Como Investir em Renda Fixa e por que ele pode ser o seu Melhor Investimento

Vamos começar com um dado estatístico informal: se, há alguns anos atrás, nós perguntássemos quem de vocês, leitores, conseguiam poupar alguma parte do salário, sabemos que pouquíssimas pessoas responderiam. Hoje, passado algum tempo, mesmo que ainda não sejam todos, boa parte vai responder de forma afirmativa. Isso é um bom sinal. Isso é um ótimo sinal.

Agora, vamos a 2ª parte, quem de vocês continuam guardando dinheiro na poupança? Eita lelê! Muita gente vai levantar a mãozinha, não é? Isso já não é tão bom assim. Você já está cansado de saber que a poupança não tem boa rentabilidade. E nem adianta vir nos dizer que com a queda dos juros básicos, ela vai render um pouco mais, porque, mesmo assim, ainda será pouco.

Segundo especialistas, como o atual cenário, o resumo da poupança seria: 0,5% ao mês mais a Taxa Referencial, com tendência de queda na taxa de juros e menos inflação. Ela só se tornará mais competitiva (competitiva, entendeu? Isso não quer dizer que será melhor) quando a taxa de juros estiver em 9% ao ano.

Fato Consumado: Renda Fixa é mais atraente do que poupança e imóveis!

Então, se você já deu um passo certo e começou a poupar dinheiro, dê, agora, o segundo passo certo e comece a investir da forma certa, na Renda Fixa. E, quanto à ela, a primeira informação que damos é: qualquer investimento deve render mais do que, PELO MENOS, a inflação. Se isso não acontecer, você vai perder dinheiro, vai descapitalizar, vai andar na contramão.

É isso que acontece quando você aplica na poupança. Por sinal, existem 3 motivos principais pelos quais você não deve investir na poupança: Ela Perde para a Inflação, Tem a Mesma Garantia da Renda Fixa e Não Recebe Juros.

Reprodução: Google
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Pensando nisso, surge a Renda Fixa. Por quê? Porque ela é tão segura quanto a poupança e rende mais. Simples assim. Um fundo de investimento, por exemplo, permite ir além da preservação do capital sem ter que correr grandes riscos, tal relação risco-retorno recebe o nome de investimento conservador.

Renda Fixa encerrou 2016 com bons ganhos e tornou-se o 2º melhor investimento do ano, perdendo apenas para o Mercado de Ações

Essa notícia foi publicada há algumas semanas e destaca principalmente as carteiras das Notas do Tesouro Nacional Série B (NTN-B), corrigidas pelo IPCA (Índice de Preço Nacional ao Consumidor Amplo) e que tem um adicional de juros. Além do IMA-B, que subiu 24,8% no período.

Na opinião dos especialistas, os títulos das Rendas Fixas seguem como os “queridinhos” do mercado, devida a proporção do Banco Central, de acelerar o ritmo do corte de juros. Por outro lado, o CDI (Certificado de Depósito Interbancário) segue como opção de segurança, e teve alta de 14% nos últimos 12 meses.

“Renda Fixa continuará a ser atraente em 2017”, afirmam os especialistas

José Mauro Dellela, da Rafter Investimentos, a Renda Fixa continua em alta já que os juros ainda estão elevados, mesmo após o corte assinado pelo Copom (Comitê de Política Monetária). Em entrevista à UOL, ele afirmou que: “Quando se compara nossa taxa com os juros de 0,25% a 0,50% ao ano nos Estados Unidos ou juros negativos na Europa e no Japão, dá para perceber que a Renda Fixa no Brasil continua valendo muito a pena”.

A opinião é compartilhada por Rodrigo Assumpção, planejador financeiro pelo IBCPF (Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros) e diretor da Ethos Investimentos: “Se a inflação cair para 5% e a Selic cair a 11%, ainda assim o investidor terá um ganho real de 6%, se descontada a inflação, e isso é muita coisa”.

Uma pesquisa feita pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros de Capitais) no final do ano passado mostrou que mais de 80% do portfólio dos investidores estava alocado entre títulos, fundos de renda fixa e poupança, o que comprovava a predileção do brasileiro por essa classe de investimento. Entre os motivos está a alta da Selic, que mesmo em queda, está alta. Para fins de comparação, os Estados Unidos tem a taxa básica de juros à 0,25% ao ano.

Mas, o que é, de fato, a Renda Fixa?

Renda Fixa é um investimento que tem uma rentabilidade DIMENSIONADA no momento da aplicação. Entenda: dimensionada quer dizer que há uma expectativa na hora de resgatar o seu investimento. Algumas rendas fixas apenas simulam a renda final, outras, quando aplicadas até o final, pagam exatamente o que foi contratado. Sobre isso, vamos falar mais adiante.

Reprodução: Google
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Para o momento, precisamos entender que, diferente da Renda Variável, as fixas garantem a rentabilidade e o ganho de capital. É, justamente por isso, considerado um investimento conservador. Apesar de não gostarmos dessa comparação, vamos dizer, para você compreender: é como a poupança, na qual você guarda dinheiro com a certeza de que vai ter ele de volta. O que muda, na verdade, são os prazos e as rendas finais.

É possível uma Renda Fixa render mais do que ações? Sim!

Há várias classificações de Renda Fixa. Uma delas é quanto ao emissor, que pode ser público (do governo) ou privado (de bancos e instituições financeiras). Ele também pode ser classificado pela rentabilidade, onde é dividido em prefixado e pós-fixados.

  • Prefixados são aqueles que têm rentabilidade nominal, na qual o investidor conhece previamente, sendo que o retorno financeiro é acertado previamente, no momento da contratação e aplicação.
  • Pós-fixadas são aqueles que a rentabilidade varia de acordo com as oscilações dos índices utilizados para determina-las.

No entanto, a pior coisa que um investidor pode fazer é investir sem conhecer. Vamos dar algumas dicas e estratégias para você conhecer alguns tipos de Rendas Fixas e saber se elas estão (ou não) alinhadas com o seu perfil investidor.

CDB (Certificado de Depósito Bancário)

É feito pelo banco, que vai devolver o valor investido e mais a remuneração, em forma de juros. Esse rendimento pode variar de acordo com a o proposto pelo banco e com o período. Prazos mais longos rendem mais dinheiro, já que o banco poderá reinvestir o valor. E, além disso, quanto maior o prazo, menor a incidência do imposto de renda.

LCA (Letra de Crédito do Agronegócio) e LCI (Letra de Crédito Imobiliário)

É como o CDB, só que aqui, os investimentos serão destinados aos imóveis e ao agronegócio. A diferença maior é que o poupador vai precisar ter recursos maiores, normalmente, a partir dos 30 mil reais. Em troca, ele recebe o benefício da isenção do imposto de renda.

Então, é mais vantajoso do que o CDB? É preciso analisar porque tudo vai depender do emissor, de quanto ele cobra de taxa e também do prazo. O que acontece, na maioria dos casos, é que o banco divide com você a isenção do Imposto de Renda. Por isso, TODOS OS BANCOS vão sempre te oferecer os LCI/LCAs como primeira opção de Renda Fixa.

Debêntures

Aqui, o empréstimo não é feito ao banco, e sim, à empresa. Então, logo de cara, você já sabe que não terá a segurança do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Se a empresar quebrar, você quebra junto. O Imposto de Renda é isento apenas nos casos de infraestrutura, que tem prazos muito maiores. Por outro lado, as debêntures costumam pagar mais que as outras rendas fixas. Além de que, seu investimento, pode se tornar ações no futuro.

Se você ficou curioso sobre os tipos de Renda Fixa e quer conhecer um pouco mais e saber todas as diferenças entre elas, baixe o GUIA DEFINITIVO DA RENDA FIXA.

Como Investir nos Fundos de Renda Fixa, super indicados para os novos investidores

Esse tipo de investimento sempre foi recomendado em épocas de crise, como foi o ano de 2016. Isso porque ele traz segurança e tranquilidade. Se você tem aversão à riscos e tem interesse em proteger seu capital mais do que tudo, busque construir uma carteira diversificada em ativos menos arriscados, obviamente. Por isso a Renda Fixa é uma das melhores opções: porque te dá uma cartela de opções.

Se você ainda é novo no mercado de investimentos (ou mesmo que não seja) tem nos fundos de Renda Fixa uma boa opção para deixar o seu dinheiro, enquanto se aprimora mais com as informações do mercado. Sabe como investir nesses fundos? Como eles funcionam? Quais as vantagens? É sobre isso que vamos falar agora, acompanhe!

Eles nada mais são do que veículos de investimentos, ou seja, carregam neles vários títulos, papéis ou aplicações, que pagam periodicamente as remunerações, que podem, por fim, serem pré-fixada ou pós-fixada. Conclusão: eles não são ativos.

O passo-a-passo para investir na Renda Fixa dos Fundos DI e as 3 Melhores Vantagens

É mais ou menos assim: você empresta o seu dinheiro ao fundo através de uma instituição financeira, ela administra todos os investimentos e escolhe os ativos, seja LCI, LCA, CDB, Letras Financeiras, Tesouro Direto, Debêntures ou qualquer outro.

São indicados para os novatos porque ele não exige muito conhecimento para quem ainda não tem aptidão em operar nas rendas, e, assim, podem ter a facilidade de terem um gestor especializado cuidando do fundo. A principio, o esse administrador deve selecionar as melhores aplicações, já que ele tem vários “ovos” nas mãos. Basta, então, que saiba selecionar as cestas.

Atenção: O papel do gestor é mega importante, por isso, é importante escolher um que tenha um bom histórico. (Descubra como Escolher a Melhor Corretora de Investimentos).

Atualmente, os Fundos de Renda Fixa são divididos em 3 modalidades:

  1. Fundo de Renda Fixa – Deve ter, pelo menos, 80% da carteira aplicada em títulos públicos ou privados,
  2. Crédito Livre – Mais de 20% do investimento devem estar direcionados ao crédito de médio e alto risco, como debêntures e dívidas das empresas,
  3. Índices – São estruturados para indicadores de desempenho de renda fixa, como Selic e IPCA.

Também são 3 as maiores vantagens dos Fundos de Renda Fixa:

  1. Gestão Profissional – Como já dito acima, um gestor ficará responsável por todo o fundo e, obviamente, deve optar por fazer as melhores escolhas,
  2. Diversificação – Os Fundos permitem o acesso à vários produtos, dos mais rentáveis aos mais sofisticados,
  3. Liquidez – O investidor pode resgatar o dinheiro em qualquer momento, e os prazos para depósitos, normalmente, não costumam ser maiores do que alguns dias.

Além de ser indicado para os novos investidores, os fundos de renda fixa também são indicados como moeda de diversificação. Assim, se ocorrer algo de inesperado em outras aplicações, os fundos podem compensar essa perda. Para tanto é preciso saber escolher o gestor, além de encontrar um produto que tenha uma boa taxa de administração.

Por sinal, as taxas são cobradas anualmente e acompanha a taxa de performance. É preciso atenção com esses custos para não diminuir a sua rentabilidade. O valor adequado para os fundos é de algo em torno de 1%, então, fiquem espertos. Além disso, os fundos tem os famosos come-cotas, que são incidentes sobre o capital investido a cada 6 meses, que descontam uma alíquota de 15%.

Reprodução: Google
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Por fim, é preciso saber também que os fundos não têm garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito), como acontece na maioria das Rendas Fixas. Mas isso não é tão preocupante, já que mesmo que o gestor venha à falência, os recursos dos investidores ficarão sobre cuidados do custodiante e, assim, poderão ser transferidos para outro banco administrador e as operações continuarão acontecendo.

Os 16 Melhores Fundos de Renda Fixa de 2016

A Proteste, associação dos consumidores, elegeu, no final do ano passado, os melhores fundos de renda fixa do mercado. A pesquisa analisou a taxa de administração, rentabilidade e o risco de 94 fundos de renda fixa de 23 instituições, entre bancos e corretoras. Veja, abaixo, aqueles que têm melhor custo benefício.

Lembrete: no último ano, as taxas de retorno foram altas por conta da Selic, que também estava alta (e ainda está). Por isso, os fundos de renda fixa são bons investimentos para quem não quer se preocupar em gerir o seu dinheiro e prefere confiar no gestor, é o que Verônica Dutt-Ross, da Proteste.

Descubra qual é a rentabilidade de 5 mil reais com a Taxa Selic à 13%

Abaixo, listamos os 16 melhores e apresentamos na seguinte ordem: Banco, nome do índice, investimento inicial e rentabilidade anual média de 3 anos em porcentagem. Acompanhe:

  1. Banco do Brasil – Índice de Preço FIC Renda Fixa – 20 mil – 11,65
  2. Banco do Brasil – Índice de Preço – FIC Renda Fixa – 5 mil – 11,08
  3. Banrisul – Banrisul Patrimonial FI Renda Fixa – 100 – 11,71
  4. Banrisul – Banrisul Soberano FI Renda Fixa – 10 mil – 11,38
  5. Bradesco – Bradesco Ima-B FIC Renda Fixa – 20 mil – 11,9
  6. Bradesco – Bradesco Prime NET FIC Renda Fixa – 1 mil – 10,9
  7. Caixa – Caixa Arrojado FIC Renda Fixa Crédito Privado – 20 mil – 12,16
  8. Caixa – Caixa E-Fundo 500 FIC Renda Fixa – 500 – 11,12
  9. Citibank – WM FIC Renda Fixa – Crédito Privado – 5 mil – 12,03
  10. Citibank – Western Asset Price FIC – 1 mil – 11
  11. HSBC – HSBC Inflação FIC Renda Fixa – 15 mil – 11,27
  12. HSBC –HSBC FIC Renda Fixa – 1 mil – 10,93
  13. Itaú Unibanco – Itaú Uniclass Maxi FIC Renda Fixa – 5 mil – 10,47
  14. Itaú Unibanco – Itapu Personnalité Special FIC Renda Fixa – 1 mil – 10,42
  15. Santander – Santander Inflação FIC Renda Fixa – 20 mil – 11,71
  16. Santander – Santander Sênior FIC Renda Fixa – 100 – 9,43

Já entre os fundos mais arriscados, o BTG Pactual, com o Fundo Pactual CDB I FIC Renda Fixa Crédito Privado foi o que mais rendeu, com uma média de 12,21% e um investimento inicial de 5 mil reais. E o mais conservador foi o Credit Agricole, com o Fundo CA Indosuez Vitesse FI Renda Fixa Crédito Privado, que rendeu 12,97%, com investimento inicial de 25 mil reais.

Tesouro Direto como Diversificação de Investimentos

É considerada a aplicação mais segura do mercado, conhecida até mesmo como: a nova poupança. São títulos emitidos pelo governo, e, por isso, tem o menor risco de crédito da economia, o investimento em papéis da dívida pública tem baixo custo comparado à outros títulos. Eles têm, também, liquidez diária.

Poupança? Aprenda como investir da forma certa e ter mais rentabilidade com a Renda Fixa

As vantagens do Tesouro Direto podem ser resumidas em 3 pontos:

  1. Custo Reduzido – 0,3% ao ano de custódia e a taxa de administração da corretora,
  2. Resgate Rápido – Liquidez diária,
  3. Menor Risco – Os títulos do Tesouro Direto são garantidos pelo Tesouro Nacional.

Tesouro Direto ou Renda Fixa Privada?

De início, já temos a resposta: depende. E depende de uma série de fatores. Ambos são bons investimentos para quem buscar a diversificação dos investimentos, contemplando ainda a segurança e o conservadorismo. Vamos analisar, primeiramente, os custos de cada um.

1 – Tesouro Direto: custódia (0,30% ao ano), Imposto de Renda e taxa da corretora (algumas corretoras não cobram). Pressupondo um investimento em um pré-fixado, sem o resgate antecipado, com um prazo de vencimento de 2 anos e as taxas já descritas, a rentabilidade final será de 10,44%.

Observação: atualmente a taxa CDI está em 13,73%, então, esse Tesouro Pré-fixado rende 76,03% do CDI.

2 – Renda Fixa Privada: taxa de 12,06%, Imposto de Renda e um prazo de 2 anos. Pressupondo que esse investimento seja um Fundo de Investimento, a rentabilidade líquida seria de 9,95%. Outras aplicações, como a LCI e os Debêntures, com as mesmas especificações, poderiam ter rentabilidades maiores, de 13,87% e 12,23%, respectivamente.

O quer podemos concluir? Que nem sempre o investimento no Tesouro Direto vai ser mais rentável, apesar dele ser a opção mais indicada pelos especialistas. Aliás, ambos são investimentos de baixo risco, mas que são impossíveis de serem calculados exatamente no futuro. O importante é saber que nem sempre o que é bom para um investidor é bom para outro, tudo depende da sua necessidade, do seu perfil e da sua exigência.

Uma opção seria investir um pouco em cada um deles, diversificando ainda mais os investimentos. Como dito, tudo vai depender dos objetivos do investidor e do tempo que ele quer deixar o dinheiro investido.

Rendas Fixas ou Imóveis?

No passado (não muito distante) era muito comum ter vários imóveis, aquele que não estava sendo usado como moradia era uma serventia para o recebimento de uma mensalidade, chamada também de aluguel. Além disso, também era um sinal de status. Tanto é que até hoje é comum ouvirmos de pessoas mais velhas: “Ele é um homem bem sucedido, tem várias casas alugadas”.

E não vamos negar que essa é uma forma de ganhar dinheiro. Mas, provavelmente, não a melhor. O risco disso é que pode haver, entre outras coisas, a inadimplência do inquilino, ou seja, ele não pagar. Ah, e se você terceirizar o serviço, seu lucro vai ser menor. É uma questão de escolha. Fora isso, quando o desocupado, o “bem” pode gerar desconfortos financeiros, como o IPTU, reformas e outros.

Comprar Casa ou Alugar um Imóvel?

Agora, o que você deve estar pensando é: “Mas os imóveis valorizam com o tempo. Sempre valoriza”. Será mesmo? Na verdade, os preços dos imóveis, nos últimos anos, não tem conseguido acompanhar a inflação. (A boa e velha inflação, aquela mesmo que f*** com a poupança). E não somos nós quem estamos dizendo isso, é o Fipezap.

Com base em dados do G1, fizemos até uma simulação. Saca só: se um imóvel de 1 milhão de reais for alugado por 5 mil reais por mês, a taxa de aluguel será de 0,5%. Em 12 meses, isso representa 6,17%, um percentual abaixo da inflação de 2016, que foi de 6,29%. Por sinal, informalmente falando, existem casos que o rendimento do imóvel perdeu até mesmo para a poupança. Isso é de cair o queixo.

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Por outro lado, vamos imaginar um investimento de baixo risco, atrelado à taxa Selic (135) e uma rentabilidade de 0,75% ao mês. Tais exemplos podem ser direcionados ao Tesouro Direto e o CDB dos bancos. Faça lá uma simulação, veja quanto isso pode te render. Isso sem contar os benefícios de liquidez diária.

Em resumo, o imóvel pode ser um ótimo negócio, isso se você for um profissional do ramo e manjar das artimanhas, dos custos e das taxas. Mas, pensa aqui, imagina uma pessoa indo a todas as lojas e comprando todas as roupas esperando uma boa valorização delas para depois vender. Parece loucura, não? É isso que acontece com imóveis, já que, como dito, ele mexe com o emocional das pessoas. Afinal, e muito provavelmente, talvez seja o maior sonho de consumo.

CDB ou Tesouro Direto?

Claudio de Lucca é assessor da Valor a Mais Investimentos e é quem vai responder essa questão. Conforme comentou ao Infomoney, o CDB tem mais vantagem quando são emitidos por instituições menores. “Em bancos maiores do mercado, os CDBs não são páreo em relação ao Tesouro Selic. Já o emitido em bancos médios são mais rentáveis”.

Isso quer dizer que um CDB que rende mais de 98% do CDI pode ser mais vantajoso que o Tesouro Selic, e se o investidor optar por investir o dinheiro por mais de 3 anos, ele vai conseguir encontrar títulos bancários com rentabilidade muito superior.

Quanto Vou Receber de Juros na Renda Fixa?

Já quanto à segurança, ele comenta que ambas são conservadoras, mas o Tesouro Selic leva vantagem por ser do Governo Federal. E, referente ao valor de entrada, o Tesouro Direto também é melhor, já que oferece a opção de aplicação de apenas 30 reais. No CDB, normalmente, esse capital inicial é de 5 mil reais.

3 aplicações em Renda Fixa que não podem faltar na sua carteira de investimentos

A Verios selecionou os 3 melhores investimentos em Renda Fixa para compor a carteira de um bom investidor. Veja cada um deles:

1 – Juros pós-fixado

É o “arroz com feijão” dos investidores. São ativos que tem remuneração que acompanham a variação da taxa básica de juros, a Selic. A principal característica é que o retorno da aplicação só é descoberto ao final do prazo de investimento. No mercado, existem vários investimentos desse tipo: CDB, LCI e LCA.

O Tesouro Selic (também conhecido como LTF) é outro exemplo e também acompanha o juro básico da economia. É um investimento que costuma ser muito usado para fins de reserva emergencial. Já que ele tem a praticidade de ser sacado antes do vencimento, caso surja algum imprevisto.

2 –Juros prefixados

É o posto do item 1, já que investidor conhece o rendimento final no momento da compra do ativo. É um investimento que independe das oscilações da economia ou do mercado. Ele garante um rendimento, mas se for resgatado antes, pode perder rendimento. Um exemplo de investimento em prefixado é o Tesouro Prefixado (LTN e NTN-F).

3 – Inflação

Títulos indexados à inflação são ativos que usados para proteger o poder de compra do seu patrimônio e  usa, para tal, índices inflacionários, como o IPCA (Índice Nacional de Preços do Consumidor Amplo). Costuma ser indicado para longo prazo, como aposentadoria ou educação dos filhos.

Esse investimento é chamado também de híbrido, já que os títulos pagam a variação do IPCA com uma taxa prefixada. Assim, há o risco da rentabilidade e, ao mesmo tempo, ele não é inteiramente dependente do mercado. O Tesouro IPCA+ (NTN-B e NTN-B Principal) é um exemplo desse investimento.

4 Dicas para não perder dinheiro nas Rendas Fixas

São seguros, sim. São conservadores, sim. São melhores do que a poupança, sim. Mas, cuidado. É possível perder dinheiro com as Rendas Fixas. Ainda que menores, elas têm riscos, mesmo porque consistem em empréstimos feitos aos bancos ou empresas ou governo.

  1. Risco do Calote – É pequeno, mas existem. Caso o devedor tiver complicações financeiras, ele pode não pagar os seus credores e o risco de crédito pode ser maior ou menor, dependendo da aplicação.
  2. Perder Oportunidades – Caso seu dinheiro esteja com a garantia do FGC, o ressarcimento pode demorar alguns meses, especialmente no caso de instituições financeiras que venderam papéis e registraram os papéis em seu nome. Nesse tempo, mesmo que saiba que terá o dinheiro de volta, o investidor pode perder a chance de ter o dinheiro investido em outras opções. Ou seja, ele fica parado, sem rendimento.
  3. Perder Rentabilidade – Alguns títulos não permitem o resgate antes da data do vencimento do papel, assim, caso o investidor resgate antes do prazo, pode perder rentabilidade. Exemplo disso é o CDB, que muitas vezes paga 100% apenas com o prazo de 36 meses, antes disso o valor é diminuído para 80% do DCI.
  4. Perder parte do Valor – É dificílimo acontecer, mas existem títulos, principalmente os públicos, que tem os preços flutuantes, diariamente, e que vão de acordo com a taxa de juros. Mas não se preocupe, mesmo com a flutuação diária, o investidor irá receber o que foi contratado, isso se não resgatar o dinheiro antes.

A escolha de uma corretora de investimentos

Atualmente, a maioria dos investidores da Renda Fixa apostam suas fichas (ou melhor, suas finanças) diretamente com os bancos, estruturados na (falsa) impressão de segurança. “Se investir em Renda Fixa é seguro, fazer isso pelo banco é melhor ainda”. Mas, será?

De outro lado, os bancos sempre oferecem os próprios produtos, dos quais recebem mais vantagens. São os títulos privados, tais como os já citados: CDB, LCI e LCA. É muito comum encontrar esses investimentos oferecidos pelas instituições com apenas a correção da inflação e não com a proporção do ganho real.

Para buscar mais clientes e apresentar mais atratividade, as corretoras tem se posicionado bem no mercado financeiro, apresentando vários títulos de renda fixa de diversas instituições em uma plataforma só. Assim, há mais opções de escolhas e a possibilidade de comprar no atacado, onde é possível encontrar melhores taxas de rentabilidade. Todavia, nem todas as corretoras são seguras ou confiáveis.

Escolhendo bem uma corretora, você tem grandes chances de se dar bem. Mas, e as aplicações estão sempre seguras? A segurança é mesmíssima dos bancos, já que os títulos privados são registrados na CETIP, órgão centralizador desses investimentos. Assim, o investidor escolhe o título e investe, mas o título fica na CETIP, apenas com o nome do investidor e do emissor do ativo, no caso, a corretora.

Portanto, no caso da corretora fechar, você não precisa ficar aos prantos, já que a corretora é apenas uma intermediadora  dos ativos. Com isso, os seus ativos continuam guardados e registrados na CETIP.

Corretora de Investimentos: Como Escolher a Melhor para Você

Renda Fixa é a melhor pedida para 2017?

Fábio Gallo é colunista especialista em finanças no Estadão. Ele fala sobre a imprevisibilidade do mundo, com a eleição de Donald Trump, o crescimento da China e as possíveis consequências. No Brasil, tem a Lava Jato que ainda deve gerar muita turbulência. No entanto, há alguns caminhos para os investidores terem um bom ano novo.

Segundo ele, em 2017 o investidor terá a Renda Fixa como principal porto seguro, já os títulos prefixados serão apenas boas oportunidades. “Contudo, devemos colocar na ponta do lápis o rendimento das alternativas”, afirma.

Goldman Sachs recomenda o Brasil nas Rendas Fixas e Ações para 2017

The Goldman Sachs Group é um grupo financeiro multinacional, sediado no Financial District de Nova Iorque e fundado em 1869 por Marcus Goldman. A Goldman Sachs é uma das principais empresas globais de banco de investimentos, gestão de valores imobiliários e de investimentos. A empresa veio para o Brasil em 1995 e atualmente é uma das líderes em assessoria à fusões e aquisições no país.

Ok. Agora, vocês querem saber por que esse grupo virou notícia no dia de hoje. Bom, vamos explicar. A novidade, ótima novidade, é que a Goldman Sachs sugeriu o Brasil nas Rendas Fixas e em ações, em um documento enviado aos seus clientes.  Isso mesmo diante os sinais repetidos de que a economia brasileira ainda se recupera.

A Goldman também sugere outras opções:

  1. Montar posições em dólar contra libra e euro,
  2. Desmontar posições no yuan chinês,
  3. Reforçar títulos de dez anos dos EUA e dívida em euros à inflação,
  4. Posições em ações com histórico elevado de dividendos.

Qual o melhor investimento? Você já ouviu falar em Tesouro Direto? Sabia que ele é a Renda Fixa mais democrática e segura do Brasil? É fácil: se você tem 30 reais, já pode começar o seu investimento. Para se ter ideia, em julho desse ano, o Tesouro Direto somou mais de 66 mil cadastrados, atingindo um patamar de 1,3 bilhão de reais. Conheça tudo sobre ele. Essa pode ser sua chance de Ficar Rico e Sair das Dívidas.

Novidade à vista: ETF de Renda Fixa deve chegar ainda no 1º semestre

Esse é um fundo de investimento que espelha em algum índice e tem, inclusive, cotas na Bolsa de Valores. Ele vem com a promessa de diversificar o mercado e trazer uma tributação mais simples. Como o ETF (Exchange Traded Funds) não demanda de uma gestão ativa, as taxas de administração ficam em torno de 0,5%, ou seja, praticamente metade do que é cobrado normalmente. Quem está preparando a emissão dos títulos desse fundo é o Tesouro Nacional, ligado, integralmente, aos títulos públicos.

Conforme informações do próprio Tesouro, existem um grupo de mais de 10 bancos que tem interesse em lançar a aplicação, no entanto, nem todas tem tecnologia para tal. “A expectativa é que haja bastante interesse no processo seletivo, mas não dá para falar no número de bancos mesmo porque é um produto intensivo em tecnologia”, comentou Leandro Secunho, coordenador da dívida pública do Tesouro, em entrevista à Época.

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Na questão da diversificação, ao comprar uma cota de ETF de Renda Fixa, o investidor poderá ter títulos com vencimentos diferentes na carteira, todos interligados em uma única operação. “A BM&FBovespa está pronta para receber o produto em sua plataforma de negociação, no modelo de integralização e resgate no módulo bruto. A Bolsa aguarda agora um gestor que queira lançar o produto”.

O grande diferencial dos fundos de Renda Fixa comuns é que o ETF só terá come-cotas quando os juros semestrais forem distribuídos aos cotistas. Se o fundo receber juros no semestre e reaplicar, não haverá tributos.

Novidade também para quem usa pontos Multiplus

Além de ser atraente, a Renda Fixa também pode render pontos Multiplus que podem ser trocadas por passagens aéreas e outros produtos. Assim é a iniciativa do homebroker modalmais, do Banco Modal. A regra funciona assim: a cada 10 mil reais alocados em CDB do banco, no prazo mínimo de 12 meses, a bonificação é de 500 pontos Multiplus.

Esse é o primeiro programa de fidelidade do mercado com o foco na Renda Fixa. A plataforma da corretora tem mais de 248 milhões de reais em custódia e 8 mil clientes. O programa foi lançado em 2016 e tinha como meta dobrar a clientela e também os valores em custódia. De todos os clientes, 70% estão presentes nos produtos de Renda Fixa.

Por que é importante investir e não apenas poupar

A planejadora financeira Katie Brewer disse, conforme informações do Infomoney: “Eu vejo pessoas com muito dinheiro guardado e que, na maioria das vezes, foi resultado de altos salários, e de grande responsabilidade, mas eles não sabem como proceder, ou seja, não sabem o que fazer depois de ter tanto acumulado”.

Isso mostra que “poupar mais e gastar menos” já não é mais suficiente na visão dos especialistas financeiros. Economizar é sim importantíssimo, porém, investir vale a outra metade do objetivo de enriquecer. Na visão de Brewer, a melhor alternativa é a Renda Fixa. “Ao deixar o seu dinheiro parado, você está perdendo os juros e as oportunidades de aumentar o seu patrimônio”, reforça Mary Storjohann, CEO da Workable Wealth.

“O que recomendamos a nossos investidores é concentrar a maior parte das aplicações em Renda Fixa de baixo risco, algo até 90%. O restante, cabe aos riscos, mas com horizontes de 10 anos”, disse Rogério Manente, da Socopa Corretora.

6 Passos Para não Esquecer Como Escolher a Melhor Renda Fixa

Por fim, mas antes de terminar, vamos listar os 6 passos para escolher a melhor renda fixa. Já falamos de tudo isso, minuciosamente, durante o texto. Mas, agora que você está apto para começar a investir nessa opção, anota esses passos no papel e faça a sua própria análise.

  1. Prazo de Investimento. Quanto maior o tempo investido, maior é o retorno,
  2. Liquidez. Alguns têm liquidez diária e outros compensam mais no longo prazo,
  3. Imposto de Renda. Quanto maior o tempo aplicado, menor o imposto e alguns são isentos,
  4. Risco. É mais fácil o banco quebrar do que o governo, de qualquer forma, o FGC garante 250 mil reais,
  5. Valor. Quanto maior o investimento, maior a taxa de retorno,
  6. Registro. Títulos acima de 5 mil reais devem ser registrados e autorizado pelo Banco Central.

Com informações do Valor, UOL, G1 e Infomoney

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