, produtos e investimentos.

Estamos falando em “sensibilidade” e em “intuição” de perceber que determinadas notícias podem não ser tão bem embasadas para um fim e sim para outra. Aliás, determinadas informações são mais comerciais do que analíticas. Entende isso?

E isso vai fazer com que você faça boas escolhas.

Então, os livros não são suficientes para ganhar dinheiro?

Não vai chorar, mas é verdade: eles, sozinhos, não são suficientes.

Podem até ser o primeiro passo, com certeza. Mas, sozinhos não vão resolver a sua vida, tá?

Note que os livros servem como um manual, uma série de esclarecimentos que conduzirá pessoas nas decisões mais acertadas do que vinha tendo anterior. E isso é ótimo para você!

Mesmo assim, o livro é uma provocação, no fim das contas.

Isso porque nenhum livro e de nenhum assunto deve ser o suficiente para educar uma pessoa com uma atividade profissional. Os livros nos provocam e os livros nos conduzem para a oportunidade. Nada além disso.

O que é suficiente?

Como foi falado, o livro pode ser o seu começo.

Assim, como os cursos de finanças também podem ser de grande ajuda.

Isso porque, no fim das contas, os cursos acabam até sendo melhores porque nesses casos você estará ingerindo o conteúdo e refletindo sobre esse conteúdo com outras pessoas.

É uma troca de experiências.

Ser investidor é você estar nos eventos, participar de cotistas dos fundos que você investi, é estar curioso para entender a saúde financeira do fundo de pensão do qual você participa e da categoria profissional em que você está agora.

A sua participação, a prática, a ação é que é suficiente.

E quando se fala em investimentos, saiba que não há, exatamente, uma única coisa para ser suficiente. Porque não estamos falando de ciências exatas. O segredo é unir coisas, fatores, ensinamentos, aprendizados para criar a sua própria experiencia.

Aí sim, estaremos falando sobre ser um bom investidor financeiro.

É algo que se adquire gradualmente com o passar do tempo e quanto mais você se envolver, mais tranquilo será esse aprendizado e mais natural ele será também.

Ser investidor não é apenas uma capacidade intelectual. É uma capacidade que decorre na construção de uma intuição de boas escolhas que vão ser resultado, obviamente, de muitos acertos e também de alguns erros ao longo da sua vida.

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