O que é importante saber sobre a primeira carteira de ações de um investidor

O ano de 2020 foi bastante atípico. No mercado de ações, por exemplo, a gente teve uma queda considerável, com várias paradas obrigatórias da B3. Mesmo assim, a bolsa atraiu novos investidores. Por isso, o assunto da “primeira carteira de ações” é tão importante hoje.

Mas, por que tanta gente foi para a bolsa? São vários motivos. Porém, um dos principais tem a ver com a diminuição da rentabilidade da renda fixa. Isso fez com que muitos investidores começassem a pensar em alternativas mais rentáveis – ainda que mais arriscadas.

É claro que a bolsa de valores não é um mercado parecido com a da renda fixa. Na verdade, é bem diferente, quase oposto. Por outro lado, nós também podemos ver que há modos de investir em ações sem precisar arriscar de mais.

Se a sua ideia é essa (investir em ações sem arriscar demais), considere que esse é um bom artigo para você. Abaixo, nós vamos falar sobre como dá para montar uma primeira carteira de ações de forma consistente e “menos arriscada”.

Para isso, usamos algumas falas de especialistas da área, que deram entrevistas recentes.

O que é importante saber

Assim, considere que trouxemos aqui os pontos que todo investidor mais experiente gostaria de saber no começo dos seus investimentos em ações. Por exemplo, qual é o valor mínimo para começar a comprar ações ou quantas empresas comprar.

Além disso, outros tópicos também importam, como: no que pensar ao comprar um ativo da renda variável e como saber se a carteira montada está indo bem. Tudo isso será falado, de forma breve, nas próximas linhas. Leia com atenção.

Com quanto começar

Uma das dúvidas mais comuns que as pessoas têm é sobre qual é o valor inicial para começar na bolsa de valores. E a verdade é que isso é bastante individual de cada pessoa. Hoje, existem ações com preços inferiores a R$ 5, por exemplo.

No entanto, também devemos lembrar de alguns custos, com a de custódia da B3.

Bom, se a gente for analisar o que os especialistas falam, a gente vai ver que dá para começar com R$ 1 mil na bolsa. Com menos disso, também dá. Porém, não vai ser possível fazer uma boa diversificação. No entanto, o ideal recomendado é R$ 5 mil.

Agora, também podemos pensar de outro lado: quanto à exposição do investidor.

Quanto aplicar em ações

Por exemplo, não adianta eu tirar R$ 5 mil dos meus investimentos para ir em ações, se eu não tiver uma reserva de emergência bem-feita. Inclusive, se eu considerar a porcentagem de todos os investimentos, dá para analisar outros valores, também.

Os conhecedores do assunto falam em aplicar entre 5% e 10% de todo investimento – ao menos, para quem está começando na renda variável.

“Para quem tem pouco dinheiro, o mercado fracionário é uma opção”, lembra Raphael Figueiredo.

Desse modo, no geral, dá para pensar em uma carteira de investimentos que tenham 10% em ações para o investidor novato e conservador. Mas, conforme a experiência é adquirida e se ele for moderado, dá para subir esse percentual para até 30% da carteira. Os mais arrojados acabam investindo até 50% da carteira de ativos em ações.

Quantos ativos comprar

Ainda sobre a primeira carteira de ações, você pode estar se perguntando qual é o número ideal de ativos para comprar, certo? Luis Salles diz que dá para pensar em uma média de 8 ativos, o que pode significar uma carteira variada e equilibrada, ele diz.

“Desse modo, o investidor pode se expor em setores diferentes, incluindo as ações com dividendos”, avalia.

Para quem não sabe, o dividendo é um tipo de lucro que as empresas possuem e repassam para os acionistas. Geralmente, empresas maiores e mais maduras fazem esse pagamento. Assim, é possível ganhar duas vezes: com a valorização do papel e com os dividendos.

No que pensar

Quando eu estiver comprando uma ação, no que devo pensar? Como estamos falando da primeira carteira de ações, saiba que geralmente recomenda-se o pensamento no longo prazo. E os estudiosos falam, na média, em 5 anos.

Além do mais, isso permite a ideia de ir aportando em ações aos poucos, mensalmente. Então, na opinião de Luiz Guilherme Dias, dá para considerar um começo mais modesto com 5 anos e ir aumentando gradativamente, até que se chegue em 10 ações na carteira.

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“É legal diversificar. Mas, isso não pode ser feito com exagero. O ideal é escolher as empresas que você gostaria de ser dono. Se não quiser acompanhar, então, eu aconselharia escolher um fundo de ações”.

Como saber se deu certo

É claro que se você lucrar com a sua carteira é porque deu certo. Porém, o que todos especialistas recomendam, inclusive o Eduardo Guimarães, é que você sempre use o Ibovespa para comparar a sua carteira.

“O ideal é ganhar acima do índice Ibovespa”, ele diz.

primeira carteira de ações

Eles ainda falam do sistema de “stop”, que pode ser acionado pelo investidor. Isso quer dizer que a venda é feita de forma automática quando a ação cai em um valor máximo. No entanto, é preciso saber quanto o investidor está disposto a perder.

Por fim, eles também comentam que não basta aplicar R$ 1 mil ou R$ 5 mil de uma vez e esquecer da vida. Na verdade, uma coisa que pode fazer a diferença são os aportes mensais, regulares e fixos. “Essa disciplina faz a diferença ao longo dos anos”, diz Fernando Araújo.

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