O que você tem que saber sobre o IPO da Aeris Energy (AERI3) – vale a pena?

O ano de 2020 foi diferente. O que não impediu que novas empresas entrassem na bolsa de valores. Assim sendo, hoje o assunto é para falar exatamente de uma dessas companhias. Acompanhe a leitura e saiba tudo sobre o IPO da Aeris Energy.

Aliás, saiba tudo até mesmo antes do IPO (IPO é a oferta inicial pública de ações, que é quando uma empresa entra na bolsa de valores). Afinal, conhecer a história de uma empresa é sempre uma boa ideia antes de compra-la na B3, não acha? Então, vamos nessa!

Para terminar a introdução e já começarmos a falar da Aeris, considere que é uma empresa que fabrica pás para aerogeradores de energia eólica. O nome pode parecer complicado. Porém, é bem fácil entender isso.

A história da Aeris Energy

A fundação da empresa aconteceu em 2010, sendo que hoje é considerada uma das maiores do mundo todo na área de energia renovável. Com o IPO, a empresa visava um investimento no próprio crescimento. Assim, mais de 42% seria destinado ao capex.

Mas, focando mais na história da Aeris, vamos considerar que ela nasceu da ideia de um grupo de executivos que vieram da Embraer. Eles escolheram o Ceará para dar início ao projeto. Afinal, esse é um estado com ótimo potencial para gerar energia eólica.

Além de tudo, a companhia também aproveitou a proximidade com o Porto de Pecém. Logo, os custos foram mais baratos para a embarcação dos produtos para o Brasil e para o mundo. Desde sempre, portanto, a Aeris tem um posicionamento estratégico.

Hoje, o sócio majoritário dela é o Alexandre Funari Negrão. E mesmo com o IPO, ele continua nesse cargo. Além da história, vamos falar da atuação da empresa também.

A atuação da Aeris Energy

A atuação se dá no segmento de geração de energia por meio de fontes renováveis. Atualmente, são 2 fábricas no Ceará. Assim, elas ficam em regiões estratégicas, sendo a 500 quilômetros do principal porto do Estado.

Outra coisa é que possui 7 mil funcionários diretos, sendo que 700 foram contratados no último ano. Além disso, ela produz anualmente 4 mil pás, o que garante 69% de Market Share brasileiro. Além disso, tem 7% do Market Share mundial.

Se a gente for estudar o mercado, a divisão da empresa se dá pela fabricação de pás (com 6 modelos diferentes) e com a Aeris Services (inspeção, manutenção, reparos).

Também como tema importante para avaliar o IPO da Aeris Energy, a gente pode dizer que o modelo de negócio é feito por contratos de longo prazo. Assim, a Aeris dedica a sua capacidade em troca de volumes mínimos anuais de pás.

Hoje, os principais clientes são: Vestas e Nordex Acciona. Mas, também tem a WEG.

O mercado de energia eólica

Um pouco antes de falarmos sobre a abertura de capital da Aeris na bolsa, vamos falar do mercado. Esse tópico vai ser breve. Porém, é bastante importante. Até mesmo porque a matriz energética brasileira vem da água, ou seja, é hídrica.

No entanto, também devemos considerar outra pequena parte dividida em várias fontes. De todo (exceto a hídrica), a fonte eólica ocupa o primeiro lugar com 8,8% da matriz brasileira. Depois, vem a de biocombustíveis, de gás natural, de petróleo, de carvão mineral, solar, etc.

Assim, o que podemos notar é que essa energia eólica, que já ocupa a 2ª posição deverá dobrar em 9 anos, comentam os analistas. Inclusive, se a gente considerar o Plano Decenal de Expansão de Energia 2029, do Ministério de Minas e Energia.

Bom, o resultado disso é que a Aeris deve se beneficiar com o crescimento do setor de energia eólica, já que é uma das maiores empresas do mundo. E isso vem na mesma ideia do IPO, que aconteceu há alguns dias.

O IPO da Aeris Energy

Para quem não viu nada sobre isso, nós vamos resumir a conversa toda aqui. O IPO teve investimento mínimo de R$ 3 mil e máximo de R$ 1 milhão. O preço de ação de saída foi de R$ 5,55. Assim, a AERI3 entrou no Novo Mercado, com oferta de R$ 1,13 bilhão.

Sendo que a oferta primária, que foi para o caixa da empresa, foi de 130 milhões de novas ações. Enquanto que a oferta secundária, que foi para os controladores, foi de 46 milhões de ações existentes. O negócio aconteceu no dia 11 de novembro desse ano.

Entre os principais coordenadores, a gente teve a participação da XP, do Morgan Stanley, do Santander, da Citi. Só para concluir, saiba que 42% foi para capex, 36% para capital de giro e 21% para a estrutura de capital.

Vale a pena investir na Aeris?

É difícil responder essa pergunta. Ainda mais quando a gente considera que toda nova empresa que entra na bolsa pode impressionar – seja pelos bons ou maus resultados. No entanto, muita gente está dizendo que esse foi um dos melhores IPOs da B3 nesse ano.

De todo modo, a única recomendação é que se faça uma boa análise antes de decidir pela compra da ação da Aeris na bolsa.

Por curiosidade, saiba que fizemos uma matéria há alguns dias falando sobre as novas empresas que também devem entrar na bolsa nos próximos dias, meses ou anos: “Conheça 5 futuras novas empresas na Bolsa de Valores”.

No caso, falamos da Nissei, Le Biscuit, HBR Realty e Urba. A Aeris também esteve na lista, mas agora já é uma realidade. Já se quiser saber sobre aquelas que já estão ativas na B3, leia outra matéria. Entre os nomes, nós temos: Locaweb, Estapar, Pague Menos, Grupo Soma, Lavvi, etc.

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