Na hora de investir, cuidado com os gastos do imóvel

Imóveis! Eles são os mais tradicionais meios de investimentos financeiros no Brasil e existem há muito tempo – desde os nossos tataravôs. Só que nos últimos anos, esse investimento tem frustrado muita gente!

E aí, fica a pergunta: – “Será que vale a pena investir em uma casa, em um terreno ou em uma propriedade pensando na valorização que esses bens podem gerar”?

É disso que estamos falando e que vamos falar hoje. Prepare o seu consciente porque vamos fazer uma auto reflexão sobre esse tipo de investimento. Mas, já adiantamos, os tempos mudaram e estão bem mais sombrios para quem investe em imóveis!

O imóvel como investimento financeiro

É claro que quase ninguém faz isso. Mas, todo mundo que está pensando em investir em lotes, terrenos ou imóveis deveria fazer os seguintes questionamentos:

  • Como descobrir se a compra de um lote será um bom investimento?
  • Como considerar os gastos da compra de um lote?
  • Como calcular o valor da entrada?
  • O que é o reajuste do IGPM, que é pago anualmente?
  • Qual o gasto mensal de um apartamento?

Para todos que caem na ilusão de achar que o imóvel pode ser visto como um dos melhores investimentos do país, vamos fazer uma consideração muito importante.

– Investimento é tudo aquilo que a gente compra por um valor inferior ao que teremos na venda. E quanto maior for a certeza dessa valorização, melhor será a escolha do investimento que fizemos.

Simples isso, não é mesmo?

Só com essa definição já dá para ver que os imóveis não são lá as melhores aplicações do mundo. Mas, continuemos!

Tradicionalmente, nós temos uma tendência no Brasil a comprar imóveis porque nossos avós e nossos pais também tiveram oportunidade de fazer isso.

Haviam um grande crescimento na propriedade pelo fato de que lá trás, com o sucesso do seu trabalho, as pessoas compravam terrenos para construir e ganhar dinheiro com isso.

Muitas pessoas no Brasil dos últimos anos (décadas de 70, 80 e 90) compraram propriedade porque, simplesmente, eles não eram bancarizados. O terreno não era do banco, entende? Não era financiamento. Era compra direta!

Eles não tinham acesso ao bancos. E quando sobrava dinheiro, existia a possibilidade de comprar uma carroça, alguns bois ou um terreno.

Com o passar dos anos, um país que era predominante rural, se tornou predominante urbano e tudo começou a mudar.

A falta de valorização dos imóveis

Quando a civilização saiu da zona rural e, inevitavelmente, foi para a área urbana acontece o que já era previsto: a valorização dos terrenos!

Mesmo porque onde havia só capim, agora se via também as ruas asfaltadas e energia elétrica, além da água encanada, acesso a telefonia e uma serie de serviços que antes não existiam.

Toda a infraestrutura que foi agregada ao terreno trouxe a valorização.

E faça a soma com o processo de enriquecimento do país.

Essa riqueza proporcionou essa expansão da infraestrutura. Por isso que os terrenos se valorizaram. Só que chegamos a um ponto no Brasil em que o ritmo de crescimento diminuiu muito.

A partir do momento que você tem propriedades disponíveis no país, elas já não trazem mais a certeza de valorização.

E é justamente aí que surge a dúvida sobre se vale a pena ou não investir em imóvel.

O fato principal aqui é que não haverá valorização desses imóveis – ao menos, não como houve há algumas décadas.

Os novos valores envolvidos nos imóveis

Muitas pessoas questionam isso com base em números.

Se eu considerar o custo de manter uma propriedade… Vamos chegar a códigos e nomes como IPTU, condominio, manter o terreno limpo, cerca elétrica, câmera de segurança e tudo isso tem que ser considerado como parte do investimento.

Então, o que muitas pessoas ignoram no investimento imobiliário é que quando se compra imóvel, você tem valores envolvidos que não são somente aqueles valores do “preço de tabela” da propriedade que está comprando.

Lembre-se que além da tabela, você pagou corretagem dos corretores envolvidos, tem o chamado enxoval (que é a mobília inicial do seu condomínio), tem o valor do condomínio, as taxas de impostos e por aí vai.

Todos esses gastos que você tem ao longo do tempo tem que ser considerados como parte do investimento.

Por isso, o que se deve fazer antes de investir em imóveis e fazer todas essas perguntas sobre os custos, os gastos e como ficará o seu investimento.

Lembre-se que isso vai além das prestações que serão pagas pelo imóvel ou pelo terreno. É preciso acrescentar como saldo de investimento todos os gastos que você tem com impostos.

E quando se pensa em investimento, isso tudo é parte do custo para quando você for vender – já que você tem que ter um lucro que supere esses gastos.

Os imóveis tendem a não valer a pena… Como investimentos!

E o lucro não deve superar apenas o custo total, mas também a inflação do período e ainda te proporcionar alguma sobra depois de pagar o imposto.

Lembrando em qualquer tipo de lucro que nós temos no Brasil paga se imposto sobre a inflação.

Na prática, ao estudar o assunto, a gente acaba vendo que os imóveis tendem a não valer a pena. Ao menos, não tanto quanto a valorização que ele deveria ter no longo prazo.

O mercado imobiliário como um todo tende a valorizar na proporção do crescimento da economia. Por isso, a não ser que encontre uma oportunidade efetivamente barata, que esteja a baixo do preço do mercado, dificilmente vai valer a pena comprar imóveis.

Fim da história: hoje em dia, considerando os gastos, no Brasil é um mal negócio investir em imóveis porque o rendimento é equivalente ao da renda fixa, sendo que no caso dos terrenos e apartamentos existe um risco infinitamente maior do que o da renda fixa.

O risco  de ter uma obra embargada, por exemplo. Ou de  ter dificuldade de vender e ter que se dedicar horas e horas para conseguir viabilizar uma venda. Entre outros riscos.

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