Investir em fundos DI com taxa zero? Entenda se vale a pena

A gente tem hoje em dia no mercado financeiro diversos fundos de investimentos. Eles variam da renda fixa até a renda variável. Hoje, a gente vai falar sobre as vantagens e desvantagens de investir em fundo DI com taxa zero.

Para quem não sabe ainda, esse fundo DI é referenciado. Ou seja, é um tipo de aplicação comum em bancos e corretoras. Mais do que isso, é importante saber que aplicam ao menos 95% do patrimônio em títulos públicos federais, do Tesouro Direto.

Inclusive, eles devem estar atrelados ao CDI ou a taxa Selic e também em títulos privados de baixo risco. Portanto, trata-se de uma opção conservadora, mas que pode ser alternativa para quem busca mais conforto e comodidade na hora de investir dinheiro.

Uma última curiosidade antes de iniciarmos o texto, após essa introdução, é sobre a DI. Essa é uma taxa conhecida por CDI. Ela segue de perto da taxa Selic, que é a taxa básica da economia do país. A gente já fez um texto falando disso. Logo, é uma referência para a maioria das aplicações.

As taxas dos fundos DI

Se a gente está falando sobre investir em fundos DI com taxa zero, então, a gente tem que considerar as taxas. Ué, mas elas não são zeradas? Nem sempre, amigo. Vamos com calma porque a gente precisa entender mais dessas cobranças. Confira as 3 principais.

1 – O IOF

O IOF é o Imposto sobre Operações Financeiras. Esse é um custo que a maioria dos investidores possuem quando aplicam por um período que seja menor do que 30 dias. No caso dos fundos de investimentos vale a mesma ideia.

Além do mais, a tabela é regressiva. Ou seja, se a pessoa investe por apenas 1 dia ela vai pagar mais do que quem investe por 29 dias. Já para quem investe mais do que 30 dias a taxa se torna inexistente. Ou seja, não é cobrada.

2 – O IR

A próxima das taxas ou de imposto que temos nesses fundos é o imposto de renda. Inclusive, também é famoso na maioria das aplicações. O IR cobrado também segue tabela regressiva. Sendo assim, o menor valor é para quem aplica por mais de 720 dias, sendo de 15%.

Aqui, vale a atenção para o come-cotas. Essa cobrança é uma espécie de adiantamento do imposto de renda. Assim, acontece 2 vezes ao ano, sendo em maio e novembro. Logo, cobra 15% sobre o rendimento do período.

Logo, ao fazer o resgate do fundo, o investidor terá que descontar apenas o que ficou desse adiantamento do imposto do come-cotas.

3 – A Administração

A taxa de administração é o grande problema. Na verdade, pode ser a solução também. Isso porque é ela quem responde à pergunta sobre como investir em fundos DI com taxa zero. Ou seja, essa isenção da taxa do fundo é sobre a administração e não sobre os impostos acima.

A administração é cobrada pelos gestores do fundo para administrar recursos. O desconto é feito praticamente em todos os fundos. Mas, atualmente, há alguns que isentam a taxa para dar mais benefícios ao investidor. No entanto, é preciso tomar alguns cuidados.

O primeiro é que geralmente quando a isenção da taxa, o fundo segue um índice ou benchmark. Assim, o gestor tem um papel passivo. Outra coisa é que mesmo isentando a administração, o fundo pode ter a taxa de performance.

Então, vale a pena investir em fundos DI com taxa zero?

Para terminar a matéria, agora que já falamos das principais taxas que existem nesses tipos de fundos, vamos a reflexão inicial da matéria. Afinal, vale a pena ou não vale a pena optar pelos fundos DI? Obviamente, a resposta é individual de cada investidor.

Mas, nós vamos dar algumas dicas para você encontrar a sua resposta. Primeiro, considere que é preciso pensar em um fundo que tenha coerência com os seus objetivos. Por exemplo, o prazo tem que ter a ver com o que você quer alcançar – em meses ou anos.

Outra coisa é saber que cada gestora pode ter procedimentos e escolhas diferentes entre si. Assim, é muito interessante sempre ler a lâmina do fundo antes de aplicar nele. Afinal, o fundo DI é apenas um meio de investir dinheiro, sendo que existem vários no mercado.

Outra coisa é lembrar que a maioria desses fundos possuem requisitos para aplicações. Ou seja, é preciso saber sobre o investimento inicial, os aportes mínimos, o prazo final, as variações, os rendimentos, etc. Tudo isso também fica na lâmina.

Curiosidade – Fundos DI não têm garantia do FGC

investir em fundos DI com taxa zero

Só por fins de curiosidade, saiba que mesmo podendo ser da renda fixa e incluir ativos de bancos, os fundos DI não possuem garantia do Fundo Garantidor de Crédito. Mas, isso não quer dizer, necessariamente, que há uma desvantagem nisso.

Afinal, o seu recurso fica no patrimônio do fundo. Então, mesmo que algum banco quebre ou entre em falência, o seu dinheiro se mantém no fundo, através da instituição por trás. Logo, você tem um patrimônio protegido.

Ah, e para entender mais desses fundos, saiba que a gente tem outra matéria que fala deles. Inclusive, a matéria é antiga, porém, as informações ainda são atuais. Você pode ler em “O passo-a-passo para investir na Renda Fixa dos Fundos DI e as 3 Melhores Vantagens”.

E leve em conta que as taxas, que foram tema central dessa matéria, é apenas uma parte do texto todo que criamos há alguns anos. Por isso, a leitura vale a pena.

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