O Passo a Passo para Renegociar as Dívidas do Cartão de Crédito

Um grupo de executivos que saíra para jantar percebeu que não tinham dinheiro nem cheque para pagar a conta. Dessa forma, conseguiram “enrolar” o dono do estabelecimento para que pagassem o débito no dia seguinte.

Após esse embaraço, MacNamara percebeu que faltava uma forma de pagamento para os esquecidos e no mesmo ano foi criado o Diners Club Card.

Para quem não sabe, esse foi o 1º Cartão de Crédito criado no mundo. E a ocasião relatada aconteceu em Nova York, no ano de 1950.

O “dinheiro de plástico” como era chamado passou a ser aceito em praticamente todas as lojas em pouco tempo. Mas, naquele ano, apenas 200 pessoas tinham tal “produto”.

Ao que tudo indicava, o Cartão de Crédito seria uma verdadeira inovação no modo de se pagar contas. E realmente foi o que aconteceu.

Por outro lado, o que não se imaginava é que esse “bendito” poderia trazer muita dor de cabeça às pessoas desavisadas. Desavisadas sim porque quando vamos ao banco pegar esse cartão, ninguém nos avisa sobre os fundamentos essenciais para usar tal produto.

O resultado?

No Brasil são mais de 60 milhões de pessoas endividadas sendo que uma das principais causas é o uso DESCONTROLADO do Cartão de Crédito e, obviamente, do não pagamento das compras parcelas em dia.

Para finalizar essa introdução e darmos andamento ao que, de fato, importa, precisamos concretizar o pensamento dizendo que o cartão de crédito foi criado para facilitar o pagamento, já que deixa de lado o uso do dinheiro em espécie.

Ao mesmo tempo, se isso não for feito com planejamento, a dívida acontece e pode arruinar a vida de muitas pessoas.

Se você faz parte do NADA seleto grupo daqueles que transformaram um recurso útil em uma imensa dor de cabeça, este artigo é para você.

Aqui vamos mostrar um passo a passo do que fazer para conseguir renegociar as dívidas do cartão de crédito.

Passo a Passo para Renegociar as Dívidas do Cartão de Crédito

Depois de entender todo processo necessário para conseguir voltar a ter uma conta no azul, leia também o nosso bônus, que está no final do artigo, e vai mostrar como é possível usar o Cartão de Crédito como um aliado do Controle Financeiro.

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Conheça os Seu Orçamento Financeiro

Antes de qualquer coisa, você vai precisar compreender, com muita clareza, qual é a sua atual situação. Fazer isso não é muito difícil: liste todas as suas despesas mensais e compare com o valor com que você recebe de renda no mesmo período.

Você vai precisar incluir tudo, inclusive, as dívidas, os parcelamentos, os financiamentos.

Obviamente, o ideal é você nunca gastar mais do que você ganha porque é isso que concretiza o Descontrole Financeiro.

Se a sua situação não for positiva, e você tiver gastando mais do que recebe, tem que dar um jeito de mudar o comportamento e, simplesmente, gastar menos.

Você tem que fazer o dinheiro sobrar. Esse é o primeiro e mais importante passo para prosseguir com essa leitura.

Só quando “sobrar” dinheiro, você conseguirá quitar a dívida do cartão. Em caso contrário, será dívida atrás de dívida, o que vai gerar, consequentemente, o nome sujo e listado no SPC ou no Serasa.

Para não estender este texto, temos alguns tópicos que podem te redirecionar para outros artigos que vão mostrar como é possível fazer o dinheiro sobrar no final do mês, leia:

Pare IMEDIATAMENTE de usar o Cartão de Crédito

O limite do cartão de crédito é uma grande armadilha e não é porque você tem 10 mil de crédito que pode usar sem pensar. O recurso, na maior parte das vezes, é mais alto do que o que é possível ser pago.

Se, já com a dívida feita, o consumidor continuar usando o cartão de crédito, a fatura vai aumentar cada vez mais, mas não de forma proporcional e sim de forma muito superior a isso. Sabe por quê? Porque os juros compostos corroem o seu dinheiro.

Entenda tudo sobre os Juros Compostos

Se esse mês você estava “devendo” 2 mil reais no cartão de crédito, mês que vem esse valor vai subir porque o banco te cobra um juros por isso. E, só para você saber, os juros do cartão de crédito do Brasil é um dos mais caros do MUNDO.

Juros médios do Cartão de Crédito Brasileiro são de 436% ao ano, 10 vezes maior que o segundo colocado da pesquisa”, leia essa notícia que publicamos no final do ano passado.

Mesmo com a medida do atual presidente, Michel Temer, no final do ano passado, na qual reduziu os juros cobrados no cartão a partir do primeiro trimestre desse ano. A taxa chegava à 475% ao ano, de acordo com o Banco Central. Esse número representa um percentual de 200 pontos de aumento nos últimos 5 anos.

E para se ter uma ideia comparativa, outros países cobram valores bem mais baixos:

  • Peru (43,7%),
  • Argentina (43,29%),
  • Colômbia (30,45%),
  • Venezuela (29%),
  • Chile (24%),
  • México (23%).

Guia Completo sobre as Novas Regras do Cartão de Crédito: Quando Usar e Como Economizar Dinheiro!

Já comparando com outras opções, o cartão de crédito também é campeão:

  • Cheque Especial (329%),
  • Empréstimo Pessoal (161%),
  • Juros do Comércio (99%),
  • Crédito Automotivo (31%).

“Aqui no Brasil é praticamente impossível pagar o rotativo do Cartão. Mesmo sendo um crédito pré-aprovado, não deveria haver taxas tão abusivas”, afirma a economista da Proteste, Renata Pedro.

Portanto, aqui também não tem segredos: entrou em dívidas, esconde o Cartão de Crédito em um lugar que não vá achar tão cedo. É verdade! Faça isso imediatamente.

Conheça as Taxas

Listamos as taxas cobradas que fazem parte de uma nova regulamentação criada pelo Banco Central, a partir de 2011 e isso aconteceu porque, até então, haviam mais de 80 tarifas diferentes que era cobradas para a utilização do cartão.

Nubank: O Cartão de Crédito Sem Tarifas

Sim, OI-TEN-TA tarifas! Agora são só 5, confira aí

Anuidade do Cartão de Crédito

Ou para parecer mais “aceitável”, chamam de Taxa de Manutenção.

Ela é cobrada pelos bancos para custear os gastos do cartão de crédito. Assim sendo, cada instituição financeira pode cobrar um valor diferente para essa taxa e para cada tipo de cartão de crédito.

A regra é mais ou menos assim: quanto mais benefícios você tem, maior será a sua taxa. Então, cuidado com todas essas vantagens que os bancos te oferecem através desse cartão!

Uma boa observação que podemos fazer é o fato de que alguns cartões de créditos, de instituições independentes, têm isentado essas taxas, o que ajuda o mercado a se mexer, o que é bom para o consumidor.

Se você ainda não ouviu falar do Nubank, leia essa matéria. Ele é um cartão de crédito que não essa taxa de administração por ser um serviço online.

Saque do Cartão de Crédito

O seu Cartão de Crédito com certeza tem um limite, que nada mais é do que um empréstimo que o banco te faz para você pagar no mês seguinte (com juros, claro). A questão é que, em se tratando de empréstimo, esses juros são muito altos.

O que são juros muito altos? No caso do saque dos cartões de créditos, são algo em torno de 17% ao mês. Um absurdo!

Mas não é só isso, o saque do dinheiro no cartão de crédito ainda te cobra o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), que é automaticamente.

O valor também é variável, mas fica na média entre 8 reais e 25 reais CADA SAQUE!

Uma dica sobre o saque do cartão de crédito é: faça o pagamento antecipado sempre que puder porque, assim, você consegue reduzir os juros cobrados. Vamos falar um pouco mais sobre isso em um próximo artigo.

Emissão da Segunda Via do Cartão de Crédito

Na verdade, não é nada incomum de acontecer o fato do seu cartão de crédito ser roubado. Aliás, mesmo que você perca-o e esteja precisando com urgência, o que fazer? Para esses casos, a melhor solução é pedir uma segunda via, que é cobrada.

O único caso onde não é cobrado o valor é quando a perda do cartão ocorrer por responsabilidade do banco.

Nesse caso, os valores também variam muito. De qualquer forma, é um gasto que pode ser evitado!

Pagamento de Contas pela Cartão de Crédito

A maior parte dos bancos permite que os pagamentos gerais (como boletos) sejam feitos via cartão de crédito. Sim, parece ótimo poder pagar a sua conta de água, de luz ou do celular pelo cartão de crédito, não é? #SQN!

Sabe por que não é bom utilizar essa ferramenta? Porque os bancos cobram taxas em cima do valor da sua conta que foi paga, ou seja, quanto maior o valor, maior a taxa.

A melhor saída é pagar de outra forma e evitar esse gasto, totalmente desnecessário.

Avaliação Emergencial do Limite do Crédito

Esse é um dos serviços menos conhecidos pelas pessoas. Imagine que você tenha que fazer uma compra com um valor que seja acima do seu limite, então, você pode solicitar esse aumento de crédito no banco.

Até aí tudo bem, mesmo porque o banco pedirá um tempo para reavaliar tal pedido.

O fato é que você também pode fazer isso de forma automática, sem pedir tal autorização. E acontece quando você realiza compras acima do seu limite de crédito. Isso é considerado uma avaliação emergencial, que, obviamente, é cobrada pela instituição financeira.

Novamente, o valor varia conforme o banco e o cartão usado.

Renegocie as Dívidas Pessoalmente

Com a alta tecnologia do mundo moderno, existe um turbilhão de opções de renegociar dívidas. Mas, o telefone ainda é o mais usado. No entanto, o melhor conselho é aquele que diz para fazer isso pessoalmente.

O telefone, neste caso, torna-se totalmente impessoal, sem que o atendimento leve em conta as argumentações claras do consumidor assim como do gerente do banco ou de quem estiver renegociando.

Além do mais, por telefone, a atendente tem a VERDADEIRA função de insistir no pagamento do valor mínimo da sua fatura, o que é péssimo para você, já que só vai aumentar o problema.

A saída mais viável é ir até o banco pessoalmente e abrir o jogo. Revele sua dificuldade, mas nunca sem deixar transparecer o seu medo. Imponha-se diante do atendente. Mostre que você sabe dos seus direitos e que sabe também que o banco precisa ajustar a dívida com a sua necessidade.

Afinal, você é um cliente “especial”, não é?

Obviamente, antes de sair de casa, leve em mente alguma proposta que lhe sirva bem. Por exemplo, diante do seu planejamento financeiro pessoal, saiba qual valor você realmente poderá pagar mensalmente e não aceite uma proposta onde o valor será superior a isso.

Exija a Apresentação do CET (Custo Efetivo Total)

Essa aqui é uma dica de ouro, de tanto que brilha.

Seguinte, o CET é a somatória dos juros, dos encargos, das taxas e dos impostos que serão acrescidos ao principal da dívida. Logo, você tem que conhecer esse valor e saber qual é a verdadeira dimensão do seu problema.

Sim, os bancos são obrigados a fornecerem tal informação.

Para ficar mais claro: você deve 2 mil reais ao banco, vamos supor. Daí, você vai renegociar sua dívida e aceita fazer um pagamento em 10 vezes de 250 reais. Obviamente, o seu custo total será de 2,5 mil reais, já acrescidos de juros.

Entendeu? De uma forma ou de outra, se você deve ao banco, você vai perder dinheiro porque terá que pagar juros. Mas isso é só um exemplo, hipotético para você entender o que estamos dizendo.

Mas, sabe por que isso é o mais importante de tudo? Porque só assim você vai ter a realidade da proposta e não uma ilusão dela. As administradoras sempre dão a entender que estão te ajudando, mas nem sempre, ok?

Analise suas possibilidades, sempre, com o CET.

Se você tem curiosidade em saber como são feitos os cálculos do CET e como eles são demonstrados em financiamentos, como de casa, dívidas ou carros, leia este artigo. Publicamos hoje mesmo, pela manhã e nele estão todas as informações.

Aperte a Mão do Negociante só quando Convir

Se a proposta não está boa para você, caia fora, não aceite. Você tem que entender que só poderá concordar com aquilo que realmente será cumprido porque se você aceitar uma proposta e não cumprir, aí o bicho vai pegar mesmo. Os juros vão ficar ainda piores.

Você tem que se impor e compreender que da mesma forma que você quer se livrar das dívidas, o seu banco também se beneficiará com a cobrança dos juros e o saldo devedor do seu cartão, quando o pagamento é feito.

Assim, para a administradora não adianta renegociar se você não for pagar.

Vale a recomendação? Mantenha a negociação até encontrar o ponto satisfatório, que será cumprido.

Atenção às Parcelas Fixas

Não é incomum que os devedores aceitem propostas das administradoras onde o valor final se altera conforme os juros pagos em cada parcela. Isso é muito comum no crédito rotativo, o seja, o cliente percebe que os juros são incluídos sobre as parcelas, o que não está certo.

Fuja dessa situação imediatamente, não aceite, não assine.

As parcelas tem que ser fixas durante todo o período de pagamento.

Você lembra-se do nosso exemplo? 10 pagamentos de 250 reais. Fixos. E não 10 vezes de 250 acrescidos de juros. Isso não existe! Não vale a pena. Mesmo porque você pode se comprometer com 250 reais mensais e nada mais.

Em caso de Dúvidas, busque Orientações Profissionais

Se o acordo não for conveniente, você não assina o contrato. Dito isto, sempre busque orientação de algum órgão ou profissional que conheça do assunto e pode te assessorar nessa decisão importante da sua vida.

Esse tipo de serviço pode ser encontrado, por exemplo, na Associação Nacional dos Consumidores de Crédito (Andrec), no Procon ou na Defensoria Pública, por exemplo.

Advogados e contadores também podem te ajudar com essas informações até, inclusive, na adoção de medidas mais drásticas, sem que você precise, posteriormente, recorrer à Justiça.

Mas, em caso de inconveniências, um acordo extrajudicial torna-se necessário e preciso. Em certos casos, o acordo pode resultar em processos demorados e em audiências nas juntas de conciliação. Portanto, vale a pena tentar fazer um acordo direto.

Por fim, vale dizer que apesar da palavra “crédito” no nome, o cartão é um meio de pagamento e não uma forma de financiar compras. É um jeito de pagar e apenas isso, nada de pensar que é um “extensor” do salário porque não é. O salário continua sendo o mesmo.

Leitura Complementar9 dicas realmente eficazes para renegociar dívidas com os bancos

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Bônus: Como Usar o Cartão de Crédito como Aliado do Controle Financeiro

Vale dizer que as dicas e recomendações abaixo são direcionadas para quem tem controle sobre o próprio dinheiro. Se você é uma pessoa que não consegue usar essa modalidade como ferramenta de pagamento, então, melhor não continuar lendo.

Limite

Limites! Essa é a primeira palavra de ordem para quem quer usar o Cartão de Crédito de forma consciente. O ideal é sempre colocar limite. E qual será esse limite? Sempre será aquele valor que você pode gastar no mês nos gastos ditos “consumo”.

Alguns especialistas dizem que esse valor deve ser, sempre, de no máximo, 30% e nunca mais do que isso, referente aos ganhos mensais.

Mas, sabemos que isso vai variar de pessoa para pessoa porque se você já tem financiamentos e empréstimos (ou dívidas), então, essa porcentagem cai bastante.

O limite, ATENÇÃO, não é aquele oferecido pelo banco e sim aquele referente à sua renda mensal. Você define o seu limite.

Opção de Planejamento Financeiro

Algumas pessoas dizem que o Cartão de Crédito é uma boa opção para o planejamento financeiro porque filtra todos os pagamentos para um único dia.

Assim, se você tem alto limite, poderá fazer praticamente todas as compras no crédito (supermercado, combustível, remédios) e aí, sempre no dia certo, você saberá quanto está gastando.

MAS MUITA ATENÇÃO: essa linha é muito tênue. Se você falhar ou gastar mais do que pode pagar, vai se F***. Literalmente!

Porque com valor alto, os juros sobre eles serão imensos. Portanto, apesar de algumas pessoas afirmarem que dá certo, não é o que recomendamos.

O melhor é usar o dinheiro em espécie, sabe? O dinheiro vivo.

Porque assim você consegue controlar quanto gastou e quanto ainda pode gastar naquele momento. Os psicólogos mesmo dizem que ver o dinheiro saindo do bolso dá uma sensação mais real do que quando passamos o cartão de crédito.

Se você optar por isso, vale uma dica de ouro: Acompanhe o seu Gasto Diariamente.

Anote tudo todos os dias para nunca passar o seu limite e não conseguir bancar depois. Digamos que você receba 2 mil reais de renda, então, quanto o valor estiver próximo disso, já é hora de parar, por exemplo.

Compras Parceladas

As compras parceladas são delicadas demais. A regra é nunca parcelar por muito tempo.

Para especialistas, o máximo é de 3 meses. Quanto ao valor, é preciso ainda mais atenção: sempre valores que estão de acordo com o planejamento financeiro pessoal.

Sempre que for possível, junte o dinheiro e compre a vista. Isso te ajuda a economizar dinheiro porque terá desconto e não vai precisar passar o cartão de crédito.

As compras parceladas valem não apenas para o cartão de crédito, mas também para financiamentos, que costumam ser longos e desvantajosos do ponto de vista financeiro.

O Pagamento Mínimo da Fatura

Nunca é aconselhável, em momento algum. Se você sabe o limite do seu faturamento, que você já estipulou lá no tópico de cima, então, você não deve ultrapassar esse limite e nem ter problemas para pagar a fatura.

Se você gastou mais do que deveria, sinceramente, você vai precisar fazer algo muito mais trabalhosa e RÁPIDO: encontrar algum empréstimo pessoal que tenha juros mais baixos para quitar a sua fatura do cartão de crédito.

Acredite, a diferença de juros é bem representativa.

Isso vai te ajudar a não entrar tão rápido no endividamento. Mas, se você continuar gastando mais dinheiro do que tem no mês, não vai adiantar muita coisa, na real. O mais importante de tudo é estabelecer e respeitar suas metas e seus limites financeiros.

Seguindo essas regras, você não precisa se desfazer do seu cartão de crédito.

E dividir a compra em dois cartões de crédito?

É cilada, Bino. Essa flexibilidade de pagamento que existe em lojas físicas permite dividir o valor de uma compra em dois cartões de crédito diferentes. Assim, também é possível parcelar em opções diferentes.

Tudo conforme o desejo do consumidor. Mas, na prática, amiguinhos, isso faz com que o consumidor aumente o limite de crédito dele. E aí, aumenta o risco de super endividamento.

“Muito se fala em uso consciente do cartão de crédito. Mas deveríamos também falar sobre responsabilidade na concessão, ainda mais em um momento no qual o cartão de crédito é alvo de medidas como a que deve reduzir os juros pagos no crédito rotativo, cobrados quando o consumidor atrasa ou não quita o valor da fatura”, diz Ione Amorim, economista do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec).

Então, a dica que fica é: não se deve utilizar dois cartões no mesmo pagamento.

“Como o consumidor está comprometendo mais do que 30% da renda, qualquer imprevisto pode provocar um grande descontrolo no orçamento. Ainda que não haja imprevistos, é necessária muita disciplina para acompanhar gastos em mais de um cartão, ainda mais se forem parceladas”.

O ideal – e super indicado – é quitar as compras já existentes no cartão para aumentar o limite de crédito disponível até que o valor seja suficiente para realizar a aquisição.

Ter ou Não Ter Cartão de Crédito: Eis a Questão!

https://youtu.be/vres9v16Od8

Se você viu o vídeo, você notou que existem 3 pontos positivos do Cartão de Crédito, tais como a facilidade do poder de compra, o acúmulo de milhas (para quem viaja) e a facilidade de compra, que pode ser feita, por exemplo, pela internet.

Mas, atente-se ao fato do pagamento da Parcela Mínima! É ele que vai fazer você pagar juros, entrar em dívidas e chegar à falência.

Falta de Concorrência

Uma das tentativas de responder a questão acima se deve ao fato do Brasil ter falta de concorrência entre as instituições financeiras. “Aqui as instituições cobram o que querem”, disse Renata.

Pelo lado das instituições, a justificativa vem do risco de inadimplência que eleva os custos, tais como a carga tributária. Segundo o Banco Central, a taxa de inadimplência do rotativo do cartão de crédito, em atrasos de 15 a 90 dias, estava em 17,5% em setembro,.

Já na visão da Abecs, a análise precisa levar em conta a forma como o produto é usado em cada país.

No Brasil existe o parcelamento sem juros, já em outros países essa transação é a menor parte e as pessoas usam o crédito rotativo para financiar as compras. No entanto, para Renata, essa invenção do pagamento mínimo é uma armadilha que induz o consumidor a entrar em dívida.

E, já mostramos aqui que o fato de você ter um salário baixo não significa que você tenha que entrar em dívidas, certo? No nosso exemplo, o Zezinho que ganha praticamente 17 mil reais pode enriquecer menos do que o Pedrinho, que recebe 2,8 mil reais. Como assim? Leiam: Ganhar Pouco Não Significa Ser Pobre.

Levantamento

O levantamento incluiu 181 cartões de 17 instituições financeiras, sendo bancos ou operadoras. E vários questionários foram feitos e adivinhem só: apenas 4 empresas se dedicaram à responder as pesquisas. A solução encontrada pela associação foi pesquisar.

“Começamos a ligar e pesquisar na internet, chegamos a contratar os cartões para saber quanto cada banco cobrava efetivamente”, afirma Renata Pedro, responsável pelo levantamento.

Nos outros países existem regulamentações sobre a cobrança, e assim, as taxas estão disponíveis em sites.

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Reprodução: Google

Nota: A Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) afirma que, no Brasil, essas transações não têm juros, já que os consumidores financiam as compras por meio do parcelamento sem juros. Além disso, 85% pagam a fatura em dia e apenas 1 em cada 10 usuários fazem o uso do crédito rotativo.

Outros Países

A Argentina faz a cobrança dos juros rotativo do cartão de crédito de, no máximo, 43,29% ao ano. Lembrete: a Argentina tem uma inflação de 40% ao ano.

A Venezuela, que está em crise econômica, impôs limites máximos, ou seja, o juro do cartão não pode ultrapassar 29% ao ano.

Resumo da ópera

Se for para usar o Cartão de Crédito, faça isso sem entrar na armadilha da parcela mínima, ou seja, não comprem por impulso. Parem de viver em função do que os outros pensam. Viva com comodidade, mas sem a finalidade de ostentar.

“Nem tudo pode ser comprado”. Essa é uma das lições que as escolas deveriam ensinar aos alunos, fato que não acontece. A Educação Financeira ainda não é um ponto importante para os nossos alunos, segundo a visão das propostas educacionais.

“Dinheiro consignado não deve ser usado“. Também disso isso em outro artigo. E, para auxiliar a compreensão, usei o exemplo da pesca. Sabe quando você vai pescar e joga aquela linha para pegar o peixe? É a mesma coisa com os consignados. O Banco joga a linha para pegar você. Entenda isso: 5 Verdade para Enriquecer.

É nesse artigo também que falamos sobre a importância que você deve dar ao seu dinheiro. É preciso controlar o capital. Se não, nem se você ganhar 1 milhão de reais, você vai conseguir ter um bom futuro financeiro.

Entenda por que quando você utiliza o Cartão de Crédito você paga mais caro

Já falamos um pouco disso no artigo anterior, mas vamos reforçar!

Imagine que você vá comprar um produto de 1 mil reais… Bem, se você for pagar à vista, com certeza, o vendedor vai te dar um descontinho, não é?

Isso acontece porque quando a compra é divida no cartão de crédito, o estabelecimento comercial precisa repassar uma parte do valor para as administradoras.

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Esse valor é muito variável, mas pode chegar à 5% de taxa. Então, esses 5% de taxa para o estabelecimento pode ser transformado em 5% de desconto para você, fica elas por elas, entende?

No fundo, bem lá no fundo, o comerciante não está te dando desconto, mas está deixando de pagar a administradora. Mas isso acaba sendo mais vantajoso para você do que para ele. Concorda? Isso não é bem assim, vamos explicar abaixo.

A conclusão é óbviao uso de cartões, de débito ou de crédito, encarecem os produtos vendidos no comércio.

Com informações da Organizze e R7

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