Small Caps e Dividendos – para Ganhar Dinheiro com Ações

O Mercado Financeiro está mudando – cada vez com mais brasileiros investindo dinheiro em ativos que compõe as carteiras da renda fixa e também da renda variável – conforme um estudo da Proteste, a rentabilidade oferecida pelas corretoras de valores são mais atraentes do que a dos bancos e isso explica um pouco dessa mudança de comportamento.

A Associação comparou várias opções de investimentos oferecidos pelos principais bancos do país e as corretoras de valores – e no último ano, fundos de corretoras tiveram rendimentos de 14,46%, sendo que o valor triplica se forem considerados os últimos 36 meses.

Além da rentabilidade, o estudo mostrou também que outro benefício das corretoras de valores é a facilidade – primeiro se faz um cadastro na empresa, com documentos oficiais e depois se analisa o perfil para investimentos e pronto, o consumidor já pode montar uma carteira de ativos.

Assim sendo, dentro dessas carteiras, alguns ativos ganham destaque pela sua rentabilidade e, principalmente, pela previsão de crescimento – conforme analistas e indicadores, dividendos e small caps são palavras de ordem para quem quer ganhar dinheiro com ações.

Vamos explicar rapidamente o que é cada um deles, de forma simples e objetiva, confira!

Dividendos – O que São

Os dividendos não são, exatamente, uma opção de investimento. Não é como investir na renda fixa ou investir na renda variável. Não. Se você está querendo saber o que são dividendos, com certeza, você já está dentro da Bolsa de Valores (BM&FBovespa).

Investir dinheiro em companhias que pagam dividendos é muito mais uma estratégia de investimento financeiro dentro do mercado de ações.

Oras, é uma estratégia porque você opta por escolher essas empresas visando, obviamente, o pagamento de dividendos.

O que São Dividendos?

Ah, sim, ainda não explicamos e se você ainda não notou, dividendos nada mais são do que os lucros de uma companhia listada na Bolsa de Valores que são divididos entre os acionistas.

Ficou fácil entender o que são dividendos, não é?

A companhia trabalha durante o ano todo e você, como investidor, investe seu capital nela para que ela continue crescendo e prosperando. Ao final do período de produção, ela consegue obter bons lucros financeiros e, como “gratidão” à você, ela opta por te “dar” parte desse lucro que ela gerou.

É por isso que as melhores pagadoras de dividendos são consideradas umas das companhias mais buscadas na Bolsa de Valores. E, não à toa, elas são ótimas formas de fazer o patrimônio de o investidor render mais e resultar em lucros.

Workshop 100% Online e Gratuito: Risco Zero nos Investimentos

Como os Dividendos São Pagos?

A companhia listada na Bolsa de Valores oferece um pagamento dos lucros que pode ser feito trimensalmente, semestralmente ou anualmente. A data certa e o período sempre vão ser declarados, de forma oficial, pelo Conselho de Administração da empresa.

Aqui, já fica uma boa dica mostrando por que é importante conhecer uma companhia antes de comprar os papéis dela.

Note que mesmo sabendo quais são as melhores empresas para investir na Bovespa ou mesmo sabendo o que são dividendos, se você não conhecer, a fundo, a companhia, pode ser que a sua estratégia não dê certo.

  • Você sabia que toda companhia listada na Bolsa de Valores é obrigada a fazer o pagamento de dividendos? Não? Então, depois, não deixe de ler o Tópico 5 deste artigo, que é sobre isso que vamos falar!

Ah, por sinal, depois que o Conselho de Administração da Pagadora de Dividendo agenda um período para o pagamento dos dividendos, é feito uma data de registro, ou seja, o dia na qual serão anunciados os titulares de participação qualificada, e, obviamente, também é feito o anúncio da data de pagamento dos dividendos.

Para sintetizar este tópico, fizemos uma breve linha do tempo, curte só:

Data de Declaração – é o momento em que o dividendo é anunciado pelo Conselho de Administração e inclui: valor do dividendo, data do registro e data do pagamento.

Data de Registro – é o dia em que a empresa vai registrar os seus acionistas para estabelecer a quem ela irá enviar os relatórios financeiros, procurações e outras informações.

Data Ex-Dividendo (ou Ex-data) – é uma data definida pela Bolsa de Valores e é importante porque vai separar qual investidor comprou ações antes do anúncio do dividendo e quais compraram depois.

Data de Pagamento – é a data prevista para que o dividendo declarado seja pago.

Como é Calculado o Pagamento dos Dividendos?

Esse retorno, que aparece em forma de lucros, é feito ao investidor e deve ser calculado por meio do dividend yield da ação.

Viajou na maionese? Fique tranquilo que é fácil de entender – Dividend Yield é a representação dos dividendos pagos aos acionistas comparado ao preço das ações em determinado período.

Esse cálculo é feito pela divisão do dividendo anual por ação pelo valor atual da ação.

Assim sendo, o acionista vai receber os dividendos conforme a quantidade de ações da empresa que ele possui. Logo, se ele tem 50 ações e o valor pago por ação é de 2 reais, o investidor vai receber 100 reais.

Porém, também existe outra opção, feita em cima de uma porcentagem do dividendo.

Por exemplo, caso o percentual seja de 2% e a ação é negociada à 25 reais, então, o dividendo será de 0,50 reais por ação.

23 Ações para Ganhar Dinheiro com Dividendos na Bolsa de Valores

Logo, faltará apenas multiplicar esse valor pela quantidade de ações que o investidor possui naquela companhia.

Com isso, é preciso notar também que na Bolsa de Valores existem muitas empresas que pagam dividendos e todas elas oferecem a vantagem ao investidor de conseguir aumentar o próprio patrimônio, através do que os especialistas chamam de Ficar Rico recebendo lucros periodicamente.

Qual o valor mínimo de dividendo para uma empresa ser considerada boa?

Ainda não existe esse parâmetro. Por exemplo, se a empresa tiver um yield entre 5 e 6% e uma trajetória que permita uma distribuição no futuro, ela torna-se interessante.

Em poucas palavras, podemos deduzir que o dividend yield e a atratividade da ação dependem de outros fatores, tais como a regularidade, setor, posição e perspectiva de crescimento da companhia.

Os dividends yield são importantes porque, para muitos investidores, principalmente os de perfil mais conservador, podem significar a escolha do melhor investimento no mercado de ações.

Além de ser um forte indicador de como a empresa se relaciona com os acionistas, através da distribuição de dinheiro, também impulsiona a rentabilidade do investimento.

Dividend Payout

Atenção: para escolher o melhor papel em termos de distribuição de proventos, vale a pena acompanhar também outro indicar o dividend payout, que é calculado como a proporção dos lucros da empresa que são distribuídos na forma de proventos, determinados pela empresa e pelos estatutos.

Ou seja, a empresa aplica uma política de payout de 50% e assim irá distribuir aos seus acionistas metade dos lucros obtidos no período. Em geral, essas porcentagens variam de acordo com o estágio de evolução e as oportunidades de cada companhia.

A principal diferença entre o payout e o dividend yield é que no primeiro o investidor tem que analisar ações com uma previsão de lucro por ação elevado e também com a proporção de distribuição atraente.

Já no segundo caso, os valores podem ser destorcidos por fatores como a valorização ou queda da ação.

Quais os Tipos de Pagamentos de Dividendos?

Apesar de ter uma categoria muito comum aos pagamentos de dividendos, existem outros tipos que também podem ser usados. Separamos todos, confira!

Dividendos em Dinheiro – É o mais comum e é realizado com o lucro acumulado ou atual. O valor obtido pelos investidores pode ser (re)aplicado na compra de ações.

Dividendos em Ações – É bem menos comum e o pagamento é feito com ações adicionais da empresa. Assim, o total de ações adicionais é calculado conforme o número de ações que se tem no presente.

Essa opção também é vantajosa porque mesmo não tendo o dinheiro imediato, o investidor terá lucro no longo prazo.

Dividendo Especial – É uma opção que pode ser usada pelas empresas, mesmo que elas dificilmente a façam.

Assim, o dividendo especial é um pagamento maior de lucro ao acionista e isso pode acontecer por vários motivos, sendo que os principais são: aumento súbito de caixa ou ganho extraordinário.

Muito mais importante do que saber o que são dividendos ou de conhecer os tipos de dividendos, é entender que os dividendos são uma forma de o acionista conseguir Ficar Rico recebendo lucros periodicamente, já que há o aumento de capital e a geração de mais patrimônio.

Small Caps – O que São

São ações de empresas de baixa capitalização, ou, de maneira informal, também chamadas de ações de segunda ou terceira linha. Mas, não vá pensando que são empresas que devem ser deixadas de lado.

As Small Caps podem ser ações que não possuem a mesma liquidez das grandes empresas da Bolsa de Valores. Tudo é uma questão de comparação.

Para que não fique dúvidas, vamos recorrer à senhora do mercado de ações, a Bovespa, que diz o seguinte:

Blue Chips (Empresas de 1ª linha)

São ações de grande liquidez (negócios) e procura no mercado por parte dos investidores. Em geral, são empresas tradicionais, de grande porte e excelente reputação.

De 2ª Linha

São ações pouco menos líquidas, mas que tem boa qualidade. Em geral, são empresas de grande e médio porte.

De 3ª Linha

São ações com pouca liquidez e, em geral, são empresas de médio e pequenos portes. Porém, isso não significa que tenham menor qualidade.

Resumidamente, as Small Caps são empresas que tem menor volume de negociação na Bolsa de Valores, portanto, há menor liquidez e maiores riscos (tanto de ganho quanto de perda). Além disso, elas costumam ter gráficos difíceis de serem analisados.

O que deve ser observado na hora de apostar em Small Caps?

O primeiro passo é notar a liquidez da empresa. Se os volumes de negociação estão muito baixos ou se a empresa é muito nova, por exemplo. Se isso acontecer, vai existir um risco de você comprar e depois não conseguir vender.

E, isso pode ser acentuada pela dificuldade de análise mercadológica, já que, na maior parte das vezes, as ações são novas na Bolsa de Valores, o que não torna possível estabelecer dados confiáveis.

Outra questão que precisa de atenção é a precificação das ações, que, como regra, deve estar compatível com as operações da marca.

Se não, ela pode oscilar fortemente, de maneira negativa. Por fim, note sempre se o capital está sendo bem investido ou se há questões sobre falência e recuperação judicial, isso pode ser muito importante na sua tomada de decisão.

As 38 Melhores Small Caps para Investir em 2017

Índice SMLL

O índice SMLL é sempre destaque da bolsa de valores. Bom, como todos sabem, a BM&FBovespa tem o Ibovespa como principal índice, que lista as empresas mais negociadas.

Já o Índice Small Caps é uma carteira de ações composto pelas empresas de menor capitalização. Ele é muito usado, pelos investidores, como indicador de desempenho médio das ações.

Atualmente, o Índice Small Cap da BM&FBovespa é formado por 60 companhias e, entre elas, podemos destacar a Bradespar, que tem participação de 3,7%, a Fleury com 4,8%, a Qualicorp com 3,1%, a Sanepar com 3,5% e a Sulamerica com 3,4%.

Qual o Valor de Mercado das Small Caps

As categorias mudam com o tempo, assim como os índices. Para se ter uma ideia, no anos 80 uma ação Big Cap tinha um limite de US$ 1 bilhão, hoje, o esse tamanho representa apenas uma Small Cap. Mas, como estamos falando de 2017, fizemos uma pequena lista com os valores de mercado, seguindo a divisão por ordem:

  • Mega Cap – US$ 200 bilhões ou mais
  • Big Cap – US$ 10 bilhões ou mais
  • Mid Cap – US$ US$ 2 bilhões à US$ 10 bilhões
  • Small Cap – US$ 300 milhões à US$ 2 bilhões
  • Cap Micro – US$ 50 milhões à US$ 300 milhões
  • Cap Nano – Abaixo de US$ 50 milhões

É importante saber também que as ações das maiores empresas captam mais atenção da Bolsa por serem mais lucrativas, no entanto, elas representam a minoria das ações. P

ara você entender melhor: a Mega Cap representa apenas 0,1%, enquanto que a Micro Cap fica com 18,8% e a Small Cap 17,6%.

Os melhores ativos para Ganhar Dinheiro neste fim de ano

Depois de analisar isso, fica fácil dizer quais são as ações que tem ganhado destaque nos últimos dias, listamos algumas delas, confira!

Telefônica Brasil (VIVT4)

É uma das melhores pagadoras de dividendos da atualidade.

Neste ano, os ativos tiveram alta de 12% e a empresa ainda tem boa previsibilidade dos resultados, com geração sólida de fluxo de caixa e ótimos retornos de dividendos de 7,6% para o próximo ano, conforme o Bradesco.

O Santander também espera um bom crescimento, só que menor – de 5,31%.

A corretora também afirma que a Telefônica é a melhor opção para o novo modelo regulatório do setor, prevendo a migração de um status de concessão para uma licença e autorização.

O aumento da participação da companhia em outros segmentos, como de dados móveis, somado aos altos investimentos, faz com que a Citi também avalie bem a perspectiva de crescimento dessa companhia.

Iochpe-Maxion

A fabricante de autopeças Iochpe-Maxion (MYPK3) está entre as mais escolhidas dos investidores desde alguns dias devido à sua presença marcante em carteiras de renome, como do Bradesco, Coinvalores, Genial, Santander e Upside Investor.

A Small Cap é super indicada!

A recente recuperação da produção de veículos faz com que a Small Cap seja vista como alavancada pelo crescimento da empresa – que entrou em uma nova fase com a inauguração da nova fábrica e a reestruturação de custos.

Além disso, conforme a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a produção de veículos no país terá um crescimento superior à 30% nos próximos meses.

Quando falamos em queda na taxa de juros, a Iochpe-Maxion se torna um dos melhores ativos financeiros.

Raia Drogasil (RADL3)

É uma das maiores exposições de Small Cap do mercado financeiro.

Fabio Alperowitch é da Fama Investimentos e diz que “as pessoas olham muito para múltiplos, mas olhamos muito mais para aumento de margens, novos mercados, barreiras de entrada. Além disso, a Raia tem diferentes maneiras de agregar valor”, conclui.

Localiza (RENT3)

O Business da Localiza a coloca com ativo barato na compra e caro na venda, diz o especialista. O que torna a recomendação dessa outra Small Cap totalmente indicada.

“Os múltiplos da Localiza são maiores do que da Movida, mas tanto lucro quanto Ebitda continuarão crescentes enquanto a Movida vai estagnar ou ter queda ao longo dos anos”, garante.

Razões para dar Atenção às Ações do Setor Elétrico na B3 no fim de 2017

XP Investimentos quer Criar Comercializadora de Energia Elétrica

corretora de valores XP Investimentos, que é considerada uma das melhores e mais conhecidas do Brasil, avisou que tem a intenção de lançar, ainda este ano, uma comercializadora de energia elétrica para atuar com negócios de grandes volumes.

Tudo deve girar em torno da oferta de contratos financeiros de eletricidade.

Atualmente, a empresa já intermedia esses contratos e presta apenas consultoria no setor, assim a ideia é aproveitar a experiência para buscar novos negócios no mercado livrede eletricidade, focada em indústrias, por exemplo.

A compra da energia seria feita diretamente com as grandes geradoras e comercializadoras.

“Estamos estruturando nossa comercializadora e, até o final do ano, antes do último semestre, devemos estar em operação. Vamos focar muito no atacado, para dar soluções para os clientes oferecendo produtos financeiros”, garantiu o chefe da área de energia da XP, Rafael Carneiro.

Os contratos não exigem a entrega física da energia pelo vendedor.

Sendo que essas operações, os compradores e os vendedores podem apostar em um preço futuro da energia ou se proteger de oscilações de preços, exatamente como acontece com as commodities.

As posições futuras são pagas contra o preço à vista da energia elétrica, em uma transação de liquidação e spot, sendo que o Preço de Liquidação das Diferenças acontece no mercado de balcão.

“Queremos estimular e fomentar o uso dos contratos financeiros”, avisou Carneiro.

Para ele, a empresa vai focar em negócios com boa rentabilidade e apostará na força de sua marca para conseguir clientes, principalmente a se pensar no histórico de que a XP comprou 49,9% da fatia do Itaú Unibanco.

“A marca XP acaba atraindo. E depois dessa operação com o Itaú, sem sombra de dúvidas a XP será vista como uma excelente contraparte nesse mercado”, avaliou.

Ainda durante a entrevista que cedeu à internet, Carneiro disse que os contratos com preços atrelados ao dólar ou outros índices diferentes da inflação são exemplos de produtos financeiros de energia elétrica que podem ser oferecidos pela comercializadora da XP.

Reprodução: Google

Ações da Eletrobras teve aumento antes da Privatização

Os papéis valorizaram mais de 40% com o anúncio do governo, um aumento acima do habitual no mercado acionário – as ações dispararam a 47,32%.

Assim, o pacote de especulações no mercado financeiro também se movimentou.

O anúncio foi feito no final de agosto com a justificativa de que “a empresa acumula dívidas e ineficiência nos últimos anos”.

A Eletrobras é responsável por 31% da geração e 47% da transmissão de energia no Brasil. E, apesar de todos resultados negativos desde 2012, no primeiro semestre deste ano conseguiu saldo positivo influenciado, principalmente, pela venda das subsidiárias.

Para especialistas, a compra e o ganho das ações da Eletrobras só não foram maiores devido ao fato de a empresa não liberar grandes lotes normalmente.

Os grandes compradores nos dias que antecederam à divulgação da privatização nas ações da ELET On foram Liquidez, Bradesco e Safra enquanto que na ELET PNB foram Morgan Stanley, BTG Pactual e Citi.

Além deles, há também quem já tivesse ações da empresa e ganharam muito dinheiro. Como o dono do banco Clássico, José João Abdalla, o Juca Abadalla, que é o maior acionista individual da Eletrobras, com 12,5% das ações ordinárias.

Especula-se que o lucro tido é de cerca de 1 bilhão de reais com a alta das ações da estatal.

A CVM (Comissão de Valores Imobiliários) informou que: “acompanha e analisa as informações e movimentações envolvendo companhias abertas e o mercado bursátil, tomando as medidas cabíveis, sempre que necessário”.

A privatização da Eletrobras tem a ver também com o assunto do aumento de preço da energia elétrica ao consumidor comum (residencial).

Informações advindas da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) mostra que a venda da empresa pode sim gerar um aumento de até 17% nos preços da tarifa da energia.

Para dirigentes da agência, a venda a valores de mercado da energia poderia ser gerada por 14 hidrelétricas antigas da Eletrobras, que operam com preço fixos e mais baixos, pode ser a responsável pelo aumento de preço.

O mercado chama isso de “descotização”, que é um aporte de capital feito por emissão primária de ações que a União acompanhe.

Reprodução: Google

Elétricas e Estatais se Beneficiam com a privatização da Eletrobras

A notícia da privatização da Eletrobras também impulsionou outras elétricas, principalmente as estatais, que foram favorecidas com a ideia das mudanças na gestão do setor e que, provavelmente, sofrerá menos interferência do governo.

Para a LCA Consultores, essa mudança vai seguir o modelo já adotado em outros países.

Para o Itaú BBA, o processo pode gerar mudança positiva na dinâmica do setor energético, inspirando nomes como Copel (CPLE6) e Cemig (CMIG4). Eles dizem que um player privado poderia adicionar pelo menos 40 bilhões em criação de valor através de uma iniciativa de redução de custos.

Já os analista da Eleven Financial Research, Rafael Bevilacqua, o mercado vai ficar mais atento às elétrica e a possibilidade de um ambiente mais benigno para o setor. “Vamos começar a voltar para o valor de mercado que elas tinha há dois ou três anos”.

Bradesco BBI também ressaltou o impacto positivo no setor, afirmando que a decisão é boa para as elétricas uma vez que, dada a regulação pró-mercado, não será necessário um player nacional para os grandes investimentos.

Do lado das estatais, Sanepar (SAPR4) e Banrisul (BRSR6) também foram beneficiadas com a ideia de que podem ser privatizadas. O governo não chegou a citá-las, porém a euforia do mercado leva a crer que o Planalto não descarta a possibilidade.

Já a Petrobras (PETR3, PETR4) e o Banco do Brasil (BBAS3) também foram impactadas.

Nesses casos, não há referências à privatização, mas sim à percepção de melhora na governança corporativa delas, além da demonstração do próprio governo que pretende reduzir sua atuação nelas, como apontam os analistas da XP Investimentos.

No final do artigo, leia também – Bônus 2: 4 Ações para Lucrar no atual Cenário Político

Reprodução: Google

Infraestrutura e Açúcar e Álcool também merecem atenção

Algumas novidades, que estão dentro do pacote do governo prevê a concessão de 14 aeroportos, com edital sendo publicado no 2º trimestre de 2018 e o leilão para todos os terminais no 3º trimestre do mesmo ano.

Nesse pacote está a desestatização de aeroportos do Governo Federal, com grandes operações, como no caso dos terminas de Congonhas, Recife e Vitória.

Para o Bradesco BBI, as perspectivas para estes leilões apresentam oportunidades para a CCR e Ecorodovias.

“No caso da CCR, nossa opinião é que a empresa pode adquirir a participação de 49% da Infraero no aeroporto de BH (Confins) e também avaliar os 14 aeroportos a serem leiloados no segundo semestre”.

No caso do setor de açúcar e álcool, mas fora do pacote de privatizações, outra notícia também ganhou notoriedade: as usinas São Martinho (SMTO3), Cosan (CSAN3) e BrasilAgro (AGRO3) tiveram o anúncio de 20% na tarifa de importação para etanol, válido por dois anos sobre o volume que exceder os 600 milhões de litros.

Para a BTG Pactual, a notícia é boa para o setor.

“Embora não esperamos impactos para o preço do etanol, acreditamos que os produtores irão acelerar a produção de etanol, dado que o preço do açúcar está abaixo do nível equivalente do etanol”, afirmaram.

“Por conta disso, considerando um aumento na produção de etanol de 1,5 bilhão ao ano, o mixo de etanol aumentaria de 53% para 56%, reduzindo a produção de açúcar em 2,5 milhões de toneladas (6% de corte na produção nacional)”, continuaram.

“Isso poderia ser trigger importante para os preços do açúcar. A RenovaBio pode ser o próximo passo para ajudar o setor”, finalizaram.

A B3 não fica para trás

Com a série de leilões anunciados, não há como negar o otimismo da administradora da bolsa de valores.

Para o diretor da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), pelo menos dez empresas manifestaram interesse nos próximos leilões de concessão para a exploração de petróleo e gás natural na camada do pré-sal.

A segunda e a terceira rodada de licitação em regime de partilha será nos próximos dias.

Também estão previstos leilões de energia, hidrelétricas, aeroportos e de concessões rodoviárias, todos visando movimentar grandes valores na bolsa brasileira.

Existe, além de tudo, a possibilidade um novo IPO (Oferta Pública de Ações) da Infraero.

Mauricio Quintella é ministro dos Transportes e diz que a venda da participação da Infraero nos quatro aeroportos já concedidos à iniciativa privada não fecha a porta para uma eventual abertura de capital de administração de aeroportos.

A Infraero, para se ter uma ideia, chegou a um balanço negativo de 3 bilhões de reais. Aí, conseguiu reduzir gastos a 700 milhões de reais, mas ainda requer iniciativas para sanar a empresa.

Em se tratando de IPO, podemos citar ainda a Camil, que deve ofertar mais de 1,4 bilhões ao mercado acionário. O montante seria o ponto médio da faixa indicada de preço, que varia de 10,5 a 13 reais.

O IPO quer captar 457,5 milhões de reais em recursos para novos investimentos, além de dar saída a seus acionistas.

O IPO é coordenado pelos bancos Bank of America Merrill Lynch, Bradesco BBI, Itaú BBA, JP Morgan e Santander.

Com informações da Último Instante e ADVFN

Não há posts para exibir