De fato, esse é um tema que ainda é tabu para muitos casais, em geral, no Brasil. As pessoas reconhecem que o diálogo é um instrumento poderoso na vida a dois. Só que colocar isso na prática nem sempre é fácil.
O problema é que essa lógica ainda parece não valer para assuntos relacionados a finanças e o resultado é que ainda existe um certa resistência na sociedade para conversas sobre dinheiro. Isso vale de casal para casal, de pais para filhos e assim por diante.
A desculpa são as mais variadas possível: as vezes, é a falta de tempo, às vezes, é o direito da autonomia do parceiro e por aí vai… Em uma lógica que não tem fim. Mas, a pergunta: isso é bom ou ruim para a relação do casal?
As conversas dos casais
Na rotina conjugal, falar sobre os salários pode gerar segredos dos dois lados e chega a ser surpreendente perceber que há muitas pessoas que omitem seu salário dos parceiros.
No entanto, não é apenas para julgamentos que estamos aqui.
O fato é que muitos casais ficam desconfortáveis com essa realidade e cria uma dinâmica que minimiza o valor dessa informação.
Logo, adotar uma postura como essa independentemente do motivo pode gerar um desequilíbrio na relação em enfraquecê-la pouco a pouco, ao mesmo tempo em que pode também representar um problema antigo e fazer com que ele aumente.
Se uma das pessoas tem esse medo na relação e se incomoda por não ter acesso a informação importante sobre o salário do parceiro, definitivamente, eEla deve tomar uma atitude para entender as razões disso.
Os motivos da omissão
Primeiro, antes de continuar, vamos ver algumas hipóteses para entender porque um parceiro omitiu o seu salário. Você vai ficar impressionado como isso pode ser uma coisa simples, como vergonha… E só a conversa pode resolver.
1 – Primeiro motivo: salário muito alto
Sim, acredito se quiser: o motivo de ter um salário muito alto pode ser motivo de vergonha e omissão da informação.
E nem sempre uma pessoa vai se sentir bem em falar isso – apesar de ser raridade, isso existe mesmo.
Pode ser que ele tem um salário muito alto!
Eentenda que a família não saberá lidar com o patrimônio tão grande.
2 – Segundo motivo: ganhar mais do que a outra pessoa
Outro motivo comum para a omissão da informação sobre o salário é o impacto de tendências consumistas mirando um dos lados da relação onde uma pessoa ganha muito mais do que a outra.
Isso pode ser o motivo porque a pessoa pode achar que deveria evitar gastos excessivos ou esconder seus próprios gastos elevados.
3 – Terceiro motivo: risco de separação
Outra possibilidade é um temor em relação a solidez do relacionamento e o risco de uma possível separação.
A pessoa acha que por ganhar mais, ganhar menos, ganhar a média, ter um salário x ou y… ou qualquer outra coisa, isso poderia balançar a relação tendo em vista o que o outro pode pensar.
4 – Quarto motivo: tradição paternalista
Outra possibilidade, que talvez ainda seja a mais comum nos dias de hoje, é que quando quem centraliza a informação é o homem e muitas vezes ele se baseia na tradição paternalista que ainda é forte no Brasil.
Omitir a informação é saudável?
Não há dúvidas de que esses motivos revelam problemas na relação e você deve ter notado que o ato de omitir o salário do parceiro está longe de ser saudável para um relacionamento feliz.
Mas, se a postura é tão negativa por que tantos casais ainda se vê nessa situação?
Em uma breve análise que pode ser vista claramente nos casais, em geral, a parte financeiramente acaba sendo a mais frágil da relação e é responsável pela falta de transparência.
Isso porque falta essa pessoa a proatividade para demonstrar maior interesse e cobrar o seu parceiro, oferecendo a se programar para organizar as finanças dessa família.
O ideal é que o casal converse sobre seus sonhos e construa os grandes objetivos a quatro mãos!
Com essa iniciativa é natural que se fale mais sobre as finanças porque será o dinheiro das duas pessoas que dar a vida aos projetos cada vez maiores.
Somente a conversa pode aparar as arestas e evitar rupturas mais severas.
Há casos em que uma boa conversa pode até mesmo esclarecer para as duas pessoas que o mais correto encerrar o casamento ou namoro de longa data. De fato, a conversa é esclarecedora mesmo!
Mas, na maioria das situações compartilhar informações financeiras vai fortalecer o vínculo e aumentar o sentimento de cumplicidade porque um vai confiar no outro – e vice-versa!
Lembre-se que o diálogo é fundamental na vida de qualquer casal.
Enriquecer é mais fácil quando duas cabeças pensam juntas e quando duas contas se unem. Logo, quando o planejamento é entendido e praticado por todos os envolvidos enriquecer é bem mais fácil!
A educação financeira
Com base nisso, não podemos deixar de falar que a educação financeira se torna parte da vida do casal e isso vai influenciar em todos os resultados futuros.
Do lado negativo, se não houver concordâncias, as dívidas aparecem. Do lado positivo, será possível realizar sonhos, como viagens, compras maiores e muito mais.
Agora, o que é importante notar é que esses ensinamentos e aprendizagens devem ser passados para os filhos, como uma forma de educação financeira infantil, já que hoje a maior parte das escolas não conseguem suprir essa necessidade.
Sem colocar a culpa nas escolas, sabemos que culturalmente o Brasil ainda precisa se desenvolver no assunto financeiro e começar de casa é uma ótima ideia.
