O sonho da casa própria – consórcio ou financiamento?

Hoje vamos falar um pouco sobre consórcios. E também sobre financiamento imobiliário. E, claro, não podemos deixar de falar sobre juntar dinheiro, não é mesmo?

E o assunto surgiu por que muita gente tem dúvida sobre isso: na hora de comprar a casa própria, o que é melhor? Tem consórcio, tem financiamento, tem mil jeitos… Mas, quase nunca consideramos juntar o dinheiro, né?

Bom, vamos lá e começaremos por partes!

A hipótese:

  • Fazer um consórcio para comprar um imóvel.
  • Sem dinheiro para dar entradas no curto prazo.

Vamos levar essa hipótese em consideração para alinharmos a explicação e saber o que é melhor a se fazer na hora de comprar uma casa, um apartamento, um terreno, o que seja que vá se transformar no seu lar!

A Pesquisa de Mercado

Você quer comprar um imóvel.

Obviamente, esse interesse é que gera a pesquisa de mercado, o estudo sobre as opções e possibilidades. Então, se você está estudando isso, ótimo, começou bem.

O errado é sair aceitando tudo o que o vendedor ou corretor de imóveis te diz, né.

O fato é que você chegou à conclusão de que o consórcio é mais interessante. Agora, por que essa conclusão? Pode ser que você viu algum comentário sobre  assunto e aí você percebeu que pensando em planos de longo prazo, o consórcio pode ser bom.

Mesmo porque quando você considera o consórcio, você sabe que ele que nada mais é do que um plano para você comprar aquele imóvel parcelado – no decorrer dos anos.

Teoricamente, você escolhe o valor do imóvel e aí você tem uma taxa de administração em cima desse valor, que vai ser resultando na parcela.

Vamos estudar isso.

Se a taxa é de 2%, isso quer dizer que a parcela vai custar 20% a mais do que custaria o parcelamento sem juros do imóvel.

O que é importante considerar é que você vai pagar esses 20% além daquela carta de crédito para comprar o imóvel que será sua após o término do contrato. Ok?

Aqui é fácil: se você tem uma carta de crédito de R$ 100 mil, saiba que vai pagar ai uns R$ 20 mil a mais do que isso. Valor que ficará para a administração do grupo.

E se fosse um financiamento…

Agora, se fosse um financiamento, você pegaria o valor do imóvel e tomaria esse recurso da instituição financeira.

Ou talvez esse recurso e uma entrada. Aí, iria pagar de forma parcelada também. Com a diferença de que iria remunerando a instituição financeira com juros sobre esse valor você está devendo!

A instituição financeira (o banco), na prática, está pagando aluguel do dinheiro que você tomou emprestado. Tá bom?

Bom, quando você faz uma conta de longo prazo, você percebe que um imóvel financiado em 35 anos vai custar praticamente 3 vezes o valor do imóvel que você está comprando.

Então, entre o financiamento e o consórcio, na boa.. O consórcio é mais vantajoso mesmo porque a conta vai resultar em 20% a mais apenas. Enquanto no financiamento, o valor é o triplo.

Já quando a casa é paga à vista, você não perderá nada porque não terá juros nem taxa de administração.

Apesar de tudo, os cuidados com os consórcios

O consórcio vai ser mais interessante, como vimos. Porém, para ser contemplado para ter a carta de crédito existem 2 caminhos: você está pagando consórcio em dia e é sorteado em uma assembleia ou você dá um lance com uma boa oferta de antecipação de algumas prestações e vence!

Isso porque quem ofertar o maior lance, será contemplado com a carta do consórcio.

Na maior parte dos consórcios, são contemplados 10 lances mensais. Agora, note que é fundamental, para ter acesso ao dinheiro da carta de crédito, dar um lance vencedor!

Então, uma recomendação importante que se faz para quem vai entrar no consórcio ou que está começando essa jornada é consultar  a administradora e pedir algum tipo de informação sobre o histórico dos lances contemplados.

Que tipo de valor que percentual  da carta de crédito tem sido  bem sucedidos nos primeiros meses? 50% do imóvel, 60% dele ou mais do que isso? Claro que isso depende da demanda.

É importante entender que esse lance contemplado funciona mais ou menos como a entrada que você tem que dar no financiamento.

Comparando as entradas…

Em uma você você escolher o imóvel, presta as informações para o banco e pede uma análise de crédito para o empréstimo. Sendo aprovada, você recebe o dinheiro e tem um imóvel quitado, sendo que a obrigação será pagar o banco conforme o contrato.

No caso do consórcio, você escolhe o imóvel, só que não vai comprar o imóvel, você vai esperar ter a carta de crédito na mão. Aí sim, você passa a ter direito a usar o imóvel e fica devendo prestações menores do que aquelas que seriam as prestações do financiamento.

Para dar certo o consórcio, você precisa ter uma boa reserva financeira para dar lances contemplado. Raramente, será uma reserva de uns 40% daquele imóvel que você quer comprar.

Por isso, se você não tem esse valor para dar um lance no começo, que acontece você corre o risco de ser contemplado muito tarde. E isso dependerá da sua pressa de ter a sua casa logo, né.

E isso é sim importante porque imagine o que é você vai pagar das mensalidades do consórcio durante 3, 4, 5, 10 anos e dar o azar de não ser contemplado?

É como pagar aluguel sem ter o imóvel, além de pagar o consórcio, terá que pagar um aluguel , por moradia nesse período, enquanto você não é contemplado.

Então, se você tem um prazo, saiba que o consórcio pode não ser bom para você.

Consórcio autocontemplado

Para aliviar esse problema, muitos admiradores de consórcios oferecem o chamado consórcio autocontemplado em que você vai negociar com a administradora um valor maior para a carta de crédito e esse valor maior que você está pagando a mais no plano vai ser ofertado como lance nos primeiros meses.

Assim, você tem a certeza de que seu plano vai sair nos primeiros meses.

Vale a pena? Cuidado, porque uma coisa que você comprar uma carta de crédito de R$ 500 mil e pagar 20% da administração sobre R$ 500 mil e outra coisa é você contratar uma carta de crédito de R$ 750 mil para pagar um imóvel de R$ 500 mil e pagar 20% de taxa sobre os R$ 750 mil.

A vantagem existia naquele custo menor do consórcio começa se diluir começa a ficar bem menor

Qual seria a melhor opção de curto prazo? Continuar no imóvel alugado, que até pode ser um imóvel mais compacto e aí você compraria um imóvel mais conveniente, mais perto do trabalho, mais funcional.

Assim, a solução de curto prazo é você poupar dinheiro ou acumular recursos para dar entrada em um financiamento de um prazo mais curto ou para dar uma lance contemplado no consórcio mais pensando no longo prazo.

Não há posts para exibir