Descubra se está na hora de resgatar o fundo de renda fixa

Com a queda dos juros no país, muita gente notou que os fundos de investimentos em renda fixa não estão mais tendo os bons rendimentos de antes. Com isso, fica a pergunta sobre como saber se está na hora de resgatar o fundo de renda fixa. Vamos entender isso.

Até mesmo porque era muito bom quando ganhávamos mais de 1% nesse tipo de aplicação, não é mesmo? Tanto é que houve uma grande migração das pessoas que estavam na poupança para os fundos de renda fixa. Mas, algumas coisas mudaram de cenário.

Afinal, essa não é uma questão de um ou outro investidor. Muitos estão começando a pensar mais sobre isso neste novo ano. Aliás, os fundos de renda fixa são opções bem conservadores, com riscos minimizados e quem podem ser muito melhores do que a poupança.

Por outro lado, nem sempre pedir o resgate imediato pode ser uma boa ideia. O melhor é entender alguns pontos e o que pode fazer o rendimento cair ainda mais.

A queda dos juros

No caso de um fundo de renda fixa, o que acontece é que o administrador da carteira, chamado de gestor, vai investir o dinheiro dos cotistas. Obviamente, a ideia é fazer com que os ativos que lá estão rendam algo acima do previsível.

Aqui no nosso país, a maioria dos fundos de renda fixa gostam de investir em títulos do Tesouro Nacional, que são do governo. Basicamente, é como se você emprestasse o seu dinheiro ao governo e recebesse juros para isso.

Nesse caso, você tem um risco muito baixo e dificilmente vai perder dinheiro porque o governo não vai te dar calote. Porém, o que mudou foi que o Brasil, que antes pagava uma das maiores taxas de juros do mundo, hoje já não faz mais isso.

Tudo começou em agosto de 2016, quando a taxa básica de juros, a Selic, teve uma queda muito representativa. Para se ter ideia, o que antes era de 14,25% chegou a ficar em 5% ao ano. Assim, surgiram dúvidas sobre resgatar o fundo de renda fixa.

A queda da renda fixa

Com a queda dos juros da Selic também caíram os juros dos fundos da renda fixa. Atualmente, eles rendem 1/3 do que rendiam há 3 anos. No entanto, a inflação também caiu nesse período, né. Porém, o ganho real também se alterou.

O ganho real é o que sobra após o desconto da inflação. Antes ele era de 6,3%, isso em 2016. Agora, temos algo menor do que 3%. Logo, a isso tudo se resumo no que disse Samuel Oliveira, que é analista de fundos, leia:

“Tudo indica que o patamar de juros elevados ficou nos anos passados. Assim, hoje temos que olhar os ativos que tem mais relação com a economia privada do que pública”.

Fundos de renda fixa – como funcionam?

Resumidamente, os ativos privados tendem a ser melhores. Por isso, muita gente está pensando em migrar de um fundo de renda fixa para outro, que pode ser de ações, por exemplo. Mas, calma, não faça nada sem pensar!

Os fundos de renda fixa

Os fundos de renda fixa são aqueles mais conservadores. Como já foi mencionado, eles aplicam a maioria dos ativos em títulos do governo federal, através do Tesouro. Hoje, são a maioria dos fundos do país.

Para se ter uma ideia, representam mais de 40% de tudo o que os brasileiros investem em fundos. O que dá algo acima dos R$ 2,2 trilhões, conforme diz a Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).

No entanto, atualmente, por tudo o que já falamos acima, está crescendo o número de investidores em outros fundos, especialmente aqueles de ações e multimercados. Nesse caso, os investimentos são em empresas ao invés dos papéis do governo.

No ano passado, eles receberam mais de R$ 127 bilhões descontado os resgastes. O motivo você já deve imaginar: muita gente cogitou resgatar o fundo de renda fixa e migrar para esses outros fundos, mais rentáveis.

Como melhorar os rendimentos

Obviamente, resgatar o fundo de renda fixa e ir para o multimercado ou ações pode ser uma boa ideia, sim. No entanto, nunca se deve fazer isso sem pensar ou rápido demais. Uma boa ideia é falar com gestores de fundos ou estudar o assunto de forma independente.

Cada nova escolha que você fará tem que ter a ver com o seu perfil de investidor. É o chamado perfil de risco, já que os fundos de ações oscilam muito mais do que os fundos de renda fixa. Por exemplo, há quem não resista as variações da bolsa de valores.

Renda Fixa, Fundos ou Ações – Qual o Melhor Investimento?

Assim, depois que você avaliar a lista de fundos que existem na sua corretora ou banco, você pode saber sobre quais ativos eles investem. E ainda tem que analisar as taxas, como a de administração, que pode ser bem maior em um caso do que em outro fundo.

Para você ter ideia, um fundo de renda fixa tem taxa de 1,5%. E isso é considerado bem caro para o investidor. Atualmente, existem fundos de investimentos sem essa taxa, sendo que fazem a cobrança apenas da taxa de performance.

O imposto de renda

Por fim, saiba que você também não deve se esquecer de que tem o imposto de renda, né. Obviamente, quanto mais tempo o dinheiro ficar aplicado, menores as taxas pagas ao IR. Basicamente, o ideal é ficar com o ativo mais de 180 dias para pagar 15%. O máximo, para quem investe pouco tempo, é 22,5%.

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