Fundos de Investimento de fevereiro batem maior volume da série histórica desde 2002

O maior volume da série histórica, desde 2002, da captação líquida dos fundos de investimento aconteceu no último mês, fevereiro, com um valor de mais de 20,7 bilhões de reais, conforme divulgado pela Anbima (Associação Brasileira de Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).

Agora, os fundos de investimento acumulam mais de 61,1 bilhões de reais de ingresso líquido no primeiro bimestre do ano e mais de 174,7 bilhões de reais no último ano, sendo que esses são os maiores volumes já registrados nesse período do ano.

Em 1º lugar estão os fundos de Renda Fixa, que captaram mais de 10 bilhões no segundo mês do ano e 45,5 bilhões de reais no ano. Com exceção dos fundos cambiais, que tiveram captação negativa de 47,7 milhões, todas as outras classes de fundos tiveram fluxo positivo de recursos no último mês.

Entre esses fundos com maior patrimônio líquido, o retorno mais expressivo foi o do tipo duração alta soberano, com 2,73% em fevereiro, acumulando 4,47% em 2017. Já entre os multimercados, como falaremos abaixo, o tipo macro foi o destaque, com alta de 2,40% no mês e de 4,55% no bimestre.

Fundos de Ações tornam-se melhor opção de investimentos em Janeiro!

Os fundos Small Caps tiveram a maior valorização de fevereiro, com ganho de 5,09% acumulando a maior valorização entre todos os tipos de fundos do bimestre. Já os indexados tiveram alta de 10,51%. (Small Caps: Descubra como escolher as Melhores Small Caps para 2017)

“Destacam-se os papéis de companhias de menor capitalização este ano, ao contrário do registrado em 2016, quando a recuperação do mercado acionário foi concentrada em ações de empresas com elevado peso no Ibovespa”, afirma Carlos Ambrósio, vice-presidente da Anbima.

Em recente levantamento, feito pela Anbima, o segmento de Gestão de Patrimônio, que engloba os ativos de investidores de alta renda (com mais de 10 milhões de reais), teve um aumento de quase 21% em 2016. O relatório afirma que a composição da carteira dos clientes acompanhou a tendência observada em 2015, com 48,1% dos recursos alocados em Renda Fixa, 24,6% em Fundos Multimercados, 17,6% em Renda Variável, 7,4% em Fundos Estruturados e 1,8% em Previdência.

Dentro dos ativos da Renda Fixa, destaca-se os títulos públicos, que tiveram aumento de 52,6, seguidos pelos Fundos de Investimentos em Renda Fixa, com 37,1% e dos Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs), que vieram logo atrás, com 23%. Ao todo, o setor concentrou um valor de 43,3 bilhões de reais.

São Paulo e Rio de Janeiro foram os estados que lideraram a concentração dos recursos dos clientes em 2016, com 65,4% e 19,3%, respectivamente.

Fundos de Investimentos: O que é

Um fundo de investimento é um investimento financeiro formado por vários investidores, que são organizados sob a forma de pessoa jurídica, exatamente como um condomínio de casas ou apartamentos, na qual, todos visam o mesmo objetivo. Esse grupo é gerenciado por um gestor que fica responsável por decidir onde investir os recursos, de acordo com a estratégia de investimento pré-definida.

Normalmente, os custos para o investidor são: Taxa de Administração (para o gestor), Taxa de Performance (para o gestor caso a rentabilidade fique acima de um indicador) e o Imposto de Renda (para o governo).

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Sendo assim, a estrutura de um fundo de investimento é formada pela seguinte composição: Gestor (toma as decisões de aplicação dos recursos), Administrador (responsável pelo funcionamento do fundo), Custodiante (responsável por guardar os ativos), Auditor (fiscaliza se o fundo está de acordo com as normas legais) e Distribuidor (quem vende a cota de fundos).

Os principais fundos de investimentos são classificados conforme a classificação:

  • DI (Fundos de Investimentos Referenciados): Vinculados á CDI e normalmente tem uma taxa de administração de 0,5% ao ano
  • FIRF (Fundos de Investimentos em Renda Fixa): Vinculados à Investimentos em Renda Fixa e normalmente tem uma taxa de 0,8% ao ano
  • FIA (Fundos de Investimentos em Ações): Vinculados à ações
  • FIM (Fundos de Investimento Multimercados): Vinculados em aplicações de Renda Fixa e Ações e normalmente tem uma taxa de 2% ao ano
  • FIC (Fundos de Investimentos em Cotas): Também atuam em Renda Fixa e Ações e englobam os FIM, FIA e FIRF.

Saiba qual foi o investimento mais procurando na internet em 2016 e mais: os Fundos que Superaram o Ibovespa no ano

Voltando ao Mercado de Ações, e também à alta do Ibovespa, os especialistas comentam sobre o ânimo reservado aos Fundos de Ações. No entanto, a verdade é que poucos conseguiram ganhar dos quase 39% do Ibovespa em 2016. Na real, foram 7 carteiras que conseguiram superar o índice, conforme informações da Economatica, feita em 55 fundos de ações. Continue Lendo…

Confira agora 5 Notícias sobre os Fundos de Investimentos da última semana!

1 – Fundos de Investimento ficam com 46,6% da Hermes Pardini

Depois de encerrar a Oferta Pública Inicial (IPO) de distribuição primária e secundária de ações, 46,6% ficaram nas mãos de 210 fundos de investimento, com 21.512.137 ações da rede de medicina diagnóstica Hermes Pardini.

Depois, 88 investidores estrangeiros, com 41,3% (19.084.676 ações), incluindo 1,705 milhão subscritas pelo Morgan Stanley e 315,5 mil pelo Bank of America Merrill Lynch, em operações de proteção de investimento (hedge).

A oferta também teve participação de pessoas físicas, com 4.408.884 ações, ou seja, 9,5% do total, entidades privadas ficaram com 589.200 ações, demais pessoas jurídicas (257.265), clubes de investimento (233.878), demais instituições financeiras (83.088) e participantes da oferta (22.968).

O preço por ação ficou em 19 reais e a oferta atingiu 877,668 milhões de reais. A estreia na bolsa com os papéis PARD3 ocorreu no dia 14 de fevereiro e compreendeu 46.193.096 ações ordinárias, sendo 9.856.429 na distribuição primária e 36.336.667 na secundária.

2 – Fundo de Investimentos do Bradesco faz primeiro aporte em Startups

O Banco anunciou que as startups Rede Frete Fácil e Semantix são as primeiras que receberão aportes por meio do fundo FIP Multiestratégia InovaBra I – investimento do exterior. A 3ª edição do programa InovaBra startups conta com 100 milhões de reais de capital comprometido pelo Bradesco e permite investimentos em startups no Brasil e no exterior.

O foco do programa é investir no desenvolvimento de soluções de 3 áreas: algoritmos e máquinas inteligentes, digitalização de serviços e processos, e soluções para agilizar e modernizar infraestrutura de processos e sistemas para dar suporte á velocidade das mudanças tecnológicas.

Conforme o InovaBra Ventures, o ticket do investimento dependerá do grau de maturação da empresa e da avaliação econômico-financeira do negócio e poderá ter aportes adicionais em casos de novas rodadas, conforme o caso. “Com este modelo buscamos maximizar o retorno investido em participações no capital de startups que apresentam ou possam gerar benefícios estratégicos para o banco”, afirmou Mauricio Minas, vice-presidente do Bradesco.

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A Rede Frete Fácil participou da 1ª edição do programa ao desenvolver uma plataforma de serviços de inteligência na contratação de fretes, incluindo localização de veículos disponíveis, divulgação das cargas, otimização de circuitos e gestão de contratação. No fim das contas, a plataforma permitiu ofertar mais soluções de transporte via Bradesco Cartões, principalmente no produto Cartão Bradesco Transporte.

Já a Semantix, da área de Big Data, ofertou soluções de treinamento e revenda de soluções de seus parceiros estratégicos além de produtos próprios no Brasil. A ideia é investir em novos talentos e expandir as operações na América Latina.

3 – XP lança fundo de investimento em título público com custo inferior ao Tesouro Direto

O número é grande, se comparado com o nosso histórico: mais de 1 milhão de cadastrados no Tesouro Direto. Porém, poucos desses investidores sabem que é possível investir também em títulos públicos por meio de fundos de investimento, com custos inferiores aos da própria plataforma do Tesouro Nacional.

Essa é a novidade da XP Investimentos, que acabou de lançar no mercado o XP Tesouro LFT, um fundo que tem administração de 0,2% ao ano, ou seja, abaixo dos 0,3% cobrados pelo CBLC. Em relação aos fundos listados em janeiro pela Anbima, esse é o de menor custo da categoria das Rendas Fixas Simples.

Para Fausto Silva Filho, da XP Gestão, a ideia é que o produto seja o primeiro contato do investidor com os fundos de investimentos. “Esse é um fundo estritamente pós-fixado, de volatilidade baixíssima e de risco praticamente zero”, explica. Isso acontece porque as operações envolvem apenas a transação do Tesouro Selic, que é atrelado à taxa básica de juros da economia.

Com isso e com informações do gestor, o retorno médio é entre 95 e 99% da CDI, que é o indicador de referencia para investimentos em Renda Fixa. “Aplicando pelo fundo, o investidor não precisa se preocupar em rolar o investimento, que ainda tem liquidez diária”. O investimento mínimo é de 3 mil reais, sem prazo de carência para resgate.

Outro dado importante é que, em 2015, a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) emitiu  Instrução nº 563 para fomentar o mercado de fundos classificados como Renda Fixa Simples. Assim, esse fundos devem ter, pelo menos, 95% do seu patrimônio líquido em títulos de dívida pública federal ou ativos com classificação de risco no mínimo equivalente aos dos títulos públicos.

O XP Tesouro LFT é o 1º fundo estruturado da XP Gestão nessa categoria. Mas, de acordo com Filho, a instituição já estuda replicar o modelo para outros títulos públicos, como os prefixados e o Tesouro IPCA+, mas ainda sem data definida.

4 – Fundos de Investimentos ganham licitação de rodovia no país

O Fundo de Investimentos Pátria ganhou a 1ª licitação de rodovias do país, no estado de São Paulo. Antes, os fundos já havia chegado à área de energia, mas nunca no setor rodoviário. Para Geraldo Alckmin, governador do estado, o edital foi alterado para aumentar a competição e evitar que só houvesse propostas de empreiteiras.

“Para administrar, não precisa ser empreiteira. Com essa mudança, foi maior a competição e ganhou um fundo de investimento. Isso atualiza a maneira de se fazer concessão de rodovias no país”, disse.

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Assim, houve ágio de 130%,com pagamento de 917 milhões de reais, sendo que serão investidos 4 bilhões de reais para a duplicação de 200 quilômetros da Rodovia Centro-Oeste, que liga a fronteira de São Paulo do Paraná à Minas Gerais.

5 – ETFs são boas opções para 2017, conforme especialistas

Se você busca facilidade na negociação de ações e quer, ao mesmo tempo, diversificar recursos em 2017, pode aplicar seus recursos nas ETFs (Exchange Trade Funds), que são fundos de investimentos que espelham determinados índices e que possuem cotas negociadas na BM&FBovespa.

Essas ações podem ser compradas ou vendidas durante a sessão de preço do mercado, mas podem ser negociadas em condições adversas em períodos de estresse no mercado. A queda nos rendimentos em outros investimentos, no entanto, impulsionou a emissão de ETFs e levado à consolidação destes fundos, conforme informações do ADVFN.

O rastreador de dados XTF mostra que os ativos das ETFs movimentaram 2,17 trilhões de dólares em ações no ano passado, sendo que 436 bilhões foram em Renda Fixa e 175 bilhões em commodities, moedas e outras estratégias. No mundo, as ETFs movimentaram mais de 270 bilhões de dólares no período.

Para o diretor de Mercado de Capitais da Global Exchange-Trade Funds, David Mann, esse mercado deve permanecer com tendências atuais e estará em alta em 2017 porque tanto as ETFs de renda variável quanto de renda fixa serão boas opções para investimento nos EUA.

Conforme Mann, os investidores devem considerar esse investimento ao invés de vender apenas investimentos de índice ponderado.

Já para a Forbes, o custo deve ser um fator determinante para a escolha das ETFs na hora de investir, incluindo a taxa cobrada sobre a carteira pelo vendedor, o spread e o custo das comissões. Em 2017 esses investimentos vão concentrar fundos passivos, já que tem mais de 480 opções de aplicação nos EUA, que possuem mais de 50 milhões de dólares em ativos e despesas anuais líquidas.

Já em artigo da Advfn, há uma informação importante é a de que “Com o início de um novo Governo, existe sempre a possibilidade de haver mudanças regulatórias para as ETFs, mas o diretor de Mercado de Capitais da Global Exchange-Trade Funds ressalta que ainda é muito cedo para prever qualquer mudança”.

Com informações da Época, UOL, Informoney e ADVFN

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