Fundos de Investimento em Participações (FIPs) – entenda tudo sobre essa classe de ativo

Há uma classe de ativos que é, relativamente, nova no mercado financeiro. Por isso mesmo, muita gente tem se perguntado sobre ela. Então, responda você mesmo: o que são os Fundos de Investimento em Participações? Se você não sabe ou sabe pouco, continue lendo.

A gente criou essa matéria para explicar melhor essa classe, que tem sido muito procurada na XP Investimentos. Afinal, com os cenários de juros baixos para os próximos meses e anos, os FIPs se tornaram opções para muita gente que quer rentabilidades melhores.

Mas, além de tudo, considere que esse tipo de ativo é importante para o país todo, sendo focado especialmente na infraestrutura nacional. Sendo assim, sem demorar mais, vamos direto ao ponto. Conheça mais dos FIPs.

O mercado de FIPs atual

Atualmente, a gente tem os FIPs dentro da renda variável. Assim, é uma categoria pouco conhecida, mas que vem crescendo cada vez mais. Logo, por estar dentro desse mercado, acaba sendo uma forma de ter melhores rendimentos do que a renda fixa – mas, é mais arriscado também, obviamente.

De certa forma, temos um investimento que é para investidores gerais, mesmo que pouca gente conheça. O que muda é que eles representam investimentos de alta qualidade. Por isso, são conhecidos entre alguns investidores, sim. E deve ganhar novos adeptos em breve.

Para se ter uma ideia sobre o mercado atual, saiba que são mais de 900 mil investidores em FIIs (Fundos de Investimentos Imobiliários). E esses também eram investimentos escondidos por aqui. Logo, já são mais de 265 fundos listados na B3. Mas, e os FIPs?

Saiba que são bem mais novos que os FIIs. Tanto é que atualmente existem apenas 15 fundos desses listados na B3. Bem, vamos entender mais desse ativo novinho em folha. Bora lá.

O que são os FIPs

Vamos começar a entender os Fundos de Investimento em Participações explicando o que eles são, de fato. A base é formada por outros fundos. Então, os FIPs são fundos que captam recursos dos investidores para formar os grupos.

Assim, o capital unido é usado para alguns fins. No caso dos FIPs, esses fins são feitos para empresas fechadas ou sociedades limitadas. E o investidor ganha quando há crescimento desses negócios a longo prazo. Além do mais, eles têm participação na gestão.

Sempre tem uma administradora por trás, que capta os recursos do fundo e faz a distribuição, posterior, por cotas. Quando há lucro, há um repassa do retorno para os investidores, que é proporcional. Ou seja, algo muito parecido com os FIIs.

Os tipos de FIPs

Vamos falar dos tipos de FIPs agora. Conforme informações da B3, a Bolsa de Valores do Brasil, saiba que há 4 tipos disponíveis no mercado financeiro nacional. Vamos explicar, também de forma rápida, cada um desses tipos. Veja.

  • Capital Semente – é aquele voltado para as empresas que tenham receita bruta anual de até R$ 16 milhões.
  • Empresas Emergentes – são aquelas empresas com receita bruta anual de até R$ 300 milhões.
  • Infraestrutura (FIP-IE e FIP) – é uma produção focada em pesquisa, desenvolvimento e inovação. Assim, são empresas de capital aberto ou fechado da área de infraestrutura ou similares, como transporte. É preciso ter regras, como cotistas ou cotas.
  • Multiestratégia – nesse caso, são opções que permitem investimentos em vários tipos e portes de sociedades.

É preciso saber que todo FIP tem que ter 90% do patrimônio investido em ações, debêntures, bônus ou outros títulos. Outro ponto a se considerar é que atualmente no Brasil temos apenas os tipos de infraestrutura e multiestratégia e empresas emergentes.

Os pontos fortes dos FIPs

Agora, a gente vai falar, também brevemente, das vantagens desse tipo de ativo. Primeiro que eles possuem proximidade com a gestão do negócio. Logo, o investidor tem participações em projetos por meio da detenção de ações.

Outra coisa é sobre o potencial de retorno. Isso porque como a maioria das empresas que usam os FIPs estão em fase de desenvolvimento ou implementação, há uma grande chance de elas geraram lucros ao longo do tempo. Isso se deve ao potencial de crescimento.

Por fim, ainda dentro das vantagens, podemos falar da tributação dos FIPs. Como são projetos que investem em infraestrutura, há a isenção do imposto de renda para pessoa física. Logo, isso vale para o ganho do capital quanto para os dividendos.

Os cuidados ao investir nas FIPs

Agora, também devemos ter alguns cuidados com esses Fundos de Investimento em Participações. Afinal, eles são ativos mais novos e com poucas opções. A primeira delas tem a ver com o perfil de investidor.

Nesse caso, saiba que apenas os investidores qualificados declarados possuem acesso a tal classe de ativo. Portanto, não são tão populares como os FIIs. Ou seja, é preciso ter mais de R$ 1 milhão investido ou ser um profissional com certificações.

Conheça 5 fundos de investimentos alternativos da XP para diversificar carteira

A outra coisa é saber que os dividendos são menos frequentes do que nos FIIs. A frequência tende a ser trimestral ou semestral e não mensal. Por fim, saiba que é um tipo de ativo com baixa liquidez. Logo, é preciso pensar que é um plano para o longo prazo.

Vale a pena?

Fundos de Investimento em Participações

Como todo ativo novo, o ideal é que o investidor aguarde para ver os andamentos desses FIPs. No entanto, a XP, que oferece algumas opções, diz que há bons fluídos e bons ventos para considerar essa classe como boa opção para o mercado. Assim, cita 3 pontos importantes:

  1. Oportunidade de investimento em setores essenciais
  2. Alternativa à renda fixa com menor risco do que ações
  3. Há o benefício fiscal para quem é pessoa física

Para saber mais sobre a classe ou a recomendação da XP, leia o material que a corretora produziu através do seu estrategista chefe Fernando Ferreira.

Não há posts para exibir