“Nunca coloque todos os ovos na mesma cesta” – tudo o que você tem que saber

É só a gente começar a buscar informações sobre investimentos financeiros que todo mundo vem dizer “nunca coloque todos os ovos na mesma cesta”. Se a gente fala que é novo no assunto, as pessoas dizem isso com mais ênfase ainda.

Mas, você sabe o que a expressão quer dizer? É preciso refletir um pouco mais para entender. Afinal, a simplicidade da frase, que pode ser traduzida rapidamente, pode acabar deixando para trás lacunas importantes, que deveriam ser considerados.

Então, vamos fazer assim: vamos por partes. A ideia é que sim, você considere essa ideia de nunca coloque todos os ovos na mesma cesta. No entanto, mais do que isso, a gente quer que você entenda o que isso quer dizer, considerando os vários ângulos.

A frase!

Na internet, a gente vai encontrar essa frase como sendo de vários autores. Tem um lugar que cita o Warren Buffett como autor (Aliás, descubra os livros indicados por Buffett). No entanto, há quem cite algo mais histórico, como a peça teatral “O Mercador de Veneza”, de 1560.

Mas, para o nosso texto aqui, isso não vai importar muito. O fato é que temos uma expressão que se tornou um verdadeiro ditado popular entre os investidores. Assim, acaba sendo uma “lição de moral” sobre o assunto da diversificação dos investimentos.

Na prática, o que “nunca coloque todos os ovos na mesma cesta” quer dizer? Basicamente, usa-se a expressão quando a gente quer dizer para alguém que não se deve aplicar em um único ativo. Vamos usar alguns exemplos rápidos.

Se você quer investir para ganhar dinheiro, saiba que a renda variável é recomendada. Porém, ela é muito arriscada. Logo, dá para pensar em investir um pouco em ações, outro tanto em FIIs (Fundo de Investimentos Imobiliários), talvez em câmbio ou em ouro, em dólar, etc.

A ideia é simples: quanto mais diversificada a carteira, menores os riscos. Só que isso também vale para questões mais amplas. Por exemplo, daria para investir uma parte também na renda fixa e não ficar só na variável. Dentro da renda fixa, dá para variar mais ainda. Assim vai.

A confusão!

É justamente isso que gera a confusão toda. Porque a gente tem que considerar, antes de tudo, o que são os ovos, não é mesmo? Os ovos podem ser os ativos. Certo. No entanto, ainda que estivermos falando da renda fixa e variável, ainda assim, estamos em uma única cesta.

Afinal, a outra cesta poderia ser o mercado internacional. Por exemplo, o americano, o chinês, o europeu. Então, dá para pensar que “nunca coloque todos os ovos na mesma cesta” também signifique aportar em fundos internacionais ou comprando papéis de outros países.

O que queremos dizer com tudo isso? Que a gente precisa entender a carteira que estamos montando de forma mais ampla. Ou, pelo menos, o que for mais amplo possível. Portanto, pense além de ações. O ideal é considerar as classes de ativos!

As classes de ativos!

Por exemplo, a gente pode pensar em dividir a carteira entre a renda fixa e a variável. Mas, dentro da renda variável, temos uma parcela de ações. E dentro das ações, a gente separa os papéis por setores. Olha só quanta diversificação temos aqui, não é mesmo?

Por outro lado, além da renda fixa e da renda variável, que tal pensarmos em multimercado e internacionais? Esses fundos costumam ser chamados de hegde porque protegem a carteira. Geralmente, fala-se muito em dólar e ouro, mas tem outras alternativas.

Aqui entra outro ponto que causa confusão. Sendo assim, diga você: quais são as classes de ativos que existem? Nem todo mundo consegue definir isso. Aliás, sempre há variações nas definições que encontramos na internet.

Mas, um bom começo poderia ser por considerar os seguintes grupos de investimentos: renda fixa, ações, ativos imobiliários, ativos monetários (moedas), commodities, derivativos. Lembrando ainda que dentro deles dá para pensar na internacionalização dos ativos.

Por exemplo, dá para investir na renda fixa americana ou em ações chinesas, etc.

A classificação dos fundos!

Nunca coloque todos os ovos na mesma cesta

Para terminar a matéria, vale lembrar ainda que a Anbima tem uma classificação de fundos. Logo, isso permite a gente ver o tamanho da classe de ativos que temos por aqui. Vamos mostrar alguns desses fundos para você entender melhor.

O primeiro é o fundo de renda fixa. No entanto, se a gente pensar em “nunca coloque todos os ovos na mesma cesta” dentro desse fundo, a gente pode ter variações. Por exemplo: simples, indexados, gestão ativa, investimento no exterior.

Depois, a gente tem os fundos de ações. Nesse caso, também dá para pensar em indexados ou ativos, além dos específicos e daqueles que investem no exterior. Outra classe de fundos é o multimercado. Ele pode ser alocado, estratégico ou no exterior.

Por último, temos os fundos cambiais, geralmente ligado às moedas estrangeiras. Assim, note que em todo caso dá para pensar em investimentos nacionais ou no exterior. E isso nos permite ver o tanto de classes de ativos que temos, não é mesmo?

Curiosidade sobre a classificação da Anbima

Por curiosidade, considere que a Anbima é a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais). Logo, a classificação é nova e foi alterada em 2015. Assim, ela cria classes principais e subcategorias, como as que mencionamos acima.

A ideia é uma só: facilitar a análise e a comparação dos tipos de gestão e das estratégias adotadas pelos fundos e pelos gestores. Logo, a variação pode ser pela administração, ativos escolhidos ou política do investimento.

Aliás, vamos falar mais disso em um próximo artigo. Acompanhe o blog.

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