Nem todo investidor sabe o que é a cobrança de emolumentos, mas deveria

Sempre que a gente vai citar os pontos negativos de um investimento qualquer, a gente acaba esbarrando no tópico dos custos. Aqui entram as taxas, os descontos dos impostos, além dos emolumentos. Mas, você sabe o que é a cobrança de emolumentos? A gente vai contar.

Até mesmo porque esse tipo de “custo” não está envolvido apenas com investimentos, viu. Se a gente for fazer algum serviço em um cartório, por exemplo, também vamos encontra-lo por lá. Porém, a ideia aqui é falar dos emolumentos na bolsa de valores, que é mais comum.

Só para adiantarmos alguns pontos importantes, saiba que conhecer as taxas e os custos das aplicações é bastante essencial para uma escolha mais assertiva. Afinal, esses custos abatem no lucro líquido. Assim, o seu ganho diminui. Nesse viés, entram os emolumentos também.

O que é a cobrança de emolumentos

Com essa bela introdução que fizemos acima, agora vamos direto ao ponto. Para quem está se perguntando o que é a cobrança de emolumentos, saiba que nada mais é do que a cobrança de taxas. Porém, aquelas taxas que tem um motivo para acontecer.

O motivo é a remuneração de serviços prestados por órgãos de registro. Ah, não entendeu? Vamos de novo. É um tipo de taxa que está ligado à uma operação especifica. Assim, ela é incidente em cada operação que é feita.

E para quem acha que isso é algo novo, saiba que essa cobrança acontece desde a época dos registros manuais de compras e vendas de bens ou de serviços. Portanto, é um custo histórico que temos e sobrevive até hoje.

Os emolumentos na bolsa de valores

Pode ser que você ainda não tenha entendido 100% do que é a cobrança de emolumentos. Mas, pode ir com calma. Nesse tópico, citando mais a bolsa, a gente vai deixar claro quais são os objetivos, para que servem e como são cobrados esses custos. Bora lá.

No caso da bolsa de valores, a cobrança dos emolumentos se dá pelo registro, pela catalogação e guarda de informações. Isso em cada operação que é feita. Essa taxa acontece sobre a compra e venda de ações, de contratos futuros ou de opções.

A cobrança é feita diretamente pela B3, que é a bolsa de valores do Brasil. E, mais importante do que isso, é saber que elas acontecem em todas as operações e independem da corretora.

Por outro lado, a gente também tem a taxa de corretora. Mas, essa é uma outra conversa. Só para você saber, a corretora pode fazer a cobrança da taxa de corretagem e de custódia. Algumas corretoras, atualmente, possuem isenção dessas taxas.

Vamos falar mais disso (taxas das corretoras) no fim da matéria!

O cálculo dos emolumentos

Bom, sabemos o que é a cobrança de emolumentos e como eles funcionam na bolsa de valores. Agora, vamos falar do cálculo que é feito. Aliás, saiba que os emolumentos também podem ser chamados de taxa de negociação, ok?

Enfim, ele equivale a um percentual do volume total da operação. Nessa conta vai entrar a taxa de liquidação da CBLC e o ISS (que é o Imposto sobre Serviço). Ambos são cobrados sobre o investimento em ações.

O valor da taxa de liquidação varia conforme o volume financeiro que é negociado. Enquanto isso, o ISS também varia conforme as regras de cada cidade. Assim, a bolsa calcula os emolumentos com base no tipo de operação.

Em resumo, se for day trade (operações que são iniciadas e encerradas no mesmo dia) é uma taxa. Mas, se for investimento que não é day trade, a taxa é outra. As tarifas também são outras para OPAs (Ofertas Públicas de Aquisições de Ações).

Como saber o valor do emolumento

Já chegando ao fim da matéria, saiba que para saber o valor total do emolumento você tem que se atentar a nota de corretagem emitida na compra ou na venda de ações. Assim, esse valor aparece como um resumo financeiro de toda a operação.

Mas, você também pode saber da informação no site da corretora ou no aplicativo.

Só para concluir o que falamos no tópico acima, sobre o cálculo da taxa de emolumentos, saiba que as pessoas físicas pagam, atualmente, um valor de 0,003462%. Se for operação day trade, então, a taxa fica entre 0,0005% e 0,004105%. Já nos OPAs, a taxa é de 0,0070%.

Inclusive, a B3 diz que para operações em ETFs de Renda Fixa a taxa sempre é de 0,0050%.

Agora, como essas taxas podem variar, saiba que no site da B3 dá para acompanhar as oscilações. O que também muda é o caso de fundos ou clubes de investimentos. Atualmente, a cobrança da negociação é de 0,003247% para esses últimos casos citados aqui.

Outras taxas (das corretoras)

o que é a cobrança de emolumentos

Como comentamos lá em cima, saiba que as corretoras também podem fazer a cobrança de taxas do investidor. A de corretagem é a mais conhecida. Ela incide em cada operação. A boa notícia é que uma boa parte das empresas tem zerado essa taxa.

A taxa de custódia é cobrada por mês ou por ano e enquanto houver dinheiro aplicado em papéis. A cobrança não é diretamente da corretora, mas sim da CBLC, ou seja, da Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia. A gente tem uma matéria que explica isso tudo com mais detalhes: leia aqui.

Além disso, nós temos os custos com o imposto de renda, que acontece em cada operação de compra e venda que é feita no mercado de ações.

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