O que é índice Bovespa – o Ibovespa?

Se você quer mesmo saber o que é o índice Bovespa, a explicação vem da própria bolsa de valores do Brasil (a antiga Bovespa – e agora, B3): “É o resultado de uma carteira teórica de ativos, elaborada de acordo com os critérios estabelecidos pela sua metodologia”.

Achou essa definição complicada demais? Fique tranquilo porque é bem fácil entender.

E para te ajudar nisso, fizemos um artigo bastante completo sobre o assunto, ao passo que não vamos citar apenas a definição, mas vamos falar também:

  • da história da bolsa da criação do Ibovespa e
  • de como usar o índice para ganhar dinheiro com as ações.

Está preparado para entrar nessa viagem pelo tempo com a gente? Bora lá!

O que são ações?

Na teoria, as ações são como pequenas fatias de uma empresa que tenha o capital aberto.

A maior parte das empresas brasileiras (onde se inclui Petrobras, Vale, Itaú) tem ações para serem negociadas na B3 (antiga Bovespa – bolsa de valores de São Paulo).

O que muda é o valor, que fica na variação da oferta e da procura por tais títulos.

E é fácil entender isso: se uma companhia tem muita procura por parte dos investidores, as ações sobem – justamente porque aumenta a demanda.

O contrário funciona da mesma forma.

E daí o investidor que comprou pode vendê-las se houve interessados. O valor vai ser o do momento e é isso que vai garantir o lucro ou a perda financeira.

O que é o Índice Bovespa na teoria?

A definição você já tem.

Agora, vamos entender outros pontos que também fazem parte dessa teoria.

“Aplicam-se ao Ibovespa todos os procedimentos e regras constantes do manual de definições e procedimentos dos índices da BM&FBovespa”, diz o site da BM&FBovespa.

Assim, o objetivo do Ibovespa é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de maior negociabilidade e representatividade do mercado de ações brasileiro.

Sendo que é um índice de retorno total, composto pelas ações e units exclusivamente de ações de companhias listadas na bolsa de valores que atendem aos critérios de inclusão descritos na metodologia.

Dessa forma, os produtos relacionados são:

  • Futuro de Ibovespa,
  • Futuru Mini de Ibovespa,
  • Opção sobre Índice Bovespa,
  • Operação Estruturada de Rolagem de Minicontrato de Ibovespa,
  • Operação Estruturada de Rolagem de Ibovespa,
  • Opção Flexível de Ibovespa.
  • Opção Flexível de BOVA11,
  • ETF – Renda Variável.

Logo, não estão incluídos os BDRs e ativos de companhias em recuperação judicial ou extrajudicial, regime especial de administração temporária, intervenção ou que sejam negociados em qualquer outra situação especial de listagem.

A história do Ibovespa

Agora que você já sabe o que é índice Bovespa, ao menos na teórica, vamos entender a importância dele – e a história também.

O valor atual representa a quantia de uma carteira teórica de ações e isso começou a valer em janeiro de 1968, quando se criou uma “aplicação hipotética”.

“Antes do índice, a bolsa só divulgava as cotações de cada ação. O Ibovespa surge em meio à necessidade do país de ter instrumentos mais técnicos para avaliação de mercados”, explica o professor da FIA (Fundação Instituto de Administração), Walter Cestari.

Para isso, foi usado um valor base de 100 a um lote padrão.

Essa suposta carteira de investimentos foi supostamente divulgada ao final de 2008, composta por 66 ações, que dizia retratar a movimentação dos principais papéis negociados.

O conjunto representava 80% do volume transacionado no último ano (2007).

Hoje, o índice é considerado em tempo real.

O grande nome que aparece como criador e desenvolvedor do índice Bovespa é Mário Henrique Simonsen e sua equipe, isso em 1962.

Mais tarde, Luís Sérgio Coelho de Sampaio, implantou alterações.

As ações pioneiras do Ibovespa

Cestaria afirma que inicialmente eram 17 ações que formaram a 1ª carteira do Ibovespa.

E, conforme os registros oficiais da época, apenas as empresas listadas na 2ª carteira são registradas, ainda assim, alguns estudiosos garantem essas ações iniciais como sendo:

  • Alpargatas,
  • Antarctica,
  • Banco do Estado de São Paulo (Banespa),
  • Banco Itaú,
  • Casa Anglo (Mappin),
  • Cimento Itaú,
  • Companhia Docas de Santos,
  • Duratex,
  • Indústrias Villares,
  • Lojas Americanas,
  • Fábrica de Brinquedos Estrela,
  • Companhia Melhoramentos Papéis de São Paulo,
  • Moinho Santista,
  • Companhia Paulista de Força e Luz,
  • Souza Cruz,
  • Vale do Rio Doce.

Alguns anos depois da criação, apenas 2 empresas se mantiveram no índice: a Vale (Vale do Rio Doce) e a Ambev (Antarctica).

Nomes como Itaú e Americanas também estão sempre presentes, mas estiveram fora do índice algumas vezes.

Ainda vale uma curiosidade, listada por Cestaria:

“Em 1987, o Plano Cruzado fracassa, o número de ações da carteira cai abaixo de 100 [sendo que havia chegado à 139] e permanece se reduzindo nas décadas posteriores até chegar a 60 ações nos dia de hoje”.

Mas, por incrível que pareça, estar no índice é algo visto como muito valoroso para as companhias, lembrando que elas ganham visibilidade dos investidores que as usam como indicador.

E aí, está gostando deste nosso artigo?

Ele vai muito além do simples fato de saber o que é o índice Ibovespa, não é? Nós falamos que isso seria interessante!

E continue lendo que ainda tem muito mais!

O que é o Índice Bovespa na prática?

Também chamado de IBOV, o índice Bovespa é o principal indicador médio de desempenho do mercado acionário no Brasil – sendo um “termômetro de ações”.

Logo, se um investidor quer saber como está sua carteira de ações, ele pode compara-la com o Ibovespa.

E, como visto na teoria, ele não inclui todas as empresas, e nem apenas as melhores. O que importa, para uma ação estar no Ibovespa, é a sua liquidez.

Assim, o IBOV é formado por empresas com maior liquidez e maior volume financeiro negociados na bolsa de valores.

Assim sendo, nunca há um número exato de ações para o índice, podendo variar conforme a situação das empresas – e seus respectivos volumes financeiros.

Além de saber o que é o índice Bovespa você também pode se atentar ao fato de que ele é sempre considerado anualmente, sendo revisado trimestralmente.

E, outro fato importante é que nem todas as ações têm pesos iguais: sendo que se 10% de todo volume em ações for uma empresa A, então, a ação dela terá peso de 10% na composição do índice.

É algo totalmente proporcional.

Para se ter uma ideia, é muito comum lermos que o Ibovespa subiu puxado pelas ações da Vale e Petrobras.

E isso acontece, adivinha por quê? Porque essas duas empresas tem maior peso no IBOV.

Já os pontos do índice Bovespa têm a ver com reais – cada ponto é 1 real.

A Equipe Trader criou um infográfico que traduz quase tudo que falamos até aqui. E nós reproduzimos esse conteúdo, confira agora:

O que é índice Bovespa

Vale a pena investir no índice Bovespa?

Hoje em dia, especialmente aos novos investidores, não se recomenda investir em cada uma das ações que compõe o índice. Isso porque seria trabalhoso demais.

Por outro lado, há os fundos de investimentos que focam especialmente no Ibovespa, facilitando todo processo – e você não precisa comprar tudo separadamente.

Em termos de números, alguns estudiosos consideraram a inflação do período todo, e chegaram à conclusão de que:

O Ibovespa já acumulou ganhos de mais de 2,4 mil por cento de pontos desde a sua criação.

Sendo que o pior ano foi 1990, com perdas de 74% e o maior retorno foi em 1991, com alta de 316%.

A Revista Exame divulgou um gráfico muito legal sobre as 5 décadas do Ibovespa, que é comemorada em 2018.

Nele, ela lista alguns números entre os 25 anos de ganhos e os 25 anos de perda. Confira:

O que é índice Bovespa

Ibovespa bate recorde de pontos – e agora?

São vários os recordes do Ibovespa nos últimos meses.

A máxima histórica chegou a 74.319 pontos e deve passar os 80 mil pontos – para os mais otimistas.

Com isso, fica a dúvida: vale a pena ou não aproveitar essa sequencia de bons resultados?

O ideal é ter cautela – veja por que!

“Se tiver uma notícia que melhore a expectativa, isso ajuda subir os preços. É muito difícil prever o comportamento da bolsa”, orienta Samy Dana, da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Robert Indech também é especialista no assunto e diz que é praticamente impossível cravar os resultados da bolsa, ainda com o otimismo do mercad.

“A gente acredita que, no curto prazo, depois dessa alta significativa que tivemos nas últimas semanas, a perspectiva de retorno seja menor a partir de agora”.

Como em todo tipo de investimento, o primeiro passo é entender os seus objetivos financeiros enquanto investidor.

“Entrar ou não na bolsa depende da cada pessoa e do momento de vida dela. Ninguém quer entrar para perder, mas a bolsa é um mercado de risco”, orienta Rodrigo Alvarez Vazquez, da Planejar.

Marco Saravalle é da corretora XP Investimentos.

Ele recomenda que os novos investidores fiquem de olho nos ativos mais previsíveis.

“Por exemplo, uma siderúrgica, que tem se valorizado muito nos últimos dias é um ativo mais arriscado. Se você comparar com uma empresa de utilidade pública, como de energia elétrica”.

A regra geral diz que é preciso: ESTUDAR!

“Quem estuda a bolsa tem mais chance de fazer negócios melhores. Quem não pode fazer isso, sugiro investir menos dinheiro – até 15% do patrimônio ao máximo”, diz Samy.

Como saber escolher a empresa certa para investir?

Alguns cuidados são essenciais na hora de optar por uma empresa. Separamos alguns itens breves que precisam ser considerados, veja.

Empresas consolidadas

As empresas de grande porte e que tem muitos anos de história com ações costumam ser as mais recomendadas para os iniciantes porque permite a análise precisa de resultados.

Os preços das ações

Uma empresa pode parecer super indicada no começo, mas a sua compra pode ser trágica se a compra for feita no momento errado.

O preço da ação tem que ser considerado.

Faça isso analisando a margem (valor atual da ação e o valor intrínseco).

Poucas dívidas

Esse também é um fator crucial que mede a importância para se investir com segurança.

Uma empresa saudável é aquela que é comandada por gestores responsáveis e que tem bom fluxo de caixa.

Expectativa da bolsa de valores para 2018

Esse é um mercado organizado onde há negócios de ações de sociedade de capital aberto.

Em um breve histórico, é possível citar o ano de 2003, quando a bolsa atingiu os 10.000 pontos em um cenário econômico favorável.

“Era possível comprar quase que de olhos fechados, não tinha erro. Os corretores ajudavam empurrando todo tipo de ação para os clientes, era tiro certo”, cita Afonso.

E, entre os anos de 2003 e 2008, foi uma festa, como ele diz.

De repente, todos ficaram em pânico e a bolsa de valores caiu mais de 50%.

Um ano depois, tudo havia se resolvido. Ao menos, era o que parecia.

De 2010 a 2015, a bolsa devolveu os ganhos aos investidores que sofreram a queda.

“Desde o começo de 2016 a bolsa de valores não parou de subir. Ano passado atingimos a máxima histórica, superando os 76 mil pontos. Mas a pergunta que fica é: será que é uma subida sustentável”?, indaga.

E é essa a mesma pergunta que todos investidores se faz hoje: investir na bolsa de valores em 2018 é rentável?

Para Afonso, sim.

“Para todo topo há um fundo ou um novo topo. Ganha dinheiro quem enxerga antes o que ninguém ainda vê”.

Empresas abrindo capital

Se os anos que se passaram foram economicamente ruins, ao que tudo indica a fase está passando e isso pode ser visto na B3 (antiga Bovespa – Bolsa de Valores de São Paulo).

A dúvida é sobre investir na bolsa de valores em 2018, então, vamos aos números:

Somente em dezembro do ano passado, 3 companhias se interessaram por fazer IPOs (Ofertas Públicas Iniciais) na Bolsa. O valor estimado foi de 9 bilhões de reais.

Para os analistas, a recuperação da economia e a queda da Selic estimularam esse lançamento.

Entre essas empresas, podemos listar:

  • BR Distribuidora,
  • Neoenergia,
  • Burger King.

Além desses processos, ainda há outras empresas como a Algar Telecom e a Blau Farmacêutica.

Para o ex-presidente da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), Renê Garcia, “a BR já foi aberta e extremamente lucrativa. Está esperando que uma colocação de ações possa trazer rentabilidade do passado”.

Acumulação de Pontos na Bolsa de Valores

No período, os analistas mostram que o mercado “virou a mão”.

Assim, quando a maior parte dos agentes financeiros, cansados dos prejuízos, ainda queriam vender, o noticiário continuou negativo.

Esse é um período que costuma ser curto, mas teve uma alta intensa nos preços dos ativos.

Investir na bolsa de valores requer sabedoria, com a alta na acumulação dos pontos, ao que tudo indica… O cuidado tem que ser redobrado.

“Estes são comprados por investidores fundamentalistas, que conseguem perceber que as ações estão muito baratas independentes das condições econômicas de curto prazo”, eles comentaram.

“Isto ocorreu entre janeiro e fevereiro de 2016, quando ainda parecia que o Brasil ia literalmente quebrar”, concluíram.

O Recorde do Ibovespa

No dia 12 de setembro houve um recorde na Bolsa de Valores Brasileira que foi celebrado por todos os investidores – a máxima histórica fechou em 74.319 pontos, acima dos 74 mil que foi feito na primeira vez.

Dessa forma, a sensação foi a de que o Brasil está indo para um caminho positivo.

Com a crise da JBS, a aposta é que a presidência do país continue no posto com a equipe econômica, que deve continuar implantando reformas – como a da previdência.

Há ainda de se falar em juros e inflação, que caíram.

Alta Sensível no Período

“Trata-se do período mais longo do ciclo, com uma alternância bem clara entre movimentos de alta e baixa – ao sabor das notícias”, avaliaram os gerentes da Banrisul.

A Euforia da Bolsa de Valores

O banco diz que o mercado se mostra caro e nesse momento a mídia começa a falar dos recordes com empolgação.

Isso atrai os investidores inexperientes em busca de um rendimento que já passou.

“A volatilidade das ações aumenta, bem como o volume movimentado na Bolsa, o que leva muitos analistas a divulgarem relatórios cada vez mais otimistas, mesmo que os preços já estejam inflacionados. Alguém ainda quer comprar a Magazine Luiza (MGLU3)”, indagaram.

Volume Mais Alto desde 2009

Os bancos de investimentos engatilham um volume de até 15 bilhões de reais em emissões de ações na Bolsa de Valores do Brasil.

Se os números se confirmarem, em 2017 a soma será de 40 bilhões de reais – o melhor ano para este tipo de operação desde 2009.

As companhias vislumbram esse mercado para captar ofertas de ações e acelerar os preparativos das emissões evitando as incertezas da agenda eleitoral.

Além disso, há o ajuste fiscal, que pode ser assunto da pauta política.

“Até fevereiro haverá uma incerteza muito menor, depois a agenda eleitoral ganha espaço e o humor dependerá muito de rumores e pesquisas”, disse Alessandro Zema, do Morgan Stanley no Brasil.

Os Próximos Passos da Bolsa de Valores

A corretora acredita que nos últimos 60 dias muitas ações aceleraram o seu ritmo de valorização em comparação ao mesmo período anterior.

“Some-se a isto ‘múltiplos’ nas máximas de muitos anos e veremos que estamos muito próximos de um movimento de exaustão dos compradores”, conforme o Banrisul.

Ações com alta liquidez e boa relação de risco/retorno é difícil no momento.

“Uma nova disparada em setembro poderá nos forçar a adotar medidas nada convencionais para outubro”, avaliaram Gonçalvez e Voncato.

Atenção: os gargalos do Ibovespa

O artigo já está no fim, mas este ponto precisa ser citado porque é aquele ponto chave, o dedo na ferida, a pedra no sapato, sabe?

Então, é o seguinte: alguns especialistas dizem que, ainda que você saiba o que é o índice Bovespa, é preciso entender que há gargalos nele.

“Três empresas juntas têm uma participação de quase 30% do índice. O problema é que elas sozinhas não representam 30% do mercado corporativo. Por isso é difícil dizer que o Ibovespa é representativo”.

Isso é o que pensa Michel Viriato, que é professor do Insper e conhece muito bem o mercado.

Ele ainda diz que 5 ativos tem maior peso na composição, sendo Itaú, Vale, Bradesco, Ambev e Petrobras.

Em opinião contrária, Walter Cestari, da Fia, avalia que o nível de concentração ocorre mesmo, só que é apenas uma decorrência do método usado para criar o índice.

“Não há o que fazer. Se o mercado é concentrado, o índice acaba ficando concentrado também”, avalia.

Essa concentração também é citada por Viriato.

“Nos últimos anos, com o cenário de alta de juros e economia ruim, muitas empresas fecharam capital. Consequentemente, com menos empresas, o índice ficou ainda mais concentrado”.

“Com a melhora do mercado, e a entrada de novas empresas, é provável que essa concentração seja reduzida”, diz, otimista.

Pimenta na receita: renda fixa rende mais que Ibovespa?

Samy Dana faz uma afirmação que pode colocar pimenta nessa receita.

Sobre tudo que falamos neste artigo, a se começar por explicar o que é o índice Bovespa, você pode ter percebido que ele é uma boa opção para quem não tem muito tempo para investir em ações.

Ao mesmo tempo, por se tratar de ações, nunca tem ganhos certos.

Com isso em mente, Samy Dana diz que todo portfólio, de qualquer investidor, precisa passar antes pela renda fixa.

“Eu tenho um estudo em que pego várias combinações dos últimos 10 anos. Na maior parte do tempo, a bolsa perde para a renda fixa. A bolsa do Brasil é sinônimo de risco”.

Com informações da Bovespa e Exame

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