“Empresas sólidas e perenes”. Essa é a indicação mais comum dos especialistas para quem vai começar a investir dinheiro em ações. No entanto, pouco se fala sobre como conseguir chegar nesse ponto. Hoje, a nossa ideia é dar algumas dicas para escolher empresas sólidas na bolsa.
Afinal, entre tantas características, uma das mais incríveis da bolsa de valores é que ela permite que tanto o rico como o pobre ou o grande e o pequeno investidor possam comprar ações. E se você é um novo investidor já ouviu falar de “empresas sólidas”, não é?
Mas, o que isso significa na prática? Significa que você pode usar essa estratégia de comprar ações de empresas que tenham “experiência” no mercado. Só que isso não tem a ver apenas com a experiência no sentido de tempo de vida. Logo, entram outras questões importantes.
Resumidamente, o que uma empresa deveria ter para ser sólida? É isso que vamos tentar responder nos próximos tópicos. Bora lá?
1 – As grandes empresas
A primeira coisa é entender que nem sempre as grandes empresas são empresas sólidas, ok? Quer um exemplo muito clássico? A Petrobras (PETR3, PETR4). Ela é a maior empresa do país e uma das maiores do mundo, também.
No entanto, atualmente não é uma empresa das mais sólidas para muitos analistas.
Para se ter uma ideia, o Suno Research avaliou que a petrolífera tenha uma dívida bruta de R$ 359 bilhões. Isso sem falar dos recentes prejuízos e problemas de corrupção, que estão sendo noticiados periodicamente na impressa.
Então, saiba que não basta a empresa ser grande para ser sólida, está bem? Aliás, nem mesmo ser “famosa”. É preciso avaliar outros fatores antes de tirar essa conclusão.
2 – A saúde financeira
Ok, ficou fácil entender o que falamos acima. No entanto, isso dificulta na hora de escolher empresas sólidas na bolsa, não é? Na verdade, o ideal é você fazer a famosa “análise fundamentalista” para saber se uma empresa é sólida.
O que isso quer dizer? Que você tenha que avaliar tudo o que for possível sobre a companhia que você quer investir dinheiro. No fim, você tem que ter uma boa resposta para a pergunta sobre a saúde financeira dela.
Para fins curiosos, saiba que não é fácil fazer essa análise. Por isso, há tantos relatórios de corretoras, bancos e especialistas que demonstram esses estudos.
Agora, se for fazer isso por conta própria, lembre-se de analisar itens como ativos e passivos, lucro operacional, capacidade de investimento, receita bruta, patrimônio líquido, custo de aquisição do cliente, etc.
No último tópico vamos mencionar um pouco a mais da análise fundamentalista.
3 – Os fatores micro e macroeconômicos
Mais um ponto muito bacana é sobre o cenário macroeconômico e o cenário microeconômico. Como assim? A gente tem que entender fatores internos da empresa, como a gestão. Mas, também como o mercado externo influencia ela.
De qualquer modo, pergunte-se como a eleição americana, a taxa baixa de juros do Brasil ou até mesmo a inflação pode influenciar nessa empresa que você está estudando. Portanto, o fato é que todas as questões externas e até mesmo internacionais podem afetar mais ou menos.
E sabe por que isso é importante? Especialmente na hora dos momentos de crise. Como a gente viu nesses últimos meses, algumas empresas sofreram muito mais do que outras, não é verdade? Então, só nessa situação a gente já pode fazer um comparativo no estudo.
Bônus – a análise fundamentalista na crise
Como prometemos no 2º tópico dessa matéria, considere que agora vamos falar um pouco mais sobre a análise fundamentalista. Assim, também vamos citar como ela foi importante durante a crise do coronavirus, que segue desde dezembro de 2019.
A ideia não é citar todos os pontos. Mas, de um modo geral, mostrar aqueles (entre tantos) que podem interessa na avaliação para escolher empresas sólidas na bolsa.
O histórico de lucros – esse é um dos pontos que as pessoas mais olham. É um ótimo começo para saber se estamos falando de uma empresa sólida. Assim, deve-se considerar o médio-longo prazo para saber se houve aumento nos lucros e de forma sustentável.
O índice de liquidez corrente – nesse caso, o ideal é avaliar os ativos circulantes e passivos circulantes. Logo, é como a capacidade de pagamento da companhia. Então, se os passivos estiverem menor é um bom começo. O ideal é a partir de 2 vezes.
A margem do Ebtida – essa próxima análise indica a saúde da empresa. Assim, faz referência ao lucro do negócio. Então, nada mais é do que o lucro menos os juros, os impostos, a depreciação e a amortização. Ele sempre aparece junto com o endividamento da empresa.
Guilherme Affonso Ferreira – conheça um dos principais investidores da bolsa brasileira
O preço do patrimônio por ação – para terminar, nós temos aqui mais um fator para estudo de empresas sólidas. O preço por ação é importante porque diz respeito aos bens da companhia e como isso pode “virar” dinheiro, se for preciso.