Guilherme Affonso Ferreira – conheça um dos principais investidores da bolsa brasileira

A história de Guilherme Affonso Ferreira é bastante simples, dependendo do seu ponto de vista. Por exemplo, ele foi filho de trabalhadores da Caterpillar, Ela é uma fabricante de máquinas agrícolas e veículos pesados. Assim, para auxiliar os pais nos negócios começou a investir dinheiro em ações.

Na época, um dos setores escolhidos foi o bancário. Assim, entrou com a compra de ações do Unibanco. Inclusive, isso tudo aconteceu durante o Plano Cruzado. Nesse caso, as ações subiram 70%. A partir desse começo simples, Ferreira se tornou um dos principais acionistas da bolsa do Brasil.

Depois, ele ainda fundou a Teorema Capital, que fazia outras atividades relevantes para o setor financeiro do país. Porém, ele continuou fazendo aportes na bolsa. Logo, a sua ideia era ser sócio minoritário de empresas sólidas. Por exemplo, a Arezzo, a B3, a Petrobras, a Valid e outras.

Abaixo, vamos contar um pouco mais da história de Guilherme Affonso Ferreira, leia.

A vida pessoal de Guilherme Affonso Ferreira

Ferreira nasceu em 1951 e sempre viu a sua infância atrelada a venda de máquinas agrícolas. Se formou em engenharia de produção pela USP (Universidade de São Paulo). Assim, fez estágios em vários locais do mundo, como França, Austrália, Alemanha.

Com o pai, que tinha vendas pulverizadas, aprendeu que sempre é preciso se preparar para comprar concorrentes. Desse modo, ele notou que quando os negócios da família iam bem e eles tinham dinheiro. Porém, os concorrentes não estavam dispostos a vender.

Por outro lado, quando as coisas iam mal, os concorrentes abriam mercado para a venda. Mas, a família dele não tinha capital para fazer a compra. Então, foi lembrando dessa estratégia que ele viu no mercado acionário as oportunidades. Ao passo que se transformaram em ganhos e na valorização das empresas.

Inclusive, foi assim que surgiu o Teorema. Esse era um fundo criado para ajudar a família a sempre ter dinheiro – para comprar os concorrentes ou não. Inclusive, a compra de ações do Unibanco, em 1986, seguiu essa técnica.

Os atuais investimentos de Ferreira

Atualmente, Guilherme continua seguindo a mesma teoria. Logo, ele tenta aproveitar as oportunidades que ligam a disparidade entre o preço e o valor da ação. Aliás, isso é o que chamamos de “encontrar boas empresas a preços baratos”.

Para isso, ele ainda faz outros tipos de análises, a maioria conservadora. Resumidamente, ele não tem uma grande diversificação de ativos. Porém, foca em encontrar as melhores oportunidades e acompanhar o crescimento das empresas.

Sendo assim, em algumas entrevistas e até mesmo livros, ele chegou a falar que acaba entrando em setores que o mercado esteja desconfiado, mas que há perspectiva de melhoras. Logo, ele sempre tenta participar do conselho de administração das empresas.

Desse modo, hoje ele faz parte de grandes marcas, como o Pão de Açúcar, a Metal Leve, a Eternit, a Gafisa e o Unibanco.

Por fim, ele também atua no mercado norte-americano, sendo que entrou nele em 2010, quando o país enfrentava a pior crise dos últimos 50 anos. Consequentemente, ele teve muito lucro nessa época.

As estratégias de investimentos de Guilherme

Uma curiosidade sobre o acionista é que ele tem uma técnica de investimento que usa várias estratégias. Mas, ele nomeou como “Lista de Desejos”. Assim, ele a usa para avaliar o valor das empresas e o preço das ações.

Nessa lista, ele detalha tudo o que gostaria que a empresa fizesse e o que ele acha que pode aumentar o valor de mercado. Assim, a ideia é encontrar empresas com preço da ação abaixo do valor de mercado que ele considera.

Obviamente, as “empresas problemáticas” ou as “empresas malgovernadas” acabam sendo excluída da sua lista rapidamente. Aliás, agora que você conhece o Guilherme Affonso Ferreira, vamos às dicas.

As dicas de Guilherme Affonso Ferreira

Curiosamente, saiba que a ideia aqui não é sintetizar todo o pensamento do acionista em apenas alguns tópicos. Mas, sim trazer alguns pontos de vistas que podem ser ótimos para todos os investidores. Inclusive, para aqueles que estão começando. Bora lá?

A análise da empresa

Guilherme diz que analisar a fundo a empresa é o primeiro passo de todos. Tanto é que ele é um investidor fundamentalista e que não investe antes de conhecer todos os fundamentos da companhia. Aqui ainda entra a questão de conhecer os pontos fortes e os fracos.

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“Analise a fundo a empresa em que vai investir. É preciso entender seus pontos fortes e fracos e a sua estratégia de crescimento”.

O momento da compra

A próxima dica é sobre saber qual é o melhor momento para a compra ou para a venda de uma ação. Ele diz que os melhores investidores escolhem os melhores momentos para isso. Aqui entra a história de procurar as oportunidades de baixa e de setores importantes.

O controle emocional

O controle das emoções também é importante, diz o acionista. Inclusive, ele avalia que após definir uma estratégia que será usada, o investidor deve manter esse ideal mesmo em épocas de crises. Afinal, se está focado o longo prazo não pode se abalar pela volatilidade do curto.

O capital humano

Uma próxima e última dica que temos aqui é sobre o capital humano. Mas, como assim? Guilherme diz que um dos critérios mais importantes para escolher uma empresa é avaliar a gestão dela. Para isso, escolher as pessoas certas é mais importante do que a indústria certa.

Guilherme Affonso Ferreira

“Avalie o histórico dos donos e dos principais executivos das empresas antes de investir. Escolher as pessoas certas é mais importante do que escolher a indústria certa. Bons gestores são capazes de fazer a diferença. Então, escolhidas as pessoas certas, confie nelas”.

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