Small Caps: Descubra como escolher as Melhores Small Caps para 2017

No final do ano passado, mais certamente no dia 27 de dezembro, publicamos uma matéria com o seguinte título: “Santander Lista 7 Small Caps para apostar em 2017”. E a notícia fez o maior sucesso, tanto é que ficou muito bem posicionado no maior site de busca do mundo, o Google. Se você ainda não leu, leia agora! Na notícia, listamos as Small Caps recomendadas pelo banco.

Visto isso, reunimos nossa equipe de produção e descobrimos a importância do tema nos dias atuais. Afinal, fala-se muito em crise e em queda dos juros, e nesse vai-e-vém do mercado financeiro, as Small Caps tem se tornado grandes apostas na visão dos investidores mais experientes. Então, esse artigo é um Guia para você entender mais sobre as Small Caps, afinal, o que são as Small Caps? E também vamos falar novamente quais são as Melhores Small Caps para 2017: será que a carteira do Santander continua valendo a pena? Leia e confira!

É claro que vamos começar pelo começo…

O que são Small Caps?

São ações de empresas de baixa capitalização, ou, de maneira informal, também chamadas de ações de segunda ou terceira linha. Mas, não vá pensando que são empresas que devem ser deixadas de lado. As Small Caps podem ser ações que não possuem a mesma liquidez das grandes empresas da Bolsa de Valores. Tudo é uma questão de comparação.

Para que não fique dúvidas, vamos recorrer à senhora do mercado de ações, a Bovespa, que diz o seguinte:

  • Blue Chips (Empresas de 1ª linha): São ações de grande liquidez (negócios) e procura no mercado por parte dos investidores. Em geral, são empresas tradicionais, de grande porte e excelente reputação.
  • De 2ª Linha: São ações pouco menos líquidas, mas que tem boa qualidade. Em geral, são empresas de grande e médio porte.
  • De 3ª Linha: São ações com pouca liquidez e, em geral, são empresas de médio e pequenos portes. Porém, isso não significa que tenham menor qualidade.

Resumidamente, as Small Caps são empresas que tem menor volume de negociação na Bolsa de Valores, portanto, há menor liquidez e maiores riscos (tanto de ganho quanto de perda). Além disso, elas costumam ter gráficos difíceis de serem analisados.

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Investir é coisa para quem já tem dinheiro”. Esse é um dos mitos que se ouve naturalmente, todos os dias. E essa insegurança pode ser comprovada, por exemplo, pelo grande número de brasileiros que “investem” suas economias na Poupança. Continue Lendo…

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O que os especialistas dizem sobre essas ações?

Cautela. Essa é a palavra chave. Porque, se analisarmos emocionalmente, podemos concluir que essas empresas tem alto potencial de crescimento e de valorização, seja pelas correções de valores ou pelas fusões com as concorrentes. No entanto, na mesma velocidade da subida, está a descida.

O que deve ser observado na hora de apostar em Small Caps?

O primeiro passo é notar a liquidez da empresa. Se os volumes de negociação estão muito baixos ou se a empresa é muito nova, por exemplo. Se isso acontecer, vai existir um risco de você comprar e depois não conseguir vender. E, isso pode ser acentuada pela dificuldade de análise mercadológica, já que, na maior parte das vezes, as ações são novas na Bolsa de Valores, o que não torna possível estabelecer dados confiáveis.

Outra questão que precisa de atenção é a precificação das ações, que, como regra, deve estar compatível com as operações da marca. Se não, ela pode oscilar fortemente, de maneira negativa. Por fim, note sempre se o capital está sendo bem investido ou se há questões sobre falência e recuperação judicial, isso pode ser muito importante na sua tomada de decisão.

Índice SMLL

O índice SMLL é sempre destaque da bolsa de valores. Bom, como todos sabem, a BM&FBovespa tem o Ibovespa como principal índice, que lista as empresas mais negociadas. Já o Índice Small Caps é uma carteira de ações composto pelas empresas de menor capitalização. Ele é muito usado, pelos investidores, como indicador de desempenho médio das ações.

Atualmente, o Índice Small Cap da BM&FBovespa é formado por 60 companhias e, entre elas, podemos destacar a Bradespar, que tem participação de 3,7%, a Fleury com 4,8%, a Qualicorp com 3,1%, a Sanepar com 3,5% e a Sulamerica com 3,4%.

Qual o Valor de Mercado das Small Caps

As categorias mudam com o tempo, assim como os índices. Para se ter uma ideia, no anos 80 uma ação Big Cap tinha um limite de US$ 1 bilhão, hoje, o esse tamanho representa apenas uma Small Cap. Mas, como estamos falando de 2017, fizemos uma pequena lista com os valores de mercado, seguindo a divisão por ordem:

  • Mega Cap – US$ 200 bilhões ou mais
  • Big Cap – US$ 10 bilhões ou mais
  • Mid Cap – US$ US$ 2 bilhões à US$ 10 bilhões
  • Small Cap – US$ 300 milhões à US$ 2 bilhões
  • Cap Micro – US$ 50 milhões à US$ 300 milhões
  • Cap Nano – Abaixo de US$ 50 milhões

É importante saber também que as ações das maiores empresas captam mais atenção da Bolsa por serem mais lucrativas, no entanto, elas representam a minoria das ações. Para você entender melhor: a Mega Cap representa apenas 0,1%, enquanto que a Micro Cap fica com 18,8% e a Small Cap 17,6%.

Reprodução: Google

Dica para iniciantes sobre as Small Caps

Normalmente, essas empresas têm ações de valores baixos. Assim, um investidor iniciante pode pensar na seguinte situação: “Se eu comprar 10 mil reais em ações que vale 50 centavos, terei 20 mil ações”. Isso é verdade, de fato. Porém, se essas ações caem 10 centavos, então, mesmo com as mesmas 20 mil ações, o investidor terá apenas 8 mil reais.

Ou seja, nem tudo que parece bom, é, de fato, bom. Esses truques e muitos outros mais, são ensinados no Curso do Trovo, que é indicado para iniciantes assim como para quem já conhece um pouco do Mercado Financeiro. Faça-o e aproveite, porque ele é gratuito.

Como escolher as Melhores Small Caps para 2017

Essa questão é muito complicada de ser respondida, porque, como visto, as análises técnicas são complexas. No entanto, vamos te dar uma mãozinha e te mostrar alguns números que podem ser determinantes na sua escolha das Melhores Small Caps para 2017.

Nesse começo de ano, por exemplo, 33 ações Small Caps bateram o Ibovespa. Nesse todo, vamos destacar 10, que tiveram ótimos ganhos, são eles: PDG (200,84%), Banrisul (52,62%), Bradespar (40,07%), Gol (35,50%), Sanepar (35,02%), Gafisa (32,26%), Direcional (29,61%), Tecnisa (29,17%), Cesp (28,98%) e Cyrela (26,10%).

Leia Mais: Janeiro foi ótimo para o Setor de Construção e péssimo para as Exportadoras! Confira os números. O Ibovespa terminou o mês de janeiro com saldo positivo de 7,38%, quebrando a sequência dos 2 últimos meses de 2016. Os destaques foram: a Vale (VALE3, VALE5), Bradespar (BRAP4) e Usiminas (USIM5), que subiram até 40%. Os números também foram puxados pelo setor de construção civil, que teve ganho de até 200%. Continue Lendo!

Já se formos levar em consideração as companhias que terminaram melhor o ano de 2016, com valores muito acima do Ibovespa, então, teremos algumas ações diferentes das listadas acima. Veja: Magazine Luiza (501,53%), Via Varejo (229,16%), Bradespar (199,92%), Metalurgica Gerdau (189,16%), Copasa (144,59%), Ser Educação (142,47%), Fleury (138,48%), Banrisul (89,01%), CVC (83,76%) e Gol (83,33).

Já se formos levar em consideração o relatório do Santander, aquele da matéria citada no início desse texto, então, teremos 7 empresas como melhores candidatas, são elas: AES Tietê, Comgás, Mahle Metal Leve, Rumo Logística, São Martinho, Ser Educacional e Sul América.

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Notícias (muito) importantes sobre as Small Caps

1 – Fundo Alaska compra 16,5% do capital da Small Cap Marcopolo

Alaska Investimentos compra grande participação da Small Cap Marcopolo. Ao todo, foram 56.201.800 ações ordinárias da companhia, que representa mais de 16% do total de papéis, além de outras 209.400 ações preferenciais, ou seja, 0,04% dos ativos.

“O aumento da participação acionária tem o objetivo de realizar operações financeiras e não alterar a composição do controle ou a estrutura da companhia”, disse o relatório.

No ano passado, o fundo Alaska Black Master teve o melhor desempenho do Brasil, conforme informações do Bloomberg. Isso porque o maior investimento do fundo foi no Magazine Luiza, que teve ganhos superiores á 1.400%.

2 – Small Cap Springs Global segue com alta na Bolsa de Valores

A arrancada da companhia foi tamanha que os investidores começaram a vê-la com outros olhos, tanto é que, em apenas 14 pregões de 2017, a companhia já acumulou ganhos de 99% e foi cotada à 8,46 reais. A empresa diz que o motivo da alta é o Corte na Selic.

https://youtu.be/Gr_6uaxVRGA

Para Alessandra Gadelha, diretora de relações da companhia, “A redução de 1 ponto percentual da taxa de juros representa uma economia de 6 milhões de reais por ano, o equivalente à 25% do lucro realizado em 2015”.

E completa, falando sobre o futuro: “Aliado ao crescimento, houve melhoria de rentabilidade com avanço nas margens da bruta e Ebitda consolidadas. Apresentamos uma trajetória de crescimento nos últimos anos, com sustentação de rentabilidade, apesar do cenário adverso”.

3 – Senior Solution anuncia maior aquisição desde a entrada na Bolsa, em 2013

Ao todo, a Small Cap Senior Solution investiu 50 milhões de reais na compra a att/PS, uma fornecedora de softwares, especializada em soluções para bancos, previdências e operadoras de saúde. Essa foi a 9ª aquisição da companhia, porém, a maior.

Para o presidente da empresa, Bernardo Gomes, a aquisição é algo que estava nos planos da companhia há uma década. “Em 2005, quando iniciamos nossa expansão por aquisições, a att já estava nos nossos planos. Tentamos fechar negócio em 2006, mas não foi possível, desde então estamos de olho nela”, afirma.

“Estamos cumprindo nossa promessa feita no nosso IPO. Este foi um passo importante em nossa consolidação, mas não iremos parar por aqui”, finalizou.

Leitura Complementar: IPO! o que é, como funciona e quais as vantagens

IPO é a sigla em inglês para Initial Public Offering, que em português fica Oferta Pública Inicial e significa a abertura de ações no momento em que uma companhia abre o seu capital e passa a ser listada na Bolsa de Valores.

Assim, uma oferta primária é o mesmo que a primeira emissão de novas ações, que geralmente está atrelada ao crescimento acionário da empresa. Já a oferta secundária é o montante de ações que forma o capital social da empresa.

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O principal motivo de abertura de ações de uma empresa é a captação de recursos. Para o mercado, as IPOs significam a saúde financeira, já que durante uma recessão essas aberturas caem e durante uma marcha, elas aumentam.

O processo costuma demorar até 12 meses e tem uma previsão de 2 milhões de reais em taxas, honorários e despesas. É comum que as empresas tenham cargos fixados durante o IPO, que são gerente de projeto, banqueiro de investimento, advogados, contadores e especialista da CVM (Comissão de Valores Mobiliários).

Em um cronograma, acontecem alguns eventos importantes, como a montagem de um prospecto, que acontece cerca de 10 meses antes da data do lançamento do IPO, e que estão inclusos históricos de demonstrações financeiras da companhia. Depois, em seis meses, os contratos de transição de propriedade devem ser inscritos. Leia a notícia na íntegra!

Com informações da Exame e Infomoney

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