Financiamento imobiliário – Tudo o que você precisa saber

Qual é o seu maior sonho? É provável que você diga que é a casa própria. Afinal, esse é o mais comum entre os brasileiros, especialmente aqueles que estão na fase adulta. E qual o melhor jeito de comprar um imóvel? Através do financiamento imobiliário.

É sobre isso que vamos falar neste artigo.

Mas, aliás, não exatamente sobre como comprar uma casa própria e sim sobre quais cuidados devemos ter ao assinar o contrato (ou antes dele) de um financiamento.

Esses financiamentos imobiliários nada mais são do que empréstimos feitos por grandes bancos, especialmente o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal.

Aliás, o financiamento é para quem não tem todo o dinheiro para comprar o bem à vista.

É uma facilidade para a compra e, na maior parte das vezes, um investimento para toda a família – que dura a vida inteira.

É por isso que analisar os fatos e ter cuidado é tão importante.

Aliás, talvez você não saiba, mas se ficar mais de 3 meses sem pagar suas parcelas do financiamento imobiliário pode até perder o seu imóvel – mesmo que já esteja morando nele.

Para evitar essa dor de cabeça, tome cuidado. E confira os tópicos abaixo para saber como fazer isso da forma certa.

1 – Economia no tipo de pagamento

Esse tópico é especialmente para quem optou pelo financiamento imobiliário de bens na planta.

Ao fazer essa escolha, as pessoas costumam achar que vai haver uma economia significativa de dinheiro, afinal, o bem ainda está no seu período de construção.

E, na verdade, isso faz todo sentido mesmo porque com a valorização do imóvel, o consumidor vai ver que pagou pelo bem algo, muitas vezes, até 50% mais barato.

Isso é um motivo de empolgação, claro.

Só que o cuidado faz com que o comprador observe que ele só valerá a pena a partir do momento que ele e todos os participantes não descumprirem nenhuma parte do contrato.

Atrasos, promessas não cumpridas, revestimentos trocados, a qualidade do acabamento, fraudes… Tudo isso pode ser motivo de dor de cabeça.

Se a obra ficar parada ou for cancelada, aí piora ainda mais as coisas.

Agora, claro que tudo isso pode ser evitado: desde o interessado tenha algumas ações durante e depois do processo de compra – como analisar a incorporadora e notificar todo contrato que foi assinado com o banco.

Entenda que um financiamento imobiliário de um imóvel na planta é sim mais barato, porque você tem a entrada reduzida.

Só tome cuidado para não optar por algo que vai lhe render pesadelos.

2 – Saiba o que quer comprar

Um financiamento imobiliário tem a ver com a compra de um imóvel. Ponto.

Mas, a compra de um imóvel é um assunto que envolve muitos outros assuntos, mesmo que inconscientemente.

Também para citar os apartamentos que são vendidos na planta, podemos pensar que as pessoas acham que por ser mais barato, a compra é possível.

Mas não é bem assim.

Antes de tudo, é preciso saber quanto você tem disponível para investir nas prestações, nas entradas, nas taxas, nos juros, documentação, intermediários, etc.

  • Aliás, qual a finalidade do seu imóvel?
  • Quer comprar para morar ou para investir?

Dependendo da resposta, a escolha será diferente.

O imóvel tem que estar adequado ao seu objetivo – que pode ser vários, inclusive, ficar mais perto do trabalho, por exemplo.

A dica é deixar o impulso de lado e ver o que o mercado financeiro pode te oferecer.

As opções de pagamento para financiamentos imobiliários existem, mas nem por isso você deve sair por aí comprando qualquer coisa.

Novamente, voltando aos apartamentos nas plantas, eles têm preços menores do que aqueles de mesmo padrão prontos.

Mas, claro que isso acontece porque o imóvel na planta tem riscos – como falamos no tópico acima.

3 – Conheça o seu limite de crédito

O financiamento imobiliário tem a ver, diretamente, com o crédito (que o banco vai te emprestar).

A única regra é a que diz que suas parcelas não podem ser superiores a 30% do valor da sua renda. Obviamente, se você tem uma renda de 2 mil reais, não poderá pagar parcelas acima de 650 reais.

O ideal é sempre saber qual é o seu crédito para financiar um imóvel.

As cartas de créditos oferecidas pelos bancos passam por aprovações, como a restrição do nome ou outros financiamentos já feitos.

Se você sabe a sua renda e o limite de crédito, fica mais fácil encontrar um imóvel que, de forma conotativa, caiba no seu bolso.

Quer saber qual é a renda mínima para financiar uma casa? Descubra!

4 – Dê atenção ao seu orçamento financeiro

Outro ponto importante (e talvez o mais importante) é o fato de dar a devida atenção ao orçamento financeiro, visto que financiamento imobiliário necessita disso.

Uma pessoa que não sabe quanto ganha e quanto gasta não vai conseguir tocar as parcelas que devem ser pagas.

Além do mais, isso inclui ter uma reserva de emergências também para quitar os possíveis imprevistos que podem vir a acontecer.

Afinal, todos estamos sujeitos à um acidente de carro, uma doença grave ou mesmo a perca do emprego, não é?

O orçamento financeiro não é só saber quanto você tem de dinheiro no banco – vai muito além. É saber sobre economia, sobre os gastos, sobre as necessidades, etc.

5 – O Fundo de Garantia por Tempo de Serviço

O FGTS é um dos pontos chave na hora de fazer um financiamento imobiliário.

Isso porque um banco nunca vai financiar 100% do valor total do imóvel. Mas, ao menos 80%.

O fato é que o FGTS também pode ser abatido durante a compra, reduzindo o valor a ser financiado pelo banco.

Aliás, ele pode servir como entrada ou como abatimento nas parcelas. Desde que você respeite algumas regras do seu financiamento.

6 – Estude muito as construtoras

Esse ponto aqui é importante para todo tipo de financiamento imobiliário, tanto na planta como os prontos, tanto as casas como apartamentos, salões, terrenos… Tudo.

Desde quando você começa a pensar no financiamento imobiliário, já vale a pena começar a entender mais sobre o trabalho das construtoras e a credibilidade delas.

Fale com corretores de imóveis, mas não apenas isso.

Na internet, busque informações, reclamações, dúvidas, sugestões e tudo mais que as pessoas falam daquela empresa.

Depois, busque também informações com advogados especializados no assunto imobiliário. Tenha referências.

Encontre clientes que já consumiram produtos da construtora. Use as redes sociais também.

Enfim, existem infinitas maneiras de investir um pouco do seu tempo para saber disso. Porque isso é verdadeiramente importante para encontrar os vícios dos empreendimentos e as falhas.

Quando possível, vá até uma construção dessa empresa e notifiquem-se sobre rachaduras, materiais usados, promessas. Esses erros podem se repetir em novas obras.

O assunto dos financiamentos imobiliários é muito importante porque é uma decisão que pode durar a sua vida toda.

E isso não é como ir até o supermercado e comprar um pacote de bolacha de outra marca para testar. Porque o valor é bem mais alto e o contrato mais pesado.

Pesquise, sempre!

7 – Conheça as modalidades de financiamentos imobiliários

No mercado financeiro imobiliário atual, as duas mais conhecidas são SAC ou PRICE.

Em termos de valores, essas opções vão dizer como as prestações serão pagas às instituições financeiras.

E é bem fácil entender: a SAC começa com uma parcela maior do que a PRICE, só que tem a vantagem de serem decrescentes.

Já na tabela PRICE, o valor é mais baixo no início, só que se mantém o mesmo por todo período.

E aí, qual o melhor?

Resta a você fazer as contas. O que se sabe é que, atualmente, no Brasil, as pessoas têm optado pela PRICE, já que a SAC costuma ter um valor inicial bem mais alto.

8 – Guarde toda a documentação

Também quando estiver pesquisando sobre as opções do mercado imobiliário, guarde toda documentação que tiver.

Os panfletos, as promessas dos corretores, as mensagens no e-mail… Tudo.

Se já estiver assinando contrato, aí isso é ainda mais importante. Porque tudo vai servir como prova caso seja necessário.

O memorial de incorporação, por exemplo, é extremamente importante.

Aí, o seu corretor vai dizer que a construtora não tem esse documento. Sabe o que você faz? Cai fora.

Isso porque conforme a Lei 4591/64 antes de iniciar alguma negociação de imóveis, as incorporadoras devem registrar alguns documentos em cartório, como esse.

Aliás, se você não sabe, o memorial é a prova de propriedade do terreno, do projeto da construção, do cálculo da área, da descrição, acabamento, etc.

Sem esse documento, ninguém consegue levar adiante uma obra na construção civil.

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9 – Visite os imóveis prontos

Outra dica é visitar os imóveis prontos. Já falamos disso acima, mas vale reforçar.

Você nem sempre tem que confiar nas palavras do corretor ou no panfleto entregue no semáforo.

Uma dica é analisar tudo, além do imóvel – a região, ruas, trânsito, comércio.

Quando tiver algum imóvel em mente, vá até o lugar e confira tudo que puder.

O ideal, claro, é fazer isso antes de assinar o contrato. Ainda que o Código de Defesa do Consumidor possa te ajudar em futuros problemas.

10 – A entrega das chaves

Esse é um tópico para quem já assinou contrato e está esperando pela entrega do imóvel.

O cuidado aqui é para com o fato de que, no financiamento imobiliário, a entrega das chaves pode sim ter a cobrança de algum valor.

E, muitas empresas não liberam a chave até que a entrada tenha sido totalmente pagas, conforme o Índice Nacional da Construção Civil (INCC).

O descuido é quando os planos de empréstimos por parte dos bancos não detalham muito bem esse valor.

11 – O registro do documento

O que a lei diz? Que a propriedade deve ser transferida após o registro no cartório de imóveis.

Só que tem pessoas, as esquecidinhas, que não fazem isso.

A dica é muito simples: sempre registre o documento, até mesmo em imóveis na planta é possível fazer isso – mesmo porque há o pagamento do ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis).

12 – Imóvel na planta ou imóvel pronto

O dilema é antigo e não há uma resposta concreta para ele – tudo vai depender da sua necessidade e do seu perfil para compra.

Se você tem pressa, o pronto é melhor.

Se você tem pouco dinheiro para a entrada, na planta é mais aconselhável.

Independente da escolha, você tem que se atentar a todos os tópicos que já foram citados neste artigo, inclusive, com o conhecimento da construtora e da documentação.

13 – As despesas extras

Já falamos um pouco disso também, mas vamos retomar.

Todo imóvel gera despesas extras além das parcelas do financiamento imobiliário.

Por exemplo, o registro do imóvel pode lhe custar algo entre 5 e 10% do todo. Portanto, nada de investir todo seu dinheiro na entrada do financiamento.

Além disso, há o cartório, a entrega das chaves e por aí vai.

Tenha sempre em mente a ideia da reserva financeira.

O que mais saber sobre financiamento imobiliário?

Comprar um imóvel no Brasil tem sido uma tarefa menos dolorosa nos últimos tempos, ainda mais com os programas de financiamento imobiliário e de crédito, como o Minha Casa Minha Vida.

No entanto, isso também requer cuidados e conhecimento do planejamento financeiro.

O que se sabe é que as pessoas gostam de ter a casa própria porque N motivos. Um deles é pelo potencial de valorização.

Só que em muitos casos, por menos que você acredite, alugar uma casa é mais viável do que financiamento um imóvel, sabia? Sim, em termos financeiros, isso é verdade.

Temos alguns materiais que falam disso, caso você queira conhecer, clique nos links abaixo:

Aliás, temos até um vídeo sobre isso:

https://youtu.be/TFmMYd7FvJw

E aí, gostou do artigo? Foi útil para você? Compartilhe com um amigo.

Afinal, em um ano de retomada da economia, as pessoas devem se mostrar interessadas para comprar um imóvel em breve.

Com informações do Imovel Web, Lopes, Infomoney

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