Para a XP Investimentos, tanto o setor de vestuário como de joias é uma boa opção para quem busca as boas empresas ESG na bolsa de valores. Mas, no entanto, a corretora tem as suas 3 queridinhas, que são Vivara, Lojas Renner e até mesmo a C&A.
Para quem não sabe, ESG é uma sigla que indica os cuidados que as empresas têm com as questões ambientais e de governança corporativa e com as práticas sociais também. Assim, esses setores possuem holofotes no mercado. Por isso, merecem ser estudadas.
Veja um trecho do que disse uma das analistas da XP (Marcella Ungaretii), durante a divulgação de um relatório. “Esse setor está sob holofotes por conta das pegadas social e ambiental. Assim, estão cientes disso e levam a sério”.
Mas, ainda que não fale em recomendação de compra, a XP diz que essas empresas possuem muito espaço para crescer. Logo, há bons indicativos que mostram os possíveis potenciais de valorização delas. Vamos falar um pouco mais sobre cada uma delas. Confira.
1 – A Vivara
A Vivara é a primeira das boas empresas ESG na bolsa de valores, segundo a XP. Assim, ela só peca na questão ambiental devido à exposição do uso de minerais. Logo, o problema está no fato de que a fabricação ainda é insustentável.
Por outro lado, a companhia está focada em reduzir os riscos. Tanto é que a XP afirma que a praia que a empresa usa é certificada pela Iniciativa de Minerais Responsáveis. Além do mais, essa é a única joalheria brasileira que faz parte do Conselho de Joalheria Responsável.
2 – As Lojas Renner
Do lado das Lojas Renner, o que a XP diz é que ela é uma das melhores do setor no quesito ESG. Assim, a companhia sempre se mostrou preocupada com a redução das emissões de carbono na cadeia de valor e também na promoção da diversidade.
Sem contar que tem investido muito nos canais online. Veja um trecho da Ungaretii.
“A importância desse fator fica ainda maior frente ao crescimento das vendas online que aconteceram durante a pandemia. Só em abril, o app bateu recorde de downloads de mais de 1 milhão de novos usuários”.
Já do lado da governança, a analista diz que a Renner está listada ao Novo Mercado da B3. Ou seja, isso é visto como ótimo, já que a maioria do conselho é composta por membros independentes.
3 – A C&A
No caso da C&A, que entra como outra das boas empresas ESG na bolsa de valores, o foco está totalmente voltado para as ações de meio ambiente. Assim, a marca tem procurado desenvolver produtos feitos com materiais que são mais sustentáveis.
Além disso, a marca foca em conceitos de “economia circular” e “logística reversa”, além dos programas de “redução de carbono” e “redução do consumo de energia”.
Já pensando em outras frentes, a XP vê que a C&A trabalha para aumentar a sua eficiência nos canais digitais, considerando o aumento da importância e das vendas no e-commerce, como aconteceu com a Renner. Além de pensar na presença das mulheres na força de trabalho.
Curiosidade – o grupo Soma
Antes de darmos uma breve explicação sobre o que é exatamente o ESG, saiba que a XP também chegou a falar do grupo Soma. “O grupo está engajado no assunto, mas ainda não tem um relatório de sustentabilidade”, disse a analista.
Assim, ela completou dizendo que “nós vemos com bons olhos a iniciativa conforme a última divulgação de resultados. Tudo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU – Organização das Nações Unidas”.
Do mesmo modo que a C&A, o grupo Soma está pensando muito em expressões como economia circular. Por isso, vem reusando peças e vendendo as de segunda mão. Isso mostra uma preocupação com a matéria-prima usada e com o uso de menos insumos também.
Inclusive, uma das ideias é diminuir/neutralizar as emissões de carbono até 2050. Enquanto isso, ao mesmo tempo, o quadro de funcionários tem 75% de mulheres, sendo que do todo, mais 75% ocupa cargos de liderança.
Quem é o grupo Soma?
Se você não sabe, considere que essa empresa atua na área têxtil e tem receita líquida de R$ 1,3 bilhão. Ela é uma fusão das marcas Animale e Farm, sendo focada em moda feminina, mas que atua também no mercado masculino e infantil. Assim, hoje é dona de marcas como Maria Filó, Foxton, Fábula e Off Premium. O IPO aconteceu em 2020.
Entendendo a sigla ESG
A gente já falou disso algumas vezes. Porém, como o assunto é totalmente focado nas boas empresas ESG na bolsa de valores, a gente vai retomar aqui uma explicação. Mas, de forma bastante breve.
ESG é a sigla de environmental, social and governance. Logo, estamos falando de empresas ligadas e preocupadas em assuntos ambientais, sociais e de governança, também. Na internet, a gente achou um texto da Nubank bem legal que explica isso. Veja um trecho:
“ESG pode ser usado para dizer quanto um negócio busca formas de minimizar os impactos no meio ambiente, construir um mundo mais justo e responsável para as pessoas em seu entorno, e manter os melhores processos administrativos que forem possíveis”.
Esse trecho explica bem a ideia. Na prática, o conceito é uma atualização da ideia que surgiu em 2005, durante um relatório chamado de “Ganha quem se importa”, das Nações Unidas. Na época, 20 empresas financeiras de 9 países desenvolveram diretrizes sobre as questões.
E a gente também fez uma matéria falando disso há alguns dias (Saiba o que é uma empresa ESG e como isso importa no seu investimento). Veja uma parte: “Mas, por que a gente pode considerar como boa ideia aplicar em empresas ESG? Justamente porque são mais sólidas”.
